sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Limões: Como Cultivá-los? | Perguntas e Respostas

Cultivar limões exige escolher variedade adequada, solo bem drenado, cuidados com irrigação, nutrição, poda, controle de pragas e colheita no ponto certo.
Limões pendurados.


Seja para adicionar um toque cítrico a pratos e bebidas ou como ingrediente essencial em diversos produtos de limpeza, essa fruta é uma parte fundamental da nossa vida cotidiana. Mas você já parou para pensar como é cultivado o limão e o que é necessário para obter uma colheita abundante? Nesta reportagem, vamos explorar o processo de cultivo do limão e compartilhar dicas essenciais para garantir o sucesso no plantio.


Escolha da Variedade

Antes de iniciar o cultivo do limão, é importante escolher a variedade adequada. Existem várias variedades de limão disponíveis, cada uma com suas características únicas em termos de sabor, tamanho e resistência a condições climáticas específicas. Alguns exemplos populares incluem o limão-taiti, o limão-siciliano e o limão-cravo. A escolha da variedade depende do clima da sua região e das preferências pessoais.


Condições Climáticas Ideais

O limão é uma fruta que prospera em climas subtropicais a tropicais. Ele requer muita luz solar para um bom crescimento e para o desenvolvimento de seus frutos. Certifique-se de escolher um local de cultivo que receba pelo menos 6 a 8 horas de luz solar direta por dia. Além disso, o limão é sensível a geadas, portanto, se você vive em uma área com invernos rigorosos, considere o cultivo em vasos ou recipientes que podem ser movidos para locais mais quentes quando necessário.


Preparação do Solo

O solo desempenha um papel crucial no cultivo de limões. Eles preferem solos bem drenados e ligeiramente ácidos. Antes de plantar, teste o pH do solo e, se necessário, faça ajustes para alcançar um nível de acidez adequado. Além disso, adicione composto orgânico ao solo para melhorar sua fertilidade e retenção de água.


Plantio Adequado

O plantio de mudas de limão pode ser feito a partir de sementes, mudas enxertadas ou mudas adquiridas em viveiros. O método mais comum e recomendado é o uso de mudas enxertadas, pois elas são mais resistentes e produzem frutos de melhor qualidade em um período mais curto. Plante as mudas em um buraco de tamanho adequado, deixando espaço suficiente entre elas para permitir um bom crescimento e circulação de ar.


Irrigação e Nutrição

A irrigação é crucial para o cultivo de limões. Mantenha o solo uniformemente úmido, mas evite o encharcamento, que pode causar apodrecimento das raízes. O uso de um sistema de gotejamento é uma opção eficiente para manter o solo na condição ideal de umidade.

Além disso, é importante fornecer os nutrientes necessários para o crescimento saudável das plantas. Utilize adubos ricos em nitrogênio, fósforo e potássio, além de micronutrientes como ferro e zinco, conforme recomendado para a sua variedade de limão.


Cuidados e Manutenção

Para garantir uma colheita abundante, é essencial cuidar das plantas. Isso inclui a poda regular para remover ramos doentes ou mortos, garantindo uma boa circulação de ar e permitindo que a luz solar alcance todas as partes da árvore. Além disso, o controle de pragas e doenças é importante. O limão é suscetível a insetos como pulgões e a doenças como a sarna. Utilize métodos orgânicos ou produtos químicos recomendados por um profissional para proteger suas plantas.


Colheita e Armazenamento

A colheita do limão ocorre quando os frutos atingem o tamanho e a cor desejados. Geralmente, eles são colhidos maduros e prontos para consumo. Após a colheita, os limões podem ser armazenados em temperatura ambiente por algumas semanas ou na geladeira para uma maior durabilidade.


Foto: meineresterampe por Pixabay

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Subvenção de R$ 400 Milhões para Estimular a Comercialização de Trigo em Grãos da Safra 2023/2024

Governo destina R$ 400 milhões para subvenção de trigo na safra 2023/2024.

Trigo.


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), juntamente com os ministérios da Fazenda, Planejamento e Orçamento, e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, anunciou uma importante medida para estimular a comercialização de trigo em grãos da safra 2023/2024. O governo destinou R$ 400 milhões em subvenção econômica, na forma de equalização de preços, por meio da portaria interministerial Nº 12, publicada no Diário Oficial em 18 de outubro de 2023.


Apoio à comercialização do trigo

O ministro Carlos Fávaro, ao comentar a medida, destacou a importância desse recurso, que se espera que seja suficiente para estabilizar os preços do trigo. O histórico demonstra que a introdução do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural e do Prêmio para Escoamento de Produto já aquece o mercado, tornando essa iniciativa fundamental para a comercialização do trigo.


Operacionalização por meio do Pepro e PEP

Essa assistência financeira será concedida por meio de dois mecanismos: o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural e o Prêmio para Escoamento de Produto, que serão oferecidos em leilões públicos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Produtores rurais e cooperativas poderão participar dos leilões do Pepro, enquanto indústrias de moagem de trigo e comerciantes de cereais poderão participar do PEP.


Garantia do preço mínimo para o produtor

O diretor de Comercialização do Mapa, Silvio Farnese, explicou que o objetivo principal da subvenção é garantir o preço mínimo para o produtor de trigo. O Governo Federal está equalizando o preço, cobrindo a diferença entre o preço mínimo estabelecido e o preço de mercado, proporcionando um suporte crucial ao produtor na comercialização do cereal.


Preço mínimo e dados da safra de trigo

O preço mínimo garantido pelo governo para o trigo em grãos, do tipo 1 pão, é de R$ 87,77 por saca de 60 kg. Segundo o último boletim da safra de grãos da Conab, aproximadamente 40% das lavouras de trigo já foram colhidas. A cultura do trigo registrou um aumento de área de 12,1% e uma redução de produtividade de 11,6% em relação à safra anterior, totalizando 10.459,1 mil toneladas do grão.


Concentração da produção no Sul do Brasil

A produção de trigo é concentrada na Região Sul do Brasil, com uma estimativa de mais de 9 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul é o maior estado produtor de trigo, seguido por Paraná e Santa Catarina.


Pepro e PEP: o que são?

O Pepro é uma subvenção econômica concedida ao produtor rural ou sua cooperativa que adquire o prêmio equalizador em leilão eletrônico realizado pela Conab. Esse prêmio tem como objetivo complementar o valor recebido pela venda de um produto, garantindo que alcance o valor do Preço Mínimo.

Por outro lado, o PEP envolve o comprador, que pode ser uma indústria de moagem ou um comerciante de cereais. Eles arrematam o prêmio equalizador em leilão eletrônico realizado pela Conab e, por conseguinte, devem pagar o preço mínimo ao produtor rural.


Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM)

A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) desempenha um papel fundamental na redução das oscilações na renda dos produtores rurais, garantindo uma remuneração mínima e equilibrando a oferta de alimentos. Essa política tem um impacto direto na produção, incentivando ou desestimulando de acordo com a necessidade, ao mesmo tempo em que assegura a regularidade do abastecimento nacional.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: John por Pixabay

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

O Impacto das Mudanças Climáticas na Agricultura

Mudanças climáticas afetam a agricultura: Como os agricultores podem se adaptar e garantir a segurança alimentar?

Paisagem com plantação e uma nuvem ao fundo.


O impacto das mudanças climáticas na agricultura é um tema de crescente relevância no cenário global. À medida que o planeta experimenta transformações climáticas significativas, os sistemas agrícolas enfrentam desafios cada vez mais complexos e imprevisíveis. A agricultura desempenha um papel vital na sustentação da população mundial, e quaisquer perturbações em sua capacidade de produção podem ter consequências devastadoras para a segurança alimentar global. 


Mudanças Climáticas e Agricultura: Uma Relação Complexa

O sistema agrícola é altamente sensível às condições climáticas, como temperatura, precipitação, umidade do solo e padrões de vento. As mudanças climáticas globais, que incluem o aumento da temperatura média da Terra, alterações nos padrões de chuva e eventos climáticos extremos mais frequentes, têm um impacto direto na produção agrícola.

1. Aumento da temperatura:
O aumento das temperaturas médias do planeta afeta diretamente o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Muitas culturas têm faixas específicas de temperatura em que prosperam, e um aumento das temperaturas pode diminuir o rendimento. Além disso, o calor excessivo pode levar ao estresse térmico nas plantas, afetando negativamente a produção.

2. Mudanças nos padrões de chuva: A variação nos padrões de chuva pode levar a períodos de seca prolongada ou inundações, ambos prejudiciais para a agricultura. A seca pode causar a morte de culturas e reduzir a disponibilidade de água para irrigação, enquanto as inundações podem destruir plantações e estruturas agrícolas.

3. Eventos climáticos extremos: Furacões, ciclones, tufões e tempestades severas estão se tornando mais intensos e frequentes devido às mudanças climáticas. Esses eventos climáticos extremos podem causar danos substanciais às colheitas e à infraestrutura agrícola.

4. Proliferação de pragas e doenças:
A mudança climática também pode criar condições mais favoráveis para a proliferação de pragas e doenças que afetam as plantas e os animais. Isso pode resultar em perdas significativas de colheitas e na necessidade de mais pesticidas e medicamentos, aumentando os custos de produção.

5. Impacto nos recursos hídricos: As mudanças climáticas afetam os recursos hídricos, tornando o acesso à água de irrigação mais incerto. O derretimento das geleiras e a redução da neve nas montanhas afetam o fornecimento de água para áreas agrícolas que dependem disso.


Desafios e Oportunidades

As mudanças climáticas representam desafios significativos para a agricultura, mas também oferecem oportunidades para inovação e adaptação. Para enfrentar esses desafios, os agricultores, governos e organizações precisam adotar estratégias que fortaleçam a resiliência do setor agrícola.

1. Técnicas de cultivo adaptativas:
Os agricultores podem adotar práticas de cultivo adaptativas, como a seleção de variedades de culturas mais resistentes ao calor e à seca, o uso de sistemas de cultivo mais eficientes em termos de água e a implementação de práticas de conservação do solo.

2. Tecnologia de irrigação eficiente: O uso de sistemas de irrigação eficientes pode ajudar a mitigar os impactos das mudanças climáticas na disponibilidade de água. A irrigação por gotejamento e a captação de água da chuva são técnicas que podem ser exploradas.

3. Desenvolvimento de sementes resistentes ao clima: A pesquisa agrícola desempenha um papel fundamental na criação de variedades de culturas resistentes ao clima. O desenvolvimento de sementes que possam tolerar condições climáticas adversas é essencial para garantir a segurança alimentar.

4. Sistemas agroflorestais: Integração de árvores e plantações em sistemas agroflorestais pode ajudar a proteger o solo, reduzir a erosão e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas, capturando carbono da atmosfera.

5. Gestão sustentável dos recursos hídricos: Estratégias de conservação da água, como a reciclagem de água e a gestão eficiente de represas e reservatórios, são essenciais para garantir um fornecimento de água estável.

6. Políticas de apoio à agricultura sustentável: Governos e organizações podem desempenhar um papel crucial no apoio à agricultura sustentável por meio de políticas que promovam práticas agrícolas responsáveis, incentivos fiscais e subsídios para a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis.


As mudanças climáticas estão afetando a agricultura de maneira significativa, apresentando desafios que vão desde a variabilidade climática até eventos climáticos extremos. No entanto, a agricultura também pode desempenhar um papel importante na mitigação das mudanças climáticas, adotando práticas mais sustentáveis e de baixo impacto ambiental. A pesquisa agrícola, a inovação tecnológica e a colaboração entre governos, agricultores e organizações são cruciais para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e garantir a segurança alimentar global. 


Foto: Tina Korsbæk Holm por Pixabay


terça-feira, 17 de outubro de 2023

Melancias: Do Solo à Sua Sobremesa

Caracterizadas por ser uma fruta versátil, refrescante em saladas, smoothies e sobremesas típicas.

Fatias de melancias.


As melancias são uma das frutas mais amadas no mundo inteiro. Mas, poucos de nós paramos para pensar no processoque transforma uma pequena semente em uma melancia pronta para o consumo. 


Do Solo ao Plantio

O processo de cultivar melancias começa com a preparação do solo. As melancias prosperam em solos bem drenados e ricos em nutrientes. Os agricultores geralmente preparam o solo com antecedência, incorporando matéria orgânica, como composto, para melhorar a fertilidade. As sementes são plantadas no início da primavera, quando as temperaturas começam a subir.

As sementes de melancia são geralmente plantadas em fileiras, a uma profundidade de cerca de 2,5 cm. É essencial garantir que haja espaço suficiente entre as plantas para permitir um bom crescimento. Durante o processo de crescimento, as plantas de melancia exigem uma quantidade constante de água para prosperar, e a irrigação é frequentemente usada para atender a essas necessidades.


O Crescimento das Melancias

À medida que as plantas de melancia crescem, elas produzem flores amarelas que eventualmente se transformam em frutos. Cada flor é polinizada por insetos, especialmente abelhas, para garantir que a fruta se desenvolva corretamente. Após a polinização, o processo de crescimento da melancia começa.

Em algumas semanas, pequenos frutos verdes começam a se formar. Durante todo o verão, essas melancias crescem e se desenvolvem. Os agricultores monitoram de perto o progresso das frutas, garantindo que elas recebam a quantidade certa de luz solar e água. Uma vez madura, a melancia é pronta para a colheita.


A Colheita da Melancia

A colheita da melancia é uma tarefa crucial e requer habilidade. Os agricultores geralmente usam uma combinação de experiência e observação para determinar o momento ideal para colher as melancias. A maturação é frequentemente indicada pelo tom da casca, que muda de verde para um verde mais escuro, e pelo som oco produzido quando a fruta é batida.

Uma vez colhida, a melancia é cuidadosamente cortada da planta. Em grandes fazendas, máquinas especiais são frequentemente usadas para tornar o processo mais eficiente. As melancias são então classificadas e embaladas para transporte. Muitas vezes, as melancias são enviadas para supermercados e mercados locais, onde estão prontas para serem adquiridas por consumidores famintos por essa delícia de verão.


Da Fazenda à Sobremesa

A melancia é uma fruta versátil que pode ser apreciada de várias maneiras, não apenas como uma fatia suculenta no verão. Vamos explorar algumas das maneiras mais populares de utilizar a melancia em receitas deliciosas.

1. Saladas Refrescantes: A melancia é uma adição perfeita para saladas de verão. Combine cubos de melancia com pepino, hortelã, queijo feta e um toque de azeite para criar uma salada refrescante e saborosa.

2. Smoothies e Sucos: A melancia é uma base perfeita para smoothies e sucos. Basta misturá-la com outras frutas, como morangos ou limão, para criar uma bebida refrescante e hidratante.

3. Sorvetes e Picolés: A doçura natural da melancia a torna ideal para a preparação de sorvetes caseiros e picolés. Basta misturá-la com outros ingredientes, congelar e desfrutar.

4. Sobremesas Criativas: A melancia também pode ser transformada em sobremesas criativas. Experimente cortar a melancia em formatos divertidos, como estrelas, e servi-los com coberturas de iogurte e frutas.


5. Melancia Grelhada:
Surpreenda seus convidados grelhando fatias de melancia e servindo-as com queijo de cabra e manjericão para uma sobremesa única e saborosa.


A melancia, desde o seu plantio no solo até a nossa sobremesa, é uma das frutas mais versáteis e deliciosas da estação quente. Seu cultivo requer cuidado e atenção dos agricultores, que colhem essas frutas quando estão no ponto ideal. E, embora as fatias frescas sejam uma maneira clássica de desfrutar da melancia, existem inúmeras maneiras criativas de incorporá-la em receitas saborosas. Portanto, na próxima vez que você saborear uma, lembre-se de todo o trabalho que está por trás dessa fruta, desde o solo até a sua sobremesa.


Foto: Stephanie Albert por Pixabay

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Programa de Recuperação de Estradas Vicinais do Mapa Torna-se Exemplo de Eficiência

O programa do Mapa para recuperar estradas vicinais se destaca pela eficiência na melhoria da logística rural e do abastecimento.

Estrada com plantação aos redores;


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tem concentrado esforços em iniciativas que visam aprimorar o escoamento da safra, fortalecer a infraestrutura logística da produção e, por conseguinte, otimizar o abastecimento de alimentos no país. Uma das ações destacadas tem sido a recuperação e expansão de estradas vicinais, desenvolvidas em parceria com municípios, secretarias estaduais e/ou consórcios municipais.


Foco na Eficiência para Superar Desafios

Estas medidas têm como objetivo proporcionar agilidade e eficiência nas obras, considerando as diversas dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais nos últimos anos, como adversidades climáticas recorrentes e a carência de infraestrutura logística de deslocamento e escoamento.


Base Legal para Eficiência

Com base no artigo 50-A da Portaria Interministerial 424 de dezembro de 2016 e, mais recentemente, no art. 54, inciso II, da Portaria Interministerial 33, de setembro de 2023, é viável a aprovação de projetos cujas licitações tenham sido realizadas antes mesmo da assinatura do instrumento de convênio. Isso, desde que se comprove que a contratação representa uma vantagem econômica em comparação à realização de uma nova licitação e que todas as regras legais tenham sido seguidas.


Municípios Já em Andamento

Assim, as prefeituras que submeteram projetos para análise técnica do Mapa já têm as obras em andamento em seus municípios. Um exemplo notável é o município de Canarana (MT), que já está na terceira medição para a recuperação de mais de 160 quilômetros de estradas vicinais.


Ampla Adesão Nacional

Diante dessa situação, o programa tem despertado um grande interesse nas bancadas federais de todos os estados do Brasil. No momento, o Mapa possui 588 propostas entre celebradas, empenhadas, a empenhar e a celebrar, categorizadas como identificadas de resultado primário discricionário. Essas propostas cobrem uma variedade de programas, incluindo a recuperação e expansão de estradas vicinais, aquisição de máquinas e equipamentos, insumos agropecuários e apoio a eventos, distribuídos nas 27 unidades da federação.

O programa de recuperação de estradas vicinais do Mapa se destaca como um exemplo de eficiência na promoção de melhorias na infraestrutura logística rural, essencial para o desenvolvimento do setor agropecuário e o abastecimento de alimentos no Brasil.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Chuva Já Basta Para as Plantas? | Perguntas e Respostas

Será que a água da chuva é suficiente para regar as plantas, ou é necessário um fornecimento contínuo de água? Se a rega for necessária, qual é a melhor opção: água da torneira ou água da chuva?

Regador pendurado despejando água.


A relação entre as plantas e a água é fundamental para o crescimento saudável e a sobrevivência das plantas. A água é um dos principais fatores que influenciam o desenvolvimento das plantas, e a chuva é uma fonte natural e vital desse recurso. No entanto, a pergunta que frequentemente surge é se a chuva por si só é suficiente para atender às necessidades hídricas das plantas, ou se a água da torneira é uma alternativa melhor. Veremos os prós e contras da água da chuva e da água da torneira no contexto do cuidado com as plantas.


A Importância da Água para as Plantas

É importante entender por que a água é tão crucial para as plantas. A água desempenha várias funções vitais para o crescimento vegetal. Ela atua como um solvente para minerais e nutrientes do solo, permitindo que as plantas absorvam esses elementos essenciais. Além disso, a água é necessária no processo de fotossíntese, onde as plantas convertem a energia solar em energia química para o seu crescimento. A água também regula a temperatura das plantas, fornecendo um mecanismo de resfriamento durante os dias quentes.


A Água da Chuva

A chuva é uma fonte natural de água que tem sido usada pelas plantas desde que elas existem. Ela é geralmente limpa e rica em nutrientes, fornecendo à planta a água de que precisa para prosperar. A água da chuva também é ligeiramente ácida, o que pode ajudar a neutralizar o solo alcalino. No entanto, há algumas desvantagens no uso exclusivo da água da chuva para regar plantas.

Em primeiro lugar, a chuva é imprevisível e sazonal. Isso significa que as plantas podem enfrentar secas ou excesso de água, dependendo do clima. Além disso, a água da chuva pode não ser suficiente durante períodos de seca prolongada, quando as plantas precisam de uma quantidade constante de água para sobreviver. Portanto, enquanto a chuva é benéfica, ela não pode ser a única fonte de água para as plantas, especialmente em regiões com estações secas.


A Água da Torneira

A água da torneira, por outro lado, é uma fonte de água constante e controlável. Ela está amplamente disponível em áreas urbanas e pode ser usada para regar as plantas de maneira regular. No entanto, a qualidade da água da torneira pode variar de acordo com a região. Em algumas áreas, a água da torneira pode conter produtos químicos, como cloro ou flúor, que podem ser prejudiciais para as plantas. Nestes casos, é aconselhável deixar a água da torneira descansar por um tempo para permitir que os produtos químicos se evaporem antes de regar as plantas.

Além disso, a água da torneira pode não ser tão rica em nutrientes quanto a água da chuva, e a sua qualidade pode ser afetada por poluentes presentes no ambiente. Portanto, em áreas onde a qualidade da água da torneira é uma preocupação, a utilização de filtros ou tratamento da água pode ser necessário para torná-la adequada para regar as plantas.


É necessário? Qual a melhor?

Em resposta à pergunta "Chuva já basta para as plantas?" A chuva é, sem dúvida, uma fonte vital de água para as plantas. Ela fornece água limpa e rica em nutrientes, e é parte integrante do ciclo natural da água que mantém a vida vegetal. No entanto, a chuva por si só pode não ser suficiente para atender às necessidades hídricas das plantas, especialmente em regiões com estações secas ou onde a qualidade da água da chuva é questionável.

A água da torneira, por sua vez, oferece uma fonte de água constante e controlável, mas a sua qualidade pode variar dependendo da localização. Portanto, a escolha entre a água da chuva e a água da torneira para regar as plantas depende de diversos fatores, incluindo a disponibilidade de água, a qualidade da água da chuva e da torneira, bem como as necessidades específicas das plantas. Importante notar é que em muitas vezes, a água da chuva é mais "saúdavel" para as plantas. Mas os reservátorios da água devem ser limpos, evitando contaminações de mosquitos, por exemplo.

Em muitos casos, uma combinação de ambas as fontes de água pode ser a melhor abordagem, aproveitando as vantagens de ambas. A chave é entender as necessidades individuais das plantas e adaptar o fornecimento de água de acordo com as condições locais e as características das plantas cultivadas. Dessa forma, garantimos que nossas plantas recebam a água de que precisam para prosperar e crescer de maneira saudável.


Foto: Manfred Richter por Pixabay

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Plano de Ação Estadual de Sergipe para Baixa Emissão de Carbono é Lançado na Exporingo 2023

Ministério da Agricultura e Pecuária participa do lançamento do Plano de Ação Estadual de Sergipe para reduzir emissões de carbono.

Foto do evento.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em conjunto com a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (SFA-SE), participou da Exporingo 2023, um evento que ocorreu entre os dias 4 e 8 de outubro no município de Lagarto, em Sergipe. A terceira edição desta feira consolidou-se como uma das maiores no segmento da região nordeste, reunindo mais de 200 estandes que ofereceram serviços, equipamentos agrícolas, estrutura para exposição de animais e uma variedade de opções gastronômicas.

O destaque do evento foi o lançamento oficial do Plano de Ação Estadual de Sergipe (PAE Sergipe) para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária com vistas ao Desenvolvimento Sustentável, também conhecido como Plano Estadual ABC+ 2020 - 2030. Sergipe se tornou o segundo estado do Nordeste a apresentar este plano e o oitavo no Brasil.

O PAE Sergipe foi concebido para deliberar, analisar, fomentar, articular e propor ações e medidas com o intuito de garantir a efetiva implantação do Plano. Ele se concentra em práticas de manejo e uso sustentáveis dos recursos naturais, visando a redução das emissões de gases de efeito estufa, bem como o aumento da fixação de carbono na vegetação e no solo.

Jonielton Oliveira Dantas, superintendente de Agricultura e Pecuária de Sergipe, enfatizou a importância do PAE Sergipe, destacando a sintonia do estado com as diretrizes do Mapa para o aprimoramento da sustentabilidade na produção agropecuária durante a década atual. Ele observou que o plano é um instrumento promotor da agropecuária sustentável, contribuindo para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

Dantas afirmou: "Além disso, é um mecanismo de integração das ações dos vários entes estaduais e da sociedade civil que atuam no setor produtivo. Mais do que ações pontuais e isoladas atinentes às práticas que envolvem a temática de sustentabilidade em Sergipe, a iniciativa anseia congregar políticas de estado que contribuam para a implementação de tecnologias, baseada na conservação ambiental, com inclusão social e viabilidade econômica."

Durante a Exporingo 2023, houve diversas rodas de conversa, incluindo a discussão sobre as "Perspectivas da Retirada da Vacinação Contra a Febre Aftosa em Sergipe", que foi ministrada por Vera Lúcia Minan de Oliveira, chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal (SISA-SE/ Mapa).


Programa ABC+ - Promovendo uma Agropecuária Sustentável

O Programa ABC+ é uma linha de crédito associada ao Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), que visa financiar tecnologias e sistemas de produção nas propriedades rurais. Essa iniciativa tem o objetivo de promover uma agropecuária mais adaptada às mudanças climáticas e também mitigar as emissões de gases de efeito estufa.

O Mapa desempenha o papel de Coordenação Nacional do ABC+, cuja governança inclui o Sistema Integrado de Informações do Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (SINABC).


PAE Sergipe - Rumo a uma Agropecuária Sustentável

O Plano de Ação Estadual de Sergipe é a contribuição do estado para o compromisso institucional do Brasil em consolidar uma agropecuária mais limpa. Ele serve como um instrumento incentivador de proposições e balizador de ideias e ações relacionadas à Agricultura de Baixo Carbono (ABC+), apresentando diretrizes específicas para o estado.

O Plano ABC+ de Sergipe foi estruturado em quatro metas essenciais, promovendo tecnologias com alto potencial de mitigação das emissões de gases de efeito estufa e combatendo o aquecimento global:

1. Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD) - com uma meta de 1.500 hectares.

2. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) - com uma meta de 1.000 hectares.

3. Florestas Plantadas - com uma meta de 1.000 hectares.

4. Bioinsumos - com uma meta de 300 unidades produtivas.

O lançamento do Plano de Ação Estadual de Sergipe é um passo importante para a promoção de uma agropecuária mais sustentável no estado e contribui para os esforços nacionais de mitigação das mudanças climáticas.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Seagri/Divulgação


terça-feira, 10 de outubro de 2023

BNDES Anuncia Nova Linha de Crédito para Cooperativas Agropecuárias

BNDES anuncia linha de crédito de R$1 bilhão para cooperativas agropecuárias, com foco em áreas afetadas por cheias e secas.

Campo com bovinos.


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou recentemente a criação de uma nova linha de capital de giro direcionada para cooperativas agropecuárias. Essa iniciativa, que faz parte do BNDES Crédito Rural, surge como resposta à demanda apresentada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e foi revelada durante a abertura da Expointer.


Ampla Demanda e Recursos Significativos

A nova linha de crédito destina-se a atender uma demanda estimada em até R$ 1 bilhão para a Safra 2023/2024. Ela tem o propósito de ampliar as opções de financiamento disponíveis para o setor agropecuário, complementando os recursos já disponibilizados pelo Plano Safra.


Opções de Custos e Indexação Diferenciadas

Uma característica relevante dessa linha de crédito é a flexibilidade de custos, que inclui taxas pré e pós-fixadas, bem como a opção de indexação da dívida à variação cambial. Isso é especialmente benéfico para as cooperativas que têm receitas em dólar ou associadas à moeda norte-americana.


Condições Especiais para Áreas em Calamidade

Para as operações protocoladas até 31 de março de 2024, serão oferecidas condições diferenciadas, como prazo de pagamento de até 5 anos e carência de até 1 ano. Essas condições especiais destinam-se a cooperativas que atuem em municípios que tenham declarado estado de emergência ou calamidade, reconhecidos pelo Governo Federal a partir de 01/01/2021.


Apoio a Agricultores Afetados por Eventos Climáticos

Essas medidas temporárias visam proporcionar suporte aos cooperados de todo o país que foram impactados pelos extremos climáticos durante a safra atual, assim como nas duas safras anteriores. A partir de abril de 2024, a linha operará com prazos de pagamento reduzidos para até 2 anos e carência de até 6 meses.


BNDES e o Compromisso com a Economia Local

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância dessas iniciativas em meio às mudanças climáticas e eventos climáticos extremos. Ele enfatizou que o BNDES está comprometido em criar condições favoráveis para que as cooperativas superem os desafios causados por secas prolongadas e enchentes em diversas regiões do Brasil.


Disponibilidade para Produtores Rurais Cooperados em Todo o País

A Linha Crédito Cooperativas será disponibilizada pelo BNDES por meio de sua extensa rede de mais de 70 instituições financeiras credenciadas, com atuação em todo o país. Ela está voltada para auxiliar produtores rurais cooperados em todo o território brasileiro, com destaque para aqueles do Rio Grande do Sul, que foram recentemente afetados por condições climáticas adversas. A previsão é de que essa solução entre em operação a partir de 17 de outubro.


Ações do Governo Federal e Medida Provisória 1189/2023

É importante ressaltar que essa nova linha de crédito se soma às ações do Governo Federal previstas na Medida Provisória 1189/2023, que busca auxiliar localidades atingidas pelas fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul desde setembro. Dentro das ações previstas na MP 1189/2023, o BNDES atuará oferecendo garantias para créditos, por meio do Peac-FGI Crédito Solidário RS, com a expectativa de garantir até R$ 1 bilhão em créditos.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte de informações: Mapa
Foto: 12019 por Pixabay

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Seminário Aborda Estratégias para Redução de Carbono na Produção Agropecuária

Evento virtual da Secretaria de Agricultura é o terceiro da série de quatro módulos, abordando diversos temas da Agricultura de Baixo Carbono

Bovinos em grupo comendo.


A busca por práticas sustentáveis na agricultura ganha destaque com o XVI Seminário de Políticas Públicas para o Setor Rural, promovido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Nesta terça-feira, 17 de outubro, a terceira etapa deste importante evento traz à tona o tema "Agricultura de Baixo Carbono e o Plano ABC". A discussão será transmitida ao vivo pelo canal do Youtube da Seapa, a partir das 9h, oferecendo insights valiosos sobre a redução das emissões de carbono na agropecuária.


Estratégias para a Redução de Emissões de Carbono em Foco

Nesta edição, o foco estará nas estratégias destinadas a diminuir a emissão de carbono na produção agropecuária. O evento contará com a participação de especialistas renomados, incluindo professores do Instituto Tecnológico de Agropecuária de Pitangui da Epamig e do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, bem como técnicos da Emater-MG. As inscrições para participar do seminário estão abertas.

O Superintendente de Inovação e Economia Agropecuária, Feliciano Nogueira de Oliveira, destaca a relevância deste terceiro episódio do XVI Seminário: "Abordaremos a produção de florestas plantadas, a terminação intensiva de bovinos e o tratamento de dejetos da produção animal, englobando rebanhos bovinos leiteiros e suínos. Todas essas técnicas estão direcionadas para a redução da emissão de gases de efeito estufa. Pretendemos, com isso, fornecer informações cruciais para a tomada de decisões voltadas para uma produção cada vez mais sustentável em Minas Gerais."


Debate e Interação ao Vivo

Além das apresentações dos especialistas, o evento também incluirá um debate mediado pelo superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Feliciano Nogueira de Oliveira. Os participantes da transmissão ao vivo terão a oportunidade de enviar perguntas em tempo real, tornando o evento ainda mais interativo e informativo. A previsão é de que as discussões se encerrem às 11h.


Série de Módulos para Abordar Diversos Aspectos da Agricultura de Baixo Carbono

A decisão de dividir o conteúdo do seminário em quatro módulos reflete a amplitude das informações a serem debatidas no contexto da agricultura de baixo carbono. O primeiro episódio abordou a adoção de tecnologias agropecuárias com alto potencial de mitigação das emissões de gases do efeito estufa, estratégias de neutralização do carbono e os desafios no contexto do mercado internacional de commodities.

No segundo episódio, foram apresentadas as tecnologias do plantio direto de grãos, além da introdução dos sistemas de Integração Lavoura Pecuária e Integração Lavoura Pecuária e Floresta como estratégias para a recuperação das áreas de pastagem e para a promoção de uma produção sustentável.


Programação do Terceiro Módulo

Tema: Estratégias para Redução da Emissão de Carbono na Produção Agropecuária

- Abertura: Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Thales Fernandes

- Palestra 1: A produção de florestas plantadas na mitigação da emissão de gases de efeito estufa, com o palestrante Fernando Caixeta, Professor do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM/Uberlândia).

- Palestra 2: A terminação intensiva de bovinos como estratégia para a redução da emissão de gases de efeito estufa, com o palestrante Gutierrez José Assis, Professor no Instituto Tecnológico de Agropecuária de Pitangui (ITAP/Epamig).

- Palestra 3: Tratamento de dejetos na produção animal (Suínos e Bovinos de Leite), apresentada por Jane Terezinha Costa Pereira, Coordenadora Técnica Estadual de Saneamento Ambiental da Emater-MG.

- Debate mediado por Ricardo Demicheli, Subsecretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável da Seapa.


O XVI Seminário de Políticas Públicas para o Setor Rural tem se destacado como uma importante plataforma para discutir práticas sustentáveis na agropecuária e a busca por soluções que contribuam para a redução das emissões de carbono no setor. A série de módulos permite uma análise aprofundada de diversos aspectos relacionados à agricultura de baixo carbono, sem tomar posições políticas, mas focando nos dados e nas estratégias apresentadas pelos especialistas.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Agricultura/MG
Foto: Divulgação/Emater-M

domingo, 8 de outubro de 2023

Dicas Agrícolas: Amoras - Cuidados Necessários

Cultivar amoras requer escolha da variedade adequada, solo bem preparado, irrigação correta, podas, fertilização, proteção contra pragas e colheita cuidadosa.
Três amoras em um galho.


A amora, uma fruta repleta de benefícios para a saúde, é uma excelente opção para quem deseja cultivar suas próprias frutas em casa. Seja em um jardim, horta ou até mesmo em vasos, as amoras podem ser cultivadas com sucesso. No entanto, como qualquer planta, elas requerem cuidados específicos para garantir um desenvolvimento saudável e a produção de frutas de qualidade. Neste artigo, exploraremos algumas dicas agrícolas essenciais para o cultivo de amoras.


Escolha da Variedade:

Antes de iniciar o cultivo de amoras, é importante escolher a variedade mais adequada ao seu clima e espaço disponível. Existem diferentes tipos de amoras, incluindo a amora-preta e a amora-vermelha. Certifique-se de pesquisar qual a variedade mais indicada para o seu local de cultivo. Consultar um viveirista local pode ser uma excelente maneira de obter orientações específicas para a sua região.


Localização e Solo:

As amoras prosperam em locais com boa exposição solar, pelo menos seis horas de sol direto por dia. Certifique-se de escolher um local adequado em seu jardim ou horta. Além disso, o solo deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica. Antes de plantar, faça uma análise do solo para determinar seus nutrientes e pH. Caso seja necessário, faça ajustes adicionando composto orgânico ou outros nutrientes necessários para melhorar a qualidade do solo.


Plantio e Espaçamento:

O plantio das mudas de amora deve ser feito na primavera ou no outono, quando a planta está em estado de dormência. Certifique-se de cavar um buraco adequado para cada muda, com profundidade suficiente para acomodar as raízes. O espaçamento entre as mudas deve ser de aproximadamente 1,5 a 2 metros, dependendo da variedade. Isso garantirá espaço suficiente para o crescimento saudável das plantas e uma boa circulação de ar.


Irrigação:

A amora precisa de uma quantidade adequada de água para crescer e produzir frutos. Mantenha o solo uniformemente úmido, mas evite encharcá-lo. Uma dica importante é regar pela manhã para permitir que as folhas sequem durante o dia, reduzindo assim o risco de doenças fúngicas. Use um sistema de gotejamento ou mangueira com regador de cabeça porosa para evitar o contato direto da água com as folhas.


Podas e Treinamento:

A poda é essencial para o cultivo de amoras. Ela ajuda a manter a planta saudável, controla o crescimento e melhora a qualidade da colheita. Realize a poda durante o inverno, quando as plantas estão dormentes. Remova os galhos mortos ou doentes e corte os galhos frutíferos que já produziram no ano anterior. Também é importante treinar as plantas em uma treliça ou cerca para suportar seu crescimento vertical.


Fertilização:

As amoras são plantas que apreciam uma alimentação adequada. Fertilize suas plantas no início da primavera com um adubo equilibrado. É aconselhável fazer uma análise do solo para determinar as necessidades específicas de nutrientes da sua plantação e, assim, ajustar a fertilização de acordo com essas necessidades.


Proteção contra Pragas e Doenças:

Assim como qualquer cultivo, as amoras estão sujeitas a ataques de pragas e doenças. Monitore regularmente suas plantas em busca de sinais de infestação. O controle preventivo é essencial para evitar problemas. Use técnicas de manejo integrado de pragas, como a rotação de culturas, o uso de predadores naturais e a aplicação de pesticidas orgânicos, se necessário. Também é importante remover qualquer planta doente imediatamente para evitar a propagação de doenças.


Colheita e Armazenamento:

As amoras estão prontas para a colheita quando ficam totalmente maduras e adquirem uma cor vibrante. Elas devem ser colhidas com cuidado para não danificar os frutos. As amoras são delicadas e podem estragar facilmente, portanto, manuseie-as com cuidado. Para armazenar as amoras, coloque-as em um recipiente ventilado na geladeira e consuma-as o mais rápido possível, pois têm uma vida útil limitada.


Resumo:

Cultivar amoras é uma atividade que proporciona frutos bons e saudáveis. No entanto, exige paciência e cuidados adequados ao longo do tempo. Lembre-se de que o sucesso no cultivo de amoras requer atenção constante às necessidades da planta e um compromisso contínuo com os cuidados necessários para mantê-la saudável e produtiva. 


Foto: NoName_13 por Pixabay

sábado, 7 de outubro de 2023

Como Reduzir os Agrotóxicos sem Prejudicar a Cultura? | Perguntas e Respostas

Com o alta demanda da agricultura e o preço dos produtos cada vez mais caro, como podemos reduzir o uso de agrotóxicos?

Trator com equipamento de fertilização.


Melhorar uma plantação enquanto se reduz o uso de agrotóxicos é uma preocupação cada vez mais relevante em um mundo que busca práticas agrícolas mais sustentáveis e saudáveis. O excesso de agrotóxicos pode prejudicar não apenas o meio ambiente, mas também a qualidade dos alimentos e a saúde humana. Portanto, adotar métodos de cultivo que minimizem a dependência desses produtos químicos é uma abordagem inteligente e responsável. Então como podemos reduzir os agrotóxicos e ainda assim continuar com uma plantação saudável e forte?

1. Rotação de culturas:
A rotação de culturas é uma técnica que consiste em alternar diferentes tipos de plantas em um mesmo terreno ao longo do tempo. Isso ajuda a reduzir a incidência de pragas e doenças específicas, que podem se acumular quando a mesma cultura é plantada repetidamente. Com a rotação, você pode diminuir a necessidade de agrotóxicos.

2. Plantio consorciado:
Plantar diferentes culturas próximas umas das outras pode criar um ambiente mais equilibrado, dificultando a propagação de pragas e doenças. Algumas plantas podem até mesmo beneficiar umas às outras, como o milho e o feijão, que têm uma relação simbiótica.

3. Uso de plantas repelentes:
Plantas repelentes, como manjericão, alecrim e lavanda, podem ser intercaladas com culturas sensíveis a pragas para manter os insetos afastados. Essas plantas liberam odores que repelem naturalmente pragas.

4. Controle biológico:
Utilize predadores naturais, como joaninhas e vespas parasitoides, para controlar pragas. A introdução desses insetos benéficos em sua plantação pode reduzir a necessidade de agrotóxicos.

5. Adubação orgânica:
Opte por adubos orgânicos, como composto e esterco, em vez de fertilizantes químicos. Solos saudáveis com boa matéria orgânica são menos suscetíveis a pragas e doenças.

6. Manejo integrado de pragas (MIP): O MIP é uma abordagem que envolve o monitoramento constante da sua plantação para identificar pragas e doenças em estágios iniciais. Isso permite a aplicação seletiva de agrotóxicos apenas quando necessário, em vez de um uso indiscriminado.

7. Sistemas de irrigação eficientes: Umidade excessiva no solo pode criar condições favoráveis para algumas doenças. Utilize sistemas de irrigação que forneçam água diretamente às raízes das plantas e evitem o excesso de umidade na superfície do solo.

8. Escolha de variedades resistentes:
Opte por cultivar variedades de plantas que sejam naturalmente resistentes a pragas e doenças. Isso reduzirá a necessidade de tratamentos químicos.

9. Uso de cobertura morta:
A cobertura morta, como palha ou casca de árvore, ajuda a manter o solo protegido e proporciona um ambiente menos hospitaleiro para as pragas.

10. Educação e treinamento:
Invista na formação de sua equipe ou de você mesmo em práticas agrícolas sustentáveis. O conhecimento é fundamental para a implementação bem-sucedida de métodos de cultivo com menos agrotóxicos.

11. Acompanhamento e registro:
Mantenha registros detalhados das práticas em sua plantação. Isso permitirá avaliar o sucesso das estratégias e fazer ajustes conforme necessário.

12. Consulte especialistas:
Não hesite em buscar a orientação de agrônomos e outros especialistas em agricultura. Eles podem oferecer insights valiosos e recomendações personalizadas para sua plantação específica.


Melhorar sua plantação usando menos agrotóxicos envolve uma abordagem holística que combina diferentes estratégias, desde o manejo do solo até a escolha de variedades de plantas resistentes. O objetivo final é promover a saúde da plantação, reduzir os impactos negativos no meio ambiente e produzir alimentos mais seguros e saudáveis. 

Reportagem por Amanhecer Agrícola