Solo
Crédito da foto: Milo Mitchell / International Food Policy Research Institute / 2014 | A foto é apenas uma ilustração


Na 46° Expointer, o governo do Rio Grande do Sul apresentou um equipamento americano que funciona como um scanner de raízes, permitindo análises acerca do nível de carbono do solo. O dispositivo, que está exposto na Casa da Emater, foi adquirido pelo Governo do Rio Grande do Sul há mais ou menos quatro meses, por meio do Programa Avançar, investindo cerca de R$ 470 mil na aquisição do equipamento.


O "scanner de raízes" mede um pouco mais de um metro de comprimento, e em forma de tubo, é introduzido no solo e capta imagens digitais, de alta resolução, das raízes das plantas. Após o processo, os registros são lançados em ums software, que possibilita uma série de quantificações.

O pesquisador e engenheiro agrônomo da Seapi, Júlio Trindade, fornece uma visão detalhada sobre a finalidade desse dispositivo. Ele esclarece que a obtenção do equipamento foi motivada pelo Plano ABC+, que busca a descarbonização da agricultura. Além disso, ele enfatiza que o aparato permite a realização de diagnósticos das estruturas radiculares das plantas, bem como a avaliação do acúmulo de carbono no solo. Uma vez que o desenvolvimento das raízes está diretamente relacionado à absorção de carbono, a análise do crescimento destas estruturas oferece uma abordagem em tempo real para monitorar as variações no estoque de carbono no solo.


Conforme destacado por Trindade, essa tecnologia viabilizará a investigação dos impactos resultantes de diversas práticas no setor do agronegócio. Ele complementa enfatizando que o scanner assumirá o papel de uma ferramenta essencial para fornecer dados quantitativos às cadeias produtivas que estejam interessadas em mensurar os efeitos de suas atividades.

Acompanhando a aquisição do scanner, o governo também investiu em outros dispositivos de mensuração das emissões de gases de efeito estufa, por intermédio do programa Avançar. Esses equipamentos estão destinados a aplicações em campos agrícolas, zonas comerciais, locais de experimentação científica e diversos ambientes naturais. A utilização desses recursos tecnológicos permitirá a condução de pesquisas abrangentes, resultando em informações mais precisas. Com dados mais detalhados em mãos, será possível atenuar os impactos exercidos pelos diferentes sistemas produtivos sobre o meio ambiente.

As metodologias de medição estão alinhadas com os esforços em curso para diminuir e neutralizar as emissões de gases de efeito estufa. A avaliação do armazenamento de carbono no solo assume um papel crucial nesse contexto, representando um passo significativo em direção à redução das emissões de carbono.

No mês de maio deste ano, durante a realização da 4ª edição do Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC), o governo estadual apresentou as metas do Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+ RS). Estas metas têm como objetivo a redução das emissões provenientes das atividades agropecuárias no estado do Rio Grande do Sul.

Fonte: expointer.rs.gov.br