quinta-feira, 4 de abril de 2024

Reconstrução Rural: Estratégias Emergenciais Após Danos Causados por Chuvas no Sul do Espírito Santo

Governo e Instituições Financeiras Unem Esforços para Recuperação Agrícola e Infraestrutural

As recentes chuvas intensas no sul do Espírito Santo resultaram em devastadoras perdas na produção agrícola, ultrapassando os R$ 72 milhões, segundo estimativa da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). A cafeicultura foi a atividade mais atingida, especialmente nos municípios de Mimoso do Sul, Muniz Freire e Alfredo Chaves.

Em resposta a essa crise, a Seag, em parceria com instituições financeiras, anunciou medidas emergenciais, incluindo a prorrogação de parcelas de crédito rural e a concessão de novos empréstimos com condições especiais para os produtores afetados. Linhas de crédito emergenciais, como a Linha Recomeçar do SICOOB e Nosso Crédito do BANESTES, foram disponibilizadas com isenção de taxas de juros.

O secretário da Agricultura, Enio Bergoli, destacou a importância de os produtores buscarem orientação nos escritórios do Incaper ou nas secretarias municipais de Agricultura para acesso a essas oportunidades de financiamento. Técnicos do Incaper estão prontos para fornecer suporte aos agricultores, auxiliando na avaliação dos danos e na renegociação dos empréstimos.

Além das perdas na cafeicultura, o levantamento da Seag identificou prejuízos na fruticultura, horticultura e na bovinocultura leiteira, ampliando o impacto para além das lavouras. O governo também está concentrando esforços na recuperação da infraestrutura rural e viária, estimando prejuízos adicionais de cerca de R$ 70 milhões.

Fonte da
Imagem; folhavitoria.com.br





Equipes de manutenção da Seag estão realizando serviços de limpeza e manutenção em estradas rurais, especialmente nos trechos mais afetados. Parcerias com outras secretarias do governo visam agilizar os reparos em vias pavimentadas e não pavimentadas, bem como a recuperação de pontes e contenções de encostas.

Diante dessa situação desafiadora, o governo e as instituições financeiras estão unindo esforços para fornecer suporte abrangente aos agricultores e comunidades afetadas, visando a reconstrução e o fortalecimento do setor agrícola e infraestrutural da região.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Dicas Agrícolas: Preparando-se para lidar com a falta de água e luz na agricultura

Dicas para preparar sua lavoura para dias sem água e luz.

Irrigação.

A falta de água e luz são eventos que podem acontecer por diversos motivos, como estiagens, blecautes, ou até mesmo problemas técnicos. No caso da agricultura, esses eventos podem ter um impacto significativo na produção, levando a perdas consideráveis e prejuízos financeiros.


Prejuízos na produção:
  • Plantas: A falta de água leva à desidratação das plantas, o que pode causar murcha, amarelecimento das folhas, queda prematura e até mesmo a morte da planta. A falta de luz, por outro lado, impede a fotossíntese, processo essencial para o desenvolvimento das plantas, podendo resultar em crescimento lento, plantas fracas e produção inferior.
  • Solo: A falta de água também pode afetar negativamente a qualidade do solo, reduzindo a fertilidade e a capacidade de reter água.
  • Animais: A falta de água e luz também pode afetar a criação de animais, pois limita a disponibilidade de água potável e pastagens.

Como se preparar:
  • Planejamento: É fundamental ter um plano de ação para lidar com a falta de água e luz. Esse plano deve incluir medidas para reduzir o consumo de água, armazenar água e energia, e proteger as plantações e animais.
  • Tecnologias: Existem diversas tecnologias que podem ser utilizadas para reduzir o consumo de água e energia na agricultura, como irrigação por gotejamento, sistemas de energia solar, e sensores para monitorar a umidade do solo.
  • Cultivares: É importante escolher cultivares que sejam mais tolerantes à seca e à falta de luz.
  • Diversificação: A diversificação das culturas pode ajudar a reduzir os riscos, pois diferentes culturas têm diferentes necessidades de água e luz.

Diminuindo os impactos:
  • Irrigação eficiente: Utilize técnicas de irrigação eficientes, como a irrigação por gotejamento, para reduzir o consumo de água.
  • Armazenamento de água: Construa reservatórios para armazenar água da chuva ou de outras fontes.
  • Energia renovável: Utilize fontes de energia renovável, como a energia solar, para reduzir o consumo de energia tradicional.
  • Proteção das plantações: Utilize métodos de proteção das plantações, como cobertura morta e telas de sombreamento, para reduzir a perda de água e proteger as plantas do sol excessivo.
  • Monitoramento constante: Monitore constantemente as condições climáticas e o estado das plantações para tomar medidas corretivas o mais rápido possível.

A falta de água e luz são eventos que podem ter um impacto significativo na agricultura. No entanto, com planejamento e medidas adequadas, é possível reduzir os impactos e manter a produção agrícola mesmo em situações desafiadoras.

Lembre-se:

A prevenção é sempre a melhor solução.

É fundamental estar sempre preparado para prevenir problemas no cultivo agrícola. Investir em técnicas de manejo adequadas e monitorar regularmente as plantações pode ajudar a evitar perdas significativas.

É importante buscar orientação de profissionais especializados em agricultura.

Consultar agrônomos e outros especialistas no campo da agricultura pode fornecer insights valiosos sobre práticas agrícolas eficazes, manejo de pragas, fertilização do solo e muito mais.

A colaboração entre agricultores e a comunidade é fundamental para enfrentar os desafios da falta de água e luz.

Em tempos de escassez de recursos naturais, é essencial que os agricultores trabalhem em conjunto com a comunidade para encontrar soluções sustentáveis para a falta de água e energia. Estratégias de conservação e uso eficiente dos recursos podem beneficiar a todos.



Reportagem por Amanhecer Agrícola,
Foto: Imagem de Anrita por Pixabay

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Fevereiro: Previsão de Clima no Brasil Indica Chuva Acima da Média em Grande Parte do País

Previsão de chuvas acima da média em fevereiro beneficia agricultura, demandando adaptação aos desafios climáticos

Previsão de chuva no campo.

Com base nas últimas previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de fevereiro se desenha com um padrão de chuvas acima da média em vastas regiões do Brasil. Essa projeção, que abrange áreas significativas do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, além de partes do Norte e do Sul, traz implicações importantes para a agricultura nacional.

De acordo com o Inmet, a expectativa é que regiões como o Matopiba, que inclui áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, se beneficiem do aumento da umidade do solo, favorecendo o avanço da semeadura e o desenvolvimento das culturas de primeira safra. Essa tendência, impulsionada pelas chuvas regulares observadas em dezembro de 2023 e janeiro de 2024, promete contribuir para o cenário positivo da produção agrícola.

No entanto, a previsão indica variações regionais. Enquanto áreas da Região Sul também devem registrar chuvas acima da média, garantindo níveis elevados de umidade no solo e favorecendo o desenvolvimento das culturas, há regiões onde as chuvas podem ficar próximas ou ligeiramente abaixo da média. Isso pode impactar o desenvolvimento das culturas em estágios mais sensíveis à disponibilidade hídrica.


Temperaturas maiores?

Além disso, o clima mais quente também merece atenção. Prevê-se que as temperaturas fiquem acima da média em praticamente todo o país, com áreas específicas, como o Amazonas, Pará, Mato Grosso, e partes de outros estados, podendo alcançar até 30ºC. Essa condição pode demandar estratégias adicionais para mitigar os efeitos do calor nas culturas.

Em contrapartida, algumas regiões como o centro-sul do Rio Grande do Sul e o sul de Minas Gerais podem experimentar temperaturas próximas à média ou ligeiramente abaixo. Essa variação térmica também requer acompanhamento por parte dos produtores para ajustar as práticas agrícolas conforme as condições climáticas.


Fevereiro se apresenta como um mês desafiador, porém promissor para a agricultura brasileira, com chuvas acima da média em grande parte do país e temperaturas elevadas, exigindo dos agricultores adaptação e estratégias para garantir o sucesso das safras. O monitoramento constante do clima e a flexibilidade nas ações serão essenciais para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades oferecidas pela temporada de cultivo.


Reportagem por Amanhecer Agrícola,
Fonte: INMET/Mapa,
Foto: Imagem de Kanenori por Pixabay

domingo, 28 de janeiro de 2024

Agroindústrias Paulistas com Inspeção Municipal Avançam nas Concessões do Selo Arte

Concessões recentes do Selo Arte a agroindústrias paulistas com inspeção municipal impulsionam a comercialização de produtos artesanais em todo o Brasil

Pote de mel

As agroindústrias do estado de São Paulo estão comemorando as recentes concessões do Selo Arte, que agora incluem produtos inspecionados por Serviços de Inspeção Municipal (SIMs). O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciou a liberação dessas concessões nos últimos meses, impulsionando o setor. O Selo Arte permite a comercialização de produtos artesanais em todo o território nacional, desde que sejam inspecionados municipal ou estadualmente.

No estado de São Paulo, mais de 200 produtos já foram autorizados a utilizar o Selo Arte, sendo 46 deles provenientes de agroindústrias com inspeção municipal. A legislação federal que instituiu o selo é relativamente recente, datando de 2018. Até meados de 2023, as concessões eram exclusivas para produtos com inspeção estadual, conhecida como SISP Artesanal.

Em outubro do ano passado, o Mapa começou a receber as demandas dos SIMs diretamente nas superintendências estaduais, acelerando o processo de concessão. Atualmente, a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (SFA-SP) é responsável pela análise documental, solicitação de ajustes (se necessário) e encaminhamento dos processos para homologação no Mapa, que publica os nomes dos estabelecimentos e produtos específicos no site oficial.

Rodrigo Cortez, chefe substituto da Divisão de Desenvolvimento Rural da SFA-SP, informou que, desde outubro, cinco estabelecimentos solicitaram o Selo Arte, incluindo um de mel, três de queijos e um de iogurtes. Dos cinco pedidos, quatro já foram autorizados em Brasília, incluindo dois méis, 28 queijos, 12 iogurtes e duas coalhadas (labane). O quinto pedido aguarda a apresentação de uma documentação adicional solicitada pela SFA-SP.

Guilherme Campos, superintendente da SFA-SP, destaca que o Selo Arte visa promover produtos singulares, preservando a tradição e cultura regionais. Ele expressa otimismo quanto ao aumento da demanda, destacando a riqueza de São Paulo na produção de queijos, manteigas, doce de leite, méis e subprodutos de carnes e pescados.


Mudança de Paradigma para Agroindústrias Paulistas

A Família Rossato, uma queijaria de Pilar do Sul especializada em queijos de leite de búfala, foi a primeira a conquistar o Selo Arte no estado. Caio Rossato, produtor da família, destaca a transformação nos negócios: "Antes só podíamos vender no município. Agora temos nossos queijos em Salvador, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro. A demanda é maior que a nossa produção."

A Queijaria do Jordão, em Pindamonhangaba, também obteve a autorização do Mapa para usar o Selo Arte. O queijeiro Manoel Afonso Barroso, vindo de Portugal, desenvolve um queijo artesanal de pasta mole, semelhante ao famoso Serra da Estrela português, mas utilizando leite pasteurizado de vaca Jersey. Manoel destaca que o Selo Arte abrirá oportunidades para expandir as vendas em todo o Brasil.

A empresa Spazio Benedetti, de Amparo, foi aprovada para dois selos de mel artesanal. João Eduardo Benedetti, proprietário, ressalta a importância do Selo Arte para ampliar o alcance de seus produtos. Ele destaca o apoio da prefeitura de Amparo no processo de obtenção do selo, afirmando que "esse selo muda tudo porque vamos ampliar nosso consumidor final."

Compromisso com a Qualidade

Rodrigo Cortez, da SFA-SP, enfatiza que o Selo Arte não substitui a inspeção regular dos produtos junto aos serviços de inspeção (SIF, SIE ou SIM). A partir deste ano, as superintendências nos estados realizarão auditorias junto aos estabelecimentos que obtiveram a concessão do selo, garantindo que os produtos atendam aos critérios de artesanalidade e demais normativas do Mapa.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Foto: Spazio Benedetti | Divulgação/Mapa
Fonte: Mapa

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Queijos Artesanais Brasileiros se destacam no cenário internacional durante o Dia Mundial do Queijo

Queijos artesanais brasileiros brilham no World Cheese Awards; conquistam medalhas e destacam-se internacionalmente

Queijos artesanais

No Dia Mundial do Queijo, celebrado neste sábado (20), a produção de queijos artesanais brasileiros ganhou destaque mundial, conquistando diversas medalhas no renomado World Cheese Awards, conhecido como o Oscar do Queijo. A 35ª edição do concurso, realizada em outubro de 2023 em Trondheim, na Noruega, contou com a participação de mais de 4.502 queijos de 43 países, e 23 queijos brasileiros subiram ao pódio.

O Brasil conquistou uma medalha Super Ouro, três medalhas de Ouro, oito de Prata e 11 de Bronze, mostrando a diversidade e qualidade dos queijos produzidos no país. Essa conquista ressalta a importância do setor na economia brasileira e destaca a habilidade dos produtores em criar queijos que se destacam em uma competição global.

Outro evento de destaque é o Mundial do Queijo do Brasil, que terá sua 3ª edição entre os dias 11 e 14 de abril em São Paulo. Com mais de 100 produtores de diversos países, o evento promete ser um marco para a indústria queijeira nacional, reunindo mais de dois mil queijos e derivados do leite. O concurso também incluirá o 3º Concurso de Queijos e Produtos Lácteos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desempenha um papel fundamental na garantia da segurança alimentar, realizando fiscalizações nos alimentos participantes desses concursos. A Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) atua nas fronteiras e aeroportos para produtos importados, garantindo o cumprimento dos requisitos de saúde pública.

Caio Augusto, chefe substituto de Produtos Importados do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), destaca a simplificação dos procedimentos para a participação de queijos estrangeiros nos eventos. "Foi elaborado um procedimento simplificado, onde foi dispensada a necessidade de autorização prévia de importação, cabendo somente a fiscalização dos produtos pelo Vigiagro, verificando o cumprimento dos requisitos de saúde pública previstos no Certificado Sanitário", afirmou.

Além disso, o Mapa incentiva e reconhece a produção artesanal de queijos por meio dos Selos Arte e Selo Queijo Artesanal, regulamentados pela Lei nº 13.680/2018, promulgação da Lei nº 13.860/2019 e portaria nº 531/2022. Estes selos asseguram que os produtos foram produzidos de forma artesanal, respeitando receitas e processos tradicionais, e adotando Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação.

Desde 2018, 240 tipos de queijos receberam o Selo Arte, e desde 2019, foram concedidos 235 Selos Queijo Artesanal. Atualmente, 125 estabelecimentos possuem o Selo Queijo Artesanal, o que permite a comercialização em todo o território brasileiro, simplificando o registro para a comercialização. Este reconhecimento destaca a valorização territorial, a produção artesanal diferenciada e a caracterização singular dos queijos brasileiros.

O coordenador de Cooperativismo, Associativismo Rural e Agregação de Valor, Nelson de Andrade, destaca o impacto positivo desses selos na indústria queijeira brasileira, promovendo a identificação e reconhecimento dos produtos por meio do selo único.

Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Investimento do Mapa impulsiona o setor agrícola em Ribeira do Pombal, Bahia

Mapa destina R$ 435 mil a Ribeira do Pombal, BA, para máquinas agrícolas. Convênio vigora até 2025, impulsionando setor agrícola regional

Equipamento agrícola.

Em um gesto significativo para fortalecer o setor agrícola, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destinou aproximadamente R$ 435 mil ao município de Ribeira do Pombal, no estado da Bahia. O montante será utilizado para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, visando impulsionar a produtividade e desenvolvimento da agropecuária na região.

A celebração do convênio aconteceu por meio da Superintendência de Agricultura e Pecuária da Bahia (SFA-BA) e a prefeitura de Ribeira do Pombal. O acordo, que terá vigência de 30 de agosto de 2023 a 30 de agosto de 2025, representa um compromisso mútuo em prol do crescimento sustentável do setor agrícola local.

Destacando a importância dessa parceria, o superintendente Federal de Agricultura, Fábio Alexandre Rosa Rodrigues, conduziu a entrega simbólica de uma retroescavadeira ao prefeito Ericksson Silva em um evento ocorrido em 12 de janeiro. O momento contou também com a presença do vice-prefeito Nathan Brito e do deputado federal Ricardo Maia.

A SFA-BA assume a responsabilidade de apoiar e incentivar políticas estratégicas em Ribeira do Pombal, sempre que necessário, fortalecendo assim as ações institucionais do Mapa. Além disso, a Superintendência gerencia todo o processo operacional do recurso e do convênio, incluindo o acompanhamento da entrega dos equipamentos adquiridos.

Esse investimento representa um marco para o desenvolvimento agrícola local, promovendo inovação, modernização e fortalecendo a infraestrutura necessária para impulsionar o setor em Ribeira do Pombal. O comprometimento das autoridades locais e federais destaca a importância da colaboração entre os diferentes níveis de governo para o progresso sustentável das comunidades agrícolas.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Exportações de 2023 Alcançam Recorde de US$ 166,55 Bilhões

Em 2023, as exportações agrícolas brasileiras atingiram recorde de US$ 166,55 bilhões, impulsionadas por aumento na quantidade embarcada.

Navios no mar.

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram um marco histórico em 2023, registrando um recorde de US$ 166,55 bilhões em vendas, representando um crescimento de 4,8% em comparação a 2022, com um aumento de US$ 7,68 bilhões. Esses números foram divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O desempenho excepcional foi impulsionado principalmente pelo aumento na quantidade embarcada, consolidando o agronegócio como responsável por 49% da pauta exportadora total brasileira, um aumento em relação aos 47,5% do ano anterior.

O Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, destaca que "o ano de 2023 marcou um ponto de virada histórico para o agro brasileiro, com grandes avanços em exportações e expansão de mercados, resultando em um recorde nas vendas externas."


Exportações em alta

O Brasil exportou diretamente 193,02 milhões de toneladas de grãos, um aumento significativo de 24,3% em comparação com 2022. Além disso, houve expansão em outros setores, como carnes (+5,4%), açúcar (+15,1%), sucos (+6,0%), frutas (+5,9%), couros e seus produtos (+19,7%).

Os setores exportadores que mais contribuíram para as vendas foram o complexo soja, complexo sucroalcooleiro, cereais, farinhas e preparações, e sucos. O complexo soja liderou, representando 40,4% do total exportado.


R$16 bilhões em importações

Quanto às importações, o agronegócio brasileiro importou US$ 16,61 bilhões. O país também lançou um programa ambicioso para converter pastagens degradadas em áreas agricultáveis, buscando dobrar a produção de forma sustentável.

Para o ano de 2024, espera-se que o Brasil se consolide ainda mais como uma potência agropecuária global, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e se mantendo como um importante fornecedor de alimentos para o mundo.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Foto: Javier Garcia por Pixabay
Fonte: Mapa

domingo, 14 de janeiro de 2024

Mapa e Serpro Firmam Parceria para a Criação da Plataforma Digital de Inovação Agropecuária

Mapa e Serpro desenvolvem a Plataforma AgroHub Brasil, promovendo inovação e tecnologia no setor agropecuário brasileiro

Foto: trator moderno.

Em um movimento significativo para o setor agropecuário brasileiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) celebraram um Acordo de Cooperação Técnica. O objetivo deste acordo é desenvolver e operacionalizar a “Plataforma Digital de Inovação Agropecuária AgroHub Brasil”.

A Plataforma AgroHub Brasil será um ambiente virtual de Inovação Aberta, criado especificamente para o setor agropecuário. Esta plataforma tem como objetivo fomentar a interação dos diversos ecossistemas regionais, contribuindo assim para a execução do Programa AgroHub Brasil.

A plataforma contará com suporte multilíngue e empregará soluções tecnológicas avançadas, como API (Interface de Programação de Aplicativos) e IA (Inteligência Artificial). Através destas tecnologias, a Plataforma AgroHub Brasil pretende conectar academia, governo, sociedade civil, empreendedores e investidores. Esta conexão criará uma rede de transferência tecnológica voltada para a busca de soluções inovadoras que atendam aos produtores e fomentem o empreendedorismo tecnológico no campo.

Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, destacou a importância de ambientes de inovação voltados para a agropecuária, como a Plataforma AgroHub Brasil. Segundo ela, esses ambientes são instrumentos essenciais para fazer com que a tecnologia chegue ao produtor rural. Ela ressaltou que “O Brasil é um país de dimensões continentais, com necessidades e potenciais diferentes em cada região. Com a Inovação Aberta é possível trabalhar com políticas públicas mais focadas nessas particularidades, com estratégias mais sustentáveis e de maior engajamento”.

Este acordo entre o Mapa e o Serpro representa um passo importante para o setor agropecuário brasileiro. Através da Plataforma AgroHub Brasil, espera-se que a inovação e a tecnologia sejam mais acessíveis aos produtores rurais, permitindo que eles se beneficiem das últimas tendências e desenvolvimentos no campo da agropecuária. Além disso, a plataforma também visa promover o empreendedorismo tecnológico no campo, incentivando a criação e o desenvolvimento de novas soluções e tecnologias que possam beneficiar o setor agropecuário como um todo.

A Plataforma AgroHub Brasil é um exemplo de como a cooperação entre diferentes setores pode levar a soluções inovadoras e eficazes. Ao conectar academia, governo, sociedade civil, empreendedores e investidores, a plataforma cria um ecossistema de inovação que pode levar a avanços significativos no setor agropecuário. Com a implementação bem-sucedida desta plataforma, o Brasil pode se posicionar como um líder global em inovação agropecuária.

A celebração deste Acordo de Cooperação Técnica entre o Mapa e o Serpro para o desenvolvimento e operacionalização da Plataforma Digital de Inovação Agropecuária AgroHub Brasil é um marco importante para o setor agropecuário brasileiro. Através desta plataforma, espera-se que os produtores rurais tenham acesso a soluções tecnológicas inovadoras que possam ajudá-los a enfrentar os desafios do setor agropecuário e a aproveitar as oportunidades que a tecnologia e a inovação podem oferecer.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Foto: amymilitary por Pixabay
Fonte: Mapa

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Agricultura: Expectativas para 2024

Clima adverso e custos altos devem pressionar produção, mas destaques como arroz, laranja e trigo devem compensar

Agricultura

O ano de 2024 deve ser marcado por desafios para o setor agropecuário brasileiro. As condições climáticas adversas, com secas e estiagens intensas em algumas regiões do país, devem impactar negativamente a produção de grãos, a principal atividade do agronegócio brasileiro.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra brasileira de grãos em 2024 deve totalizar 306,4 milhões de toneladas, uma queda de 13,5 milhões de toneladas em relação à safra de 2023. A principal cultura afetada será o milho, com produção prevista de 123,9 milhões de toneladas, uma queda de 12,7%. A soja, por sua vez, deve apresentar queda de 1,4%, para 329,9 milhões de toneladas.

Além das condições climáticas, o aumento dos custos de produção também deve pressionar os resultados do agronegócio em 2024. Os preços dos insumos, como fertilizantes, defensivos e sementes, têm registrado alta nos últimos meses, o que tem reduzido a margem de lucro dos produtores.

Apesar dos desafios, o agronegócio brasileiro deve continuar a ser um dos setores mais importantes da economia brasileira. As projeções do Ministério da Agricultura apontam para um Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuário de R$ 1,166 trilhão em 2024, uma queda de 0,2% em relação a 2023.


Os destaques do agronegócio em 2024

Apesar do cenário desafiador, alguns produtos agrícolas devem apresentar desempenho positivo em 2024. O arroz, por exemplo, deve registrar alta de 29,9% na produção, para 26,3 milhões de toneladas. A laranja também deve apresentar crescimento, com produção estimada em 26,4 milhões de toneladas, um aumento de 28,3%. O trigo, por sua vez, deve reverter o cenário de queda da safra passada e registrar alta de 24,2%, para 12,9 milhões de toneladas ¹.


Os desafios para o agronegócio em 2024

Os principais desafios para o agronegócio brasileiro em 2024 poderão ser:

  • Condições climáticas adversas: As secas e estiagens intensas devem impactar negativamente a produção de grãos, a principal atividade do agronegócio brasileiro.
  • Aumento dos custos de produção: Os preços dos insumos, como fertilizantes, defensivos e sementes, têm registrado alta nos últimos meses, o que tem reduzido a margem de lucro dos produtores.
  • Riscos sanitários: O setor agropecuário brasileiro está exposto a uma série de riscos sanitários, como pragas e doenças, que podem causar prejuízos significativos à produção.

Perspectivas para o futuro

O agronegócio brasileiro deve continuar a ser um dos setores mais importantes da economia brasileira nos próximos anos. No entanto, o setor precisará enfrentar os desafios mencionados acima para garantir a sua competitividade e o seu crescimento.

Algumas medidas que podem ser adotadas para mitigar esses desafios incluem:

  • Investimentos em pesquisa e desenvolvimento: O desenvolvimento de novas tecnologias e práticas agrícolas pode ajudar a reduzir a dependência de insumos importados e a aumentar a produtividade.
  • Apoio à inovação: O setor agropecuário precisa ser incentivado a inovar, tanto na produção quanto na comercialização.
  • Cooperação internacional: O Brasil pode trabalhar em conjunto com outros países para enfrentar os desafios globais, como as mudanças climáticas e a segurança alimentar.


Reportagem por Amanhcer Agrícola
Foto Илья por Pixabay
¹Fonte: Globo Rural

domingo, 7 de janeiro de 2024

Agricultura Urbana: Uma Solução Para a Sustentabilidade nas Cidades

Pode ser praticada em diversos espaços, como telhados, quintais, varandas e até mesmo em espaços públicos.

Cidade cercada por campos

A agricultura urbana é uma prática que consiste no cultivo de alimentos em áreas urbanas. Ela pode ser uma solução para a sustentabilidade nas cidades, pois contribui para a redução do desperdício de alimentos, a melhoria da qualidade do ar e da água, e a promoção da biodiversidade.


Redução do desperdício de alimentos

A agricultura urbana pode ajudar a reduzir o desperdício de alimentos, pois permite que as pessoas cultivem seus próprios alimentos, diminuindo a necessidade de comprar alimentos importados. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de um terço dos alimentos produzidos para consumo humano são desperdiçados ao longo da cadeia de abastecimento. O desperdício de alimentos é um problema ambiental sério, pois contribui para as mudanças climáticas, a poluição e o uso ineficiente de recursos naturais.


Melhoria da qualidade do ar e da água

A agricultura urbana também contribui para a melhoria da qualidade do ar e da água. As plantas absorvem o dióxido de carbono e produzem oxigênio, o que ajuda a reduzir a poluição do ar. Além disso, as plantas ajudam a filtrar a água da chuva, reduzindo a poluição da água.


Promoção da biodiversidade

A agricultura urbana também pode promover a biodiversidade, pois atrai aves, insetos e outros animais. A biodiversidade é importante para o equilíbrio dos ecossistemas e para a saúde humana.


Exemplos de agricultura urbana

Existem diversos exemplos de agricultura urbana no mundo. Em Nova York, por exemplo, existiam cerca de 900 pequenas fazendas e hortas urbanas em 2013*. Em São Paulo, existe o projeto “Cidades Sem Fome”, que promove a agricultura urbana em mais de 80 hortas urbanas e escolares, a maioria delas na Zona Leste de São Paulo. Além disso, a Coordenadoria de Agricultura da Prefeitura de São Paulo implementa ações para o desenvolvimento rural sustentável e o fortalecimento da agricultura urbana e periurbana.

No Brasil, a agricultura urbana é uma realidade e vem crescendo nos últimos anos. O Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, tem como objetivo promover a agricultura sustentável nas áreas urbanas e nas regiões periurbanas.


Exemplos específicos

  1. Aqui estão alguns exemplos específicos de como a agricultura urbana pode contribuir para a sustentabilidade:
  2. Uma horta urbana em um telhado pode reduzir a necessidade de ar condicionado, pois as plantas ajudam a resfriar o ambiente.
  3. Um jardim comunitário pode promover a interação social entre os moradores de uma comunidade, o que pode contribuir para a redução da violência.
  4. Uma fazenda urbana pode produzir alimentos frescos e saudáveis para as pessoas que vivem nas cidades, o que pode contribuir para a melhoria da saúde pública.

A agricultura urbana é uma prática que tem o potencial de contribuir significativamente para a sustentabilidade nas cidades. Ela pode ser uma solução para diversos problemas ambientais e sociais, como o desperdício de alimentos, a poluição do ar e da água, e a desigualdade social.


Foto: Dim Hou por Pixabay

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

MAPA Encerra 2023 com 90 Produtos de Baixo Impacto Registrados, Reforçando Compromisso com Agricultura Sustentável

MAPA celebra avanço sustentável na agricultura, encerrando 2023 com 90 produtos de baixo impacto registrados

Mapa encerra 2023 com 90 produtos de baixo impacto registrados / Plantinha no solo


O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária finaliza o ano de 2023 com um marco significativo no campo da agricultura sustentável. O Ato nº 60, publicado nesta sexta-feira (29) no Diário Oficial da União, registrou 55 produtos formulados para controle de pragas na agricultura, dos quais 19 são classificados como de baixo impacto.

A crescente preocupação com práticas agrícolas sustentáveis é evidenciada pelo total de 365 agrotóxicos registrados ao longo de 2023, com um expressivo número de 90 produtos considerados de baixo impacto. Esses produtos, que incluem produtos de origem biológica, produtos fitossanitários aprovados para a agricultura orgânica, produtos semioquímicos e reguladores de crescimento, desempenham um papel crucial na promoção de práticas agrícolas mais amigáveis ao meio ambiente.

Os produtos de baixo impacto não apenas se destacam pelos benefícios ambientais e toxicológicos, mas também contribuem para o suporte fitossanitário insuficiente em diversas culturas, uma vez que são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura. Esse enfoque reforça a busca por alternativas sustentáveis para o controle de pragas, alinhando-se às demandas crescentes por uma agricultura mais responsável.

Entre os registros do Ato nº 60, destacam-se os defensivos biológicos que incorporam ativos amplamente conhecidos, como Bacillus subtilis, Bacillus thuringiensis, Bacillus amyloliquefaciens, Metarhizium anisopliae e Trichoderma asperellum. Além disso, foram registrados produtos biológicos com ativos menos conhecidos, como Bacillus firmus, Peptídeos Derivados da Proteína Harpin, Heterorhabditis bacteriophora e Steinernema carpocapsae.

A publicação também revela dois produtos idênticos aos já registrados no Ato nº 52, baseados na mistura de isolados de Bacillus thuringiensis com Brevibacillus laterosporus e outro à base de Bacillus aryabhattai, Bacillus haynesii e Bacillus circulans. Essa diversidade de produtos evidencia a constante busca por soluções inovadoras e eficazes no controle de pragas, promovendo uma agricultura mais resistente e sustentável.

No âmbito dos produtos químicos, a inovação se destaca por meio de misturas de ativos já registrados, aprovados nos Estados Unidos, União Europeia ou Austrália. Muitos desses produtos se enquadram nas novas definições da Lei 14.785/2023 como produtos genéricos ou idênticos, representando uma estratégia importante para diminuir a concentração do mercado e estimular a concorrência, resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Todos os produtos registrados no Ato nº 60 passaram por rigorosas análises e aprovações pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, seguindo critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais. Esse processo garante a segurança dos agricultores e consumidores, consolidando o compromisso do MAPA com a promoção de uma agricultura moderna, eficiente e, acima de tudo, sustentável.


Reportagem por Amanhecer Agrícola,
Fonte: Mapa,
Foto: Divulgação/Mapa