segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Programa de Recuperação de Estradas Vicinais do Mapa Torna-se Exemplo de Eficiência

O programa do Mapa para recuperar estradas vicinais se destaca pela eficiência na melhoria da logística rural e do abastecimento.

Estrada com plantação aos redores;


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tem concentrado esforços em iniciativas que visam aprimorar o escoamento da safra, fortalecer a infraestrutura logística da produção e, por conseguinte, otimizar o abastecimento de alimentos no país. Uma das ações destacadas tem sido a recuperação e expansão de estradas vicinais, desenvolvidas em parceria com municípios, secretarias estaduais e/ou consórcios municipais.


Foco na Eficiência para Superar Desafios

Estas medidas têm como objetivo proporcionar agilidade e eficiência nas obras, considerando as diversas dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais nos últimos anos, como adversidades climáticas recorrentes e a carência de infraestrutura logística de deslocamento e escoamento.


Base Legal para Eficiência

Com base no artigo 50-A da Portaria Interministerial 424 de dezembro de 2016 e, mais recentemente, no art. 54, inciso II, da Portaria Interministerial 33, de setembro de 2023, é viável a aprovação de projetos cujas licitações tenham sido realizadas antes mesmo da assinatura do instrumento de convênio. Isso, desde que se comprove que a contratação representa uma vantagem econômica em comparação à realização de uma nova licitação e que todas as regras legais tenham sido seguidas.


Municípios Já em Andamento

Assim, as prefeituras que submeteram projetos para análise técnica do Mapa já têm as obras em andamento em seus municípios. Um exemplo notável é o município de Canarana (MT), que já está na terceira medição para a recuperação de mais de 160 quilômetros de estradas vicinais.


Ampla Adesão Nacional

Diante dessa situação, o programa tem despertado um grande interesse nas bancadas federais de todos os estados do Brasil. No momento, o Mapa possui 588 propostas entre celebradas, empenhadas, a empenhar e a celebrar, categorizadas como identificadas de resultado primário discricionário. Essas propostas cobrem uma variedade de programas, incluindo a recuperação e expansão de estradas vicinais, aquisição de máquinas e equipamentos, insumos agropecuários e apoio a eventos, distribuídos nas 27 unidades da federação.

O programa de recuperação de estradas vicinais do Mapa se destaca como um exemplo de eficiência na promoção de melhorias na infraestrutura logística rural, essencial para o desenvolvimento do setor agropecuário e o abastecimento de alimentos no Brasil.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Chuva Já Basta Para as Plantas? | Perguntas e Respostas

Será que a água da chuva é suficiente para regar as plantas, ou é necessário um fornecimento contínuo de água? Se a rega for necessária, qual é a melhor opção: água da torneira ou água da chuva?

Regador pendurado despejando água.


A relação entre as plantas e a água é fundamental para o crescimento saudável e a sobrevivência das plantas. A água é um dos principais fatores que influenciam o desenvolvimento das plantas, e a chuva é uma fonte natural e vital desse recurso. No entanto, a pergunta que frequentemente surge é se a chuva por si só é suficiente para atender às necessidades hídricas das plantas, ou se a água da torneira é uma alternativa melhor. Veremos os prós e contras da água da chuva e da água da torneira no contexto do cuidado com as plantas.


A Importância da Água para as Plantas

É importante entender por que a água é tão crucial para as plantas. A água desempenha várias funções vitais para o crescimento vegetal. Ela atua como um solvente para minerais e nutrientes do solo, permitindo que as plantas absorvam esses elementos essenciais. Além disso, a água é necessária no processo de fotossíntese, onde as plantas convertem a energia solar em energia química para o seu crescimento. A água também regula a temperatura das plantas, fornecendo um mecanismo de resfriamento durante os dias quentes.


A Água da Chuva

A chuva é uma fonte natural de água que tem sido usada pelas plantas desde que elas existem. Ela é geralmente limpa e rica em nutrientes, fornecendo à planta a água de que precisa para prosperar. A água da chuva também é ligeiramente ácida, o que pode ajudar a neutralizar o solo alcalino. No entanto, há algumas desvantagens no uso exclusivo da água da chuva para regar plantas.

Em primeiro lugar, a chuva é imprevisível e sazonal. Isso significa que as plantas podem enfrentar secas ou excesso de água, dependendo do clima. Além disso, a água da chuva pode não ser suficiente durante períodos de seca prolongada, quando as plantas precisam de uma quantidade constante de água para sobreviver. Portanto, enquanto a chuva é benéfica, ela não pode ser a única fonte de água para as plantas, especialmente em regiões com estações secas.


A Água da Torneira

A água da torneira, por outro lado, é uma fonte de água constante e controlável. Ela está amplamente disponível em áreas urbanas e pode ser usada para regar as plantas de maneira regular. No entanto, a qualidade da água da torneira pode variar de acordo com a região. Em algumas áreas, a água da torneira pode conter produtos químicos, como cloro ou flúor, que podem ser prejudiciais para as plantas. Nestes casos, é aconselhável deixar a água da torneira descansar por um tempo para permitir que os produtos químicos se evaporem antes de regar as plantas.

Além disso, a água da torneira pode não ser tão rica em nutrientes quanto a água da chuva, e a sua qualidade pode ser afetada por poluentes presentes no ambiente. Portanto, em áreas onde a qualidade da água da torneira é uma preocupação, a utilização de filtros ou tratamento da água pode ser necessário para torná-la adequada para regar as plantas.


É necessário? Qual a melhor?

Em resposta à pergunta "Chuva já basta para as plantas?" A chuva é, sem dúvida, uma fonte vital de água para as plantas. Ela fornece água limpa e rica em nutrientes, e é parte integrante do ciclo natural da água que mantém a vida vegetal. No entanto, a chuva por si só pode não ser suficiente para atender às necessidades hídricas das plantas, especialmente em regiões com estações secas ou onde a qualidade da água da chuva é questionável.

A água da torneira, por sua vez, oferece uma fonte de água constante e controlável, mas a sua qualidade pode variar dependendo da localização. Portanto, a escolha entre a água da chuva e a água da torneira para regar as plantas depende de diversos fatores, incluindo a disponibilidade de água, a qualidade da água da chuva e da torneira, bem como as necessidades específicas das plantas. Importante notar é que em muitas vezes, a água da chuva é mais "saúdavel" para as plantas. Mas os reservátorios da água devem ser limpos, evitando contaminações de mosquitos, por exemplo.

Em muitos casos, uma combinação de ambas as fontes de água pode ser a melhor abordagem, aproveitando as vantagens de ambas. A chave é entender as necessidades individuais das plantas e adaptar o fornecimento de água de acordo com as condições locais e as características das plantas cultivadas. Dessa forma, garantimos que nossas plantas recebam a água de que precisam para prosperar e crescer de maneira saudável.


Foto: Manfred Richter por Pixabay

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Plano de Ação Estadual de Sergipe para Baixa Emissão de Carbono é Lançado na Exporingo 2023

Ministério da Agricultura e Pecuária participa do lançamento do Plano de Ação Estadual de Sergipe para reduzir emissões de carbono.

Foto do evento.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em conjunto com a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (SFA-SE), participou da Exporingo 2023, um evento que ocorreu entre os dias 4 e 8 de outubro no município de Lagarto, em Sergipe. A terceira edição desta feira consolidou-se como uma das maiores no segmento da região nordeste, reunindo mais de 200 estandes que ofereceram serviços, equipamentos agrícolas, estrutura para exposição de animais e uma variedade de opções gastronômicas.

O destaque do evento foi o lançamento oficial do Plano de Ação Estadual de Sergipe (PAE Sergipe) para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária com vistas ao Desenvolvimento Sustentável, também conhecido como Plano Estadual ABC+ 2020 - 2030. Sergipe se tornou o segundo estado do Nordeste a apresentar este plano e o oitavo no Brasil.

O PAE Sergipe foi concebido para deliberar, analisar, fomentar, articular e propor ações e medidas com o intuito de garantir a efetiva implantação do Plano. Ele se concentra em práticas de manejo e uso sustentáveis dos recursos naturais, visando a redução das emissões de gases de efeito estufa, bem como o aumento da fixação de carbono na vegetação e no solo.

Jonielton Oliveira Dantas, superintendente de Agricultura e Pecuária de Sergipe, enfatizou a importância do PAE Sergipe, destacando a sintonia do estado com as diretrizes do Mapa para o aprimoramento da sustentabilidade na produção agropecuária durante a década atual. Ele observou que o plano é um instrumento promotor da agropecuária sustentável, contribuindo para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

Dantas afirmou: "Além disso, é um mecanismo de integração das ações dos vários entes estaduais e da sociedade civil que atuam no setor produtivo. Mais do que ações pontuais e isoladas atinentes às práticas que envolvem a temática de sustentabilidade em Sergipe, a iniciativa anseia congregar políticas de estado que contribuam para a implementação de tecnologias, baseada na conservação ambiental, com inclusão social e viabilidade econômica."

Durante a Exporingo 2023, houve diversas rodas de conversa, incluindo a discussão sobre as "Perspectivas da Retirada da Vacinação Contra a Febre Aftosa em Sergipe", que foi ministrada por Vera Lúcia Minan de Oliveira, chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal (SISA-SE/ Mapa).


Programa ABC+ - Promovendo uma Agropecuária Sustentável

O Programa ABC+ é uma linha de crédito associada ao Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), que visa financiar tecnologias e sistemas de produção nas propriedades rurais. Essa iniciativa tem o objetivo de promover uma agropecuária mais adaptada às mudanças climáticas e também mitigar as emissões de gases de efeito estufa.

O Mapa desempenha o papel de Coordenação Nacional do ABC+, cuja governança inclui o Sistema Integrado de Informações do Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (SINABC).


PAE Sergipe - Rumo a uma Agropecuária Sustentável

O Plano de Ação Estadual de Sergipe é a contribuição do estado para o compromisso institucional do Brasil em consolidar uma agropecuária mais limpa. Ele serve como um instrumento incentivador de proposições e balizador de ideias e ações relacionadas à Agricultura de Baixo Carbono (ABC+), apresentando diretrizes específicas para o estado.

O Plano ABC+ de Sergipe foi estruturado em quatro metas essenciais, promovendo tecnologias com alto potencial de mitigação das emissões de gases de efeito estufa e combatendo o aquecimento global:

1. Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD) - com uma meta de 1.500 hectares.

2. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) - com uma meta de 1.000 hectares.

3. Florestas Plantadas - com uma meta de 1.000 hectares.

4. Bioinsumos - com uma meta de 300 unidades produtivas.

O lançamento do Plano de Ação Estadual de Sergipe é um passo importante para a promoção de uma agropecuária mais sustentável no estado e contribui para os esforços nacionais de mitigação das mudanças climáticas.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Seagri/Divulgação


terça-feira, 10 de outubro de 2023

BNDES Anuncia Nova Linha de Crédito para Cooperativas Agropecuárias

BNDES anuncia linha de crédito de R$1 bilhão para cooperativas agropecuárias, com foco em áreas afetadas por cheias e secas.

Campo com bovinos.


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou recentemente a criação de uma nova linha de capital de giro direcionada para cooperativas agropecuárias. Essa iniciativa, que faz parte do BNDES Crédito Rural, surge como resposta à demanda apresentada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e foi revelada durante a abertura da Expointer.


Ampla Demanda e Recursos Significativos

A nova linha de crédito destina-se a atender uma demanda estimada em até R$ 1 bilhão para a Safra 2023/2024. Ela tem o propósito de ampliar as opções de financiamento disponíveis para o setor agropecuário, complementando os recursos já disponibilizados pelo Plano Safra.


Opções de Custos e Indexação Diferenciadas

Uma característica relevante dessa linha de crédito é a flexibilidade de custos, que inclui taxas pré e pós-fixadas, bem como a opção de indexação da dívida à variação cambial. Isso é especialmente benéfico para as cooperativas que têm receitas em dólar ou associadas à moeda norte-americana.


Condições Especiais para Áreas em Calamidade

Para as operações protocoladas até 31 de março de 2024, serão oferecidas condições diferenciadas, como prazo de pagamento de até 5 anos e carência de até 1 ano. Essas condições especiais destinam-se a cooperativas que atuem em municípios que tenham declarado estado de emergência ou calamidade, reconhecidos pelo Governo Federal a partir de 01/01/2021.


Apoio a Agricultores Afetados por Eventos Climáticos

Essas medidas temporárias visam proporcionar suporte aos cooperados de todo o país que foram impactados pelos extremos climáticos durante a safra atual, assim como nas duas safras anteriores. A partir de abril de 2024, a linha operará com prazos de pagamento reduzidos para até 2 anos e carência de até 6 meses.


BNDES e o Compromisso com a Economia Local

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância dessas iniciativas em meio às mudanças climáticas e eventos climáticos extremos. Ele enfatizou que o BNDES está comprometido em criar condições favoráveis para que as cooperativas superem os desafios causados por secas prolongadas e enchentes em diversas regiões do Brasil.


Disponibilidade para Produtores Rurais Cooperados em Todo o País

A Linha Crédito Cooperativas será disponibilizada pelo BNDES por meio de sua extensa rede de mais de 70 instituições financeiras credenciadas, com atuação em todo o país. Ela está voltada para auxiliar produtores rurais cooperados em todo o território brasileiro, com destaque para aqueles do Rio Grande do Sul, que foram recentemente afetados por condições climáticas adversas. A previsão é de que essa solução entre em operação a partir de 17 de outubro.


Ações do Governo Federal e Medida Provisória 1189/2023

É importante ressaltar que essa nova linha de crédito se soma às ações do Governo Federal previstas na Medida Provisória 1189/2023, que busca auxiliar localidades atingidas pelas fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul desde setembro. Dentro das ações previstas na MP 1189/2023, o BNDES atuará oferecendo garantias para créditos, por meio do Peac-FGI Crédito Solidário RS, com a expectativa de garantir até R$ 1 bilhão em créditos.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte de informações: Mapa
Foto: 12019 por Pixabay

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Seminário Aborda Estratégias para Redução de Carbono na Produção Agropecuária

Evento virtual da Secretaria de Agricultura é o terceiro da série de quatro módulos, abordando diversos temas da Agricultura de Baixo Carbono

Bovinos em grupo comendo.


A busca por práticas sustentáveis na agricultura ganha destaque com o XVI Seminário de Políticas Públicas para o Setor Rural, promovido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Nesta terça-feira, 17 de outubro, a terceira etapa deste importante evento traz à tona o tema "Agricultura de Baixo Carbono e o Plano ABC". A discussão será transmitida ao vivo pelo canal do Youtube da Seapa, a partir das 9h, oferecendo insights valiosos sobre a redução das emissões de carbono na agropecuária.


Estratégias para a Redução de Emissões de Carbono em Foco

Nesta edição, o foco estará nas estratégias destinadas a diminuir a emissão de carbono na produção agropecuária. O evento contará com a participação de especialistas renomados, incluindo professores do Instituto Tecnológico de Agropecuária de Pitangui da Epamig e do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, bem como técnicos da Emater-MG. As inscrições para participar do seminário estão abertas.

O Superintendente de Inovação e Economia Agropecuária, Feliciano Nogueira de Oliveira, destaca a relevância deste terceiro episódio do XVI Seminário: "Abordaremos a produção de florestas plantadas, a terminação intensiva de bovinos e o tratamento de dejetos da produção animal, englobando rebanhos bovinos leiteiros e suínos. Todas essas técnicas estão direcionadas para a redução da emissão de gases de efeito estufa. Pretendemos, com isso, fornecer informações cruciais para a tomada de decisões voltadas para uma produção cada vez mais sustentável em Minas Gerais."


Debate e Interação ao Vivo

Além das apresentações dos especialistas, o evento também incluirá um debate mediado pelo superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Feliciano Nogueira de Oliveira. Os participantes da transmissão ao vivo terão a oportunidade de enviar perguntas em tempo real, tornando o evento ainda mais interativo e informativo. A previsão é de que as discussões se encerrem às 11h.


Série de Módulos para Abordar Diversos Aspectos da Agricultura de Baixo Carbono

A decisão de dividir o conteúdo do seminário em quatro módulos reflete a amplitude das informações a serem debatidas no contexto da agricultura de baixo carbono. O primeiro episódio abordou a adoção de tecnologias agropecuárias com alto potencial de mitigação das emissões de gases do efeito estufa, estratégias de neutralização do carbono e os desafios no contexto do mercado internacional de commodities.

No segundo episódio, foram apresentadas as tecnologias do plantio direto de grãos, além da introdução dos sistemas de Integração Lavoura Pecuária e Integração Lavoura Pecuária e Floresta como estratégias para a recuperação das áreas de pastagem e para a promoção de uma produção sustentável.


Programação do Terceiro Módulo

Tema: Estratégias para Redução da Emissão de Carbono na Produção Agropecuária

- Abertura: Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Thales Fernandes

- Palestra 1: A produção de florestas plantadas na mitigação da emissão de gases de efeito estufa, com o palestrante Fernando Caixeta, Professor do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM/Uberlândia).

- Palestra 2: A terminação intensiva de bovinos como estratégia para a redução da emissão de gases de efeito estufa, com o palestrante Gutierrez José Assis, Professor no Instituto Tecnológico de Agropecuária de Pitangui (ITAP/Epamig).

- Palestra 3: Tratamento de dejetos na produção animal (Suínos e Bovinos de Leite), apresentada por Jane Terezinha Costa Pereira, Coordenadora Técnica Estadual de Saneamento Ambiental da Emater-MG.

- Debate mediado por Ricardo Demicheli, Subsecretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável da Seapa.


O XVI Seminário de Políticas Públicas para o Setor Rural tem se destacado como uma importante plataforma para discutir práticas sustentáveis na agropecuária e a busca por soluções que contribuam para a redução das emissões de carbono no setor. A série de módulos permite uma análise aprofundada de diversos aspectos relacionados à agricultura de baixo carbono, sem tomar posições políticas, mas focando nos dados e nas estratégias apresentadas pelos especialistas.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Agricultura/MG
Foto: Divulgação/Emater-M

domingo, 8 de outubro de 2023

Dicas Agrícolas: Amoras - Cuidados Necessários

Cultivar amoras requer escolha da variedade adequada, solo bem preparado, irrigação correta, podas, fertilização, proteção contra pragas e colheita cuidadosa.
Três amoras em um galho.


A amora, uma fruta repleta de benefícios para a saúde, é uma excelente opção para quem deseja cultivar suas próprias frutas em casa. Seja em um jardim, horta ou até mesmo em vasos, as amoras podem ser cultivadas com sucesso. No entanto, como qualquer planta, elas requerem cuidados específicos para garantir um desenvolvimento saudável e a produção de frutas de qualidade. Neste artigo, exploraremos algumas dicas agrícolas essenciais para o cultivo de amoras.


Escolha da Variedade:

Antes de iniciar o cultivo de amoras, é importante escolher a variedade mais adequada ao seu clima e espaço disponível. Existem diferentes tipos de amoras, incluindo a amora-preta e a amora-vermelha. Certifique-se de pesquisar qual a variedade mais indicada para o seu local de cultivo. Consultar um viveirista local pode ser uma excelente maneira de obter orientações específicas para a sua região.


Localização e Solo:

As amoras prosperam em locais com boa exposição solar, pelo menos seis horas de sol direto por dia. Certifique-se de escolher um local adequado em seu jardim ou horta. Além disso, o solo deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica. Antes de plantar, faça uma análise do solo para determinar seus nutrientes e pH. Caso seja necessário, faça ajustes adicionando composto orgânico ou outros nutrientes necessários para melhorar a qualidade do solo.


Plantio e Espaçamento:

O plantio das mudas de amora deve ser feito na primavera ou no outono, quando a planta está em estado de dormência. Certifique-se de cavar um buraco adequado para cada muda, com profundidade suficiente para acomodar as raízes. O espaçamento entre as mudas deve ser de aproximadamente 1,5 a 2 metros, dependendo da variedade. Isso garantirá espaço suficiente para o crescimento saudável das plantas e uma boa circulação de ar.


Irrigação:

A amora precisa de uma quantidade adequada de água para crescer e produzir frutos. Mantenha o solo uniformemente úmido, mas evite encharcá-lo. Uma dica importante é regar pela manhã para permitir que as folhas sequem durante o dia, reduzindo assim o risco de doenças fúngicas. Use um sistema de gotejamento ou mangueira com regador de cabeça porosa para evitar o contato direto da água com as folhas.


Podas e Treinamento:

A poda é essencial para o cultivo de amoras. Ela ajuda a manter a planta saudável, controla o crescimento e melhora a qualidade da colheita. Realize a poda durante o inverno, quando as plantas estão dormentes. Remova os galhos mortos ou doentes e corte os galhos frutíferos que já produziram no ano anterior. Também é importante treinar as plantas em uma treliça ou cerca para suportar seu crescimento vertical.


Fertilização:

As amoras são plantas que apreciam uma alimentação adequada. Fertilize suas plantas no início da primavera com um adubo equilibrado. É aconselhável fazer uma análise do solo para determinar as necessidades específicas de nutrientes da sua plantação e, assim, ajustar a fertilização de acordo com essas necessidades.


Proteção contra Pragas e Doenças:

Assim como qualquer cultivo, as amoras estão sujeitas a ataques de pragas e doenças. Monitore regularmente suas plantas em busca de sinais de infestação. O controle preventivo é essencial para evitar problemas. Use técnicas de manejo integrado de pragas, como a rotação de culturas, o uso de predadores naturais e a aplicação de pesticidas orgânicos, se necessário. Também é importante remover qualquer planta doente imediatamente para evitar a propagação de doenças.


Colheita e Armazenamento:

As amoras estão prontas para a colheita quando ficam totalmente maduras e adquirem uma cor vibrante. Elas devem ser colhidas com cuidado para não danificar os frutos. As amoras são delicadas e podem estragar facilmente, portanto, manuseie-as com cuidado. Para armazenar as amoras, coloque-as em um recipiente ventilado na geladeira e consuma-as o mais rápido possível, pois têm uma vida útil limitada.


Resumo:

Cultivar amoras é uma atividade que proporciona frutos bons e saudáveis. No entanto, exige paciência e cuidados adequados ao longo do tempo. Lembre-se de que o sucesso no cultivo de amoras requer atenção constante às necessidades da planta e um compromisso contínuo com os cuidados necessários para mantê-la saudável e produtiva. 


Foto: NoName_13 por Pixabay

sábado, 7 de outubro de 2023

Como Reduzir os Agrotóxicos sem Prejudicar a Cultura? | Perguntas e Respostas

Com o alta demanda da agricultura e o preço dos produtos cada vez mais caro, como podemos reduzir o uso de agrotóxicos?

Trator com equipamento de fertilização.


Melhorar uma plantação enquanto se reduz o uso de agrotóxicos é uma preocupação cada vez mais relevante em um mundo que busca práticas agrícolas mais sustentáveis e saudáveis. O excesso de agrotóxicos pode prejudicar não apenas o meio ambiente, mas também a qualidade dos alimentos e a saúde humana. Portanto, adotar métodos de cultivo que minimizem a dependência desses produtos químicos é uma abordagem inteligente e responsável. Então como podemos reduzir os agrotóxicos e ainda assim continuar com uma plantação saudável e forte?

1. Rotação de culturas:
A rotação de culturas é uma técnica que consiste em alternar diferentes tipos de plantas em um mesmo terreno ao longo do tempo. Isso ajuda a reduzir a incidência de pragas e doenças específicas, que podem se acumular quando a mesma cultura é plantada repetidamente. Com a rotação, você pode diminuir a necessidade de agrotóxicos.

2. Plantio consorciado:
Plantar diferentes culturas próximas umas das outras pode criar um ambiente mais equilibrado, dificultando a propagação de pragas e doenças. Algumas plantas podem até mesmo beneficiar umas às outras, como o milho e o feijão, que têm uma relação simbiótica.

3. Uso de plantas repelentes:
Plantas repelentes, como manjericão, alecrim e lavanda, podem ser intercaladas com culturas sensíveis a pragas para manter os insetos afastados. Essas plantas liberam odores que repelem naturalmente pragas.

4. Controle biológico:
Utilize predadores naturais, como joaninhas e vespas parasitoides, para controlar pragas. A introdução desses insetos benéficos em sua plantação pode reduzir a necessidade de agrotóxicos.

5. Adubação orgânica:
Opte por adubos orgânicos, como composto e esterco, em vez de fertilizantes químicos. Solos saudáveis com boa matéria orgânica são menos suscetíveis a pragas e doenças.

6. Manejo integrado de pragas (MIP): O MIP é uma abordagem que envolve o monitoramento constante da sua plantação para identificar pragas e doenças em estágios iniciais. Isso permite a aplicação seletiva de agrotóxicos apenas quando necessário, em vez de um uso indiscriminado.

7. Sistemas de irrigação eficientes: Umidade excessiva no solo pode criar condições favoráveis para algumas doenças. Utilize sistemas de irrigação que forneçam água diretamente às raízes das plantas e evitem o excesso de umidade na superfície do solo.

8. Escolha de variedades resistentes:
Opte por cultivar variedades de plantas que sejam naturalmente resistentes a pragas e doenças. Isso reduzirá a necessidade de tratamentos químicos.

9. Uso de cobertura morta:
A cobertura morta, como palha ou casca de árvore, ajuda a manter o solo protegido e proporciona um ambiente menos hospitaleiro para as pragas.

10. Educação e treinamento:
Invista na formação de sua equipe ou de você mesmo em práticas agrícolas sustentáveis. O conhecimento é fundamental para a implementação bem-sucedida de métodos de cultivo com menos agrotóxicos.

11. Acompanhamento e registro:
Mantenha registros detalhados das práticas em sua plantação. Isso permitirá avaliar o sucesso das estratégias e fazer ajustes conforme necessário.

12. Consulte especialistas:
Não hesite em buscar a orientação de agrônomos e outros especialistas em agricultura. Eles podem oferecer insights valiosos e recomendações personalizadas para sua plantação específica.


Melhorar sua plantação usando menos agrotóxicos envolve uma abordagem holística que combina diferentes estratégias, desde o manejo do solo até a escolha de variedades de plantas resistentes. O objetivo final é promover a saúde da plantação, reduzir os impactos negativos no meio ambiente e produzir alimentos mais seguros e saudáveis. 

Reportagem por Amanhecer Agrícola

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Gaúchos se Preparam para Enfrentar a Ferrugem Asiática da Soja

Técnicos da Emater/RS-Ascar recebem capacitação da Seapi para monitorar ferrugem asiática na soja durante a safra 2023/2024.

Campo de soja.


Nesta terça-feira, 3 de outubro de 2023, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Emater/RS-Ascar realizaram um curso de capacitação destinado a técnicos da empresa de extensão rural. Este treinamento visa preparar os profissionais para sua atuação no Programa de Monitoramento da Ferrugem Asiática da Soja, conhecido como Programa Monitora Ferrugem RS, durante a safra 2023/2024.

A ferrugem asiática da soja, cujo agente causal é o fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma ameaça constante para as lavouras de soja nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul. O monitoramento dessa doença é fundamental para o manejo adequado e a proteção das safras.

Nesta capacitação, que contou com a participação de 66 extensionistas da Emater/RS-Ascar, os técnicos foram instruídos sobre o uso dos coletores de esporos, a coleta de amostras para análises laboratoriais e receberam outras informações técnicas relevantes para o Programa.

Segundo Andréia Mara Rotta de Oliveira, pesquisadora do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapi e uma das coordenadoras institucionais do Programa, essas capacitações são uma prática regular antes do início de cada safra, visando garantir que os técnicos estejam plenamente preparados para suas responsabilidades.

O conteúdo programático do evento abrangeu temas como as doenças da soja, com destaque para o manejo da ferrugem asiática, os procedimentos de análise para identificação dos esporos do fungo em laboratório, e a apresentação dos resultados do monitoramento realizado na safra anterior, 2022/2023.

Estiveram presentes no evento o chefe do Departamento de Defesa Vegetal (DDV), Ricardo Felicetti, e a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV), Rita de Cássia Antochevis, ambos fazendo parte da coordenação institucional do Programa pela Seapi. Além disso, o coordenador do Programa pela Emater/RS-Ascar, Elder Dal Prá, também esteve presente.


O Programa Monitora Ferrugem RS e seus avanços

O Programa Monitora Ferrugem RS é responsável pelo monitoramento de esporos da ferrugem asiática da soja nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul desde 2019. A partir da safra agrícola 2020/2021, o programa foi aprimorado com a inclusão de informações relacionadas às condições meteorológicas, como precipitação pluvial, temperatura e molhamento foliar. Essas informações estão disponíveis para os produtores no site do Programa.

O Monitora Ferrugem RS é uma iniciativa coordenada pela Secretaria da Agricultura em colaboração com a Emater/RS-Ascar, bem como com laboratórios privados e instituições de ensino e pesquisa do estado. Seu objetivo é fornecer dados precisos e atualizados aos produtores, contribuindo para o manejo eficaz da ferrugem asiática da soja e, consequentemente, para a proteção das safras e a sustentabilidade da agricultura no Rio Grande do Sul.


Reportagem por Amanhecer Agricola
Fonte: Agricultura/RS
Foto: from PxHere

Crédito Rural Alcança R$ 147 Bilhões em Trimestre Inicial do Plano Safra 2023/2024

Nos três primeiros meses do Plano Safra 2023/2024, o crédito rural atingiu R$ 147 bilhões, marcando um aumento de 11%.

Colheitadeira e plantação de soja.


Nos três primeiros meses do atual Plano Safra, que abrange o período de 2023 a 2024, o desembolso de crédito rural alcançou a expressiva marca de R$ 147 bilhões. Esse valor representa um aumento de 11% em relação ao mesmo período da safra anterior. Os financiamentos destinados ao custeio da atividade agrícola totalizaram aproximadamente R$ 90 bilhões, enquanto as concessões de linhas de investimento somaram R$ 23,7 bilhões. Além disso, as operações de comercialização atingiram a marca de R$ 17,5 bilhões, e as de industrialização somaram R$ 15,9 bilhões.


Contratos e programas de apoio

A análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revela que, nesse período de três meses, foram formalizados um total de 617.547 contratos. Desses, 444.077 beneficiaram produtores no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), enquanto 82.572 foram concedidos pelo Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

Os recursos destinados aos pequenos e médios agricultores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) totalizaram R$ 20,8 bilhões no Pronaf e R$ 23,2 bilhões no Pronamp.

Por outro lado, os demais produtores rurais formalizaram 90.898 contratos, resultando em R$ 103,1 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.


Investimento em modernização agrícola

No que diz respeito aos financiamentos para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) registrou contratações no valor de R$ 603 milhões, o que representa um aumento de 18% em relação ao mesmo período da safra anterior. Além disso, os financiamentos para o programa Pronamp atingiram a marca de R$ 1,9 bilhão, com um incremento de 34%.


Destaque para o Procap-Agro Giro

Outro ponto de destaque nos financiamentos agropecuários foi o Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro), que registrou R$ 323 milhões em contratos, marcando um crescimento notável de 113% em relação ao mesmo período da safra anterior.


Fontes de recursos e a contribuição da LCA

Em relação às fontes de recursos do crédito rural, vale ressaltar a crescente participação dos recursos livres equalizáveis nos contratos realizados nos meses de julho, agosto e setembro. Esse montante atingiu R$ 5,9 bilhões, o que representa um aumento significativo de 279% em relação ao mesmo período da safra anterior. Isso indica uma maior utilização dos recursos das instituições financeiras disponibilizados para equalização dentro do Plano Safra.

O secretário substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, destacou a relevante contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para o financiamento do crédito rural. A LCA representou 47% do total das aplicações na agricultura empresarial no primeiro trimestre da safra atual, totalizando R$ 59,2 bilhões. Esse valor representa um aumento de 69% em relação ao mesmo período da safra passada.


Dados provisórios e fontes de consulta

Vale ressaltar que os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 4 deste mês do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), responsável por registrar as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

Por fim, é importante observar que, dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ocorrer variações nos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Marevarzeamt, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Rio Grande do Sul Registra Foco de Influenza Aviária em Mamífero Aquático

Notificação não altera condição sanitária do Estado

Mamífero aquático.


A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) confirmou a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em mamíferos aquáticos na praia do Cassino, em Rio Grande, no litoral sul do Estado. Este é o segundo registro da doença no Rio Grande do Sul, porém, as autoridades garantem que a condição sanitária do Estado e do país permanece inalterada, sem riscos para o consumo de alimentos.


Notificação e Procedimentos

A notificação foi feita pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) de Rio Grande em 30 de setembro e prontamente atendida pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Amostras foram colhidas e encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), uma unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).

O foco anterior havia sido registrado em maio na Reserva do Taim, em aves silvestres (cisne-de-pescoço-preto), e foi encerrado após evidências epidemiológicas e coletas negativas. É importante ressaltar que não há registro da doença na avicultura comercial do Estado.


A Situação no Contexto Internacional

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, o aumento de casos de influenza aviária na região costeira do Uruguai e Argentina tem impactado o Rio Grande do Sul, que faz divisa com esses países. No entanto, ela enfatiza que as equipes estão seguindo os protocolos necessários para evitar a disseminação do vírus, em colaboração com os municípios.


Resposta às Evidências

Até o momento, dez animais foram recolhidos, incluindo oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos. Evidências apontam que a principal via de infecção em mamíferos aquáticos e semiaquáticos é o consumo de material infectante, como aves contaminadas por influenza aviária. Além disso, não está descartada a possibilidade de transmissão entre os próprios animais.


Alerta para a População

O SVO do Rio Grande do Sul emite um alerta à população para não se aproximar de animais mortos ou moribundos e notificar imediatamente a Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo número de WhatsApp (51) 98445-2033 em caso de suspeitas, que podem incluir sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita.


Colaboração Necessária

Rosane Collares destaca a importância da colaboração de todos, enfatizando que órgãos de saúde, meio ambiente e a Patrulha Ambiental estão monitorando a situação de perto. A conscientização e cooperação da população são essenciais neste momento.


Sobre a Influenza Aviária

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves, mas também pode infectar mamíferos e outros animais. A detecção desse foco em mamíferos aquáticos é um sinal de alerta para as autoridades sanitárias, que estão tomando medidas rigorosas para conter a disseminação da doença e garantir a segurança da população.

A Secretaria da Agricultura continuará monitorando a situação e fornecendo informações atualizadas à medida que novos desenvolvimentos ocorrerem.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Agricultura/RS

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Cana-de-açúcar, Etanol, Geração de Energia e a Sustentabilidade

A cana-de-açúcar é uma fonte eficiente de etanol e energia, promovendo sustentabilidade, mas requer práticas responsáveis e investimentos contínuos.

Plantação de Cana-de-açúcar.


A cana-de-açúcar é uma das culturas agrícolas mais emblemáticas do Brasil e tem desempenhado um papel fundamental na produção de etanol e na geração de energia. Essa associação entre a cana-de-açúcar, etanol e energia tem se mostrado uma alternativa viável e sustentável para atender às crescentes demandas energéticas, ao mesmo tempo em que contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa.


A Produção de Etanol a partir da Cana-de-Açúcar

A cana-de-açúcar é uma matéria-prima altamente eficiente na produção de etanol. A extração do suco de cana, seguida de sua fermentação e destilação, resulta em um biocombustível altamente eficiente e de baixa emissão de carbono. O etanol de cana-de-açúcar é uma alternativa mais limpa aos combustíveis fósseis, uma vez que sua queima em veículos automotores libera uma quantidade menor de poluentes atmosféricos.

O Brasil é líder mundial na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, com um processo altamente desenvolvido e tecnologicamente avançado. A produção sustentável de etanol não apenas contribui para a redução da dependência de combustíveis fósseis, mas também impulsiona a economia brasileira, gerando empregos e aumentando as exportações.


Geração de Energia a partir da Biomassa de Cana-de-Açúcar

Além do etanol, a cana-de-açúcar desempenha um papel crucial na geração de energia elétrica. As sobras da produção de cana-de-açúcar, como bagaço e palha, são utilizadas como biomassa para produzir eletricidade. As usinas de açúcar e álcool geralmente possuem caldeiras de alta eficiência que queimam esses resíduos, gerando vapor para acionar turbinas geradoras de eletricidade.

Essa prática não apenas atende às necessidades energéticas das usinas, mas também permite a exportação de eletricidade excedente para a rede elétrica, contribuindo para o suprimento de energia limpa e renovável para a população em geral. A geração de energia a partir da biomassa de cana-de-açúcar é uma estratégia sustentável e economicamente vantajosa.


Sustentabilidade e Desafios

Embora a cana-de-açúcar seja uma cultura versátil para a produção de etanol e geração de energia, existem desafios a serem enfrentados. A expansão descontrolada das plantações pode levar a problemas ambientais, como o desmatamento e a perda de biodiversidade. Portanto, é essencial que a produção de cana-de-açúcar seja conduzida de forma sustentável, seguindo práticas agrícolas responsáveis e respeitando as regulamentações ambientais.


Investimentos contínuos são necessários

Além disso, investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento são necessários para aprimorar a eficiência na produção de etanol e energia a partir da cana-de-açúcar, bem como para encontrar maneiras de otimizar o uso dos resíduos da planta.

A cana-de-açúcar desempenha um papel crucial na produção de etanol e na geração de energia, contribuindo para a redução das emissões de carbono e o fornecimento de fontes de energia renovável. No entanto, a sustentabilidade deve permanecer no centro dessas atividades para garantir que os benefícios econômicos e ambientais continuem a ser alcançados a longo prazo.


Foto: Anemone123 por Pixabay