domingo, 26 de novembro de 2023

Dicas Agrícolas: Plante em Sua Casa!

Cultivar em casa oferece alimentos frescos, sustentabilidade e conexão com a natureza, mas requer planejamento e dedicação cuidadosa

Legumes, verduras e afins a serem plantados em casa.

No contexto urbano e crescente ênfase na sustentabilidade, o cultivo de alimentos em ambientes domésticos tem se destacado como uma prática relevante. Este artigo explora de maneira objetiva as vantagens e desafios associados ao cultivo de verduras, legumes e demais alimentos em casa.


Benefícios do cultivo doméstico

Alimentos frescos e nutricionais: o cultivo doméstico propicia o acesso a produtos frescos e ricos em nutrientes, com a colheita direta no ponto de maturação. Essa prática contribui para a preservação das propriedades nutricionais dos alimentos.

Sustentabilidade e minimização de resíduos: ao cultivar em casa, há uma redução substancial na pegada de carbono associada ao transporte de alimentos. Além disso, a integração da compostagem dos resíduos orgânicos proporciona um ciclo sustentável.


Eficiência financeira: O cultivo doméstico pode resultar em economias financeiras a longo prazo. Embora a aquisição inicial de sementes e materiais demande um investimento, a produção contínua de alimentos em casa reduz a dependência de despesas recorrentes em supermercados.

Conexão com a natureza: a possibilidade de cuidar de um jardim doméstico estabelece uma conexão direta com a natureza, proporcionando uma experiência gratificante e promovendo o bem-estar.


Desafios a serem considerados:

Limitações espaciais: a restrição de espaço é um desafio comum para muitos interessados no cultivo doméstico. Entretanto, estratégias como hortas verticais ou o uso de recipientes adequados podem ser implementadas em ambientes urbanos compactos.

Tempo e dedicação necessários: o cultivo doméstico demanda uma dedicação regular de tempo para atividades como regar, adubar e monitorar as plantas. Antes de iniciar, é imperativo avaliar a disponibilidade de tempo do indivíduo.


Conhecimento técnico: aqueles que não possuem conhecimento prévio em jardinagem podem enfrentar desafios. No entanto, recursos online, cursos especializados e orientação de entusiastas locais podem ser recursos valiosos para adquirir as habilidades necessárias.


Cuidados básicos

A rega regular, adequada às necessidades específicas de cada planta, é crucial. A escolha de um solo nutritivo e bem-drenado é fundamental para o desenvolvimento saudável das plantas. Além disso, a adubação adequada, considerando as exigências de cada espécie, promove um crescimento robusto. Monitorar pragas e doenças é essencial, permitindo intervenções precoces. A exposição às condições ideais de luz, conforme as exigências de cada planta, completa os cuidados básicos. Acesse mais vezes a seção Dicas Agrícolas do site para mais informações de como cuidar de suas plantações.


Tomada de Decisão Cautelosa

Antes de iniciar um projeto de cultivo doméstico, é essencial conduzir uma avaliação criteriosa. Aspectos como o espaço disponível, o tempo disponível para dedicação e a disposição para aprender devem ser considerados. Consultar especialistas no assunto e outros cultivadores caseiros pode fornecer informações valiosas para uma abordagem bem-sucedida.

Cada desafio inerente ao cultivo doméstico é uma oportunidade de crescimento e aprendizado. Em última análise, o cultivo em casa transcende a produção de alimentos, representando uma relação mais profunda com o ambiente e um compromisso sustentável.


Foto: Christine Sponchia por Pixabay

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Mudanças Na Legislação Pecuária De Minas Visam Mais Proteção Do Rebanho Mineiro

Novidades nas obrigações dos produtores de Minas Gerais é um esforço conjunto para manter a produção animal sadia e a economia fortalecida

Um trio de vacas descansando em uma colina.

Pela primeira vez em mais de 50 anos, os produtores de Minas Gerais não precisam vacinar seus animais contra febre aftosa no mês de novembro. Essa conquista é resultado de ações implementadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), alinhadas com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Próximos passos: Reconhecimento internacional e benefícios econômicos

O próximo objetivo do estado é obter o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal. Essa conquista abriria novos mercados e estimularia uma economia que poderia chegar a mais de R$ 700 milhões anualmente para os produtores mineiros.

Para alcançar esse status, os produtores devem atualizar os dados de seus rebanhos no IMA uma vez ao ano. Essa mudança na rotina, que antes incluía a vacinação em maio e novembro, visa mapear o estado para uma defesa sanitária mais efetiva e ações ágeis na identificação e contenção de doenças.


Vigilância ativa: Garantindo a saúde animal em Minas Gerais

O PNEFA estabelece ações de vigilância para evitar a entrada e disseminação da febre aftosa no país. O diretor técnico do IMA, Guilherme Negro, destaca a importância da coleta e análise de dados de saúde animal em Minas Gerais para a atuação eficiente em casos de suspeita ou foco de doenças.

A vigilância inclui o monitoramento do trânsito animal entre os estados, fiscalização em propriedades e eventos agropecuários, inspeção de estabelecimentos de abate e estudos soroepidemiológicos. A atualização cadastral de diversas espécies, além de bovinos e bubalinos, contribui para uma defesa mais abrangente contra outras doenças que possam afetar a produção e até mesmo ameaçar a saúde humana, como no caso da gripe aviária.


Novidade na atualização cadastral: Proteção ampliada para todas as espécies

Diferentemente do passado, em que apenas bovinos e bubalinos eram cadastrados, a inclusão de outras espécies na atualização cadastral fortalece ainda mais a proteção do estado. A campanha de atualização, realizada de maio a junho, será anual e permite que os produtores informem os dados de seus animais pela Internet, no Portal do Produtor, ou nos escritórios regionais do IMA.

A não realização desse procedimento impede os produtores de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) e a Ficha Sanitária Animal, documentos essenciais para o deslocamento e outras atividades agropecuárias.


Histórico da Febre Aftosa no Brasil: Estratégias que levaram à erradicação

O Brasil enfrentou desafios significativos na erradicação da febre aftosa, com os primeiros registros datando das décadas de 1860 e 1870. O reconhecimento oficial da doença em Minas Gerais ocorreu em 1895, e sua disseminação esteve ligada à intensa movimentação de animais pelo território brasileiro.

O fortalecimento das campanhas de vacinação, medidas restritivas de trânsito animal, modernização da indústria de frigoríficos e a adoção exclusiva da vacina com adjuvante oleoso contribuíram para a eficaz erradicação da febre aftosa nas décadas de 80 e 90. Essa história destaca a importância de estratégias abrangentes para garantir a saúde do gado e a segurança alimentar, aspectos centrais na trajetória recente da pecuária brasileira.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: MG
Foto: Gianni Crestani por Pixabay

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Retomada de Obras em Frigorífico Incendiado em Mato Grosso

Em Diamantino (MT), planta frigorífica retoma operações após incêndio, promovendo empregos e contribuindo para a economia regional.

Ministro Carlos Fávaro visita retomada de obras em frigorífico incendiado em Mato Grosso

Em 20 de novembro de 2023, ocorreu a retomada das atividades e obras de ampliação de uma planta frigorífica em Diamantino (MT), que havia sido afetada por um incêndio em junho deste ano. Essa iniciativa representa um esforço conjunto para manter empregos e preservar uma atividade crucial para a economia local.


Impacto na Economia

Com previsão de conclusão para 2024, a unidade em processo de expansão se tornará a maior de processamento de carne bovina da América Latina, gerando 3 mil empregos diretos e desempenhando um papel significativo no impulsionamento da economia regional.


Perspectivas de Geração de Riqueza

A reconstrução da planta é vista como um passo importante para superar o período de incerteza. Além de garantir a qualidade da carne brasileira, espera-se que a iniciativa resulte na geração de impostos e riqueza, promovendo o crescimento econômico local.


Capacidade Atual e Futura

Atualmente, a planta opera com capacidade para processar 600 cabeças de gado por dia, com projeções de aumento para 1,8 mil nas próximas semanas. O plano estratégico da empresa visa expandir em 2,4 vezes o volume de processamento em relação à capacidade anterior.


Preparação para Mercados Internacionais

A unidade também se prepara para atender às principais exigências dos mercados internacionais, incluindo o processamento halal. Investimentos em automação avançada e tecnologia de ponta visam garantir produtos de valor agregado e porcionados.


Força-Tarefa e Colaboração Governamental

Após o incêndio, que resultou em prejuízo estimado em R$ 800 milhões, uma força-tarefa foi realizada com a participação de diversas autoridades, buscando assegurar 1,4 mil postos de trabalho. Além de preservar os empregos, a ampliação das obras está contribuindo para dobrar os postos de trabalho diretos e impulsionar a economia regional.


Importância Econômica do Frigorífico para a Localidade

A presença e operação eficiente de um frigorífico desempenham um papel fundamental no tecido econômico da região. Além de gerar empregos diretos, a unidade exerce um impacto positivo ao impulsionar a economia local. O processamento de carne bovina não apenas atende à demanda doméstica, garantindo a segurança alimentar, mas também fortalece a posição da localidade nos mercados internacionais. 


A retomada das operações do frigorífico é um passo significativo para a recuperação após um incidente desafiador, sendo um marco crucial para a economia local. 



Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Desastres Naturais: uma Ameaça ao Brasil e a Agricultura

Os desastres naturais têm se intensificado no Brasil, trazendo consigo uma série de desafios significativos para a agricultura do país.

Tempestade com raios.

Recentemente, eventos como chuvas intensas, enchentes e secas têm assolado diferentes regiões, causando não apenas prejuízos materiais, mas também impactando diretamente a produção agrícola e a vida das comunidades rurais.


Chuvas intensas e suas consequências

No Sul do país, registros de sete mortes em decorrência das últimas chuvas chamaram a atenção para a vulnerabilidade das regiões agrícolas diante de eventos climáticos extremos. Quatro pessoas perderam a vida no Rio Grande do Sul, enquanto outras três faleceram em Santa Catarina. Além das tragédias humanas, mais de 133 cidades do Rio Grande do Sul enfrentaram prejuízos significativos, afetando infraestruturas locais e, inevitavelmente, as atividades agrícolas.

A passagem do ciclone extratropical pelo Vale do Taquari em setembro deixou um rastro devastador nas cidades do Rio Grande do Sul. Com mais de 50 mortes e prejuízos milionários, as comunidades de Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Roca Sales e Muçum enfrentam desafios significativos na reconstrução. 


Perspectivas preocupantes

As previsões meteorológicas indicam que o El Niño atingirá seu pico em dezembro, agravando ainda mais os extremos climáticos no Brasil. A expectativa é de mais seca na Amazônia e no Nordeste, aumentando a pressão sobre as atividades agrícolas nessas regiões. Ao mesmo tempo, espera-se um aumento nas temperaturas no Sudeste e Centro-Oeste, o que pode impactar diversas culturas.


Desafios para a agricultura brasileira

A frequência e intensidade crescentes desses desastres naturais têm colocado em xeque a resiliência do setor agrícola brasileiro. A instabilidade climática interfere diretamente no planejamento das safras, na escolha de cultivos e na gestão dos recursos hídricos, gerando um cenário desafiador para os agricultores.

As enchentes no Sul, por exemplo, não apenas destroem plantações, mas também comprometem a qualidade do solo, prejudicando a produtividade a longo prazo. A seca no Nordeste, por sua vez, impõe limitações severas ao desenvolvimento de culturas essenciais para a subsistência local.


Seguro agrícola como medida preventiva

A crescente incidência de desastres naturais tem impulsionado a procura por seguro agrícola no Brasil. O aumento de 13% na contratação de seguros residenciais é reflexo
 da importância de se proteger contra eventos imprevisíveis e danosos. Essa tendência destaca a necessidade de medidas preventivas e da criação de políticas públicas que visem à sustentabilidade e à resiliência do setor agrícola diante das mudanças climáticas.

Os desastres naturais representam uma ameaça crescente para a agricultura brasileira, exigindo respostas efetivas por parte dos agricultores, governos e da sociedade como um todo. A implementação de práticas agrícolas sustentáveis, investimentos em infraestrutura resiliente e o fortalecimento de políticas de seguro agrícola são passos essenciais para enfrentar os desafios impostos pela variabilidade climática. 


Repotagem por Amanhcer Agrícola
Os dados são váriaveis e podem mudar constantemente
Foto: Abel Escobar por Pixabay

sábado, 18 de novembro de 2023

ANMIEF: Brasil Amplia Mercados Internacionais com Exportação de Farelo de Milho

Abertura de mercados internacionais destaca crescimento do Brasil na exportação de farelo de milho

Farelo de milho

O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da abertura dos mercados do Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia para a exportação de farelo de milho, um subproduto essencial da produção de etanol de milho. Tal conquista representa não apenas um avanço econômico para o país, mas também destaca as sólidas relações diplomáticas brasileiras no cenário internacional.


DDGS/DDG: Insumo Estratégico na Produção de Proteína Animal

Os DDGS/DDG, denominados tecnicamente como distiller´s dried grains e distiller´s dried grains with solubles, são resultantes da produção de etanol de milho na segunda safra. Esses subprodutos têm papel crucial como fonte proteica e energética nas formulações de ração animal, abrangendo diversas categorias como ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões.

De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as projeções indicam um expressivo aumento na produção de etanol de milho brasileiro até 2031/2032, atingindo a marca de 10,88 bilhões de litros. Esse crescimento resultará em uma oferta de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS para o mercado.


Colaboração entre Ministérios

A abertura desses novos mercados é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Essa colaboração é importante para o agronegócio e ampliar a oferta de insumos para a produção de proteína animal, consolidando a posição do Brasil como um dos líderes globais nesse setor.


Brasil: Terceiro Maior Produtor de Milho do Mundo

Atualmente, o Brasil ocupa a posição de terceiro maior produtor mundial de milho, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Cerca de 10% da produção de milho é destinada à produção de etanol, realizada na segunda safra, conhecida como "safrinha". Essa prática agrícola, que utiliza a mesma área após a colheita da safra principal no mesmo ano, contribui para a redução significativa das emissões de gás carbônico.


Sustentabilidade do Etanol de Milho: Pegada Ambiental Reduzida

Segundo as métricas do governo brasileiro, o etanol de milho apresenta uma das pegadas ambientais mais baixas entre todas as usinas de etanol no país, aproximadamente 17gCO2/MJ. Esse dado reforça a sustentabilidade da produção de etanol de milho, alinhando-se às preocupações ambientais globais.


Projeções para a Safra de Grãos 2023/24 e Impacto nas Exportações

O 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado em outubro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima uma produção total de milho de 119,4 milhões de toneladas. Destas, prevê-se que 38 milhões de toneladas serão destinadas à exportação, consolidando a importância do Brasil como um fornecedor significativo no mercado internacional.

A abertura desses novos mercados representa não apenas uma expansão econômica para o Brasil, mas também um reconhecimento da qualidade e competitividade dos produtos agropecuários brasileiros no cenário global.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Competitividade do Café Brasileiro vira Destaque no 29º Encontro Nacional da Indústria de Café

Evento promovido pela ABIC reúne profissionais do setor para debater produção, comercialização e consumo do café

Grãos de café.

O 29º Encontro Nacional da Indústria de Café (Encafé), realizado em Maceió (AL) na última quarta-feira (15), trouxe destaque para a discussão e intercâmbio de informações sobre a produção, comercialização e consumo do café, sendo considerado um dos eventos mais relevantes do setor no Brasil.


Desenvolvimento do Café Brasileiro e Necessidade de Competitividade

Durante o evento, foi ressaltada a evolução do café brasileiro ao longo de 150 anos, consolidando-se como um elemento distintivo no cenário nacional e internacional. A busca pela competitividade no setor foi destacada como uma prioridade, com a necessidade de medidas coletivas para fortalecer a posição do café brasileiro nos mercados globais.


Visibilidade Internacional e Rastreabilidade do Café

Além da ênfase na competitividade, foi salientada a importância de elevar a visibilidade do café brasileiro no contexto mundial. O reconhecimento do trabalho de rastreabilidade realizado pelos produtores foi destacado como um ponto positivo, visando aumentar o consumo global do produto.


29ª Edição do Encontro e Comemoração dos 50 anos da ABIC

A 29ª edição do Encafé, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), celebra os 50 anos de fundação da associação. Durante o evento, o presidente da ABIC, Pavel Cardoso, enfatizou os esforços contínuos para oferecer aos consumidores um café de alta qualidade, respeitando as regulamentações estabelecidas pelo Ministério da Agricultura.


Dados do Mercado de Café Brasileiro

Conforme dados da Secretaria de Políticas Agrícolas (SPA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil consolidou sua posição como o maior produtor mundial de café em 2022, representando 35% da produção global. As exportações atingiram 29 milhões de sacas, enquanto o consumo interno foi de 22 milhões de sacas.


Funcafé e Investimentos no Setor

Destacando os esforços para fortalecer o setor cafeeiro, o Ministério da Agricultura anunciou, em agosto deste ano, a alocação de R$ 6,3 bilhões para instituições financeiras operarem com as linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2023/24. O Funcafé visa apoiar a cadeia produtiva, incluindo linhas de crédito para comercialização, custeio, financiamento para aquisição de café e recuperação de cafezais danificados.


Conclusão do Encontro e Perspectivas para o Setor

O Encafé, que se estenderá até o próximo domingo (19), proporciona um ambiente propício para a troca de conhecimentos entre produtores, torrefadores, baristas, compradores, exportadores e demais profissionais do setor cafeeiro. O evento destaca-se como uma oportunidade única para impulsionar o diálogo e promover avanços no setor, consolidando a relevância do café brasileiro no cenário global.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto Anja por Pixabay

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Exportações do Agronegócio em Outubro Foram Mais de US$13 Bilhões

Exportações agrícolas brasileiras atingem US$ 13,38 bi em outubro de 2023, destacando soja, milho e açúcar; China lidera importações.

Foto de uma plantação de milho.

No mês de outubro de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 13,38 bilhões, representando 45,4% do total das exportações do país. Embora esse montante apresente uma diminuição de 2,3% em relação ao mesmo período de 2022, é importante destacar que a queda está associada, principalmente, à redução nos preços dos produtos exportados.


Influência dos Preços e Safra Recorde no Resultado de Outubro

A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) apontou que o desempenho das exportações em outubro foi fortemente impactado pelo declínio nos preços dos produtos exportados. No entanto, esse cenário foi compensado pela safra recorde de grãos de 2022/2023, o que resultou em um aumento significativo no volume exportado pelo Brasil.


Destaques do Mês: Soja, Milho e Açúcar
  • Soja em Grãos: As exportações de soja em grãos atingiram um volume recorde para o mês de outubro, alcançando 5,53 milhões de toneladas, representando um aumento de quase 45,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A China se destacou como o principal comprador, sendo responsável por quase 88% do volume exportado, totalizando US$ 2,89 bilhões, um aumento de 24%.
  • Milho: O mês registrou um recorde nas exportações de milho, atingindo 8,44 milhões de toneladas, um acréscimo de 24,5% em relação ao ano anterior. A China foi o principal importador, contribuindo com 40,9% da quantidade exportada pelo Brasil (3,46 milhões de toneladas) ou US$ 765,77 milhões.
  • Açúcar: As exportações de açúcar brasileiro aumentaram de US$ 1,30 bilhão (outubro/2022) para US$ 1,50 bilhão (outubro/2023), um aumento de 15,4%. O aumento dos preços médios de exportação em 26,9% foi o principal impulsionador desse incremento. Os maiores importadores foram Índia, Argélia, Indonésia, China, Canadá e Malásia.


Acumulado do Ano (janeiro a outubro): Crescimento Sustentado

No acumulado do ano até outubro de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram um recorde de US$ 139,58 bilhões, evidenciando um crescimento sólido de 3% em comparação com o mesmo período de 2022 (US$ 135,55 bilhões). Os setores que mais contribuíram para esse desempenho foram o complexo soja, complexo sucroalcooleiro e cereais, farinhas e preparações.


Destino Geográfico e Mercado Comprador

A Ásia destacou-se como a principal região de destino, absorvendo 53,4% das exportações do agronegócio brasileiro. A China manteve-se como o maior mercado comprador individual, contribuindo com US$ 51,10 bilhões e detendo 36,6% do market share.

Estes dados evidenciam a robusta presença e competitividade do agronegócio brasileiro nos mercados internacionais. É imperativo monitorar de perto não apenas os fatores de oferta, mas também a dinâmica de preços, a fim de compreender os desdobramentos futuros deste setor vital para a economia nacional.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa


domingo, 12 de novembro de 2023

Dicas Agrícolas: Plante Árvores!

Plantar árvores na agricultura, considerando espécies, segurança e cuidados individuais podem trazer benefícios sustentáveis.

Árvores vistas com um olhar para cima.

Na busca por práticas agrícolas sustentáveis e resilientes, a presença de árvores nas propriedades rurais tem se mostrado não apenas benéfica, mas fundamental. Com impactos positivos que vão desde a conservação do solo até o fornecimento de sombra para o gado, o plantio de árvores se apresenta como uma decisão estratégica a ser avaliada por agricultores e proprietários de terras.


Benefícios da presença de árvores:

1. Conservação do solo e recursos hídricos:
As árvores desempenham um papel crucial na prevenção da erosão do solo, ajudando a reter a umidade e a estabilizar encostas. Suas raízes profundas contribuem para a absorção de água, diminuindo os riscos de inundação e mantendo a umidade do solo.

2. Diversificação ecológica: O plantio de árvores aumenta a biodiversidade da área, criando habitats para pássaros, insetos benéficos e outros animais que contribuem para o equilíbrio ecológico.

3. Sombreamento e proteção animal: Árvores proporcionam sombra, oferecendo alívio do calor para o gado e outros animais. Além disso, elas servem como abrigo natural, protegendo o gado e outros animais da intempérie.

4. Produção de alimentos e recursos renováveis: Em muitos casos, árvores frutíferas ou madeireiras podem ser plantadas para fornecer frutas, nozes ou madeira, tornando-se uma fonte adicional de renda.


Cuidados e considerações:

Enquanto os benefícios das árvores são inegáveis, é essencial considerar alguns aspectos antes do plantio:

1. Escolha das espécies: Selecionar árvores que se adaptem ao clima e solo local é crucial para garantir seu crescimento saudável. Consultar especialistas ou instituições agrícolas pode ser útil para determinar as melhores opções para a região.

2. Espaçamento e planejamento: O espaçamento adequado entre as árvores é fundamental para evitar competição por recursos, permitir o crescimento saudável e a manutenção adequada.

3. Manutenção e cuidados iniciais: Nos estágios iniciais do plantio, as árvores podem necessitar de cuidados especiais, como irrigação regular e proteção contra pragas e ervas daninhas.

4. Avaliação individual:
Cada propriedade possui características únicas, e a decisão de plantar árvores deve ser baseada em uma avaliação individual, considerando as metas do agricultor, as condições do terreno e as necessidades específicas da propriedade.


Riscos 

1. Incêndios Florestais:
Árvores em áreas secas ou de alto risco de incêndio podem aumentar a probabilidade de incêndios florestais. 

2. Estruturas e Infraestrutura: O crescimento das árvores pode interferir em estruturas existentes, como linhas de energia, edifícios ou estradas. Manter uma distância segura e realizar podas adequadas é crucial para evitar danos.

3. Saúde e Segurança dos Trabalhadores: Durante a manutenção das árvores, como podas ou colheita, há riscos associados à altura e ao manuseio de equipamentos. Treinamento adequado e a utilização de equipamentos de segurança são fundamentais para prevenir acidentes.


O plantio de árvores pode ser um investimento a longo prazo, requerendo planejamento cuidadoso e comprometimento. No entanto, os benefícios a longo prazo para a saúde do solo, a sustentabilidade ambiental e a diversificação das atividades agrícolas frequentemente superam os desafios iniciais.

Ao avaliar as vantagens e considerar as necessidades individuais, os agricultores podem tomar uma decisão informada e estratégica para melhorar não apenas suas propriedades, mas também o meio ambiente como um todo.


Foto: NASTER por Pixabay

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Cultivar Frutas ou Verduras? | Perguntas e Respostas

A escolha entre cultivar frutas ou verduras é uma decisão crucial para os agricultores. 

A esquerda: Frutas, a direita: verduraas


Ambas as opções oferecem oportunidades e desafios únicos, levando a debates frequentes sobre qual caminho seguir. Para ajudar a compreender melhor essa questão, vamos explorar algumas perguntas frequentes sobre a cultivação de frutas e verduras.


Qual demanda de mercado é mais estável: frutas ou verduras?

O mercado de frutas e verduras é variável, mas geralmente, as verduras têm uma demanda mais estável. Isso se deve à sua natureza de consumo mais frequente e à necessidade constante no mercado de alimentos. No entanto, as frutas, com sua diversidade e preferência sazonal, também têm seu próprio espaço de demanda constante.


Quais são os prós e contras de cultivar frutas?

As frutas geralmente exigem mais tempo para maturar e cuidados específicos. Elas podem ser mais suscetíveis a pragas e condições climáticas. No entanto, o valor agregado das frutas é frequentemente maior, proporcionando uma oportunidade para lucros significativos. Além disso, muitas frutas têm uma vida útil mais longa em comparação com as verduras, o que pode beneficiar a logística e o armazenamento.


E as verduras, quais são suas vantagens e desafios?

As verduras, em comparação com as frutas, têm um ciclo de crescimento mais curto, o que significa um retorno mais rápido do investimento. Elas geralmente requerem menos cuidados e espaço, sendo mais fáceis de manusear. No entanto, a competição no mercado pode ser mais acirrada, já que muitas variedades de verduras são comuns e têm uma vida útil mais curta.


Qual delas exige mais recursos, como água e nutrientes do solo?

Geralmente, as frutas tendem a exigir mais recursos em comparação com as verduras. Seu tempo de crescimento mais longo e a exigência de nutrientes específicos podem demandar mais do solo e do sistema de irrigação.


Qual é a decisão mais lucrativa?

Não há uma resposta única. A lucratividade depende de diversos fatores, incluindo a região, a demanda do mercado, os custos de produção e a habilidade do agricultor em gerenciar sua plantação. Alguns agricultores encontram mais sucesso com frutas devido aos preços mais altos, enquanto outros prosperam com a produção de verduras devido ao volume e à rápida rotatividade.

A a escolha entre cultivar frutas ou verduras depende de uma série de fatores, desde preferências pessoais até análises de mercado e recursos disponíveis. Muitos agricultores optam por diversificar suas plantações, colhendo os benefícios de ambas as categorias. Encontrar o equilíbrio certo é essencial para o sucesso a longo prazo no campo da agricultura.


Foto: NoName_13 por Pixabay, Robert Owen-Wahl por Pixabay

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Minas Gerais Avança Rumo ao Status de Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação

Minas Gerais busca o status de livre de febre aftosa sem vacinação, exigindo a atualização anual dos dados do rebanho como medida fundamental.

Bois um do lado do outro.

Minas Gerais dá passos importantes em direção ao status de "livre de febre aftosa sem vacinação", um reconhecimento internacional conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A medida, que implica a suspensão da vacinação obrigatória contra febre aftosa, foi autorizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em março deste ano. Agora, o estado está focado em cumprir as etapas necessárias para alcançar esse reconhecimento.


Atualização Anual dos Dados do Rebanho

Uma das etapas fundamentais para a busca desse reconhecimento é a atualização anual dos dados dos rebanhos mineiros. Produtores de diversas espécies, incluindo bovinos, bubalinos, galinhas, peixes, abelhas, ovinos e caprinos, têm agora a obrigação de atualizar suas informações junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).


Monitoramento Sanitário Eficiente

A atualização dos dados do rebanho é crucial para o efetivo monitoramento sanitário estadual. O objetivo é fornecer informações detalhadas sobre a população animal suscetível à febre aftosa nos últimos 24 meses, segmentadas por espécie. A suspensão da vacinação exige que os produtores estejam cientes da necessidade de manter seus registros atualizados.

"Os produtores estavam acostumados a vacinar seus animais contra febre aftosa nos meses de maio e novembro. Agora, temos a tarefa de conscientizá-los sobre a necessidade de realizarem a atualização cadastral de seus rebanhos para uma efetiva vigilância sanitária em Minas e a consequente conquista do reconhecimento internacional de livre da doença sem a necessidade de vacinação", explica Antônio Carlos de Moraes, diretor-geral do IMA.


Múltiplas Opções de Atualização

A atualização dos dados do rebanho pode ser realizada através do Portal do Produtor Rural, acessado pelo site do IMA. Para aqueles que ainda não possuem acesso ao portal, é necessário se cadastrar. Além disso, os produtores têm a opção de atualizar seus dados por e-mail ou presencialmente em uma das unidades do IMA no estado. Vale ressaltar que, além dos dados do rebanho, os produtores também devem declarar a vacinação contra raiva de diversas espécies.


Consequências da Não Atualização

Produtores que não cumprirem a obrigação de atualizar seus dados podem enfrentar restrições significativas. Eles poderão ser impedidos de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento oficial para o trânsito de animais, bem como de acessar a Ficha Sanitária Animal até que ocorra a atualização do cadastro das explorações pecuárias.


Benefícios para a Agropecuária Mineira

A retirada da vacinação contra febre aftosa representa um avanço para a agropecuária mineira, abrindo portas para a exportação da carne produzida no estado. Diversos países exigem atestados sanitários que confirmam a inexistência da doença, o que possibilita um ganho econômico para os produtores, uma vez que não precisam mais arcar com os custos da compra de vacinas e da contratação de profissionais para a aplicação dos imunizantes.


Histórico de Minas Gerais em Relação à Febre Aftosa

Minas Gerais não registra casos de febre aftosa desde 1996. A vacinação era uma exigência no estado por mais de 70 anos. Em 2001, o estado foi classificado como livre de febre aftosa com vacinação. No Brasil, alguns estados e regiões já conquistaram o status de "livre da doença sem vacinação", incluindo Santa Catarina, Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, e áreas dos estados do Amazonas e de Mato Grosso.


Reportagem por Amanhecer Agrícola, 
Fonte: Agricultura/MG,
Foto: Divulgação/IMA

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Morangos: da Agricultura à Sua Cozinha

A bela trajetória dos morangos, desde a produção agrícola até o uso culinário

Um morango "no pé".

Os morangos são frutos apreciados por seu sabor característico e versatilidade na culinária, mas por trás de seu sabor doce, existe uma cadeia de produção que envolve diversos processos, desde a agricultura até a mesa do consumidor.


A Agricultura do Morango

Os morangos, originários da Europa e Ásia, têm uma história que se estende por mais de 2.000 anos. O cultivo comercial começou no século XVIII na América do Norte, onde o fruto ganhou destaque. Atualmente, a produção de morangos é uma indústria global que emprega uma variedade de técnicas e métodos para garantir a qualidade e o suprimento contínuo.

A seleção adequada de variedades, o preparo do solo, o manejo da irrigação e o controle de pragas são elementos essenciais para o êxito da produção de morangos.


Da Colheita à Distribuição

A colheita dos morangos é uma tarefa delicada que requer atenção aos detalhes. Os morangos devem ser colhidos no ponto ideal de maturação, sendo muitas vezes coletados manualmente para evitar danos aos frutos. Após a colheita, os morangos são acondicionados em embalagens que garantem sua integridade durante o transporte para os mercados locais e internacionais.


O Morango na Cozinha

Na culinária, os morangos são apreciados por sua versatilidade. Eles podem ser utilizados em diversas preparações, desde sobremesas clássicas, como morangos com chantilly, até pratos mais inovadores, como saladas com morangos frescos. Os morangos são frequentemente transformados em compotas, geleias, bolos e tortas, adicionando um toque adocicado a essas receitas. Sua doçura natural e acidez equilibrada tornam-nos um ingrediente versátil e valioso na culinária.


Saúde e Nutrição

Além de seu sabor marcante, os morangos são conhecidos por seu valor nutricional. São uma fonte rica de vitamina C, fibras e antioxidantes, tornando-os uma escolha saudável em uma dieta equilibrada. Com baixo teor calórico, os morangos são uma opção de lanche saudável e saboroso.


Culturalmente Relevantes

Os morangos desempenham um papel na cultura popular, sendo frequentemente associados a temas românticos e festivos. São comuns em festivais e celebrações, onde são destacados em sobremesas e bebidas especiais.

Os morangos não são apenas frutos apreciados por seu sabor, mas também símbolos de uma cadeia de produção complexa que se estende da agricultura até a nossa mesa. Cada mordida de um morango nos lembra da jornada que esse fruto percorreu para chegar até nós, representando a diversidade de sabores que o mundo nos oferece. Portanto, ao apreciar um morango, honramos a complexa cadeia de produção que nos permite desfrutar desse delicioso fruto vermelho em nossas refeições.


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