segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Influenza Aviária: Uma Ameaça à Pecuária

Influenza Aviária: Boas práticas de manejo e biossegurança são essenciais para a prevenção

4 Galinhas ao lado da outras.

A pecuária é um dos pilares da economia global, fornecendo carne, leite e outros produtos essenciais para a alimentação humana. No entanto, a ameaça constante da Influenza Aviária, uma doença altamente contagiosa que afeta as aves, representa um desafio significativo para a indústria agrícola em todo o mundo. Nesta reportagem, vamos explorar a ameaça da Influenza Aviária e suas potenciais consequências para a pecuária.


O que é a Influenza Aviária?

A Influenza Aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral que afeta as aves, incluindo galinhas, patos, perus e outras espécies. Existem diferentes cepas do vírus, algumas das quais podem ser altamente patogênicas, causando graves problemas de saúde nas aves e resultando em altas taxas de mortalidade. A doença é causada por subtipos do vírus da influenza, e a infecção pode variar em gravidade, com sintomas que incluem letargia, falta de apetite, inchaço da cabeça e pescoço e, em casos graves, morte das aves.


A Ameaça à Pecuária

A Influenza Aviária é uma ameaça real para a indústria pecuária em todo o mundo. A principal preocupação é a rápida disseminação do vírus entre as aves, o que pode levar a surtos devastadores em granjas avícolas. Quando um surto ocorre, muitas vezes é necessário sacrificar um grande número de aves para conter a propagação da doença, causando perdas financeiras significativas para os produtores.

Além disso, a Influenza Aviária representa uma ameaça à segurança alimentar, uma vez que o consumo de carne de aves infectadas pode representar riscos à saúde humana. O vírus da gripe aviária pode, em teoria, infectar seres humanos, embora esse fenômeno seja desconhecido e improvável. No entanto, a preocupação com a segurança alimentar é justificada, e é por isso que as autoridades de saúde e os órgãos reguladores em todo o mundo estão atentos a essa ameaça.


Medidas de Prevenção e Controle

Para proteger a indústria pecuária e evitar a disseminação da Influenza Aviária, os produtores e autoridades têm adotado várias medidas de prevenção e controle. Algumas das medidas incluem:
  • Vigilância Ativa: Monitorar regularmente as aves em busca de sinais de infecção.
  • Isolamento e Quarentena: Isolar as aves doentes e implementar medidas de quarentena para evitar a propagação do vírus.
  • Higiene e Biossegurança: Reforçar as práticas de higiene nas instalações e manter padrões rigorosos de biossegurança.
  • Vacinação: Em alguns casos, a vacinação das aves pode ser uma medida eficaz de prevenção.

A Influenza Aviária continua sendo uma ameaça constante à pecuária em todo o mundo. Produtores, autoridades e cientistas trabalham juntos para monitorar, prevenir e controlar surtos da doença. A adoção de boas práticas de manejo e medidas de biossegurança adequadas é fundamental para proteger as aves e a indústria como um todo.

A educação sobre a Influenza Aviária e a conscientização entre os produtores desempenham um papel crucial na prevenção de surtos e na manutenção da segurança alimentar. À medida que a indústria pecuária continua a evoluir, a vigilância e a resposta eficaz à Influenza Aviária são essenciais para garantir um suprimento seguro e estável de produtos avícolas para a população global.


Foto: Enrique por Pixabay

sábado, 4 de novembro de 2023

MAPA Encerra Missão na Índia Consolidando Avanços na Abertura de Mercados e Comércio Bilateral

Os dois países também estabeleceram colaborações para promover o aprimoramento genético e a nutrição animal.

Colheitadeira e um trator.

A missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Índia chegou ao seu término, com o foco em melhorar a parceria entre os dois países. Houve uma série de negociações e acordos.


Abertura de Mercados

Durante a missão, o Ministério da Agricultura e Pecuária conquistou avanços significativos na abertura de mercados na Índia. Um destaque notável é a abertura do mercado de avocado, bem como a finalização do processo de abertura para cítricos como limão-taiti, limão siciliano, lima ácida e tangerina. Além disso, foi firmado um memorando de entendimento que visa ampliar o mercado de soja, abrindo oportunidades para a venda de suplementos alimentares destinados à cadeia produtiva de leite na Índia.


Cooperação Bilateral

Durante a visita, o ministro e sua comitiva participaram do Seminário Internacional – Perspectivas e o Futuro da Índia e Brasil, em Nova Délhi, onde foram assinados memorandos de entendimento com o intuito de fortalecer a cooperação e fomentar o desenvolvimento do comércio bilateral entre os dois países.

A missão também incluiu reuniões com autoridades indianas de destaque, como o ministro da Agência de Segurança e Padrões Alimentares da Índia, Kamala V Rao, para discutir a importação de produtos brasileiros, incluindo a polpa e o açaí liofilizado. Além disso, o mercado para a exportação de refresco para a Índia foi aberto recentemente.


Parceria na Pecuária

Uma das importantes agendas da missão foi a reunião com a ministra da Agricultura e Bem-Estar dos Produtores da Índia, Shobha Karandlaje, onde questões relacionadas à abertura de mercados foram abordadas. Neste contexto, o Brasil passará a exportar avocado para a Índia, enquanto a Índia terá a oportunidade de exportar milheto para o Brasil.

Além disso, o encontro com o ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia, Parshottam Rupala, resultou em um acordo de cooperação técnica para o melhoramento genético da raça girolando e cooperações científicas com instituições de ensino superior na capacitação profissional, consolidando uma parceria de longa data na melhoria genética do rebanho.


Redução Tarifária e Aumento de Cotas

A missão também abordou questões comerciais, como a redução tarifária e o aumento das cotas para cadeias produtivas de aves (frango inteiro e cortes de frango), suínos, algodão, frutas e suco de laranja. Durante uma reunião com o ministro do Comércio e Indústria, Assuntos dos Consumidores, Alimentos e Estoques Públicos e Têxteis da Índia, Piyush Goyal, foram discutidos acordos que têm o potencial de impulsionar o comércio entre os dois países.


A Transição Energética


O ministro Carlos Fávaro também teve a oportunidade de palestrar no encerramento do evento "O Diálogo sobre Transição Energética", enfatizando o papel do etanol como o "combustível do futuro" e destacando o envolvimento do Brasil e da Índia no Fórum Global de Biocombustíveis.

Além das reuniões de alto nível, a participação do Mapa na feira de alimentos World Food India trouxe a oportunidade de estabelecer novos negócios e parcerias.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Carlos Barengo por Pixabay

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Casos de Influenza Aviária em Mamíferos Marinhos no Sul do País

Nota de esclarecimento sobre casos de influenza aviária em mamíferos marinhos no Sul do Brasil, destacando medidas e precauções.

Mamiferos aquaticos.

Recentemente, foram veiculadas informações a respeito de casos de influenza aviária em mamíferos marinhos na região sul do país, um tema de grande relevância para a comunidade agropecuária e a saúde pública. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu um comunicado oficial a fim de esclarecer a situação atual desses casos. A seguir, apresentamos os principais pontos a partir da nota de esclarecimento:


Focos Confirmados no Rio Grande do Sul e Santa Catarina:

Até o presente momento, o Rio Grande do Sul reportou três focos confirmados da influenza aviária em mamíferos marinhos, localizados nos municípios de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Torres. No total, foram registrados 63 casos, sendo que a maioria deles (50) refere-se a animais encontrados sem vida na Praia do Hermenegildo, situada em Santa Vitória do Palmar. Além disso, o estado de Santa Catarina identificou um único caso confirmado dessa enfermidade.


Critério de Diagnóstico Clínico-Epidemiológico:

O Mapa destaca que o critério de diagnóstico clínico-epidemiológico é um procedimento adotado em conformidade com normas e manuais oficiais, sendo utilizado globalmente em circunstâncias de epidemia. Esse método permite a confirmação dos casos subsequentes, após a realização de diagnóstico laboratorial dos primeiros episódios da doença em uma espécie animal e área geográfica específicas.

Somente quando novos casos são observados em diferentes espécies animais ou em áreas geográficas distintas, é que a confirmação laboratorial é novamente requerida. A aplicação deste critério visa a otimização dos recursos e uma resposta ágil às situações de emergência.


Prioridade: Destinação Adequada das Carcaças

Neste momento, a prioridade reside na correta destinação das carcaças dos animais acometidos pela influenza aviária. Essa abordagem visa a minimização das chances de contaminação do meio ambiente, dos seres humanos e de animais suscetíveis. A conscientização e o manejo apropriado das carcaças desempenham um papel fundamental na mitigação dos riscos associados a essa enfermidade.


Inocuidade no Consumo de Produtos de Origem Animal:

É importante ressaltar que a infecção em seres humanos é uma ocorrência rara, mas as autoridades sanitárias recomendam que as pessoas não se aproximem de animais doentes ou mortos, como uma medida de precaução. Contudo, não há risco no consumo de carnes, ovos de aves, ou de qualquer outro produto de origem animal que seja devidamente inspecionado e certificado, mantendo-se a segurança alimentar.

Neste contexto, as autoridades competentes continuam monitorando a situação e adotando as medidas necessárias para conter a disseminação da influenza aviária e salvaguardar a saúde pública. É de extrema importância que a comunidade esteja ciente da situação e colabore com as orientações emitidas pelas autoridades sanitárias, garantindo a preservação da segurança e qualidade dos produtos de origem animal.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento segue acompanhando de perto essa questão e fornecerá informações adicionais à medida que a situação evoluir.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Gilles Lagnel por Pixabay


terça-feira, 31 de outubro de 2023

Bananas: Da Bananeira à Sua Cozinha

A banana, umas das principais frutas na mesa dos brasileiros, tem uma longa jornada da bananeira à cozinha de preparo.

Bananeiras em fila.

Bananas são uma das frutas mais populares e consumidas em todo o mundo. Saborosas, nutritivas e versáteis, essas frutas amarelas têm uma bela jornada desde o momento em que são colhidas nas árvores até chegarem à sua cozinha. Nesta reportagem, exploraremos o processo de cultivo, colheita, embalagem e distribuição das bananas.


Cultivo e Colheita

Tudo começa em plantações de banana, que estão espalhadas por várias regiões tropicais e subtropicais do mundo. A América Latina, África e o Sudeste Asiático são algumas das principais áreas de produção. Bananeiras, na verdade, não são árvores, mas sim plantas herbáceas gigantes, pertencentes ao gênero Musa.

As bananeiras crescem rapidamente, e o processo de cultivo envolve cuidados especiais, incluindo irrigação, controle de pragas e polinização manual. As bananas são colhidas quando ainda estão verdes, pois amadurecem após a colheita. Cada cacho de bananas é cuidadosamente cortado do pé da bananeira e transportado para as instalações de processamento.


Processamento e Embalagem

Nas instalações de processamento, as bananas passam por uma série de etapas antes de serem embaladas. Primeiro, elas são lavadas e limpas para remover sujeira e resíduos. Em seguida, são classificadas com base em seu tamanho, qualidade e maturidade. As bananas são então embaladas em caixas ou sacos plásticos que permitem que o gás etileno seja retido para acelerar o amadurecimento.

Um detalhe importante é que as bananas são sensíveis à temperatura e umidade. Portanto, durante o transporte e o armazenamento, é fundamental manter condições ideais para evitar o amadurecimento prematuro ou danos. Isso é geralmente alcançado por meio de câmaras de refrigeração e controle de umidade.


Distribuição e Comercialização

A distribuição das bananas é uma operação global complexa. Após o processamento e embalagem, as frutas são enviadas para diferentes partes do mundo por via terrestre, marítima e aérea. Grandes empresas multinacionais, cooperativas e pequenos produtores desempenham papéis cruciais na comercialização das bananas.

Nos supermercados e mercearias locais, as bananas geralmente são organizadas em seções de produtos frescos. Elas são uma das frutas mais vendidas em todo o mundo devido à sua acessibilidade, sabor e versatilidade. As bananas podem ser consumidas cruas, adicionadas a cereais matinais, usadas em smoothies, assadas em sobremesas ou até mesmo transformadas em pães e bolos.


Desafios na Indústria da Banana

Apesar de sua popularidade, a indústria da banana enfrenta desafios significativos, incluindo a pressão por práticas agrícolas mais sustentáveis, a proteção dos direitos dos trabalhadores nas plantações, e a necessidade de lidar com doenças que afetam as bananeiras, como o Mal-do-Panamá.

Além disso, a demanda por bananas orgânicas e de comércio justo tem crescido, refletindo uma preocupação crescente com a saúde e o bem-estar dos agricultores e do meio ambiente.

As bananas têm uma jornada fascinante da árvore à sua cozinha, envolvendo cuidados minuciosos e um
a complexa rede de produção e distribuição. Portanto, da próxima vez que saborear uma banana, lembre-se de toda a jornada que ela fez para chegar à sua cozinha.


Foto: M W por Pixabay

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Brasil e Indonésia: Iniciativa de Cooperação Contra a Febre Aftosa (ICFA)

Brasil e Indonésia firmam acordo técnico para produzir vacinas contra febre aftosa, compartilhar tecnologia e fortalecer cooperação no setor agrícola.

Foto mostra mesa com pessoas em acordo.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Pecuária da Indonésia firmaram um acordo técnico importante para o desenvolvimento de vacinas contra a febre aftosa, demonstrando uma colaboração efetiva entre os dois países na área de saúde animal.


Assinatura do acordo após reunião de ministros

A assinatura deste acordo histórico teve lugar após uma reunião produtiva entre o Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, e seu homólogo indonésio, Andi Amran Sulaiman, realizada em Jacarta na tarde de segunda-feira.


Compartilhando conhecimento e tecnologia

Carlos Fávaro destacou a importância desta cooperação, enfatizando que a Indonésia terá acesso às tecnologias desenvolvidas pelo Brasil para a produção de vacinas contra a febre aftosa. Ele afirmou: "O Brasil vai ser colaborativo, tenho certeza que será uma ampla oportunidade para os dois países, já que nós temos parque fabril disponível para produzir essa vacina e também compartilhar com a Indonésia".


Fornecimento de matérias-primas e materiais intermediários

O acordo estabelecido entre as partes serve como diretriz de implementação para garantir o fornecimento de matérias-primas e materiais intermediários necessários para a produção de vacinas contra a febre aftosa.


Transferência de tecnologia e aumento da capacidade de produção

Além disso, o acordo prevê a gestão e validação da transferência de tecnologia utilizada no desenvolvimento de isolados locais para a produção de vacinas e kits de diagnóstico na Indonésia, bem como o aumento da capacidade de produção e teste de vacinas locais.


Apoio técnico-científico na luta contra a febre aftosa

O acordo visa ainda estabelecer meios para apoio técnico-científico no controle e erradicação da febre aftosa, com base na experiência bem-sucedida do Brasil. Importante ressaltar que o Brasil é internacionalmente reconhecido como livre da febre aftosa (em zonas com e sem vacinação) desde 2018, com o último foco da doença ocorrendo em 2006.


Cooperação científica e ampliação do comércio agrícola

Dentro deste contexto de cooperação, foi estabelecida a criação de um grupo técnico entre os dois países para tratar de assuntos de interesse mútuo no setor agrícola, especialmente na cooperação científica. Além disso, a reunião também abordou as possibilidades de ampliação do comércio de produtos agropecuários brasileiros, demonstrando o potencial de parcerias econômicas a serem exploradas.

Esse acordo mostra um passo significativo na luta global contra a febre aftosa e a importância da cooperação internacional na proteção da saúde animal e na promoção do comércio agrícola.


Foto: Divulgação/Mapa

domingo, 29 de outubro de 2023

Dicas Agrícolas - Tenha uma Agricultura Sustentável Financeiramente

Agricultura sustentável financeiramente envolve planejamento, diversificação de culturas, tecnologia e gestão eficiente.

Imagem área de um trator.

A pressão sobre os recursos naturais, as mudanças climáticas e as flutuações econômicas tornaram essencial encontrar maneiras de tornar a agricultura mais sustentável financeiramente. Exploraremos algumas dicas valiosas para agricultores que desejam criar uma agricultura sustentável não apenas para o meio ambiente, mas também para o bolso.


Planejamento Inteligente

O primeiro passo para uma agricultura sustentável financeiramente é o planejamento inteligente. Os agricultores devem estabelecer metas claras e realistas, avaliar as condições climáticas, escolher culturas adequadas à região e planejar o ciclo de cultivo. Isso ajudará a reduzir perdas e otimizar o uso de recursos, resultando em maior rentabilidade.


Diversificação de Culturas

A diversificação de culturas é uma estratégia comprovada para reduzir os riscos financeiros na agricultura. Cultivar uma variedade de culturas não só melhora a saúde do solo, mas também ajuda a manter a estabilidade financeira, pois diferentes culturas podem ter safras em momentos diferentes. Isso ajuda a mitigar os impactos de flutuações de preços e condições climáticas adversas.


Tecnologia e Inovação

A tecnologia desempenha um papel crucial na agricultura moderna. A adoção de práticas agrícolas de precisão, como a agricultura de conservação e o uso de drones para monitorar as plantações, pode melhorar a eficiência e reduzir os custos. Além disso, a implementação de sistemas de irrigação eficientes pode economizar água e dinheiro.


Fertilização e Nutrição das Plantas

O manejo correto da fertilização é essencial para uma agricultura sustentável. Os agricultores devem realizar análises do solo e ajustar os nutrientes de acordo com as necessidades de cada cultura. Isso não apenas melhora a qualidade das colheitas, mas também economiza dinheiro, evitando o desperdício de fertilizantes.


Uso Sustentável da Água

A água é um recurso crítico na agricultura. A implementação de práticas de uso sustentável da água, como a irrigação por gotejamento e a captação de água da chuva, pode reduzir o consumo e os custos associados.


Mercado e Marketing

Conhecer o mercado e adotar estratégias de marketing eficazes é fundamental para a sustentabilidade financeira na agricultura. Isso inclui a identificação de nichos de mercado, a construção de relações com compradores e a adoção de práticas de comércio justo.


Uma agricultura sustentável financeiramente é não apenas benéfica para os agricultores, mas também para o planeta. Ao adotar práticas inteligentes, como o planejamento cuidadoso, a diversificação de culturas, a tecnologia, a gestão eficiente dos recursos e o entendimento do mercado, os agricultores podem colher os frutos de uma agricultura sustentável em todos os sentidos. Este é um compromisso com a prosperidade a longo prazo e um futuro mais saudável para todos.

A agricultura sustentável financeiramente é um passo fundamental na direção certa para garantir que a agricultura continue a prosperar e alimentar o mundo, mesmo diante dos desafios do século XXI.


Foto: Hans-Dirk Reinartz por Pixabay


sábado, 28 de outubro de 2023

Agricultura na Europa: Tradição, Inovação e Desafios

A agricultura na Europa tem uma rica história, enfrenta desafios de sustentabilidade e inovações tecnológicas para enfrentar as mudanças atuais.

Colheitadeira colhendo.

A Europa é uma região caracterizada por uma grande diversidade de paisagens, climas e culturas, o que se reflete na variedade de práticas agrícolas encontradas em todo o continente. 


História da Agricultura na Europa

A agricultura na Europa remonta a milhares de anos. As civilizações antigas que se desenvolveram na região, como os gregos e romanos, dependiam fortemente da agricultura para sustentar suas populações. A Revolução Agrícola que ocorreu na Europa durante a Idade Média resultou em avanços significativos na tecnologia agrícola, incluindo a inovação dos arados e a rotação de culturas. No entanto, a agricultura na Europa também foi afetada por guerras, pestes e mudanças climáticas, que levaram a períodos de fome e escassez.


Revolução Agrícola Moderna

A Europa experimentou uma revolução agrícola moderna no século XIX, com a introdução de máquinas agrícolas e novas práticas de cultivo. A mecanização da agricultura e o uso de fertilizantes químicos permitiram um aumento significativo na produção de alimentos. Além disso, a distribuição ferroviária e rodoviária melhorada permitiu a expansão dos mercados agrícolas, facilitando o comércio de produtos agrícolas.


A Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia

A União Europeia (UE) desempenha um papel fundamental na regulação e apoio à agricultura em seus Estados membros. A Política Agrícola Comum (PAC) é um dos pilares da integração europeia e visa garantir a estabilidade dos mercados agrícolas, promover o desenvolvimento rural e garantir um padrão de vida justo para os agricultores europeus. A PAC também promove práticas agrícolas sustentáveis e a proteção do meio ambiente.


Desafios Atuais

Apesar dos avanços na agricultura europeia, ainda existem desafios significativos a serem enfrentados:

  1. Sustentabilidade: A agricultura enfrenta pressões para se tornar mais sustentável, com a redução do uso de produtos químicos e a adoção de práticas agrícolas que respeitem o meio ambiente e a biodiversidade.
  2. Mudanças Climáticas: As mudanças climáticas estão afetando as condições de cultivo na Europa, com eventos climáticos extremos, como secas e inundações, representando uma ameaça à produção agrícola.
  3. Política e Subsídios: O sistema de subsídios da PAC tem sido criticado por favorecer grandes agricultores em detrimento dos pequenos agricultores e por não promover práticas sustentáveis o suficiente.
  4. Competitividade Global: A agricultura europeia enfrenta competição global de regiões que podem produzir alimentos a custos mais baixos, o que cria desafios para os agricultores europeus em termos de preços e acesso ao mercado.

Inovações na Agricultura Europeia

Apesar dos desafios, a Europa está na vanguarda da inovação agrícola. Muitos agricultores europeus estão adotando tecnologias modernas, como a agricultura de precisão, a agricultura vertical e a produção orgânica. Além disso, a pesquisa e desenvolvimento em toda a Europa buscam soluções inovadoras para enfrentar os desafios agrícolas, como a produção de alimentos mais sustentáveis e resistentes às mudanças climáticas.


A agricultura na Europa é uma parte fundamental da sua história e cultura. Através de séculos de desenvolvimento e inovação, a agricultura europeia se tornou altamente produtiva e tecnologicamente avançada. No entanto, a agricultura enfrenta desafios significativos relacionados à sustentabilidade, mudanças climáticas e concorrência global. Através de políticas como a PAC e inovações tecnológicas, a Europa está trabalhando para enfrentar esses desafios e manter a sua posição como uma importante região agrícola no cenário global.


Foto: Matthias Böckel por Pixabay

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Capinar ou Passar Herbicida? | Perguntas e Respostas

Já se perguntou algo como "capinar ou passar herbicida?" ou "será que vale a pena os esforços?"?

Homem capinando.

Na agricultura, o manejo de ervas daninhas é um dos desafios mais significativos que os produtores enfrentam. O controle dessas plantas indesejadas é essencial para garantir o sucesso da safra. Duas abordagens comuns para lidar com as ervas daninhas são o capinamento manual e o uso de herbicidas. Mas qual dessas técnicas é a mais eficaz e sustentável? Neste artigo, exploraremos essa questão vital para a agricultura e forneceremos respostas às perguntas mais comuns sobre o assunto.


terça-feira, 24 de outubro de 2023

Milho: Da Espiga à Sua Cozinha

O milho, desde o cultivo até à cozinha, é versátil, servindo receitas como pamonhas, tortilhas, cremes e bolos deliciosos.

Uma espiga de milho.


O milho, uma das culturas mais antigas da humanidade, tem uma história rica e uma versatilidade impressionante. Desde sua domesticação nas antigas Américas até sua disseminação por todo o mundo, o milho tornou-se um alimento fundamental em muitas culturas. Nesta reportagem, vamos explorar o ciclo de cultivo do milho e descobrir algumas das maneiras mais deliciosas de usá-lo em sua cozinha.


Cultivo do Milho

O processo de levar o milho da espiga à sua cozinha começa com o cultivo. O milho é uma planta de clima quente que cresce melhor em solos bem drenados e sob luz solar abundante. O processo de plantio geralmente começa na primavera, quando as temperaturas estão começando a subir. As sementes de milho são plantadas a uma certa profundidade e espaçamento em fileiras, geralmente em campos extensos. À medida que a planta cresce, ela requer cuidados regulares, como irrigação e controle de pragas.

O milho é uma cultura anual que atinge a maturidade em cerca de 75 a 90 dias, dependendo da variedade e das condições climáticas. Quando as espigas de milho estão maduras, elas são colhidas manualmente ou com máquinas colheitadeiras. As espigas são então despalhadas para revelar os grãos, que são a parte comestível do milho.


Versatilidade Culinária do Milho

O milho é um dos ingredientes mais versáteis da culinária e pode ser usado de inúmeras maneiras. Aqui estão algumas das receitas mais populares e saborosas que utilizam o milho:

1. Pamonha: Uma iguaria brasileira, a pamonha é feita com milho ralado, que é cozido e temperado com sal e açúcar, e envolto em folhas de milho antes de ser cozido a vapor. Pode ser doce ou salgada, e é um prato popular em festas juninas.

2. Milho na espiga:
Cozinhar o milho na espiga é uma maneira simples e deliciosa de apreciar esse ingrediente. Basta ferver as espigas em água com sal e, em seguida, servir com manteiga e temperos a gosto.

3. Tortilhas de Milho: As tortilhas de milho são uma parte fundamental da culinária mexicana. Elas são feitas com uma massa de milho chamada "masa harina" e podem ser usadas para fazer tacos, quesadillas e muitos outros pratos.

4. Creme de Milho:
Uma sopa cremosa e reconfortante feita com grãos de milho, creme de leite e temperos. É um prato popular em muitas cozinhas ao redor do mundo.

5. Bolo de Milho: Uma sobremesa deliciosa feita com milho ralado, açúcar, leite e outros ingredientes. O bolo de milho é comumente apreciado na América Latina.

6. Chips de Milho: O milho pode ser transformado em deliciosos chips crocantes. Basta cortar as espigas em rodelas finas, temperá-las e assá-las no forno até que fiquem douradas e crocantes.


Especial

O milho é um alimento incrivelmente versátil que desempenha um papel fundamental em muitas cozinhas ao redor do mundo. Desde sua plantação e colheita até suas muitas utilizações culinárias, o milho continua a ser uma cultura valiosa e deliciosa. Portanto, da próxima vez que você saborear uma pamonha barsileira ou um taco mexicano, lembre-se da jornada do milho, que começa na espiga e termina na sua cozinha, tornando-se uma parte essencial de suas refeições.


Foto: Ilo por Pixabay

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

No Senado, Mapa Participa em Debate sobre Sustentabilidade e Soberania Alimentar

No Senado, debate abordou segurança alimentar e inovação na agropecuária. Mapa enfatizou a transformação tecnológica para combater a insegurança alimentar.

Foto mostra debate.


Na última sexta-feira, o plenário do Senado Federal foi palco de uma importante discussão que abordou questões cruciais para o Brasil: o combate à fome, a segurança alimentar e a redução do desperdício de alimentos. O evento reuniu uma gama diversificada de participantes, incluindo ministros, senadores, gestores públicos e representantes do terceiro setor. Essa reunião se destinou a aprofundar o debate sobre ações, políticas públicas e novas propostas, todas voltadas para a promoção da sustentabilidade e da soberania alimentar no país.


Participação do Ministério da Agricultura e Pecuária

A Secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Renata Miranda, representou o órgão na discussão. Ela destacou que os temas em foco são prioridades do governo e do ministério. Renata Miranda observou que a transformação tecnológica em curso na agropecuária brasileira promete trazer mudanças significativas, tanto do ponto de vista social quanto econômico.


Ênfase na Transformação Tecnológica

O Mapa tem se dedicado a promover a agregação de valor e qualidade aos alimentos produzidos por inúmeros agricultores nos diferentes biomas do Brasil. Dentre as principais iniciativas do Ministério, destacam-se o Programa Nacional de Bioinsumos, que tem aumentado a disponibilidade de produtos biológicos, contribuindo para uma mudança na matriz de insumos da agropecuária nacional.


Programas de Sustentabilidade Ambiental e Desenvolvimento Territorial

O Mapa também vem implementando programas como o Carbono+Verde, de Recuperação de Pastagens Degradadas, e os planos de desenvolvimento territoriais Nordeste+Sustentável e Amazônia+Sustentável. Estes programas, ao preservar a cultura e o ecossistema locais, promovem arranjos produtivos em colaboração com diferentes instituições que atuam nesses territórios. Essas iniciativas geram emprego e renda, enquanto contribuem para a aceleração da transição tecnológica na agropecuária.


Relação com a Insegurança Alimentar

A Secretária Renata Miranda ressaltou que esses programas são estruturantes e, muitas vezes, não são diretamente associados à produção de alimentos, embora desempenhem um papel crucial na luta contra a insegurança alimentar. Eles representam um esforço contínuo do Ministério da Agricultura e Pecuária para promover a sustentabilidade e a soberania alimentar no Brasil, alinhando-se com as necessidades do país.

O debate no Senado reforça a importância de ações conjuntas e políticas eficazes para garantir a segurança alimentar, reduzir o desperdício de alimentos e promover a sustentabilidade no setor agropecuário brasileiro. O foco na transformação tecnológica e nas parcerias estratégicas é um caminho que parece promissor na busca por soluções sustentáveis para os desafios alimentares do Brasil.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

domingo, 22 de outubro de 2023

Dicas Agrícolas: Se Prepare Para Desastres Naturais

Desastres naturais acontecem e é importante estarmos preparados e previnidos a eles, sempre preservando a vida.

Tempestade/ciclone no campo.


A agricultura está sujeita a uma série de desastres naturais e eventos imprevisíveis que podem prejudicar significativamente a produção e a estabilidade financeira dos agricultores. Exploraremos dicas agrícolas essenciais sobre como se preparar para desastres no setor agrícola.

Em momentos de risco, é fundamental lembrar que o bem mais importante a ser protegido é a vida. A segurança e o bem-estar dos agricultores, suas famílias e comunidades devem ser prioridade absoluta. Todos os esforços de preparação e mitigação de desastres devem ser orientados por esse princípio fundamental, garantindo que as pessoas estejam protegidas e preparadas para enfrentar qualquer adversidade que a agricultura possa enfrentar. Afinal, a resiliência da agricultura começa pela preservação da vida humana.

É crucial destacar que as orientações das autoridades são de extrema importância em situações de desastre agrícola. Elas possuem conhecimento e recursos especializados que podem ser fundamentais para proteger vidas e propriedades. As dicas apresentadas neste artigo são complementares, mas a orientação oficial deve ser prioridade máxima em momentos de crise agrícola.


Conheça os Riscos Locais

O primeiro passo para se preparar para desastres agrícolas é entender os riscos específicos de sua região. Isso inclui identificar as ameaças climáticas, como secas, inundações, furacões, tornados, geadas tardias e ondas de calor. Além disso, é importante estar ciente de problemas de praga e doenças que podem afetar suas culturas. Consulte órgãos governamentais e especialistas locais para obter informações atualizadas sobre os riscos em sua área.


Desenvolva um Plano de Emergência

Uma vez que você esteja ciente dos riscos, é vital criar um plano de emergência sólido. Isso envolve a elaboração de um plano de ação claro para lidar com diferentes cenários de desastres. Certifique-se de que todos os membros da em caso de emergência. Além disso, tenha um sistema de comunica
sua equipe estejam familiarizados com o plano e saibam como agir ção eficiente para manter todos informados durante situações críticas.


Faça um Seguro Agrícola

Investir em um seguro agrícola é uma medida inteligente para proteger sua propriedade e culturas em caso de desastre. Esses seguros podem ajudar a cobrir os custos de recuperação após eventos como inundações, incêndios ou perdas devido a condições climáticas adversas. Certifique-se de entender os detalhes da sua apólice e mantenha-a atualizada de acordo com as mudanças em sua produção agrícola.


Diversifique suas Culturas

A diversificação de culturas pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o risco de perdas significativas em caso de desastre. Plantar diferentes tipos de culturas em sua propriedade agrícola significa que você não depende apenas de uma única colheita. Se uma cultura for afetada por um desastre, outras ainda poderão fornecer renda e sustento.


Invista em Tecnologia Agrícola Avançada

A tecnologia agrícola avançada, como sistemas de irrigação eficientes, monitoramento por satélite e previsão meteorológica de alta precisão, pode ajudar a mitigar os efeitos dos desastres agrícolas. Essas ferramentas permitem uma gestão mais precisa e adaptável da sua produção, ajudando a minimizar perdas durante condições adversas.


Mantenha Registros Detalhados

Manter registros detalhados de suas operações agrícolas é fundamental para se preparar para desastres. Isso inclui registros de plantio, colheita, uso de produtos químicos, gastos e receitas. Esses registros podem ser cruciais ao solicitar assistência governamental ou seguros após um desastre, além de ajudar na gestão eficaz da propriedade.


Estabeleça um Plano de Armazenamento e Logística

Em situações de desastre, o acesso a suprimentos e recursos pode ser limitado. Portanto, é essencial ter um plano de armazenamento e logística sólido. Isso inclui o armazenamento adequado de alimentos e insumos agrícolas, bem como a criação de rotas de evacuação seguras para pessoas e animais, se aplicável.


Fomente a Resiliência da Terra

Investir na saúde do solo e na resiliência do seu terreno agrícola pode ajudar a minimizar os efeitos dos desastres. Práticas de conservação, como rotação de culturas e uso de cobertura vegetal, podem melhorar a qualidade do solo e torná-lo mais resistente a condições climáticas extremas.


Mantenha uma Comunicação Aberta com a Comunidade

A colaboração com outros agricultores e membros da comunidade é fundamental. Estabeleça redes de apoio e compartilhe informações sobre práticas agrícolas seguras e estratégias de preparação para desastres. Juntos, a comunidade agrícola pode ser mais resiliente e capaz de enfrentar desafios comuns.


Esteja Preparado para se Adaptar

Por último, mas não menos importante, esteja preparado para se adaptar às mudanças. Os desastres podem causar interrupções significativas, mas a capacidade de se adaptar e aprender com as experiências anteriores é fundamental para a recuperação e a continuidade da atividade agrícola.


A imprevisibilidade e a gravidade de alguns eventos podem superar até mesmo as melhores preparações. No entanto, seguir essas orientações podem ser de grande ajuda, pois aumenta as chances de sobrevivência e recuperação em momentos críticos, mesmo que não ofereçam uma proteção completa ou garantia disso.

Em conclusão, a preparação para desastres no setor agrícola é uma responsabilidade fundamental de todos os agricultores. Conhecer os riscos, criar planos de emergência sólidos e investir em medidas de proteção são passos essenciais para garantir a resiliência da agricultura em face de desafios naturais imprevisíveis. Com cuidado e preparação adequados, os agricultores podem continuar a desempenhar um papel vital na produção de alimentos e recursos essenciais para nossa sociedade, mesmo diante das adversidades.


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