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sábado, 18 de maio de 2024

Mudanças Climáticas e o Impacto na Agricultura: Desafios e Oportunidades

Mudanças climáticas afetam agricultura: chuvas irregulares, temperaturas altas, pragas. Agricultores adaptam-se; oportunidades novas surgem; tecnologia essencial.

Tempestade


As mudanças climáticas emergiram como um dos desafios mais prementes da nossa era, com consequências que reverberam em todos os setores da sociedade. No entanto, é na agricultura que os impactos se fazem sentir de maneira mais direta e imediata. À medida que os padrões climáticos se tornam mais extremos e imprevisíveis, os agricultores enfrentam uma série de desafios que ameaçam a segurança alimentar global. Neste artigo, exploraremos as nuances dessas mudanças climáticas e seu impacto na agricultura, trazendo à tona as descobertas mais recentes da pesquisa.


Desafios Climáticos na Agricultura

Um dos principais desafios que os agricultores enfrentam devido às mudanças climáticas é a variabilidade no padrão de chuvas. Em muitas regiões, a ocorrência de secas prolongadas ou chuvas torrenciais e inesperadas tornou-se mais comum, comprometendo a qualidade do solo e reduzindo a produtividade das colheitas. Além disso, o aumento das temperaturas médias está exacerbando problemas como a desertificação e a salinização do solo, tornando vastas áreas impróprias para a agricultura.


Impacto na Produção de Alimentos

Esses desafios climáticos têm um impacto direto na produção de alimentos, com potencial para desencadear crises alimentares em escala global. Culturas sensíveis ao clima, como o milho, o trigo e o arroz, estão sofrendo com a diminuição da produtividade e uma maior suscetibilidade a pragas e doenças. Além disso, a pecuária também está sob pressão, com pastagens secando e fontes de água diminuindo, o que afeta a disponibilidade de alimentos para o gado.


Adaptação e Mitigação

Diante desses desafios, os agricultores estão sendo forçados a adotar medidas de adaptação e mitigação para garantir a sustentabilidade de suas operações. Isso inclui a implementação de práticas agrícolas mais resilientes, como o plantio de culturas mais adaptadas ao clima local, a conservação da água e do solo e a diversificação das fontes de renda. Além disso, investimentos em tecnologias agrícolas inovadoras, como sistemas de irrigação eficientes e cultivos geneticamente modificados resistentes ao estresse hídrico, estão se tornando cada vez mais importantes.


Oportunidades Emergentes

Apesar dos desafios, as mudanças climáticas também estão abrindo novas oportunidades na agricultura. O surgimento de novos padrões climáticos está criando condições favoráveis para o cultivo de certas culturas em regiões anteriormente incompatíveis, bem como para a expansão de técnicas de agricultura de conservação e agricultura urbana. Além disso, a crescente conscientização sobre a importância da agricultura sustentável está impulsionando a demanda por produtos orgânicos e de origem local, criando novos mercados para os produtores que adotam práticas ambientalmente responsáveis.


Pegruntas
Como as mudanças climáticas afetam a agricultura?
As mudanças climáticas afetam a agricultura de várias maneiras, incluindo a variabilidade nas chuvas, o aumento das temperaturas e a ocorrência de eventos climáticos extremos, o que impacta na produtividade das colheitas.
Quais são os principais desafios enfrentados pelos agricultores devido às mudanças climáticas?
Os principais desafios incluem a variabilidade no padrão de chuvas, o aumento das temperaturas, a maior suscetibilidade a pragas e doenças, e a deterioração da qualidade do solo.
Como os agricultores podem se adaptar às mudanças climáticas?
Os agricultores podem se adaptar às mudanças climáticas adotando práticas agrícolas mais resilientes, como o plantio de culturas mais adaptadas ao clima local, a conservação da água e do solo, e a diversificação das fontes de renda.
Quais são as oportunidades emergentes na agricultura devido às mudanças climáticas?
As oportunidades emergentes incluem o cultivo de novas culturas em regiões anteriormente incompatíveis, a expansão de técnicas de agricultura de conservação e agricultura urbana, e o aumento da demanda por produtos orgânicos e de origem local.
Como a tecnologia pode ajudar os agricultores a enfrentar os desafios das mudanças climáticas?
A tecnologia pode ajudar os agricultores de várias maneiras, incluindo o desenvolvimento de cultivos resistentes ao estresse hídrico, o uso de sistemas de irrigação eficientes e a implementação de práticas agrícolas sustentáveis.

Em suma, as mudanças climáticas representam um desafio existencial para a agricultura, mas também oferecem oportunidades para inovação e crescimento. Para enfrentar esses desafios e aproveitar essas oportunidades, é fundamental que os governos, as instituições de pesquisa, as empresas agrícolas e os agricultores trabalhem em conjunto para desenvolver e implementar soluções sustentáveis e adaptáveis. Somente assim poderemos garantir a segurança alimentar e a resiliência do nosso sistema agrícola em um mundo em constante mudança climática.


Foto: Imagem de Gerhard Bögner por Pixabay

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Tragédia no Rio Grande Do Sul: A Agricultura É Desafiada

Enchentes Causam Devastação Humana e Econômica no Estado

Enchente no RS.
Foto: Maurício Tonetto/Secom


As enchentes no Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição que afetou profundamente a vida dos moradores e a economia local. Com um saldo trágico de 154 mortos e 98 desaparecidos, mais de 618 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas, enfrentando a devastação em várias regiões do estado.

Em Porto Alegre, o nível do Guaíba está gradualmente diminuindo, chegando a 4,73 metros nesta sexta-feira (17). Embora algumas áreas da capital gaúcha já estejam secas, muitos bairros ainda enfrentam inundações. Moradores das áreas menos afetadas começaram a retornar e limpar suas residências, mas a situação permanece crítica nas cidades às margens da Lagoa dos Patos, onde o nível da água continua subindo.

A previsão do tempo não traz alívio. Uma nova frente fria está intensificando as chuvas no estado, com alertas de perigo para o Norte, onde temporais podem agravar ainda mais a situação nas cabeceiras dos rios.


Impacto Econômico e Pedido de Ajuda

O governador Eduardo Leite estimou que as enchentes resultarão em uma perda de arrecadação de R$ 14 bilhões para o estado. Em entrevista coletiva, ele destacou que o custo de reconstrução superará os R$ 19 bilhões inicialmente previstos. Leite pediu ao governo federal que reponha o valor perdido, ressaltando que a suspensão do pagamento da dívida gaúcha com a União por três anos não proporcionará recursos imediatos para a reconstrução, apenas um alívio parcial ao longo do tempo.


A Crise na Agricultura

As intensas chuvas entre o final de abril e meados de maio causaram estragos massivos nas áreas urbanas e rurais, especialmente nas plantações de soja. Em Santa Maria e outras regiões centrais do estado, as enchentes inundaram casas, causaram deslizamentos de terra e destruíram infraestruturas essenciais como estradas, pontes e fornecimento de energia e água.

Segundo a Emater/RS, cerca de 85% da área total de soja já foi colhida, mas a qualidade dos grãos está comprometida. A expectativa inicial de produtividade era de 3.269 quilos por hectare, mas após as enchentes, esse número caiu 18%, para 2.665 quilos por hectare. Muitos agricultores estão considerando não colher as áreas restantes devido à baixa qualidade e à viabilidade econômica.


Desafios Futuros

A recuperação das áreas afetadas e a restauração da produção agrícola são desafios imensos para o Rio Grande do Sul. Com a infraestrutura rural severamente danificada e muitas comunidades isoladas, a volta à normalidade parece distante. A situação exige uma resposta coordenada entre autoridades estaduais e federais para fornecer suporte financeiro e operacional aos afetados, garantindo que a economia agrícola possa se reerguer e que as famílias possam reconstruir suas vidas.


Como Ajudar

Diversas iniciativas estão em andamento para ajudar as vítimas das enchentes. Organizações e voluntários estão se mobilizando para fornecer alimentos, roupas e abrigo. É possível contribuir com doações e apoio às campanhas de assistência, proporcionando um alívio necessário para aqueles que perderam tudo nesta tragédia.


quinta-feira, 4 de abril de 2024

Reconstrução Rural: Estratégias Emergenciais Após Danos Causados por Chuvas no Sul do Espírito Santo

Governo e Instituições Financeiras Unem Esforços para Recuperação Agrícola e Infraestrutural

As recentes chuvas intensas no sul do Espírito Santo resultaram em devastadoras perdas na produção agrícola, ultrapassando os R$ 72 milhões, segundo estimativa da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). A cafeicultura foi a atividade mais atingida, especialmente nos municípios de Mimoso do Sul, Muniz Freire e Alfredo Chaves.

Em resposta a essa crise, a Seag, em parceria com instituições financeiras, anunciou medidas emergenciais, incluindo a prorrogação de parcelas de crédito rural e a concessão de novos empréstimos com condições especiais para os produtores afetados. Linhas de crédito emergenciais, como a Linha Recomeçar do SICOOB e Nosso Crédito do BANESTES, foram disponibilizadas com isenção de taxas de juros.

O secretário da Agricultura, Enio Bergoli, destacou a importância de os produtores buscarem orientação nos escritórios do Incaper ou nas secretarias municipais de Agricultura para acesso a essas oportunidades de financiamento. Técnicos do Incaper estão prontos para fornecer suporte aos agricultores, auxiliando na avaliação dos danos e na renegociação dos empréstimos.

Além das perdas na cafeicultura, o levantamento da Seag identificou prejuízos na fruticultura, horticultura e na bovinocultura leiteira, ampliando o impacto para além das lavouras. O governo também está concentrando esforços na recuperação da infraestrutura rural e viária, estimando prejuízos adicionais de cerca de R$ 70 milhões.

Fonte da
Imagem; folhavitoria.com.br





Equipes de manutenção da Seag estão realizando serviços de limpeza e manutenção em estradas rurais, especialmente nos trechos mais afetados. Parcerias com outras secretarias do governo visam agilizar os reparos em vias pavimentadas e não pavimentadas, bem como a recuperação de pontes e contenções de encostas.

Diante dessa situação desafiadora, o governo e as instituições financeiras estão unindo esforços para fornecer suporte abrangente aos agricultores e comunidades afetadas, visando a reconstrução e o fortalecimento do setor agrícola e infraestrutural da região.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Fevereiro: Previsão de Clima no Brasil Indica Chuva Acima da Média em Grande Parte do País

Previsão de chuvas acima da média em fevereiro beneficia agricultura, demandando adaptação aos desafios climáticos

Previsão de chuva no campo.

Com base nas últimas previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de fevereiro se desenha com um padrão de chuvas acima da média em vastas regiões do Brasil. Essa projeção, que abrange áreas significativas do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, além de partes do Norte e do Sul, traz implicações importantes para a agricultura nacional.

De acordo com o Inmet, a expectativa é que regiões como o Matopiba, que inclui áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, se beneficiem do aumento da umidade do solo, favorecendo o avanço da semeadura e o desenvolvimento das culturas de primeira safra. Essa tendência, impulsionada pelas chuvas regulares observadas em dezembro de 2023 e janeiro de 2024, promete contribuir para o cenário positivo da produção agrícola.

No entanto, a previsão indica variações regionais. Enquanto áreas da Região Sul também devem registrar chuvas acima da média, garantindo níveis elevados de umidade no solo e favorecendo o desenvolvimento das culturas, há regiões onde as chuvas podem ficar próximas ou ligeiramente abaixo da média. Isso pode impactar o desenvolvimento das culturas em estágios mais sensíveis à disponibilidade hídrica.


Temperaturas maiores?

Além disso, o clima mais quente também merece atenção. Prevê-se que as temperaturas fiquem acima da média em praticamente todo o país, com áreas específicas, como o Amazonas, Pará, Mato Grosso, e partes de outros estados, podendo alcançar até 30ºC. Essa condição pode demandar estratégias adicionais para mitigar os efeitos do calor nas culturas.

Em contrapartida, algumas regiões como o centro-sul do Rio Grande do Sul e o sul de Minas Gerais podem experimentar temperaturas próximas à média ou ligeiramente abaixo. Essa variação térmica também requer acompanhamento por parte dos produtores para ajustar as práticas agrícolas conforme as condições climáticas.


Fevereiro se apresenta como um mês desafiador, porém promissor para a agricultura brasileira, com chuvas acima da média em grande parte do país e temperaturas elevadas, exigindo dos agricultores adaptação e estratégias para garantir o sucesso das safras. O monitoramento constante do clima e a flexibilidade nas ações serão essenciais para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades oferecidas pela temporada de cultivo.


Reportagem por Amanhecer Agrícola,
Fonte: INMET/Mapa,
Foto: Imagem de Kanenori por Pixabay

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Programa de Recuperação Agrícola é Lançado pelo Mapa para Municípios Afetados por Eventos Climáticos Extremos

Mapa lança programa independente para recuperar áreas rurais afetadas por eventos climáticos em RS, SC, MG e SP.

Vaca perto de água.

Em resposta aos desafios impostos por eventos climáticos extremos, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou o lançamento de um programa de recuperação dedicado aos municípios de Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Minas Gerais (MG) e São Paulo (SP). O programa visa oferecer suporte às áreas rurais que declararam estado de emergência devido a calamidades públicas decorrentes de condições climáticas adversas.

O foco principal do programa é a restauração e expansão de estradas vicinais, com o objetivo de desobstruir vias cruciais para revitalizar a produção agropecuária. A iniciativa visa também melhorar a trafegabilidade nas regiões rurais, facilitando o transporte de produtos agrícolas para comercialização e distribuição nos mercados consumidores.

Os municípios interessados em participar do programa têm até o dia 15 de dezembro para cadastrar suas propostas por meio do Trasfere.gov. O processo de seleção inclui a apresentação de uma proposta orçamentária detalhada, decreto municipal de calamidade pública reconhecido pelo Estado ou Secretaria Estadual, além de fotos georreferenciadas da área afetada, entre outros critérios.

O prazo para o Mapa executar as ações de recuperação e ampliação das estradas vicinais é estimado em até 180 dias. A análise das propostas está programada para ocorrer de 18 a 22 de dezembro, com a celebração e assinatura dos termos de convênio previstas para até 29 de dezembro.

É importante observar que, no momento, o Mapa não dispõe de orçamento adicional para custear os convênios, mas está buscando indicação orçamentária junto à base parlamentar. Em casos de necessidade, outras unidades federativas podem ser incorporadas ao programa de recuperação agrícola.

Este programa representa uma resposta abrangente e urgente para a reconstrução das áreas afetadas, destacando a importância em apoiar as comunidades agrícolas que enfrentam os desafios decorrentes de eventos climáticos extremos.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: por Pixabay

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Chuvas Abaixo e Acima da Média Desafiam Agricultura Brasileira em Outubro

Outubro de 2023 trará chuvas abaixo da média no Norte e Nordeste, impactando a agricultura, enquanto o Sul terá chuvas acima da média.

Campo com chuva.
Imagem de Michael por Pixabay


O mês de outubro de 2023 traz consigo uma previsão climática que merece a atenção dos setores agrícolas do Brasil, fornecida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o Inmet, as regiões Norte e Nordeste enfrentarão um cenário de chuva abaixo da média histórica, com volumes de precipitação inferiores a 70 mm, particularmente no Nordeste e no norte da região amazônica. No entanto, algumas áreas da Região Norte, como a faixa oeste e partes do sul, podem experimentar chuvas próximas ou ligeiramente acima da média, com previsão de acumulados abaixo de 140 mm.


Chuvas no Centro-Oeste e Sudeste: um retorno gradual

Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica um retorno gradual das chuvas, principalmente em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, com volumes previstos inferiores a 160 mm. Entretanto, em outras áreas dessas regiões, a tendência é de chuvas abaixo da média, com destaque para o centro-norte de Minas Gerais, onde os acumulados podem ser inferiores a 100 mm.


Região Sul com previsão de chuvas acima da média

No Sul do Brasil, por outro lado, a previsão aponta para chuvas acima da média, especialmente no centro-oeste do Rio Grande do Sul, parte central de Santa Catarina e extremo sul do Paraná. Nessas áreas, os volumes previstos podem superar 250 mm.


Impacto na Agricultura

A previsão climática para outubro de 2023 e seus potenciais impactos no setor agrícola são de particular importância. Na região do Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a falta de chuva prevista pode resultar em níveis baixos de umidade no solo, possivelmente atrasando a semeadura dos cultivos de primeira safra.

Por outro lado, áreas do Sealba, que abrange os estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia, podem enfrentar redução no armazenamento de água no solo, o que pode afetar os cultivos de terceira safra em fases sensíveis, mas favorecer as operações de colheita.

Em grande parte do Brasil Central, os níveis de umidade no solo podem permanecer baixos, o que pode ser benéfico para a conclusão da safra de grãos 2022/23. No entanto, a irregularidade das chuvas em uma faixa que se estende do Mato Grosso até o Espírito Santo pode manter a umidade no solo em níveis baixos, impactando a semeadura e o início do desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. Em contrapartida, áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais devem contar com um nível de umidade no solo adequado para atender as fases iniciais da safra 2023/24.

Na Região Sul, onde se prevê níveis elevados de umidade no solo, os cultivos de inverno em enchimento de grãos e maturação, além das fases iniciais dos cultivos de primeira safra, podem ser beneficiados. No entanto, o excesso de chuva em algumas áreas pode levar a problemas, como excedente hídrico, impactos na colheita dos cultivos de inverno, aumento da incidência de doenças fúngicas e dificuldades na semeadura dos cultivos de primeira safra.


Temperaturas Acima da Média

Quanto às temperaturas, a previsão aponta para médias superiores à média em grande parte do país, com destaque para áreas de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, onde as temperaturas podem superar os 29°C. Algumas localidades no sul de Mato Grosso do Sul e parte da Região Sul podem experimentar temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média, especialmente em dias consecutivos de chuva, onde os valores podem cair abaixo de 20°C. Em regiões de maior altitude dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, temperaturas inferiores a 16°C podem ocorrer devido a dias consecutivos de chuva e à influência de massas de ar frio.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Grande Quantidade de Chuvas no RS prejudica Culturas

Grande quantidade de chuvas e geadas afetaram no RS. Previsão indica clima variável para agricultores.

Plantação de milho crescendo em uma área rural
Foto por PxHere


Agricultores e produtores do Rio Grande do Sul acompanharam atentamente as condições meteorológicas ocorridas na semana de 14 a 20 de setembro de 2023, que tiveram um impacto significativo nas atividades agrícolas do estado. Neste boletim, vamos analisar as condições climáticas observadas durante esse período e os destaques relacionados à agricultura.


Condições Meteorológicas Semanais:

14 de setembro: A semana começou com chuvas isoladas no Norte e Nordeste do estado, mas ao longo do dia, uma massa de ar seco reduziu a cobertura de nuvens em todas as regiões.

15 de setembro: O ar seco e frio predominou, levando a temperaturas baixas e geadas isoladas na Serra do Nordeste.

16 e 17 de setembro:
O tempo permaneceu seco, com aumento das temperaturas, superando 35°C em várias regiões.

18 e 19 de setembro:
A atuação de um cavado trouxe nebulosidade e pancadas de chuva em todo o estado, incluindo temporais isolados na Campanha e Zona Sul.

20 de setembro: O tempo seco e quente prevaleceu na maioria do estado.

Os volumes de chuva variaram entre 20 e 35 mm na maior parte do estado, com valores inferiores a 10 mm na Fronteira Oeste. Nas regiões leste e nordeste, os totais acumulados variaram entre 50 e 65 mm, ultrapassando 100 mm em várias localidades da Zona Sul. As temperaturas variaram de -0,1°C em Vacaria, no dia 15/9, a 37,2°C em Campo Bom, no dia 17/9.


Destaques da Semana na Agricultura:


Semeadura de Milho:
Devido às condições meteorológicas mais favoráveis e alguns dias de tempo firme, a semeadura de milho atingiu 50% da área projetada. As plantas apresentam boa emergência e densidade, indicando um plantio bem-sucedido.

Cultura de Arroz:
A ocorrência de chuvas intensas suspendeu os trabalhos de preparação do solo e semeadura, sendo necessário um período de até duas semanas sem chuvas para retomar o plantio. Os reservatórios ainda não atingiram sua capacidade máxima, com níveis entre 75% e 80% em algumas áreas.

Cultura de Feijão 1ª Safra: O excesso de chuvas prejudicou a semeadura, que está paralisada há duas semanas. As baixas temperaturas também afetaram o desenvolvimento, causando o enrolamento das folhas.

Cultivo de Trigo:
Algumas lavouras apresentam menor porte devido a eventos climáticos adversos. A preocupação com o aumento da incidência de doenças nas lavouras de trigo persiste devido ao excesso de umidade e ao aumento da temperatura.

Aveia Branca:
A cultura está em colheita, com potencial produtivo adequado, apesar do acamamento das plantas devido a ventos e chuvas.

Cultura de Canola:
As lavouras apresentam alto potencial produtivo, com produtividade média superior às expectativas, apesar de variações devido ao acamamento em algumas áreas.

Cevada: As lavouras na região de Erechim estão em excelente estado de desenvolvimento, com expectativa de produtividade mantida.

Pastagens: As pastagens de inverno e verão foram impactadas por chuvas intensas e variações de temperatura, afetando o crescimento das plantas e o pastejo dos animais.


Previsão Meteorológica:

25 a 27 de setembro: A partir do dia 25, o tempo seco com variação de nuvens predominará na maioria das regiões, com chuvas isoladas apenas nos setores Leste e Nordeste. Nos dias 26 e 27, o ar seco e frio manterá o tempo firme, com declínio das temperaturas em todo o estado.


Este boletim fornece uma visão abrangente das condições meteorológicas e seus impactos na agricultura do Rio Grande do Sul. Agricultores e produtores devem monitorar de perto as previsões e se adaptar às condições climáticas variáveis para garantir o sucesso de suas safras e operações.

Inverno 2023 em Porto Alegre (RS): Chuvas Acima da Média e Temperaturas Altas

Inverno 2023 em Porto Alegre (RS) registra chuvas significativamente acima da média e temperaturas notavelmente elevadas. Dados meteorológicos destacados.

Imagem de um campo inundado com água e lama.
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay


O inverno de 2023 em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, deixou sua marca com um conjunto de condições meteorológicas que surpreenderam os habitantes da região. Neste balanço, analisamos as estatísticas que revelam chuvas acima da média e temperaturas que desafiaram as expectativas sazonais.


Chuvas Abundantes

Durante o período de inverno, a estação meteorológica convencional de Porto Alegre registrou um total de precipitação (chuva) de 652,2 milímetros (mm). Esse número se destaca ao ser comparado à média sazonal entre 1991 e 2020, que é de 435,5 mm, representando um excedente de 216,7 mm ou cerca de 50% acima da média. Esse volume de chuva torna o inverno de 2023 o terceiro mais chuvoso desde 1961, superado apenas por 2020 e 1972.

Ao longo da estação, ocorreram 31 dias com chuva maior ou igual a 1 mm, demonstrando uma frequência notável de eventos de precipitação ao longo do período.


Variação de Temperaturas

As temperaturas registradas durante o inverno também apresentaram variações notáveis. A média das mínimas foi de 13,3°C, significativamente acima da média sazonal entre 1991 e 2020, que é de 11,5°C. Uma marca notável desse inverno foi a formação de geada e a temperatura mínima registrada de 3,8°C, no dia 28 de agosto.

No que diz respeito às máximas, a média ficou em 22,8°C, também superando a média sazonal do inverno entre 1991 e 2020, que é de 21,2°C. O registro da maior temperatura do inverno, atingindo 35,6°C no dia 17 de setembro, chamou a atenção.

A temperatura média do inverno de 2023 em Porto Alegre alcançou 16,9°C, superando os 15,3°C da média para o período entre 1991 e 2020. Este inverno se posiciona como o terceiro mais quente desde 1961 em termos médios.


Dados Relevantes do Inverno de 2023 em Porto Alegre (RS):

- Total de precipitação pluviométrica: 652,2 milímetros (mm).

- Maior volume de chuva em 24 horas: 60,0 mm no dia 4 de setembro.

- Maior temperatura registrada: 35,6°C, em 17 de setembro.

- Menor temperatura registrada: 3,8°C, em 28 de agosto.

- Maior rajada de vento: 18,7 m/s (67,3 km/h) no dia 12 de setembro, valor registrado na estação automática A801.


O inverno de 2023 teve início às 11h58 do dia 21 de junho e terminou às 3h50 do dia 23 de setembro.


Inverno no RS

O inverno no Rio Grande do Sul desempenha um papel crucial no setor do agronegócio. Durante essa estação, as temperaturas mais baixas e a ocorrência de geadas afetam diretamente as culturas agrícolas, exigindo cuidados especiais dos agricultores. Além disso, a estação seca favorece a concentração de rebanhos e a produção de alimentos de qualidade. As condições climáticas desafiadoras do inverno no estado ressaltam a importância da gestão eficaz das atividades agrícolas para garantir a continuidade da produção e a economia da região.


Vale ressaltar que o INMET, órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950. Suas previsões meteorológicas e avisos são divulgados diariamente em seu portal, aplicativo e redes sociais, fornecendo informações essenciais para a comunidade e os setores agrícola e pecuário.


Fonte: INMET

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Boletim sobre o El Niño 2023 divulgado pela INMET

Boletim conjunto de Inmet, Inpe, ANA e Cenad revela El Niño 2023, com chuvas no Sul e déficit no Norte.

A imagem mostra um céu escuro e nublado com vários raios caindo. Os raios são muito brilhantes e podem ser vistos em vários lugares do céu. O céu está escuro e nublado, com algumas nuvens de tempestade.
Imagem de Keli Black por Pixabay


No dia 20 de setembro de 2023, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad), divulgou um boletim informativo com o intuito de apresentar dados relacionados ao monitoramento, previsões e os potenciais impactos do fenômeno El Niño no Brasil durante o ano de 2023.

Este relatório é resultado de uma iniciativa conjunta entre órgãos nacionais oficiais que têm como foco principal o monitoramento, a regulação do uso das águas, a gestão de riscos e a previsão do clima e do tempo. O objetivo é atualizar regularmente as informações sobre o fenômeno El Niño para auxiliar os órgãos governamentais federais e estaduais, bem como contribuir para a tomada de decisões relacionadas ao país.


Padrão do El Niño Emergindo

De acordo com o boletim, desde junho de 2023, tem sido observado um padrão típico do fenômeno El Niño nas temperaturas da superfície do mar. Esse padrão se manifesta na forma de uma faixa de águas quentes, localizada principalmente no Oceano Pacífico Equatorial, que apresenta temperaturas superiores a 3°C, especialmente nas proximidades da costa da América do Sul. Entre agosto e o início de setembro, houve evidências de atividade convectiva anômala nessa região, associada ao desenvolvimento de nuvens profundas.


Chuvas no Rio Grande do Sul e Déficit nos Demais Estados

Um dos efeitos notáveis do El Niño neste ano foi o aumento das chuvas no Rio Grande do Sul, entre 1º e 19 de setembro, com volumes em torno de 450 milímetros (mm). Entretanto, nos demais estados do país, foi registrado um déficit de precipitação, com volumes inferiores a 50 mm, abaixo da média histórica, principalmente na Região Norte.


Previsões para o Próximo Trimestre

Para o próximo trimestre (outubro, novembro e dezembro), as previsões indicam uma maior probabilidade de chuvas abaixo da média nas regiões leste, central e norte do Brasil. Por outro lado, na Região Sul, parte de Mato Grosso do Sul e São Paulo, há uma previsão de maior chance de chuvas acima da média. Essas previsões refletem as características típicas do El Niño sobre o Brasil. Quanto às temperaturas, há uma maior probabilidade de valores acima da média na maior parte do país.


Armazenamento de Água no Solo e Vazões dos Rios

Em relação ao armazenamento de água no solo, a parte sul de Mato Grosso do Sul, São Paulo e a Região Sul indicam que a umidade no solo será mantida em níveis superiores a 70%. Vale destacar que o El Niño pode causar grandes volumes de chuva, levando a um aumento nos níveis de água no solo, com valores acima de 90%, resultando em um possível excesso de água.

Quanto às vazões naturais, o rio Madeira apresenta valores 35% abaixo da média para o mês, enquanto o rio Xingu tem valores próximos à média. Em relação ao armazenamento nos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN), atingiu 75,7%, e na Região Nordeste, 48,1%. Embora essa seja uma melhora em relação aos últimos quatro anos para este período, ainda existe uma situação crítica em pelo menos 12 sistemas hídricos locais regulados pela ANA.


Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)

O Inmet é um órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.


Fonte: INMET

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Mapa Participa de Workshop na República Dominicana para Debater Ação Climática na Agricultura

Evento visa promover ações sustentáveis e fortalecer relações de trabalho no setor agrícola

Nuvens carregadas no céu.
Imagem de Džoko Stach por Pixabay


Integrantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participaram de um importante evento na República Dominicana na última semana, onde se reuniram para discutir a implementação da ação climática na agricultura e na segurança alimentar. O 4° Workshop sobre o Trabalho Conjunto de Sharm El-Sheikh, sob a perspectiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC), reuniu representantes do setor agrícola com o intuito de aprimorar suas capacidades em negociações e fortalecer as relações de trabalho, além de abordar práticas sustentáveis em um contexto global. A iniciativa visa criar soluções para os desafios que as mudanças climáticas representam para a agricultura e a segurança alimentar, preparando o terreno para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28).


Agricultura e Mudanças Climáticas: Os Desafios em Questão

A agricultura desempenha um papel fundamental no contexto das mudanças climáticas, uma vez que é afetada por esses fenômenos, ao mesmo tempo em que pode contribuir significativamente para a redução das emissões de carbono. Nos planos nacionais e acordos internacionais, os países das Américas e do Caribe reconhecem a vulnerabilidade do setor agrícola às alterações climáticas e suas implicações para as comunidades, produtores e a segurança alimentar da região.

Nesse sentido, o 4° Workshop em Sharm El-Sheikh teve como um de seus objetivos principais abordar os progressos nas ações para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas na agricultura e na segurança alimentar. Durante as palestras e discussões, foram destacados pontos de consenso relativos ao financiamento de projetos e ações em níveis nacionais, bem como o compartilhamento de informações e melhores práticas para enfrentar os desafios climáticos.




Colheitadeira colhendo.



Fortalecimento das Relações e Parcerias Internacionais

Uma das facetas essenciais do evento foi a parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA Brasil). Essa colaboração permitiu uma representação sólida do Brasil no workshop, com Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação (Depros/SDI/Mapa), atuando como o representante brasileiro. A participação conjunta ressaltou a importância do engajamento do Brasil no cenário internacional, ao mesmo tempo em que alinhou os interesses e objetivos do país com as discussões sobre agricultura e mudanças climáticas.


Preparando o Terreno para a COP 28

O programa planejado para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28), que ocorrerá em Dubai, foi um dos pontos de destaque durante o workshop. Os participantes debateram questões cruciais relacionadas ao desenvolvimento sustentável dos sistemas alimentares e à segurança alimentar global. Foi discutida a representação das vulnerabilidades do setor agrícola às mudanças climáticas e como esses desafios podem ser enfrentados e superados.


O 4° Workshop sobre o Trabalho Conjunto de Sharm El-Sheikh na perspectiva da CQNUMC foi um passo importante no caminho para enfrentar os desafios das mudanças climáticas na agricultura e na segurança alimentar. As discussões e conclusões alcançadas durante o evento irão alimentar as ações e estratégias futuras para lidar com os impactos climáticos no setor agrícola, fortalecendo a colaboração internacional e preparando o terreno para a COP 28. Este encontro demonstra o compromisso do Brasil e de outros países das Américas e do Caribe em encontrar soluções sustentáveis para garantir a segurança alimentar global e a resiliência do setor agrícola em face das mudanças climáticas.


Fonte: Mapa

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

10.787 propriedas rurais afetadas e lavouras destruidas; veja os danos das fortes chuvas no estado do RS

Ciclone extratropical causa destruição no Rio Grande do Sul, afetando 50 municípios, com danos em estradas, residências, produção agrícola e pecuária.

Foto mostrando estragos no Rio Grande do Sul após fortes chuvas.
Foto: Maurício Tonetto/Secom


Um devastador ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul nos primeiros dias de setembro, deixando um rastro de destruição em sua passagem. A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em conjunto com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), divulgou um relatório preliminar que detalha os impactos dessa tempestade nas áreas rurais do estado.

O ciclone extratropical trouxe consigo chuvas intensas, granizo localizado e o transbordamento de rios e arroios. Os dados foram coletados pelo sistema Sisperdas, alimentado por informações dos escritórios regionais e municipais da Emater. De acordo com o relatório, o evento climático afetou diretamente 50 municípios, 665 localidades e 10.787 propriedades rurais.


Infraestrutura Afetada

A infraestrutura rural foi duramente atingida, com 4.456,8 quilômetros de estradas vicinais prejudicadas, resultando em problemas no escoamento da produção em 197 comunidades. Houve também danos significativos em residências (1.192), galpões (621), armazéns (12), silos (116), estufas de fumo (25), estufas/túneis plásticos para horticultura (25), açudes (128), aviários (53) e pocilgas (45).


Perdas na Produção Primária

As chuvas torrenciais tiveram um impacto severo na produção primária. Grãos, frutas, olericultura e fumo foram especialmente afetados. Destacam-se as grandes perdas em milho e trigo, com áreas substanciais atingidas e alto volume de produção perdido. Na fruticultura, cultivos como laranja e uva sofreram perdas significativas. A olericultura e a produção de fumo também foram duramente atingidas, prejudicando milhares de produtores. 


Impactos na Pecuária

Na pecuária, o saldo foi igualmente trágico, com a morte de 29.356 animais, incluindo bovinos de corte e de leite, suínos e aves. Além disso, 370 caixas de abelhas e 35,5 toneladas de peixe foram perdidas, afetando 346 produtores. A produção de leite também sofreu um golpe, com 327,3 mil litros não coletados, prejudicando 813 produtores.

As perdas na produção de forragens impactam diretamente na atividade pecuária, afetando a produção de carne e de leite. No total, 1.880 hectares de pastagem nativa, 10.730 hectares de pastagem cultivada e 50 hectares de silagem foram afetados, prejudicando 1.022 produtores. Houve ainda a perda de 35,5 mil pés de eucalipto.


Turismo Rural e Agroindústrias Atingidas

Na região de abrangência do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar Lajeado, a mais severamente afetada devido à cheia do rio Taquari, que atingiu a marca de 29m 45cm, o setor de turismo rural, que desempenhava um papel importante na região, foi significativamente prejudicado devido aos danos na infraestrutura e nas paisagens naturais inundadas.

Além disso, agroindústrias familiares também foram afetadas, como no caso da Lansing, em Arroio do Meio, que teve sua estrutura danificada, resultando na perda de estoques de produção e insumos para a próxima safra, cercas destruídas e áreas com solo devastado.


Comunidade Quilombola Atingida

Em General Câmara, o rio Taquari inundou uma comunidade quilombola, forçando a retirada das famílias do local.

Os dados relativos às localidades que ainda não puderam ser acessadas serão computados posteriormente, e um relatório final, com números mais precisos, deve ser publicado nos próximos dias. A tragédia das enchentes e chuvas intensas ressalta a importância de medidas de prevenção e apoio às comunidades rurais afetadas, enquanto o Rio Grande do Sul se mobiliza para se recuperar desses impactos devastadores.



Chuvas intensas no estado causam estragos nas lavouras

O Rio Grande do Sul enfrentou uma semana de condições meteorológicas desafiadoras, com chuvas intensas que causaram prejuízos significativos nas áreas agrícolas do estado. O Boletim Integrado Agrometeorológico No. 36/2023, emitido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado, relata os eventos climáticos ocorridos entre 31 de agosto e 6 de setembro de 2023.

A semana começou com tempo seco e quente em todo o estado, mas a situação mudou drasticamente a partir de sexta-feira, quando uma área de baixa pressão e uma frente fria trouxeram chuvas para todas as regiões. As precipitações foram acompanhadas por temporais isolados e volumes acumulados significativos, que resultaram em enchentes e deslizamentos em algumas áreas. Os registros de chuva variaram entre 130 mm e 200 mm na maioria das regiões, com algumas estações da rede SIMAGRO/INMET registrando mais de 250 mm, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

As temperaturas também variaram ao longo da semana, com máxima de 30,2°C em Porto Vera Cruz no dia 31 de agosto e mínima de 1,6°C em Bagé no dia 5 de setembro.

Os estragos causados pelas chuvas afetaram diretamente as lavouras, especialmente as de milho. Embora o período anterior à chuva tenha permitido um progresso significativo na semeadura do milho, as chuvas intensas causaram erosão nas áreas onde o solo foi preparado de forma convencional ou onde a cobertura vegetal era insuficiente para proteger o solo. Esse cenário resultou em escoamento superficial e na formação de sulcos, que transportaram fertilizantes para áreas mais baixas, incluindo rios. Além disso, algumas lavouras recém-implantadas podem enfrentar problemas de selamento superficial devido às chuvas intensas. Para a Safra 2023/2024, espera-se o cultivo de 817.521 hectares de milho, com uma produtividade prevista de 7.414 kg/ha e uma produção estimada de 6.061.198 toneladas.

A cultura do arroz também foi impactada, com chuvas adiando o início dos trabalhos de plantio em muitos municípios. No entanto, as precipitações intensas trouxeram alívio para os arrozeiros que enfrentavam o risco de reduzir a área de cultivo devido ao baixo nível das barragens. O Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) projeta uma área de cultivo de 902.425 hectares de arroz, com uma estimativa de produtividade de 8.359 kg/ha e uma produção prevista de 7.543.137 toneladas.

Na cultura do trigo, as condições climáticas variadas, incluindo geadas e chuvas torrenciais, criaram um ambiente desfavorável para o cultivo. As geadas foram mais intensas nas áreas mais baixas do relevo, e as chuvas volumosas causaram danos em algumas lavouras nas fases de floração e início da formação dos grãos. A extensão desses danos ainda não foi avaliada com precisão.

As lavouras de aveia branca mantêm um bom potencial produtivo, mas as chuvas após 1º de setembro causaram o acamamento de plantas em algumas áreas.

No geral, o tempo seco até 31 de agosto contribuiu para o desenvolvimento das lavouras de canola, mas as chuvas torrenciais e ventos posteriores podem ter causado danos, que ainda estão sendo avaliados.

A cultura da cevada apresenta boas condições, apesar de pequenos acamamentos isolados devido às chuvas.

Na pecuária, o aumento da oferta de pastagem de inverno melhorou o escore corporal dos bovinos de corte, mas rebanhos sem pastagens de inverno enfrentam dificuldades devido à escassez e baixa qualidade da forragem no campo nativo. Chuvas intensas também dificultaram o acesso às pastagens em algumas áreas, levando à suplementação com feno e milho em propriedades com recursos limitados.


Fonte: Estado do RS

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Ciclone Devasta o RS; Danos Prejudicam a Agronomia Local

Ciclone extratropical deixa muitos mortos e supera maior tragédia natural no Rio Grande do Sul nas últimas quadro décadas

A esquerda: ovelha pendurada em uma fiação. A direita: vídeo de porcos em cima do telhado.


No estado do Rio Grande do Sul, uma tragédia natural de proporções devastadoras abalou a região, deixando um rastro de destruição e tristeza. Desde a segunda-feira (4), um ciclone extratropical assolou o estado, resultando em 39 vítimas fatais, de acordo com a última atualização da Defesa Civil estadual, divulgada na tarde desta quarta-feira (6). Essa terrível marca superou a maior tragédia natural registrada nas últimas quatro décadas no estado, quando 16 pessoas perderam suas vidas em junho deste ano.

As cidades mais afetadas pela passagem do ciclone extratropical foram Muçum, Roca Sales e Cruzeiro do Sul, com 14, 9 e 4 mortes, respectivamente. Os municípios de Lajeado e Estrela também enfrentaram uma situação crítica, com 3 e 2 óbitos, respectivamente. Além disso, outras cidades do estado também registraram vítimas fatais, somando-se ao total devastador.

Vale ressaltar que o número de mortes em Muçum foi revisado para 14, uma correção após uma análise mais detalhada dos dados pela Defesa Civil. Este processo de revisão se dá em virtude da complexidade das ocorrências e da necessidade de atendimento de emergência às vítimas no momento dos eventos.




Em entrevista na noite de terça-feira (5), o governador Eduardo Leite confirmou que esta é a pior tragédia natural já enfrentada pelo estado do Rio Grande do Sul. Os estragos causados pelo ciclone extratropical são inestimáveis, com milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas, casas e infraestruturas destruídas, além da interrupção de serviços básicos.


Deixa a agronomia devastada

No meio de tanta devastação, um incidente peculiar chamou a atenção: porcos foram gravados em um telhado, o que gerou espanto e curiosidade na comunidade. Um vídeo deste fato insólito circula nas redes sociais, mostrando a grande força da natureza.




Além disso, em outro incidente triste e incomum: uma ovelha ficou presa na fiação elétrica na cidade de Muçum. Esse incidente simboliza o caos que tomou conta da região devido à intensidade do ciclone extratropical.

Ovelha presa em um fio elétrico.
Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul


A situação no Rio Grande do Sul permanece crítica, com equipes de resgate e voluntários trabalhando incansavelmente para ajudar as vítimas e restaurar a normalidade nas áreas afetadas. O estado conta com a solidariedade de toda a nação neste momento difícil, enquanto busca se recuperar dessa terrível tragédia natural.


Fonte: g1

*o número de mortes podem mudar pela situação volátil

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Ciclone Derruba Galpões e Traz Devastação no Sul

Enchentes, ventos intensos e tragédias marcam a passagem do ciclone na região sul do Brasil

Casas inundadas pela água.
Foto: tirada de g1. Por Reprodução/ RBS TV


Um ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul na noite de segunda-feira, deixando um rastro de destruição e causando perdas significativas nas áreas afetadas. As cidades do interior do estado enfrentaram fortes rajadas de vento, enchentes e o aumento do nível dos rios, levando a evacuações em massa e preocupações crescentes.

As primeiras consequências do fenômeno climático se manifestaram durante o dia, quando mais de 50 cidades foram afetadas, registrando inúmeros danos e perdas humanas. O número exato de vítimas não foi divulgado pelas autoridades, mas inclui pessoas que perderam a vida em incidentes relacionados às condições climáticas adversas.

O ciclone extratropical teve origem em um sistema de baixa pressão, desencadeando chuvas intensas e movendo-se em direção ao oceano, onde ganhou força. Embora o fenômeno já esteja se afastando do Brasil, ainda são esperadas rajadas de vento em torno de 100 km/h nas regiões serranas até a tarde desta terça-feira.


Grandes danos

As cidades mais atingidas relataram cenários de calamidade. Em Roca Sales, os moradores foram orientados a subir nos telhados de suas casas, enquanto em Muçum, o prefeito Mateus Trojan pediu aos habitantes de áreas alagadas que buscassem abrigo devido à expectativa de que o nível do Rio Taquari atingisse a marca histórica de 25 metros.

Outras cidades também sofreram com as consequências do ciclone. Em Santo Cristo, a tempestade danificou casas e galpões, enquanto em Coqueiros do Sul, um galpão que funcionava como mercearia foi destelhado pelos ventos fortes e chuva. Cruz Alta enfrentou alagamentos, deixando casas inundadas e telhados danificados. Em Caxias do Sul e Bento Gonçalves, alagamentos e quedas de árvores foram relatados, e em Nova Bassano, pelo menos duas pessoas ficaram ilhadas devido ao aumento do nível do rio.





Ajuda

As autoridades estão mobilizando esforços para prestar assistência às comunidades afetadas. Helicópteros da Brigada Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal estão sendo utilizados nas operações de resgate e apoio aos municípios atingidos. O Exército Brasileiro também está sendo acionado para auxiliar nas ações de ajuda humanitária.

O ciclone extratropical trouxe consigo não apenas destruição, mas também a solidariedade e a determinação de comunidades e autoridades em superar essa tragédia e reconstruir o que foi perdido. A região do Rio Grande do Sul agora se mobiliza para enfrentar os desafios que o futuro reserva e se recuperar dos impactos devastadores deste evento climático.


Mantenha o cuidado!

Diante da devastação causada pelo ciclone extratropical, é crucial que todos mantenham um extremo cuidado e atenção. As condições climáticas adversas ainda podem representar perigos, com rajadas de vento intensas e riscos de inundações persistentes. Evite áreas de risco e siga as orientações das autoridades locais.


Fonte: g1

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Tormentas à Vista: Região Sul se Prepara para Impacto de Frente Fria, Tempestades e Ciclone

Previsão meteorológica aponta para eventos climáticos impactantes na Região Sul do Brasil

Tempestade no campo.
Foto: 
Storm Clouds/Richard Walker  por flickr / A foto é ilustrativa e não representa necessariamente uma condição apresentada na notícia.

A Região Sul do Brasil está prestes a enfrentar uma série de eventos climáticos desafiadores a partir deste fim de semana. A previsão aponta para a passagem de uma frente fria, tempestades, e a formação de um ciclone extratropical. Esses eventos trarão mudanças significativas nas condições meteorológicas, demandando atenção e precaução por parte dos moradores e agricultores da região.


Frente Fria e Tempestades Localizadas

No próximo sábado (2), a passagem de uma frente fria pelo Uruguai e pelo Rio Grande do Sul dará início a um período de instabilidade. A expectativa é de tempestades localizadas, com a possibilidade de queda de granizo em áreas isoladas dos estados gaúcho, catarinense, paranaense e sul-mato-grossense. Os maiores volumes de chuva devem ser registrados no noroeste e norte do Rio Grande do Sul, além do sudoeste de Santa Catarina, com acumulações em torno de 100 milímetros (mm).

A rápida movimentação da frente fria resultará na formação de um cavado, uma área de baixa pressão, sobre o Rio Grande do Sul no domingo (3). Isso manterá a ocorrência de tempestades localizadas, com volumes significativos de chuva na região, também em torno de 100 mm, abrangendo o estado gaúcho e Santa Catarina.


Ciclone Extratropical no Horizonte

A madrugada da próxima segunda-feira (4) trará consigo a formação de um ciclone extratropical, com centro de baixa pressão de 994 hPa, nas proximidades da cidade de São Borja, no oeste do Rio Grande do Sul. Esse fenômeno se deslocará rapidamente em direção ao sudeste do estado, atingindo o Oceano Atlântico por volta das 9h, com seu centro reduzindo a pressão para 992 hPa, antes de se afastar para alto mar.

Junto ao ciclone extratropical, uma frente fria também atuará no interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul na segunda-feira. À medida que se desloca para leste, essa frente fria provocará acumulados significativos de chuva, principalmente no leste do Rio Grande do Sul, com volumes em torno de 100 mm.


Crédito da foto: Site oficial da Valta/https://www.valtra.com.br/content/dam/public/valtra/pt-br/sobre-valtra/noticias/2023/marco/VALTRA-NOVA_MOMENTUM_TRATOR_T_2.jpg



Impactos Esperados e Precauções

Além das chuvas intensas, a previsão indica a possibilidade de fortes rajadas de vento, que podem atingir aproximadamente 100 km/h em áreas isoladas dos estados da Região Sul e de Mato Grosso do Sul. Os ventos também poderão afetar o oeste, centro e sul de São Paulo do início ao fim da tarde.

É importante ressaltar que as projeções dos modelos numéricos divergem em algumas questões, como área, intensidade e duração do evento. Portanto, é fundamental acompanhar as atualizações das informações e previsões do tempo no site e redes sociais do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


O Inmet, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950, desempenhando um papel crucial na previsão e monitoramento de eventos climáticos que impactam a agricultura e outras atividades econômicas do país.


Diante dessa previsão meteorológica desafiadora, é aconselhável que agricultores e moradores da Região Sul estejam preparados e adotem medidas de segurança para minimizar os possíveis impactos desses eventos climáticos em suas propriedades e comunidades. Acompanhar as atualizações dos órgãos meteorológicos e seguir suas orientações é fundamental para enfrentar essa situação com responsabilidade e segurança.



Fonte: Mapa

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Semana de Chuvas Intensas e Frio Impacta Agricultura no Rio Grande do Sul

Boletim Agrometeorológico destaca desafios e avanços nas lavouras do estado durante a última semana

Lavoura


O Rio Grande do Sul enfrentou uma semana de intensas chuvas e baixas temperaturas, trazendo desafios e impactos significativos para a agricultura do estado. O Boletim Integrado Agrometeorológico No 29/2023, divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI), revelou informações cruciais sobre o período de 13 a 19 de julho, abrangendo diferentes culturas e setores.

As chuvas persistentes e o frio acentuado foram resultado do deslocamento de uma frente fria combinada com a presença de um ciclone extratropical no oceano. Essas condições mantiveram a nebulosidade e as precipitações em diversas regiões, especialmente na Metade Leste do estado, onde temporais isolados foram registrados.

Os totais de chuva variaram entre 40 e 80 mm na maioria das localidades, com alguns municípios registrando volumes acima de 100 mm. Destacam-se as cidades de Camaquã, Porto Alegre, Capão do Leão, Caçapava do Sul, Caxias do Sul, Canguçu e Bagé, com volumes mais elevados de precipitação.

A temperatura mínima atingiu valores negativos, chegando a -2,0°C em Bagé e Dom Pedrito, no dia 18/7, enquanto a máxima foi de 21,3°C em Torres, no dia 13/7.


Semeadura quase concluída, mas danos em algumas lavouras

A semana registrou avanços significativos na semeadura de trigo, atingindo 95% da área projetada. Entretanto, as lavouras semeadas anteriormente às chuvas intensas causadas pelo ciclone extratropical sofreram danos, como erosão do solo e escorrimento superficial, especialmente em áreas de convergência de terrenos e nas zonas de maior tráfego de maquinário. Apesar disso, a maioria das áreas semeadas não precisará ser replantada. O estabelecimento inicial da cultura superou as safras anteriores, apresentando um desenvolvimento altamente satisfatório, mesmo em condições de baixa insolação.







Aveia Branca e Canola: Impacto do vento e chuvas nas lavouras


A semeadura de aveia branca foi tecnicamente encerrada, com as lavouras bem estabelecidas. O porte mais elevado das plantas, no entanto, favoreceu o acamamento em algumas áreas, inviabilizando a colheita de grãos, que foi utilizada para forragem animal ou como planta de cobertura de solo. A semeadura de canola também foi finalizada, com estabelecimento inicial adequado, mas as chuvas e ventos ocasionaram estragos pontuais, especialmente nas lavouras da região de Ijuí.


Produção de Olerícolas e Pastagens: Desafios e reflexos

O excesso de umidade no solo trouxe desafios para a produção de olerícolas, Olerícolas são culturas agrícolas de valor comercial que englobam hortaliças, legumes e verduras, essenciais para o agronegócio alimentar. com estufas e áreas de cultivo afetadas pela passagem do ciclone em algumas regiões. A produção de tomate e pimentão no Litoral Norte também sofreu com enxurradas e ventos, com previsão de redução na oferta e problemas na qualidade dos frutos. Na pecuária, as chuvas causaram acúmulo de barro, dificultando o manejo dos animais e aumentando problemas de contaminação durante a ordenha. Muitos produtores optaram por alimentar o gado no cocho, utilizando reservas de silagem e feno, devido à queda nos preços do leite.


Apesar dos desafios impostos pelas condições climáticas, é notável o comprometimento e esforço dos agricultores em monitorar e proteger suas culturas. Com a conclusão da semeadura de diversas culturas e um desenvolvimento inicial satisfatório, espera-se que o clima seja mais favorável nas próximas semanas, proporcionando um cenário mais otimista para a agricultura do Rio Grande do Sul. A SEAPI continua acompanhando de perto as condições meteorológicas e seu impacto no setor agrícola, buscando oferecer suporte e informações para os produtores enfrentarem os desafios do campo.

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Ciclone devasta estruturas de produtores de leite no Rio Grande do Sul, deixando comunidades rurais em estado de emergência

Fortes ventos causam destruição em galpões e prejudicam a produção leiteira no estado

Porcos encontram refúgio entre os escombros após um ciclone devastar os alojamentos em uma propriedade em Santa Rosa (RS).
Porcos encontram refúgio entre os escombros após um ciclone devastar os alojamentos em uma propriedade em Santa Rosa (RS). — Foto: Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA). Tirada de g1.globo.com


Um ciclone extratropical de proporções devastadoras atingiu o estado do Rio Grande do Sul, deixando um rastro de destruição nas comunidades rurais e afetando severamente os produtores de leite. A passagem do ciclone, caracterizado por fortes ventos, resultou na destruição de galpões e estruturas agrícolas em várias regiões, deixando os agricultores em situação de emergência.

Na região Celeiro, localizada no noroeste do estado, cerca de oito cidades foram severamente afetadas, resultando em mais de 500 produtores de leite com suas estruturas danificadas. Segundo relatos do vice-presidente de Finanças da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Nacir Penz, a situação é desoladora e exige apoio urgente das autoridades.

"A coisa está cruel. Teremos que encontrar uma maneira de distribuir os animais entre os produtores que não foram afetados. Muitos produtores de outras cidades já estavam ajudando e tentando salvar os animais", destacou Penz, ressaltando a importância da solidariedade entre os produtores da região.

O presidente da Gadolando, Marcos Tang, descreveu a situação como um "cenário de guerra" na região Celeiro. Ele relatou que os produtores estão se esforçando para resgatar vacas presas nos escombros, enfrentando a falta de estruturas adequadas para ordenhar o leite. A situação é particularmente preocupante, pois os produtores já estavam enfrentando dificuldades no setor e agora se deparam com uma nova tragédia.


Chuvas intensas

Além dos danos físicos às estruturas, o ciclone também causou impactos no setor agrícola como um todo. O Boletim Integrado Agrometeorológico, divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado, relata que a semana foi marcada por chuvas intensas em grande parte do Rio Grande do Sul. Os volumes acumulados foram elevados, variando entre 70 e 100 mm na maioria das regiões, com registros ainda mais altos em algumas localidades.





Essas condições climáticas adversas têm impactado diretamente as culturas agrícolas. A cultura de trigo, por exemplo, teve sua semeadura comprometida devido ao excesso de umidade no solo, causado pelas chuvas intensas. Os produtores enfrentam dificuldades para concluir a semeadura e algumas lavouras tiveram que recorrer à semeadura a lanço com distribuidores centrífugos.

A cultura de aveia branca, por sua vez, encontra-se em estágio final de implantação. Embora as lavouras implantadas apresentem desenvolvimento adequado, as chuvas adiaram a conclusão total do plantio. A canola também foi afetada, com a ocorrência de infestações de mariposas relacionadas à traça-das-crucíferas.

Além dos problemas enfrentados na agricultura, os criadores de bovinos de corte e de leite também estão sofrendo com as consequências do ciclone. A baixa oferta de forragem tem causado perda de peso nos animais, e muitos produtores estão buscando alternativas para a suplementação alimentar. O acúmulo de barro devido às chuvas tem prejudicado o crescimento das pastagens e a higiene na ordenha.

Diante dessa situação desafiadora, é essencial que as autoridades locais, estaduais e federais ofereçam apoio e assistência aos produtores afetados. Medidas emergenciais, como a distribuição de alimentos para o gado e a disponibilização de recursos para a reconstrução das estruturas danificadas, são necessárias para ajudar os agricultores a se recuperarem dessa tragédia.

A solidariedade entre os produtores e a comunidade em geral também desempenhará um papel fundamental na superação dessa adversidade. Com trabalho conjunto e apoio mútuo, os agricultores do Rio Grande do Sul poderão reconstruir suas atividades e garantir a continuidade da produção agrícola e leiteira, que são pilares essenciais para a economia e a segurança alimentar do estado.