segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Desastres Naturais: uma Ameaça ao Brasil e a Agricultura

Os desastres naturais têm se intensificado no Brasil, trazendo consigo uma série de desafios significativos para a agricultura do país.

Tempestade com raios.

Recentemente, eventos como chuvas intensas, enchentes e secas têm assolado diferentes regiões, causando não apenas prejuízos materiais, mas também impactando diretamente a produção agrícola e a vida das comunidades rurais.


Chuvas intensas e suas consequências

No Sul do país, registros de sete mortes em decorrência das últimas chuvas chamaram a atenção para a vulnerabilidade das regiões agrícolas diante de eventos climáticos extremos. Quatro pessoas perderam a vida no Rio Grande do Sul, enquanto outras três faleceram em Santa Catarina. Além das tragédias humanas, mais de 133 cidades do Rio Grande do Sul enfrentaram prejuízos significativos, afetando infraestruturas locais e, inevitavelmente, as atividades agrícolas.

A passagem do ciclone extratropical pelo Vale do Taquari em setembro deixou um rastro devastador nas cidades do Rio Grande do Sul. Com mais de 50 mortes e prejuízos milionários, as comunidades de Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Roca Sales e Muçum enfrentam desafios significativos na reconstrução. 


Perspectivas preocupantes

As previsões meteorológicas indicam que o El Niño atingirá seu pico em dezembro, agravando ainda mais os extremos climáticos no Brasil. A expectativa é de mais seca na Amazônia e no Nordeste, aumentando a pressão sobre as atividades agrícolas nessas regiões. Ao mesmo tempo, espera-se um aumento nas temperaturas no Sudeste e Centro-Oeste, o que pode impactar diversas culturas.


Desafios para a agricultura brasileira

A frequência e intensidade crescentes desses desastres naturais têm colocado em xeque a resiliência do setor agrícola brasileiro. A instabilidade climática interfere diretamente no planejamento das safras, na escolha de cultivos e na gestão dos recursos hídricos, gerando um cenário desafiador para os agricultores.

As enchentes no Sul, por exemplo, não apenas destroem plantações, mas também comprometem a qualidade do solo, prejudicando a produtividade a longo prazo. A seca no Nordeste, por sua vez, impõe limitações severas ao desenvolvimento de culturas essenciais para a subsistência local.


Seguro agrícola como medida preventiva

A crescente incidência de desastres naturais tem impulsionado a procura por seguro agrícola no Brasil. O aumento de 13% na contratação de seguros residenciais é reflexo
 da importância de se proteger contra eventos imprevisíveis e danosos. Essa tendência destaca a necessidade de medidas preventivas e da criação de políticas públicas que visem à sustentabilidade e à resiliência do setor agrícola diante das mudanças climáticas.

Os desastres naturais representam uma ameaça crescente para a agricultura brasileira, exigindo respostas efetivas por parte dos agricultores, governos e da sociedade como um todo. A implementação de práticas agrícolas sustentáveis, investimentos em infraestrutura resiliente e o fortalecimento de políticas de seguro agrícola são passos essenciais para enfrentar os desafios impostos pela variabilidade climática. 


Repotagem por Amanhcer Agrícola
Os dados são váriaveis e podem mudar constantemente
Foto: Abel Escobar por Pixabay

sábado, 18 de novembro de 2023

ANMIEF: Brasil Amplia Mercados Internacionais com Exportação de Farelo de Milho

Abertura de mercados internacionais destaca crescimento do Brasil na exportação de farelo de milho

Farelo de milho

O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da abertura dos mercados do Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia para a exportação de farelo de milho, um subproduto essencial da produção de etanol de milho. Tal conquista representa não apenas um avanço econômico para o país, mas também destaca as sólidas relações diplomáticas brasileiras no cenário internacional.


DDGS/DDG: Insumo Estratégico na Produção de Proteína Animal

Os DDGS/DDG, denominados tecnicamente como distiller´s dried grains e distiller´s dried grains with solubles, são resultantes da produção de etanol de milho na segunda safra. Esses subprodutos têm papel crucial como fonte proteica e energética nas formulações de ração animal, abrangendo diversas categorias como ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões.

De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as projeções indicam um expressivo aumento na produção de etanol de milho brasileiro até 2031/2032, atingindo a marca de 10,88 bilhões de litros. Esse crescimento resultará em uma oferta de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS para o mercado.


Colaboração entre Ministérios

A abertura desses novos mercados é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Essa colaboração é importante para o agronegócio e ampliar a oferta de insumos para a produção de proteína animal, consolidando a posição do Brasil como um dos líderes globais nesse setor.


Brasil: Terceiro Maior Produtor de Milho do Mundo

Atualmente, o Brasil ocupa a posição de terceiro maior produtor mundial de milho, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Cerca de 10% da produção de milho é destinada à produção de etanol, realizada na segunda safra, conhecida como "safrinha". Essa prática agrícola, que utiliza a mesma área após a colheita da safra principal no mesmo ano, contribui para a redução significativa das emissões de gás carbônico.


Sustentabilidade do Etanol de Milho: Pegada Ambiental Reduzida

Segundo as métricas do governo brasileiro, o etanol de milho apresenta uma das pegadas ambientais mais baixas entre todas as usinas de etanol no país, aproximadamente 17gCO2/MJ. Esse dado reforça a sustentabilidade da produção de etanol de milho, alinhando-se às preocupações ambientais globais.


Projeções para a Safra de Grãos 2023/24 e Impacto nas Exportações

O 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado em outubro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima uma produção total de milho de 119,4 milhões de toneladas. Destas, prevê-se que 38 milhões de toneladas serão destinadas à exportação, consolidando a importância do Brasil como um fornecedor significativo no mercado internacional.

A abertura desses novos mercados representa não apenas uma expansão econômica para o Brasil, mas também um reconhecimento da qualidade e competitividade dos produtos agropecuários brasileiros no cenário global.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Competitividade do Café Brasileiro vira Destaque no 29º Encontro Nacional da Indústria de Café

Evento promovido pela ABIC reúne profissionais do setor para debater produção, comercialização e consumo do café

Grãos de café.

O 29º Encontro Nacional da Indústria de Café (Encafé), realizado em Maceió (AL) na última quarta-feira (15), trouxe destaque para a discussão e intercâmbio de informações sobre a produção, comercialização e consumo do café, sendo considerado um dos eventos mais relevantes do setor no Brasil.


Desenvolvimento do Café Brasileiro e Necessidade de Competitividade

Durante o evento, foi ressaltada a evolução do café brasileiro ao longo de 150 anos, consolidando-se como um elemento distintivo no cenário nacional e internacional. A busca pela competitividade no setor foi destacada como uma prioridade, com a necessidade de medidas coletivas para fortalecer a posição do café brasileiro nos mercados globais.


Visibilidade Internacional e Rastreabilidade do Café

Além da ênfase na competitividade, foi salientada a importância de elevar a visibilidade do café brasileiro no contexto mundial. O reconhecimento do trabalho de rastreabilidade realizado pelos produtores foi destacado como um ponto positivo, visando aumentar o consumo global do produto.


29ª Edição do Encontro e Comemoração dos 50 anos da ABIC

A 29ª edição do Encafé, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), celebra os 50 anos de fundação da associação. Durante o evento, o presidente da ABIC, Pavel Cardoso, enfatizou os esforços contínuos para oferecer aos consumidores um café de alta qualidade, respeitando as regulamentações estabelecidas pelo Ministério da Agricultura.


Dados do Mercado de Café Brasileiro

Conforme dados da Secretaria de Políticas Agrícolas (SPA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil consolidou sua posição como o maior produtor mundial de café em 2022, representando 35% da produção global. As exportações atingiram 29 milhões de sacas, enquanto o consumo interno foi de 22 milhões de sacas.


Funcafé e Investimentos no Setor

Destacando os esforços para fortalecer o setor cafeeiro, o Ministério da Agricultura anunciou, em agosto deste ano, a alocação de R$ 6,3 bilhões para instituições financeiras operarem com as linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2023/24. O Funcafé visa apoiar a cadeia produtiva, incluindo linhas de crédito para comercialização, custeio, financiamento para aquisição de café e recuperação de cafezais danificados.


Conclusão do Encontro e Perspectivas para o Setor

O Encafé, que se estenderá até o próximo domingo (19), proporciona um ambiente propício para a troca de conhecimentos entre produtores, torrefadores, baristas, compradores, exportadores e demais profissionais do setor cafeeiro. O evento destaca-se como uma oportunidade única para impulsionar o diálogo e promover avanços no setor, consolidando a relevância do café brasileiro no cenário global.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto Anja por Pixabay

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Exportações do Agronegócio em Outubro Foram Mais de US$13 Bilhões

Exportações agrícolas brasileiras atingem US$ 13,38 bi em outubro de 2023, destacando soja, milho e açúcar; China lidera importações.

Foto de uma plantação de milho.

No mês de outubro de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 13,38 bilhões, representando 45,4% do total das exportações do país. Embora esse montante apresente uma diminuição de 2,3% em relação ao mesmo período de 2022, é importante destacar que a queda está associada, principalmente, à redução nos preços dos produtos exportados.


Influência dos Preços e Safra Recorde no Resultado de Outubro

A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) apontou que o desempenho das exportações em outubro foi fortemente impactado pelo declínio nos preços dos produtos exportados. No entanto, esse cenário foi compensado pela safra recorde de grãos de 2022/2023, o que resultou em um aumento significativo no volume exportado pelo Brasil.


Destaques do Mês: Soja, Milho e Açúcar
  • Soja em Grãos: As exportações de soja em grãos atingiram um volume recorde para o mês de outubro, alcançando 5,53 milhões de toneladas, representando um aumento de quase 45,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A China se destacou como o principal comprador, sendo responsável por quase 88% do volume exportado, totalizando US$ 2,89 bilhões, um aumento de 24%.
  • Milho: O mês registrou um recorde nas exportações de milho, atingindo 8,44 milhões de toneladas, um acréscimo de 24,5% em relação ao ano anterior. A China foi o principal importador, contribuindo com 40,9% da quantidade exportada pelo Brasil (3,46 milhões de toneladas) ou US$ 765,77 milhões.
  • Açúcar: As exportações de açúcar brasileiro aumentaram de US$ 1,30 bilhão (outubro/2022) para US$ 1,50 bilhão (outubro/2023), um aumento de 15,4%. O aumento dos preços médios de exportação em 26,9% foi o principal impulsionador desse incremento. Os maiores importadores foram Índia, Argélia, Indonésia, China, Canadá e Malásia.


Acumulado do Ano (janeiro a outubro): Crescimento Sustentado

No acumulado do ano até outubro de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram um recorde de US$ 139,58 bilhões, evidenciando um crescimento sólido de 3% em comparação com o mesmo período de 2022 (US$ 135,55 bilhões). Os setores que mais contribuíram para esse desempenho foram o complexo soja, complexo sucroalcooleiro e cereais, farinhas e preparações.


Destino Geográfico e Mercado Comprador

A Ásia destacou-se como a principal região de destino, absorvendo 53,4% das exportações do agronegócio brasileiro. A China manteve-se como o maior mercado comprador individual, contribuindo com US$ 51,10 bilhões e detendo 36,6% do market share.

Estes dados evidenciam a robusta presença e competitividade do agronegócio brasileiro nos mercados internacionais. É imperativo monitorar de perto não apenas os fatores de oferta, mas também a dinâmica de preços, a fim de compreender os desdobramentos futuros deste setor vital para a economia nacional.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa


domingo, 12 de novembro de 2023

Dicas Agrícolas: Plante Árvores!

Plantar árvores na agricultura, considerando espécies, segurança e cuidados individuais podem trazer benefícios sustentáveis.

Árvores vistas com um olhar para cima.

Na busca por práticas agrícolas sustentáveis e resilientes, a presença de árvores nas propriedades rurais tem se mostrado não apenas benéfica, mas fundamental. Com impactos positivos que vão desde a conservação do solo até o fornecimento de sombra para o gado, o plantio de árvores se apresenta como uma decisão estratégica a ser avaliada por agricultores e proprietários de terras.


Benefícios da presença de árvores:

1. Conservação do solo e recursos hídricos:
As árvores desempenham um papel crucial na prevenção da erosão do solo, ajudando a reter a umidade e a estabilizar encostas. Suas raízes profundas contribuem para a absorção de água, diminuindo os riscos de inundação e mantendo a umidade do solo.

2. Diversificação ecológica: O plantio de árvores aumenta a biodiversidade da área, criando habitats para pássaros, insetos benéficos e outros animais que contribuem para o equilíbrio ecológico.

3. Sombreamento e proteção animal: Árvores proporcionam sombra, oferecendo alívio do calor para o gado e outros animais. Além disso, elas servem como abrigo natural, protegendo o gado e outros animais da intempérie.

4. Produção de alimentos e recursos renováveis: Em muitos casos, árvores frutíferas ou madeireiras podem ser plantadas para fornecer frutas, nozes ou madeira, tornando-se uma fonte adicional de renda.


Cuidados e considerações:

Enquanto os benefícios das árvores são inegáveis, é essencial considerar alguns aspectos antes do plantio:

1. Escolha das espécies: Selecionar árvores que se adaptem ao clima e solo local é crucial para garantir seu crescimento saudável. Consultar especialistas ou instituições agrícolas pode ser útil para determinar as melhores opções para a região.

2. Espaçamento e planejamento: O espaçamento adequado entre as árvores é fundamental para evitar competição por recursos, permitir o crescimento saudável e a manutenção adequada.

3. Manutenção e cuidados iniciais: Nos estágios iniciais do plantio, as árvores podem necessitar de cuidados especiais, como irrigação regular e proteção contra pragas e ervas daninhas.

4. Avaliação individual:
Cada propriedade possui características únicas, e a decisão de plantar árvores deve ser baseada em uma avaliação individual, considerando as metas do agricultor, as condições do terreno e as necessidades específicas da propriedade.


Riscos 

1. Incêndios Florestais:
Árvores em áreas secas ou de alto risco de incêndio podem aumentar a probabilidade de incêndios florestais. 

2. Estruturas e Infraestrutura: O crescimento das árvores pode interferir em estruturas existentes, como linhas de energia, edifícios ou estradas. Manter uma distância segura e realizar podas adequadas é crucial para evitar danos.

3. Saúde e Segurança dos Trabalhadores: Durante a manutenção das árvores, como podas ou colheita, há riscos associados à altura e ao manuseio de equipamentos. Treinamento adequado e a utilização de equipamentos de segurança são fundamentais para prevenir acidentes.


O plantio de árvores pode ser um investimento a longo prazo, requerendo planejamento cuidadoso e comprometimento. No entanto, os benefícios a longo prazo para a saúde do solo, a sustentabilidade ambiental e a diversificação das atividades agrícolas frequentemente superam os desafios iniciais.

Ao avaliar as vantagens e considerar as necessidades individuais, os agricultores podem tomar uma decisão informada e estratégica para melhorar não apenas suas propriedades, mas também o meio ambiente como um todo.


Foto: NASTER por Pixabay

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Cultivar Frutas ou Verduras? | Perguntas e Respostas

A escolha entre cultivar frutas ou verduras é uma decisão crucial para os agricultores. 

A esquerda: Frutas, a direita: verduraas


Ambas as opções oferecem oportunidades e desafios únicos, levando a debates frequentes sobre qual caminho seguir. Para ajudar a compreender melhor essa questão, vamos explorar algumas perguntas frequentes sobre a cultivação de frutas e verduras.


Qual demanda de mercado é mais estável: frutas ou verduras?

O mercado de frutas e verduras é variável, mas geralmente, as verduras têm uma demanda mais estável. Isso se deve à sua natureza de consumo mais frequente e à necessidade constante no mercado de alimentos. No entanto, as frutas, com sua diversidade e preferência sazonal, também têm seu próprio espaço de demanda constante.


Quais são os prós e contras de cultivar frutas?

As frutas geralmente exigem mais tempo para maturar e cuidados específicos. Elas podem ser mais suscetíveis a pragas e condições climáticas. No entanto, o valor agregado das frutas é frequentemente maior, proporcionando uma oportunidade para lucros significativos. Além disso, muitas frutas têm uma vida útil mais longa em comparação com as verduras, o que pode beneficiar a logística e o armazenamento.


E as verduras, quais são suas vantagens e desafios?

As verduras, em comparação com as frutas, têm um ciclo de crescimento mais curto, o que significa um retorno mais rápido do investimento. Elas geralmente requerem menos cuidados e espaço, sendo mais fáceis de manusear. No entanto, a competição no mercado pode ser mais acirrada, já que muitas variedades de verduras são comuns e têm uma vida útil mais curta.


Qual delas exige mais recursos, como água e nutrientes do solo?

Geralmente, as frutas tendem a exigir mais recursos em comparação com as verduras. Seu tempo de crescimento mais longo e a exigência de nutrientes específicos podem demandar mais do solo e do sistema de irrigação.


Qual é a decisão mais lucrativa?

Não há uma resposta única. A lucratividade depende de diversos fatores, incluindo a região, a demanda do mercado, os custos de produção e a habilidade do agricultor em gerenciar sua plantação. Alguns agricultores encontram mais sucesso com frutas devido aos preços mais altos, enquanto outros prosperam com a produção de verduras devido ao volume e à rápida rotatividade.

A a escolha entre cultivar frutas ou verduras depende de uma série de fatores, desde preferências pessoais até análises de mercado e recursos disponíveis. Muitos agricultores optam por diversificar suas plantações, colhendo os benefícios de ambas as categorias. Encontrar o equilíbrio certo é essencial para o sucesso a longo prazo no campo da agricultura.


Foto: NoName_13 por Pixabay, Robert Owen-Wahl por Pixabay

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Minas Gerais Avança Rumo ao Status de Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação

Minas Gerais busca o status de livre de febre aftosa sem vacinação, exigindo a atualização anual dos dados do rebanho como medida fundamental.

Bois um do lado do outro.

Minas Gerais dá passos importantes em direção ao status de "livre de febre aftosa sem vacinação", um reconhecimento internacional conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A medida, que implica a suspensão da vacinação obrigatória contra febre aftosa, foi autorizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em março deste ano. Agora, o estado está focado em cumprir as etapas necessárias para alcançar esse reconhecimento.


Atualização Anual dos Dados do Rebanho

Uma das etapas fundamentais para a busca desse reconhecimento é a atualização anual dos dados dos rebanhos mineiros. Produtores de diversas espécies, incluindo bovinos, bubalinos, galinhas, peixes, abelhas, ovinos e caprinos, têm agora a obrigação de atualizar suas informações junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).


Monitoramento Sanitário Eficiente

A atualização dos dados do rebanho é crucial para o efetivo monitoramento sanitário estadual. O objetivo é fornecer informações detalhadas sobre a população animal suscetível à febre aftosa nos últimos 24 meses, segmentadas por espécie. A suspensão da vacinação exige que os produtores estejam cientes da necessidade de manter seus registros atualizados.

"Os produtores estavam acostumados a vacinar seus animais contra febre aftosa nos meses de maio e novembro. Agora, temos a tarefa de conscientizá-los sobre a necessidade de realizarem a atualização cadastral de seus rebanhos para uma efetiva vigilância sanitária em Minas e a consequente conquista do reconhecimento internacional de livre da doença sem a necessidade de vacinação", explica Antônio Carlos de Moraes, diretor-geral do IMA.


Múltiplas Opções de Atualização

A atualização dos dados do rebanho pode ser realizada através do Portal do Produtor Rural, acessado pelo site do IMA. Para aqueles que ainda não possuem acesso ao portal, é necessário se cadastrar. Além disso, os produtores têm a opção de atualizar seus dados por e-mail ou presencialmente em uma das unidades do IMA no estado. Vale ressaltar que, além dos dados do rebanho, os produtores também devem declarar a vacinação contra raiva de diversas espécies.


Consequências da Não Atualização

Produtores que não cumprirem a obrigação de atualizar seus dados podem enfrentar restrições significativas. Eles poderão ser impedidos de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento oficial para o trânsito de animais, bem como de acessar a Ficha Sanitária Animal até que ocorra a atualização do cadastro das explorações pecuárias.


Benefícios para a Agropecuária Mineira

A retirada da vacinação contra febre aftosa representa um avanço para a agropecuária mineira, abrindo portas para a exportação da carne produzida no estado. Diversos países exigem atestados sanitários que confirmam a inexistência da doença, o que possibilita um ganho econômico para os produtores, uma vez que não precisam mais arcar com os custos da compra de vacinas e da contratação de profissionais para a aplicação dos imunizantes.


Histórico de Minas Gerais em Relação à Febre Aftosa

Minas Gerais não registra casos de febre aftosa desde 1996. A vacinação era uma exigência no estado por mais de 70 anos. Em 2001, o estado foi classificado como livre de febre aftosa com vacinação. No Brasil, alguns estados e regiões já conquistaram o status de "livre da doença sem vacinação", incluindo Santa Catarina, Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, e áreas dos estados do Amazonas e de Mato Grosso.


Reportagem por Amanhecer Agrícola, 
Fonte: Agricultura/MG,
Foto: Divulgação/IMA

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Morangos: da Agricultura à Sua Cozinha

A bela trajetória dos morangos, desde a produção agrícola até o uso culinário

Um morango "no pé".

Os morangos são frutos apreciados por seu sabor característico e versatilidade na culinária, mas por trás de seu sabor doce, existe uma cadeia de produção que envolve diversos processos, desde a agricultura até a mesa do consumidor.


A Agricultura do Morango

Os morangos, originários da Europa e Ásia, têm uma história que se estende por mais de 2.000 anos. O cultivo comercial começou no século XVIII na América do Norte, onde o fruto ganhou destaque. Atualmente, a produção de morangos é uma indústria global que emprega uma variedade de técnicas e métodos para garantir a qualidade e o suprimento contínuo.

A seleção adequada de variedades, o preparo do solo, o manejo da irrigação e o controle de pragas são elementos essenciais para o êxito da produção de morangos.


Da Colheita à Distribuição

A colheita dos morangos é uma tarefa delicada que requer atenção aos detalhes. Os morangos devem ser colhidos no ponto ideal de maturação, sendo muitas vezes coletados manualmente para evitar danos aos frutos. Após a colheita, os morangos são acondicionados em embalagens que garantem sua integridade durante o transporte para os mercados locais e internacionais.


O Morango na Cozinha

Na culinária, os morangos são apreciados por sua versatilidade. Eles podem ser utilizados em diversas preparações, desde sobremesas clássicas, como morangos com chantilly, até pratos mais inovadores, como saladas com morangos frescos. Os morangos são frequentemente transformados em compotas, geleias, bolos e tortas, adicionando um toque adocicado a essas receitas. Sua doçura natural e acidez equilibrada tornam-nos um ingrediente versátil e valioso na culinária.


Saúde e Nutrição

Além de seu sabor marcante, os morangos são conhecidos por seu valor nutricional. São uma fonte rica de vitamina C, fibras e antioxidantes, tornando-os uma escolha saudável em uma dieta equilibrada. Com baixo teor calórico, os morangos são uma opção de lanche saudável e saboroso.


Culturalmente Relevantes

Os morangos desempenham um papel na cultura popular, sendo frequentemente associados a temas românticos e festivos. São comuns em festivais e celebrações, onde são destacados em sobremesas e bebidas especiais.

Os morangos não são apenas frutos apreciados por seu sabor, mas também símbolos de uma cadeia de produção complexa que se estende da agricultura até a nossa mesa. Cada mordida de um morango nos lembra da jornada que esse fruto percorreu para chegar até nós, representando a diversidade de sabores que o mundo nos oferece. Portanto, ao apreciar um morango, honramos a complexa cadeia de produção que nos permite desfrutar desse delicioso fruto vermelho em nossas refeições.


Foto: Jorge Lujan por Pixabay

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Influenza Aviária: Uma Ameaça à Pecuária

Influenza Aviária: Boas práticas de manejo e biossegurança são essenciais para a prevenção

4 Galinhas ao lado da outras.

A pecuária é um dos pilares da economia global, fornecendo carne, leite e outros produtos essenciais para a alimentação humana. No entanto, a ameaça constante da Influenza Aviária, uma doença altamente contagiosa que afeta as aves, representa um desafio significativo para a indústria agrícola em todo o mundo. Nesta reportagem, vamos explorar a ameaça da Influenza Aviária e suas potenciais consequências para a pecuária.


O que é a Influenza Aviária?

A Influenza Aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral que afeta as aves, incluindo galinhas, patos, perus e outras espécies. Existem diferentes cepas do vírus, algumas das quais podem ser altamente patogênicas, causando graves problemas de saúde nas aves e resultando em altas taxas de mortalidade. A doença é causada por subtipos do vírus da influenza, e a infecção pode variar em gravidade, com sintomas que incluem letargia, falta de apetite, inchaço da cabeça e pescoço e, em casos graves, morte das aves.


A Ameaça à Pecuária

A Influenza Aviária é uma ameaça real para a indústria pecuária em todo o mundo. A principal preocupação é a rápida disseminação do vírus entre as aves, o que pode levar a surtos devastadores em granjas avícolas. Quando um surto ocorre, muitas vezes é necessário sacrificar um grande número de aves para conter a propagação da doença, causando perdas financeiras significativas para os produtores.

Além disso, a Influenza Aviária representa uma ameaça à segurança alimentar, uma vez que o consumo de carne de aves infectadas pode representar riscos à saúde humana. O vírus da gripe aviária pode, em teoria, infectar seres humanos, embora esse fenômeno seja desconhecido e improvável. No entanto, a preocupação com a segurança alimentar é justificada, e é por isso que as autoridades de saúde e os órgãos reguladores em todo o mundo estão atentos a essa ameaça.


Medidas de Prevenção e Controle

Para proteger a indústria pecuária e evitar a disseminação da Influenza Aviária, os produtores e autoridades têm adotado várias medidas de prevenção e controle. Algumas das medidas incluem:
  • Vigilância Ativa: Monitorar regularmente as aves em busca de sinais de infecção.
  • Isolamento e Quarentena: Isolar as aves doentes e implementar medidas de quarentena para evitar a propagação do vírus.
  • Higiene e Biossegurança: Reforçar as práticas de higiene nas instalações e manter padrões rigorosos de biossegurança.
  • Vacinação: Em alguns casos, a vacinação das aves pode ser uma medida eficaz de prevenção.

A Influenza Aviária continua sendo uma ameaça constante à pecuária em todo o mundo. Produtores, autoridades e cientistas trabalham juntos para monitorar, prevenir e controlar surtos da doença. A adoção de boas práticas de manejo e medidas de biossegurança adequadas é fundamental para proteger as aves e a indústria como um todo.

A educação sobre a Influenza Aviária e a conscientização entre os produtores desempenham um papel crucial na prevenção de surtos e na manutenção da segurança alimentar. À medida que a indústria pecuária continua a evoluir, a vigilância e a resposta eficaz à Influenza Aviária são essenciais para garantir um suprimento seguro e estável de produtos avícolas para a população global.


Foto: Enrique por Pixabay

sábado, 4 de novembro de 2023

MAPA Encerra Missão na Índia Consolidando Avanços na Abertura de Mercados e Comércio Bilateral

Os dois países também estabeleceram colaborações para promover o aprimoramento genético e a nutrição animal.

Colheitadeira e um trator.

A missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Índia chegou ao seu término, com o foco em melhorar a parceria entre os dois países. Houve uma série de negociações e acordos.


Abertura de Mercados

Durante a missão, o Ministério da Agricultura e Pecuária conquistou avanços significativos na abertura de mercados na Índia. Um destaque notável é a abertura do mercado de avocado, bem como a finalização do processo de abertura para cítricos como limão-taiti, limão siciliano, lima ácida e tangerina. Além disso, foi firmado um memorando de entendimento que visa ampliar o mercado de soja, abrindo oportunidades para a venda de suplementos alimentares destinados à cadeia produtiva de leite na Índia.


Cooperação Bilateral

Durante a visita, o ministro e sua comitiva participaram do Seminário Internacional – Perspectivas e o Futuro da Índia e Brasil, em Nova Délhi, onde foram assinados memorandos de entendimento com o intuito de fortalecer a cooperação e fomentar o desenvolvimento do comércio bilateral entre os dois países.

A missão também incluiu reuniões com autoridades indianas de destaque, como o ministro da Agência de Segurança e Padrões Alimentares da Índia, Kamala V Rao, para discutir a importação de produtos brasileiros, incluindo a polpa e o açaí liofilizado. Além disso, o mercado para a exportação de refresco para a Índia foi aberto recentemente.


Parceria na Pecuária

Uma das importantes agendas da missão foi a reunião com a ministra da Agricultura e Bem-Estar dos Produtores da Índia, Shobha Karandlaje, onde questões relacionadas à abertura de mercados foram abordadas. Neste contexto, o Brasil passará a exportar avocado para a Índia, enquanto a Índia terá a oportunidade de exportar milheto para o Brasil.

Além disso, o encontro com o ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia, Parshottam Rupala, resultou em um acordo de cooperação técnica para o melhoramento genético da raça girolando e cooperações científicas com instituições de ensino superior na capacitação profissional, consolidando uma parceria de longa data na melhoria genética do rebanho.


Redução Tarifária e Aumento de Cotas

A missão também abordou questões comerciais, como a redução tarifária e o aumento das cotas para cadeias produtivas de aves (frango inteiro e cortes de frango), suínos, algodão, frutas e suco de laranja. Durante uma reunião com o ministro do Comércio e Indústria, Assuntos dos Consumidores, Alimentos e Estoques Públicos e Têxteis da Índia, Piyush Goyal, foram discutidos acordos que têm o potencial de impulsionar o comércio entre os dois países.


A Transição Energética


O ministro Carlos Fávaro também teve a oportunidade de palestrar no encerramento do evento "O Diálogo sobre Transição Energética", enfatizando o papel do etanol como o "combustível do futuro" e destacando o envolvimento do Brasil e da Índia no Fórum Global de Biocombustíveis.

Além das reuniões de alto nível, a participação do Mapa na feira de alimentos World Food India trouxe a oportunidade de estabelecer novos negócios e parcerias.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Carlos Barengo por Pixabay

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Casos de Influenza Aviária em Mamíferos Marinhos no Sul do País

Nota de esclarecimento sobre casos de influenza aviária em mamíferos marinhos no Sul do Brasil, destacando medidas e precauções.

Mamiferos aquaticos.

Recentemente, foram veiculadas informações a respeito de casos de influenza aviária em mamíferos marinhos na região sul do país, um tema de grande relevância para a comunidade agropecuária e a saúde pública. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu um comunicado oficial a fim de esclarecer a situação atual desses casos. A seguir, apresentamos os principais pontos a partir da nota de esclarecimento:


Focos Confirmados no Rio Grande do Sul e Santa Catarina:

Até o presente momento, o Rio Grande do Sul reportou três focos confirmados da influenza aviária em mamíferos marinhos, localizados nos municípios de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Torres. No total, foram registrados 63 casos, sendo que a maioria deles (50) refere-se a animais encontrados sem vida na Praia do Hermenegildo, situada em Santa Vitória do Palmar. Além disso, o estado de Santa Catarina identificou um único caso confirmado dessa enfermidade.


Critério de Diagnóstico Clínico-Epidemiológico:

O Mapa destaca que o critério de diagnóstico clínico-epidemiológico é um procedimento adotado em conformidade com normas e manuais oficiais, sendo utilizado globalmente em circunstâncias de epidemia. Esse método permite a confirmação dos casos subsequentes, após a realização de diagnóstico laboratorial dos primeiros episódios da doença em uma espécie animal e área geográfica específicas.

Somente quando novos casos são observados em diferentes espécies animais ou em áreas geográficas distintas, é que a confirmação laboratorial é novamente requerida. A aplicação deste critério visa a otimização dos recursos e uma resposta ágil às situações de emergência.


Prioridade: Destinação Adequada das Carcaças

Neste momento, a prioridade reside na correta destinação das carcaças dos animais acometidos pela influenza aviária. Essa abordagem visa a minimização das chances de contaminação do meio ambiente, dos seres humanos e de animais suscetíveis. A conscientização e o manejo apropriado das carcaças desempenham um papel fundamental na mitigação dos riscos associados a essa enfermidade.


Inocuidade no Consumo de Produtos de Origem Animal:

É importante ressaltar que a infecção em seres humanos é uma ocorrência rara, mas as autoridades sanitárias recomendam que as pessoas não se aproximem de animais doentes ou mortos, como uma medida de precaução. Contudo, não há risco no consumo de carnes, ovos de aves, ou de qualquer outro produto de origem animal que seja devidamente inspecionado e certificado, mantendo-se a segurança alimentar.

Neste contexto, as autoridades competentes continuam monitorando a situação e adotando as medidas necessárias para conter a disseminação da influenza aviária e salvaguardar a saúde pública. É de extrema importância que a comunidade esteja ciente da situação e colabore com as orientações emitidas pelas autoridades sanitárias, garantindo a preservação da segurança e qualidade dos produtos de origem animal.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento segue acompanhando de perto essa questão e fornecerá informações adicionais à medida que a situação evoluir.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Gilles Lagnel por Pixabay