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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Pequenos Agricultores Recebem Certificados de Produtores Orgânicos no Paraná

Agricultores indígenas e locais agora podem fornecer produtos orgânicos em feiras e diretamente aos consumidores, impulsionando o mercado regional.

Organicos
Foto ilustrativa / Imagem de NatureFriend por Pixabay


No dia 25 de agosto de 2023, um marco significativo foi alcançado para a agricultura sustentável no Paraná, quando quatro produtores indígenas da Comunidade Indígena Pinhalzinho e quatro agricultores do Grupo de Produtores Orgânicos do município de Tomazina receberam suas Declarações de Cadastro para Produtores Orgânicos vinculados às Organizações de Controle Social (OCS). A cerimônia de entrega ocorreu no município de Santo Antônio da Platina, marcando um passo importante para o setor de produção orgânica na região.

A partir desta etapa, esses agricultores estão oficialmente autorizados a fornecer produtos orgânicos em feiras livres ou vender diretamente para os consumidores. A certificação concedida não apenas valida seus métodos de cultivo, mas também atesta que seus alimentos foram produzidos de acordo com as rigorosas normas do Sistema Brasileiro de Garantia da Qualidade Orgânica.

O momento significativo aconteceu durante o Encontro Regional de Agricultura Orgânica, um evento de destaque promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Unidade Regional de Santo Antônio da Platina. O encontro teve como objetivo central não apenas a entrega de certificados, mas também a criação de um espaço para discussões pertinentes ao mercado regional de produtos orgânicos, além da disseminação de técnicas avançadas de cultivo de olerícolas e frutas.

A região em questão abriga um total de 58 produtores orgânicos distribuídos em quatro grupos de Organizações de Controle Social (OCS) que trabalham em conjunto com o IDR/PR. O sucesso na formação e apoio a esses grupos é atribuído ao Núcleo de Suporte à Produção Orgânica do Paraná (Nusorg/PR), que capacitou a equipe técnica do IDR para supervisionar e orientar essa modalidade de garantia da conformidade orgânica. Além disso, a assistência técnica e extensão rural (Ater) desempenharam um papel vital nesse progresso.






Maurício Castro Alves, Gerente Regional do IDR-PR, compartilhou a visão ambiciosa de estender esse movimento para mais municípios da região, visando alcançar um total de 500 produtores orgânicos. Com a entrega desses certificados, a esperança é que outros agricultores se sintam encorajados a adotar práticas orgânicas e contribuir para a expansão do setor.

O Paraná, com sua paisagem diversificada e clima propício, está rapidamente ganhando destaque como um dos principais polos de produção orgânica no Brasil. Essa posição é corroborada por dados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO), uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A região se destaca como um dos principais centros de produção desse tipo de alimento, fortalecendo ainda mais a reputação do Paraná como um líder na agricultura orgânica do país.

O evento contou com a presença de importantes representantes da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Paraná (SFA/PR), incluindo Cezar Augusto Pian, chefe da Divisão de Defesa Agropecuária, e Marcos Aparecido Gonçalves, chefe do Núcleo de Suporte à Produção Orgânica (Nusorg). Sua participação reforça o compromisso das autoridades em promover e incentivar práticas agrícolas sustentáveis e saudáveis.

Em um momento em que a busca por alimentos orgânicos e saudáveis está em constante ascensão, a conquista desses certificados por agricultores locais e indígenas não é apenas uma realização pessoal, mas um passo crucial para a construção de um sistema alimentar mais sustentável e consciente no Paraná e além.


Fonte: Mapa


quinta-feira, 20 de julho de 2023

Mapa registra mais 30 defensivos agrícolas, sendo seis de baixo impacto

Em 2023 já foram registrados 34 produtos classificados como de baixo impacto, o que evidencia a crescente preocupação com práticas agrícolas sustentáveis

Pulverizador

O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária divulgou recentemente o Ato n° 32, que traz o registro de 30 novos produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas prontos para serem utilizados pelos agricultores. Dentre esses, seis são classificados como de baixo impacto, quatro dos quais são destinados ao uso na agricultura orgânica. Essa atualização reforça o crescente compromisso com práticas agrícolas sustentáveis no Brasil, visando proteger o meio ambiente e a saúde humana.

Um dos destaques entre os produtos biológicos é a vespinha Diachasmimorpha longicaudata, que obteve o primeiro registro no país como "produto fitossanitário com uso aprovado para a agricultura orgânica". Esse produto apresenta uma solução inovadora para o controle de diversas espécies de moscas-das-frutas, incluindo a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), uma praga de grande relevância econômica para o Brasil. O registro desse produto também contribui para o programa de supressão da Bactrocera carambolae, conduzido pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).






A chefe da Divisão de Registro de Produtos Formulados, Tatiane Nascimento, enfatizou a importância desse registro, ressaltando que além de ser um produto com ativo novo, ele traz consigo uma opção de controle biológico para uma das pragas mais devastadoras para os cultivos. Com isso, a agricultura brasileira passa a contar com uma alternativa mais sustentável para combater as infestações de moscas-das-frutas, protegendo a produção de uma diversidade de frutos e estimulando práticas ambientalmente responsáveis.

Outro destaque nos registros é o fungicida mefentrifluconazole, que demonstra a evolução contínua da indústria de defensivos agrícolas no país. Esse novo ativo químico apresenta ação de controle contra uma ampla variedade de patógenos em diferentes cultivos, além de possuir propriedades protetoras e curativas, atuando em várias fases de desenvolvimento dos fungos. O fato de o mefentrifluconazole já possuir registro em outros países como Estados Unidos e União Europeia corrobora a sua eficácia e segurança.

Ao longo deste ano, já foram registrados um total de 151 produtos, sendo que 34 deles são classificados como de baixo impacto, enfatizando a crescente preocupação do setor com a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. Essa tendência representa um importante passo para reduzir o impacto ambiental causado pelo uso de agroquímicos e promover uma agricultura mais amigável ao meio ambiente.

Ademais, é relevante ressaltar que alguns dos produtos registrados são defensivos agrícolas genéricos que utilizam ingredientes ativos já previamente registrados no país. A disponibilidade de defensivos genéricos é um elemento chave para reduzir a concentração do mercado, aumentar a concorrência entre os fabricantes e, consequentemente, favorecer um comércio mais justo e acessível para a agricultura brasileira.

Todos os produtos registrados passaram por rigorosas análises e aprovações dos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, garantindo que atendam aos critérios científicos e estejam alinhados com as melhores práticas internacionais. Esse processo assegura que os defensivos agrícolas disponíveis no mercado sejam seguros para o uso adequado e eficientes na proteção das lavouras, sem comprometer a saúde das pessoas e o equilíbrio do ecossistema.

A inclusão de novos defensivos agrícolas, especialmente aqueles classificados como de baixo impacto, reflete um importante avanço no cenário agrícola brasileiro. Essa busca por soluções mais sustentáveis e menos agressivas ao meio ambiente reforça o compromisso do setor em promover a agricultura responsável e a preservação dos recursos naturais para as gerações futuras. Com a adoção dessas práticas, o Brasil caminha rumo a uma agricultura mais verde, competitiva e consciente de sua responsabilidade socioambiental.


Fonte: Mapa