sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Agronegócio Brasileiro Alcança Marcas Históricas em Exportações de Agosto: US$ 15,63 Bilhões

Em agosto de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 15,63 bilhões, com destaque para milho, soja e farelo de soja.

Imagem de Charles Echer por Pixabay



As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram um marco significativo em agosto de 2023, registrando um total de US$ 15,63 bilhões em vendas para o mercado internacional. Esse valor representa um aumento de 6,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, consolidando-se como um dos melhores desempenhos já registrados para o mês de agosto. Além disso, esse montante corresponde a uma parcela significativa das exportações totais do Brasil, representando 50,4% do total exportado pelo país.

De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), dois fatores principais contribuíram para esse resultado notável: o aumento na quantidade exportada e a redução nos preços internacionais dos produtos agrícolas.

O primeiro fator pode ser atribuído à safra recorde de grãos colhida durante o ciclo 2022/2023, que expandiu substancialmente a capacidade de excedente exportável do país. Esse aumento na produção permitiu ao Brasil atender à crescente demanda global por alimentos.

O segundo fator, a queda nos preços internacionais dos alimentos, também contribuiu para impulsionar as exportações, tornando os produtos brasileiros mais competitivos nos mercados internacionais.

Entre os produtos que se destacaram no mês de agosto estão o milho, a soja em grãos, o farelo de soja, o açúcar e a carne de frango in natura.




Trator.




O milho, em particular, alcançou um recorde mensal em valor e quantidade, com exportações totalizando US$ 2,21 bilhões e 9,33 milhões de toneladas, respectivamente. A China desempenhou um papel importante, absorvendo cerca de um quarto das exportações de milho brasileiro.

As exportações de soja em grãos atingiram um novo recorde, atingindo US$ 4,19 bilhões, com um aumento de 12,3%. O volume exportado também registrou um novo pico, chegando a 8,39 milhões de toneladas, um aumento de 41,1%. A China, como principal destino desse produto, ampliou sua participação nas importações brasileiras.

O farelo de soja, por sua vez, registrou vendas de US$ 1,19 bilhão, impulsionado por um volume recorde de 2,41 milhões de toneladas exportadas. A União Europeia permanece como o principal destino desse produto, com aquisições no valor de US$ 504,29 milhões.

Além disso, as exportações de carne de frango in natura totalizaram 425 milhões de toneladas, com um aumento de 3,3% em comparação com o ano anterior, resultando em uma cifra de US$ 780 milhões.

O açúcar também registrou um desempenho notável, com vendas externas de US$ 1,78 bilhão, representando um aumento de 48,7%. A quantidade exportada atingiu 3,63 milhões de toneladas, um novo recorde para o mês de agosto. A China figura como o principal comprador tanto da carne de frango in natura quanto do açúcar brasileiro.

No acumulado do ano, de janeiro a agosto de 2023, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio somaram US$ 112,68 bilhões, refletindo um aumento de 4,2%. Esse crescimento se deve, em grande parte, à expansão na quantidade exportada, apesar da queda de 5,2% nos preços dos produtos. Destacam-se as vendas de soja em grãos, açúcar e milho como os principais impulsionadores desse desempenho favorável ao longo do ano.

O agronegócio brasileiro continua a desempenhar um papel crucial na economia do país, contribuindo para o fortalecimento das exportações e para o suprimento da demanda global por alimentos.



Fonte: Mapa

Será Necessário um Maquinário Agrícola? | Perguntas e Respostas

Analisaremos nessa reportagem a necessidade de maquinário agrícola, que é um dilema complexo que depende de muitos fatores, envolvendo escala, custos e sustentabilidade.

Trator em um campo.
Imagem de Tom por Pixabay


Será que é necessário um maquinário? Essa é uma pergunta que surge frequentemente quando se trata de agricultura e atividades relacionadas. A decisão de adquirir ou utilizar um maquinário agrícola, como um trator ou colheitadeira, depende de uma série de fatores que envolvem desde o tipo de cultura cultivada até as condições econômicas do produtor. Neste texto, discutiremos as situações em que o uso de maquinário agrícola é essencial e quando pode não ser tão necessário assim.


Quando pode ser necessário um maquinário agrícola:

1. Escalabilidade da produção: O uso de tratores e colheitadeiras é fundamental quando se busca escalabilidade na produção agrícola. Para fazendas comerciais que cultivam grandes extensões de terra, essas máquinas são indispensáveis para otimizar o tempo e os recursos.

2. Eficiência e produtividade: As máquinas agrícolas, como tratores, colheitadeiras e semeadoras, são projetadas para aumentar a eficiência e a produtividade nas operações agrícolas. Elas podem realizar tarefas em questão de horas ou minutos, que levariam dias ou semanas se fossem feitas manualmente.

3. Culturas de grande escala: Culturas de grande escala, como grãos, cana-de-açúcar e algodão, exigem o uso de maquinário agrícola para serem viáveis em termos de tempo e recursos. Essas máquinas podem plantar, cultivar, colher e processar grandes áreas de terra de forma muito mais eficiente do que o trabalho manual.

4. Redução de custos a longo prazo: Embora o investimento inicial em maquinário agrícola possa ser alto, a longo prazo, ele pode levar a uma redução significativa nos custos de produção. Isso ocorre devido à redução na necessidade de mão de obra manual e à maior eficiência nas operações.

5. Condições climáticas desfavoráveis: Em regiões com condições climáticas imprevisíveis, como chuvas intensas ou secas prolongadas, o maquinário agrícola pode ser essencial para realizar o plantio e a colheita dentro de janelas de tempo curtas e críticas.


Quando o maquinário agrícola pode não ser tão necessário:

1. Pequenas propriedades familiares: Em pequenas propriedades familiares, onde a escala de produção é limitada, o investimento em maquinário agrícola pode não ser justificável. Nessas situações, o trabalho manual ou o uso de ferramentas simples podem ser mais adequados.

2. Culturas de subsistência: Quando o objetivo da agricultura é principalmente a subsistência da família e não a comercialização em larga escala, o maquinário agrícola pode não ser necessário. Muitas comunidades rurais ao redor do mundo ainda dependem de métodos tradicionais de agricultura devido à falta de recursos financeiros.

3. Culturas de ciclo curto: Algumas culturas, como hortaliças de ciclo curto, podem ser cultivadas de forma eficaz sem o uso de maquinário agrícola, especialmente quando a área de plantio é limitada. Nessas situações, o trabalho manual ou ferramentas simples podem ser mais práticos.

4. Sustentabilidade e agricultura orgânica: Em fazendas que adotam práticas agrícolas orgânicas e sustentáveis, pode haver uma preferência pelo uso mínimo de maquinário. O trabalho manual e o uso de métodos naturais podem ser mais alinhados com os princípios dessas práticas.

5. Custos operacionais elevados: Em algumas regiões, os custos operacionais associados ao maquinário agrícola, como combustível, manutenção e aquisição de peças de reposição, podem ser proibitivamente altos. Isso pode tornar mais econômico o uso de métodos manuais.


A necessidade de maquinário agrícola varia significativamente de acordo com as circunstâncias e os objetivos do produtor. É importante avaliar cuidadosamente cada situação para determinar se o uso de tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas é a escolha certa.

Além disso, é crucial considerar fatores econômicos, como custos de aquisição e operacionais, quando se decide investir em maquinário agrícola. Os agricultores devem pesar os benefícios de eficiência e produtividade oferecidos pelas máquinas em relação aos custos envolvidos.

É importante notar que, em muitas situações, uma abordagem equilibrada que combina o uso de maquinário agrícola quando necessário com métodos manuais pode ser a melhor solução. Isso permite aproveitar as vantagens da tecnologia sem comprometer a sustentabilidade e os recursos financeiros da propriedade agrícola.

Em resumo, a resposta à pergunta "Será que é necessário um maquinário?" depende da situação específica e das metas do produtor. Em muitos casos, o maquinário agrícola desempenha um papel vital na agricultura moderna, melhorando a eficiência, aumentando a produtividade e reduzindo os custos de produção. No entanto, em algumas situações, métodos manuais ou práticas agrícolas tradicionais podem ser mais apropriados e sustentáveis. Portanto, a decisão deve ser tomada com base em uma avaliação cuidadosa de todos os fatores envolvidos.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

IA avançando a tecnologia no campo e melhorando os resultados

Metodologia com IA da Embrapa aprimora mapeamento da intensificação agrícola no Cerrado, permitindo precisão de até 97% em Sorriso, Mato Grosso.

Trator no campo.
Imagem de andreas160578 por Pixabay


Uma metodologia pioneira baseada em algoritmos de classificação digital de imagens de satélites, impulsionados pela Inteligência Artificial (IA), está revolucionando o mapeamento da intensificação agrícola no Cerrado brasileiro. Desenvolvida por pesquisadores da Embrapa, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU), essa abordagem inovadora oferece uma precisão de até 97% nas análises de imagens do município de Sorriso, em Mato Grosso, uma das principais regiões agrícolas do país.

A precisão desse mapeamento desempenha um papel crucial na avaliação do uso da terra e no planejamento da intensificação agrícola, fornecendo informações geoespaciais de alta qualidade para tomadores de decisão nos setores público e privado.

A metodologia desenvolvida utiliza algoritmos de IA para a classificação de imagens de satélite, combinando dados dos satélites Landsat, da NASA, e Sentinel-2, da ESA, em uma abordagem chamada Harmonized Landsat Sentinel-2 (HLS). Isso possibilita a identificação de áreas que cultivam até três safras diferentes em um único ano agrícola, uma prática em crescimento no Brasil.

De acordo com o pesquisador Édson Bolfe, da Embrapa Agricultura Digital e coordenador do projeto Mapeamento agropecuário no Cerrado via combinação de imagens multisensores - MultiCER, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), "os resultados demonstram a robustez da metodologia desenvolvida com foco na identificação de processos de dinâmica de uso da terra, como a intensificação agrícola".



Veja mais (a reportagem continua): Cotações do trigo em queda, de acordo com o CEPEA

Campo de trigo.



Um dos principais diferenciais dessa abordagem é a coleta rápida e precisa de informações de campo por meio do aplicativo AgroTag, desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente. O AgroTag permitiu a transferência automática de dados qualitativos e quantitativos para a nuvem, tornando-os disponíveis para os algoritmos de IA. Durante o projeto, o AgroTag aumentou em 25% a quantidade de áreas amostradas em comparação com métodos tradicionais de coleta.

O estudo mapeou a produção agrícola de 2021-2022 em Sorriso, escolhido por sua relevância econômica e agroambiental no contexto do Cerrado e do Brasil. A maioria dos mapeamentos existentes não rastreia a evolução das práticas de intensificação agrícola, como a produção de múltiplas safras na mesma área. O uso de algoritmos de aprendizado de máquina, como Random Forest e Extreme Gradient Boost, permitiu a análise de padrões espectrais e texturais complexos em conjuntos extensos de dados agrícolas, proporcionando uma identificação precisa de diferentes tipos de culturas, condições do solo e variáveis ambientais.

Os resultados deste projeto estão disponíveis gratuitamente para consulta no Repositório de Dados de Pesquisa da Embrapa (Redape). Além disso, a estrutura metodológica pode ser replicada em outras regiões do Cerrado com características semelhantes, tornando-a uma ferramenta valiosa para acadêmicos, autoridades públicas e o setor produtivo no planejamento agroambiental. Com essa abordagem avançada, o mapeamento da intensificação agrícola está dando um passo importante para promover práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes no Brasil.


Fonte: EMBRAPA

Cotações do trigo em queda, de acordo com o CEPEA

Cotações do trigo CEPEA/ESALQ mostram quedas nos preços médios no Paraná e Rio Grande do Sul, refletindo flutuações de mercado.

Campo de trigo com montanhas no fundo.
Imagem de sulox32 por Pixabay


A agropecuária é um setor fundamental para a economia brasileira, e o trigo é uma das culturas mais importantes dentro desse contexto. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) fornece informações essenciais sobre as cotações do trigo no mercado brasileiro. Hoje, vamos analisar as cotações recentes do trigo nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul, destacando as variações nos preços médios.


Cotações do Trigo no Paraná:

No estado do Paraná, um dos principais produtores de trigo do Brasil, as cotações do trigo CEPEA/ESALQ têm demonstrado variações significativas nos últimos dias. Confira os números mais recentes:

- 13/09/2023: O preço médio do trigo no Paraná foi de R$ 1.050,05 por tonelada, representando uma queda de 3,61% em relação ao dia anterior. No acumulado do mês, houve uma queda de 9,20%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 213,60.

- 12/09/2023: No dia anterior, o preço médio foi de R$ 1.089,37 por tonelada, com uma queda de 1,23%. No acumulado do mês, a queda foi de 5,80%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 219,90.

- 11/09/2023: O preço médio registrado foi de R$ 1.102,96 por tonelada, com uma queda de 1,96% em relação ao dia anterior. No acumulado do mês, a queda foi de 4,63%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 223,45.

- 08/09/2023: Nesse dia, o preço médio do trigo foi de R$ 1.125,06 por tonelada, representando uma queda de 0,31%. No acumulado do mês, a queda foi de 2,71%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 225,69.

- 06/09/2023: Por fim, no dia 06 de setembro, o preço médio foi de R$ 1.128,60 por tonelada, com uma queda de 0,92%. No acumulado do mês, a queda foi de 2,41%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 226,31.




Foto do evento.
Foto: Mapa



Cotações do Trigo no Rio Grande do Sul:

No Rio Grande do Sul, outro importante estado produtor de trigo, as cotações do trigo brando CEPEA/ESALQ também têm apresentado flutuações. Veja as informações mais recentes:

- 13/09/2023: O preço médio do trigo no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.162,81 por tonelada, com uma queda de 2,08% em relação ao dia anterior. No acumulado do mês, a queda foi de 4,22%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 236,54.

- 12/09/2023: No dia anterior, o preço médio foi de R$ 1.187,53 por tonelada, com uma variação positiva de 0,02%. No acumulado do mês, a queda foi de 2,19%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 239,71.

- 11/09/2023: O preço médio registrado foi de R$ 1.187,27 por tonelada, com uma queda de 0,37% em relação ao dia anterior. No acumulado do mês, a queda foi de 2,21%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 240,53.

- 08/09/2023: Nesse dia, o preço médio do trigo foi de R$ 1.191,73 por tonelada, com uma variação positiva de 0,49%. No acumulado do mês, a queda foi de 1,84%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 239,06.

- 06/09/2023:
Por fim, no dia 06 de setembro, o preço médio foi de R$ 1.185,94 por tonelada, com uma queda de 0,72%. No acumulado do mês, a queda foi de 2,32%, e o valor em dólares por tonelada foi de US$ 237,81.


As cotações do trigo nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul têm registrado variações nos preços médios, refletindo as dinâmicas do mercado agrícola. Essas oscilações podem ser influenciadas por fatores como condições climáticas, demanda e oferta, entre outros. Acompanhar de perto essas cotações é fundamental para produtores, comerciantes e demais envolvidos na cadeia produtiva do trigo, pois permite tomar decisões informadas em um mercado tão importante para o Brasil. A CEPEA continua sendo uma fonte confiável de informações nesse contexto.


Fonte: Cepea

Brasil na WorldFood Istanbul 2023: Destaque no Setor Alimentício Turco

O Brasil destaca-se na WorldFood Istambul 2023, com 12 expositores e US$ 3 milhões em negócios, fortalecendo laços comerciais com a Turquia.

Foto mostra pessoas e o evento.
Foto: Mapa


A 31ª Edição da WorldFood Istambul 2023 encerrou com grande sucesso, destacando a presença de 12 expositores brasileiros que apresentaram uma variedade de produtos nacionais na cidade de Istambul, na Turquia, de 6 a 9 de setembro deste ano. A feira é reconhecida como um ponto de encontro internacional para a indústria alimentícia turca, reunindo marcas locais e estrangeiras, desde produtores até empresários de todo o mundo, em uma localização historicamente estratégica entre Europa e Ásia.

Coordenada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a Missão Comercial à Turquia tinha como objetivo principal promover oportunidades de negócios e expandir as fronteiras do agronegócio brasileiro na região turca.

A edição de 2023 da WorldFood Istanbul atraiu impressionantes 38.358 visitantes de 163 países, com 33% dos participantes vindo de nações estrangeiras. De acordo com os organizadores, a feira registrou um aumento de 141% no número de visitantes estrangeiros em comparação com o ano anterior e alcançou um recorde de 835 expositores de 25 países, apresentando mais de 2.000 marcas.


Pavilhão Brasil

O Pavilhão Brasil foi uma atração de destaque durante a exposição, fornecendo às 12 empresas brasileiras participantes uma estrutura completa para a preparação e exibição de seus produtos, juntamente com apoio técnico da equipe do Ministério. Além disso, o Mapa incentivou os expositores a investirem em iniciativas complementares de promoção para maximizar os resultados positivos da feira.




Galinhas.



Entre os produtos brasileiros em destaque na WorldFood Istanbul 2023 estavam o açaí, café, feijão, açúcar, proteína animal, pimenta em grão, gergelim, bem como extratos e óleos vegetais. A diversidade da oferta brasileira atraiu a atenção de visitantes e compradores de diversos lugares, incluindo o Oriente Médio, com representantes da Síria e Jordânia, e a Ásia Central.

Durante a exposição, workshops, seminários e apresentações foram realizados para promover o conhecimento e a troca de informações. Um dos estandes brasileiros até ofereceu um "cooking show", demonstrando como preparar o açaí, que foi muito apreciado pelo público turco.

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (SCRI/Mapa), o Pavilhão Brasil gerou negócios no valor de US$ 3 milhões ao longo de quatro dias. Os expositores têm a expectativa de comercializar US$ 220 milhões nos próximos 12 meses, o que demonstra o potencial das parcerias comerciais entre o Brasil e a Turquia.


Crescimento das Exportações para a Turquia

Em 2022, o Brasil exportou para a Turquia um total de US$ 2,42 bilhões em produtos agropecuários, com o envio de três milhões de toneladas. Isso representou um aumento de 13% em comparação com o ano anterior, de acordo com a SCRI/Mapa. Entre os principais produtos agropecuários brasileiros exportados para a Turquia, estão a soja, o café, o algodão, a celulose e a carne (bovina e de frango).


Fonte: Mapa

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Medidas de Emergência Reforçadas pelo Governo Federal Contra a Influenza Aviária

Governo Federal atualiza medidas para enfrentar Influenza Aviária, permitindo restrições e ações de combate em emergências fitossanitárias e zoossanitárias.


Galinhas e palha.
Imagem de svklimkin por Pixabay


O Governo Federal divulgou uma atualização nas medidas relacionadas ao enfrentamento de emergências fitossanitárias e zoossanitárias, visando conter a propagação da Influenza Aviária. A Medida Provisória nº 1.186, publicada no Diário Oficial em 12 de setembro de 2023, concede novas diretrizes às autoridades públicas do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e abre espaço para uma série de ações em casos de urgência epidemiológica.

Entre as principais medidas previstas na nova legislação, destacam-se:

1. Restrição de Trânsito de Produtos Agropecuários: As autoridades do Suasa agora têm a autorização para impor restrições temporárias de trânsito de produtos agropecuários, tanto a nível nacional quanto internacional. Essas restrições podem ser aplicadas a diferentes modais logísticos.

2. Medidas de Contenção e Desinfecção: As autoridades podem determinar ações como contenção, desinfecção, desinfestação, tratamento e destruição de produtos, equipamentos e instalações agropecuárias, bem como veículos em trânsito.

3. Ações de Mitigação e Controle: As autoridades têm a prerrogativa de realizar ou ordenar a execução compulsória de ações de mitigação e controle fitossanitário e zoossanitário.

4. Doações de Materiais: A União pode doar materiais, equipamentos e insumos considerados essenciais para o combate a emergências fitossanitárias ou zoossanitárias a órgãos e entidades federais, estaduais, distritais e municipais mobilizados, independentemente do cumprimento dos requisitos legais de adimplência.

5. Custos de Deslocamento: O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está autorizado a cobrir as despesas de deslocamento de servidores e empregados públicos de outras instâncias do Suasa que participem de operações de defesa agropecuária convocadas pelo Ministério.

Além disso, a Medida Provisória altera a Lei nº 8.745/1993 para incluir as situações de iminente risco à saúde animal, vegetal ou humana, fitossanitária ou zoossanitária como possibilidades de contratação de excepcional interesse público, dispensando a necessidade de processo seletivo.



Foto com a cidade destruída.
Foto: Maurício Tonetto/Secom



Vale destacar que o Governo Federal já havia tomado medidas para combater a Influenza Aviária ao longo deste ano. Em maio, o Mapa declarou estado de emergência zoossanitária em todo o país devido à detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) - H5N1 - em aves silvestres. Em junho, a Medida Provisória nº 1.177/2023 autorizou crédito extraordinário para enfrentamento dessa emergência zoossanitária. O Ministério da Agricultura e Pecuária tem trabalhado em conjunto com outros órgãos e Ministérios federais para prevenir e responder aos possíveis impactos da disseminação da doença no Brasil.


Gripe aviária

A gripe aviária, também conhecida como influenza aviária ou simplesmente "gripe das aves", é uma doença viral que afeta principalmente aves, mas pode ocasionalmente infectar seres humanos. O vírus da gripe aviária pertence à família Orthomyxoviridae e é classificado em subtipos com base em suas proteínas de superfície, sendo os subtipos H5N1 e H7N9 os mais preocupantes em termos de transmissão para humanos.

Essa enfermidade é endêmica em muitas aves selvagens e pode se espalhar rapidamente entre as populações de aves domesticadas, como galinhas, patos e perus. Os sintomas nas aves incluem falta de apetite, edema facial, diminuição da postura de ovos e alta mortalidade. A transmissão para humanos ocorre principalmente por contato direto com aves doentes ou suas secreções, mas há preocupações com a possibilidade de mutações do vírus que poderiam permitir a transmissão de pessoa para pessoa.

A gripe aviária é uma preocupação de saúde pública, pois pode causar doenças graves em seres humanos, com sintomas que variam de febre e tosse a dificuldades respiratórias graves e, em casos extremos, óbito. Os surtos de gripe aviária exigem uma resposta rápida das autoridades de saúde.

Fonte: Mapa


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

10.787 propriedas rurais afetadas e lavouras destruidas; veja os danos das fortes chuvas no estado do RS

Ciclone extratropical causa destruição no Rio Grande do Sul, afetando 50 municípios, com danos em estradas, residências, produção agrícola e pecuária.

Foto mostrando estragos no Rio Grande do Sul após fortes chuvas.
Foto: Maurício Tonetto/Secom


Um devastador ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul nos primeiros dias de setembro, deixando um rastro de destruição em sua passagem. A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em conjunto com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), divulgou um relatório preliminar que detalha os impactos dessa tempestade nas áreas rurais do estado.

O ciclone extratropical trouxe consigo chuvas intensas, granizo localizado e o transbordamento de rios e arroios. Os dados foram coletados pelo sistema Sisperdas, alimentado por informações dos escritórios regionais e municipais da Emater. De acordo com o relatório, o evento climático afetou diretamente 50 municípios, 665 localidades e 10.787 propriedades rurais.


Infraestrutura Afetada

A infraestrutura rural foi duramente atingida, com 4.456,8 quilômetros de estradas vicinais prejudicadas, resultando em problemas no escoamento da produção em 197 comunidades. Houve também danos significativos em residências (1.192), galpões (621), armazéns (12), silos (116), estufas de fumo (25), estufas/túneis plásticos para horticultura (25), açudes (128), aviários (53) e pocilgas (45).


Perdas na Produção Primária

As chuvas torrenciais tiveram um impacto severo na produção primária. Grãos, frutas, olericultura e fumo foram especialmente afetados. Destacam-se as grandes perdas em milho e trigo, com áreas substanciais atingidas e alto volume de produção perdido. Na fruticultura, cultivos como laranja e uva sofreram perdas significativas. A olericultura e a produção de fumo também foram duramente atingidas, prejudicando milhares de produtores. 


Impactos na Pecuária

Na pecuária, o saldo foi igualmente trágico, com a morte de 29.356 animais, incluindo bovinos de corte e de leite, suínos e aves. Além disso, 370 caixas de abelhas e 35,5 toneladas de peixe foram perdidas, afetando 346 produtores. A produção de leite também sofreu um golpe, com 327,3 mil litros não coletados, prejudicando 813 produtores.

As perdas na produção de forragens impactam diretamente na atividade pecuária, afetando a produção de carne e de leite. No total, 1.880 hectares de pastagem nativa, 10.730 hectares de pastagem cultivada e 50 hectares de silagem foram afetados, prejudicando 1.022 produtores. Houve ainda a perda de 35,5 mil pés de eucalipto.


Turismo Rural e Agroindústrias Atingidas

Na região de abrangência do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar Lajeado, a mais severamente afetada devido à cheia do rio Taquari, que atingiu a marca de 29m 45cm, o setor de turismo rural, que desempenhava um papel importante na região, foi significativamente prejudicado devido aos danos na infraestrutura e nas paisagens naturais inundadas.

Além disso, agroindústrias familiares também foram afetadas, como no caso da Lansing, em Arroio do Meio, que teve sua estrutura danificada, resultando na perda de estoques de produção e insumos para a próxima safra, cercas destruídas e áreas com solo devastado.


Comunidade Quilombola Atingida

Em General Câmara, o rio Taquari inundou uma comunidade quilombola, forçando a retirada das famílias do local.

Os dados relativos às localidades que ainda não puderam ser acessadas serão computados posteriormente, e um relatório final, com números mais precisos, deve ser publicado nos próximos dias. A tragédia das enchentes e chuvas intensas ressalta a importância de medidas de prevenção e apoio às comunidades rurais afetadas, enquanto o Rio Grande do Sul se mobiliza para se recuperar desses impactos devastadores.



Chuvas intensas no estado causam estragos nas lavouras

O Rio Grande do Sul enfrentou uma semana de condições meteorológicas desafiadoras, com chuvas intensas que causaram prejuízos significativos nas áreas agrícolas do estado. O Boletim Integrado Agrometeorológico No. 36/2023, emitido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado, relata os eventos climáticos ocorridos entre 31 de agosto e 6 de setembro de 2023.

A semana começou com tempo seco e quente em todo o estado, mas a situação mudou drasticamente a partir de sexta-feira, quando uma área de baixa pressão e uma frente fria trouxeram chuvas para todas as regiões. As precipitações foram acompanhadas por temporais isolados e volumes acumulados significativos, que resultaram em enchentes e deslizamentos em algumas áreas. Os registros de chuva variaram entre 130 mm e 200 mm na maioria das regiões, com algumas estações da rede SIMAGRO/INMET registrando mais de 250 mm, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

As temperaturas também variaram ao longo da semana, com máxima de 30,2°C em Porto Vera Cruz no dia 31 de agosto e mínima de 1,6°C em Bagé no dia 5 de setembro.

Os estragos causados pelas chuvas afetaram diretamente as lavouras, especialmente as de milho. Embora o período anterior à chuva tenha permitido um progresso significativo na semeadura do milho, as chuvas intensas causaram erosão nas áreas onde o solo foi preparado de forma convencional ou onde a cobertura vegetal era insuficiente para proteger o solo. Esse cenário resultou em escoamento superficial e na formação de sulcos, que transportaram fertilizantes para áreas mais baixas, incluindo rios. Além disso, algumas lavouras recém-implantadas podem enfrentar problemas de selamento superficial devido às chuvas intensas. Para a Safra 2023/2024, espera-se o cultivo de 817.521 hectares de milho, com uma produtividade prevista de 7.414 kg/ha e uma produção estimada de 6.061.198 toneladas.

A cultura do arroz também foi impactada, com chuvas adiando o início dos trabalhos de plantio em muitos municípios. No entanto, as precipitações intensas trouxeram alívio para os arrozeiros que enfrentavam o risco de reduzir a área de cultivo devido ao baixo nível das barragens. O Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) projeta uma área de cultivo de 902.425 hectares de arroz, com uma estimativa de produtividade de 8.359 kg/ha e uma produção prevista de 7.543.137 toneladas.

Na cultura do trigo, as condições climáticas variadas, incluindo geadas e chuvas torrenciais, criaram um ambiente desfavorável para o cultivo. As geadas foram mais intensas nas áreas mais baixas do relevo, e as chuvas volumosas causaram danos em algumas lavouras nas fases de floração e início da formação dos grãos. A extensão desses danos ainda não foi avaliada com precisão.

As lavouras de aveia branca mantêm um bom potencial produtivo, mas as chuvas após 1º de setembro causaram o acamamento de plantas em algumas áreas.

No geral, o tempo seco até 31 de agosto contribuiu para o desenvolvimento das lavouras de canola, mas as chuvas torrenciais e ventos posteriores podem ter causado danos, que ainda estão sendo avaliados.

A cultura da cevada apresenta boas condições, apesar de pequenos acamamentos isolados devido às chuvas.

Na pecuária, o aumento da oferta de pastagem de inverno melhorou o escore corporal dos bovinos de corte, mas rebanhos sem pastagens de inverno enfrentam dificuldades devido à escassez e baixa qualidade da forragem no campo nativo. Chuvas intensas também dificultaram o acesso às pastagens em algumas áreas, levando à suplementação com feno e milho em propriedades com recursos limitados.


Fonte: Estado do RS

Brasil e Argentina discutem colaboração em fertilizantes e nutrição de plantas

Brasil e Argentina buscam parceria na produção de fertilizantes para fortalecer a agricultura e reduzir dependência de importações.

Trator passando fertilizante.
Imagem de Good Bye por Pixabay


Em uma missão bilateral de extrema importância para o desenvolvimento do setor agrícola, uma delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil está atualmente na Argentina, buscando estreitar laços e explorar oportunidades de colaboração na produção de adubos e fertilizantes. Esta parceria é crucial para ambos os países, que juntos importam mais de 70% dos adubos que utilizam.

O encontro entre as duas nações foi marcado por uma série de reuniões produtivas, lideradas pelo secretário executivo adjunto do Mapa, Cleber Soares, e seu homólogo argentino, Juan Jose Bahillo, secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina. Durante essas conversas, foram discutidas ações e trocas de informações, com foco especial nos planos nacionais de fertilizantes de cada país vizinho.

Segundo Cleber Soares, o objetivo central dessa missão é identificar pontos de convergência para uma relação bilateral de comércio de fertilizantes e oportunidades em bioinsumos. Ele enfatizou a importância de conhecer melhor as capacidades da Argentina na produção de fertilizantes nitrogenados a partir de gás natural e na produção de potássio, elementos essenciais para os cultivos brasileiros. Além disso, destacou a relevância de abrir o mercado brasileiro para bioinsumos, incluindo biofertilizantes e biodefensivos, um segmento no qual o Brasil é líder global.

Por sua vez, Juan Jose Bahillo enfatizou a importância estratégica de fertilizantes para o setor agrícola na região e no mundo. Ele afirmou que ambos os países estão comprometidos em construir programas e projetos conjuntos para o uso eficiente desses insumos. Bahillo também ressaltou as oportunidades geradas pela produção de gás natural em Vaca Muerta e pelas reservas de potássio em Rio Colorado-Mendoza.




Bergamota/tangerina2.



É crucial destacar que o Brasil e a Argentina são dois dos maiores produtores agrícolas do mundo, e sua dependência significativa das importações de adubos sublinha a necessidade de explorar oportunidades de produção interna e colaboração mútua para garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental.

A delegação brasileira que participou das reuniões incluiu não apenas o secretário executivo adjunto Cleber Soares, mas também o assessor José Carlos Polidoro, a adida agrícola em Buenos Aires, Andrea Parrilla, o conselheiro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) Leonardo Valverde Corrêa da Costa, o primeiro e segundo secretários do setor Econômico da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, Paulo Gustavo Barbosa Martins e Igor Goulart Teixeira, e o representante do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura) no Brasil, Gabriel Delgado.

Do lado argentino, estiveram presentes, além do secretário de Agricultura, o responsável pelas Relações Internacionais da Secretaria de Agricultura, Ariel Martínez, o diretor nacional de Agricultura, Agustín Pérez Andrich, e o chefe de Gabinete, Juan Manuel Fernández Arocena.

As discussões não se limitaram apenas às reuniões. A comitiva brasileira também se encontrou com a diretoria do INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária), onde foram discutidos temas relacionados a parcerias em fertilizantes, nutrição de plantas e bioinsumos. O presidente do INTA, Mariano Garmendia, e a vice-presidente Nacira Belén Muño lideraram as conversas.

A programação da missão inclui a participação dos representantes brasileiros na XIV Argentina Oil & Gas Expo, em Buenos Aires, no dia 11, e uma visita à mina e às instalações de exploração de potássio no Rio Colorado, em Mendoza, no dia 12. Nesta última ocasião, está prevista a assinatura de contrato de venda da empresa PRC S.A., destinada à exploração de potássio, em Malargue, da qual um dos sócios é brasileiro.


Em resumo, uma delegação do Ministério da Agricultura do Brasil está atualmente na Argentina em busca de colaboração na produção de fertilizantes. Durante as reuniões, foram discutidos os planos nacionais de fertilizantes de ambos os países, destacando a importância dos adubos na agricultura. O Brasil e a Argentina importam mais de 70% dos fertilizantes que utilizam. A missão visa explorar oportunidades de produção conjunta e reduzir essa dependência, além de promover a produção de bioinsumos.


Fonte: Mapa

domingo, 10 de setembro de 2023

Dicas Agrícolas: Fertilizantes Bons Trazem Bons Resultados

Fertilizantes de qualidade são essenciais para colheitas abundantes e sustentáveis, melhorando produtividade, qualidade e reduzindo o desperdício de recursos.

Trator passando fertilizante.
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A agricultura é uma atividade vital para a sobrevivência da humanidade, fornecendo alimentos, fibras e matérias-primas para diversos setores. Para garantir uma produção abundante e de qualidade, os agricultores contam com uma série de práticas, técnicas e insumos, sendo os fertilizantes um dos elementos-chave para o sucesso nas lavouras. Nesta reportagem, vamos explorar a importância dos fertilizantes de qualidade e como eles podem impactar positivamente os resultados agrícolas.


O Papel dos Fertilizantes na Agricultura

Os fertilizantes são substâncias ricas em nutrientes essenciais para o crescimento das plantas. Esses nutrientes incluem nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e outros elementos como cálcio, magnésio e enxofre. As plantas precisam desses nutrientes para realizar funções vitais como a fotossíntese, o desenvolvimento de raízes e a produção de frutos. Quando os solos não possuem quantidades adequadas desses nutrientes, o uso de fertilizantes se torna essencial para suprir as necessidades das plantas.


A Diferença entre Fertilizantes de Qualidade e de Baixa Qualidade

Nem todos os fertilizantes são iguais. Existem fertilizantes de qualidade superior e outros de baixa qualidade, e a escolha entre eles pode ter um impacto significativo nos resultados agrícolas. Fertilizantes de baixa qualidade podem conter impurezas, quantidades inadequadas de nutrientes e formulações desequilibradas, o que pode levar a problemas como o esgotamento do solo, menor produtividade e baixa qualidade dos produtos agrícolas.


Benefícios dos Fertilizantes de Qualidade

1. Maior Produtividade: Fertilizantes de qualidade fornecem os nutrientes necessários de forma equilibrada, garantindo que as plantas tenham tudo o que precisam para crescer e se desenvolver. Isso resulta em uma maior produtividade e na obtenção de colheitas mais abundantes.

2. Qualidade Superior: Além da quantidade, a qualidade dos produtos agrícolas também é influenciada pelos nutrientes presentes no solo. Fertilizantes de qualidade melhoram a qualidade dos cultivos, tornando-os mais saborosos e atraentes para os consumidores.

3. Sustentabilidade: Fertilizantes de qualidade também podem ser mais eficientes em termos de absorção pelas plantas, o que significa que menos resíduos de nutrientes são lavados para os cursos de água, reduzindo a poluição e promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis.

4. Menor Desperdício de Recursos: Ao utilizar fertilizantes de qualidade, os agricultores podem evitar o desperdício de recursos, como mão-de-obra e energia, pois as plantas aproveitam melhor os nutrientes disponíveis.


Escolhendo o Fertilizante Certo

Para escolher o fertilizante certo, os agricultores devem considerar a análise de solo e as necessidades específicas das culturas que estão cultivando. A consultoria de um agrônomo é valiosa para determinar a formulação de fertilizante mais adequada para cada situação.

É importante notar que, além de usar fertilizantes de qualidade, os agricultores devem seguir as dosagens recomendadas e as práticas adequadas de aplicação para evitar o excesso de nutrientes no solo, o que pode ser prejudicial tanto para o meio ambiente quanto para as plantas.

Em resumo, a escolha de fertilizantes de qualidade é fundamental para o sucesso na agricultura. Eles desempenham um papel vital na obtenção de colheitas abundantes, de alta qualidade e na promoção da sustentabilidade agrícola. Portanto, os agricultores devem dar a devida importância à seleção e aplicação de fertilizantes, pois a qualidade dos fertilizantes escolhidos realmente faz a diferença quando se trata de colher os frutos do trabalho árduo no campo.

sábado, 9 de setembro de 2023

A Bergamota/Tangerina, Para que Serve? | Perguntas e Respostas

A bergamota, ou tangerina, é uma fruta cítrica versátil, com cultivo específico, que oferece benefícios à saúde e usos diversos.


Uma bergamota.
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A bergamota, também conhecida como tangerina ou mexerica em algumas regiões do Brasil, é uma fruta cítrica muito apreciada em todo o mundo por seu sabor doce e refrescante. Além de ser uma delícia para o paladar, a bergamota tem uma série de benefícios para a saúde e também desempenha um papel importante na agricultura.


Cultivo da Bergamota/Tangerina

A bergamota é uma planta que pertence à família Rutaceae e é originária do sudeste da Ásia. Ela se adaptou bem a várias regiões do mundo e é cultivada em muitos países, incluindo o Brasil. O cultivo da bergamota requer algumas condições específicas para que a planta cresça e produza frutos saudáveis.


Condições de Cultivo

1. Clima: A bergamota prefere climas subtropicais a tropicais, onde a temperatura média anual varia de 20°C a 25°C. Ela não suporta geadas, o que a torna adequada para regiões mais quentes.

2. Solo: O solo ideal para o cultivo da bergamota é bem drenado e rico em matéria orgânica. O pH do solo deve estar na faixa de 6 a 7.

3. Irrigação: A bergamota precisa de um suprimento regular de água, especialmente durante o período de crescimento e frutificação. A irrigação adequada ajuda a evitar problemas como a queda prematura dos frutos.

4. Poda: A poda adequada é necessária para manter a planta saudável e promover o crescimento de frutos. A poda deve ser feita de forma a permitir a entrada de luz solar e a circulação de ar entre os galhos.

5. Pragas e Doenças: A bergamota é suscetível a algumas pragas e doenças, como a mosca-das-frutas e o cancro cítrico. O controle desses problemas é fundamental para garantir uma boa colheita.

6. Polinização: Algumas variedades de bergamota podem ser autopolinizadas, mas muitas dependem da polinização cruzada para produzir frutos. A presença de abelhas e outros polinizadores é essencial.




Farinha



Benefícios da Bergamota/Tangerina para a Saúde

Além de ser uma fruta deliciosa e refrescante, a bergamota oferece uma série de benefícios para a saúde devido ao seu conteúdo nutricional. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:

1. Vitamina C:
A bergamota é uma excelente fonte de vitamina C, que é essencial para a saúde do sistema imunológico, a produção de colágeno e a absorção de ferro.

2. Antioxidantes: Ela contém antioxidantes naturais, como flavonoides e carotenoides, que ajudam a combater os radicais livres no corpo e reduzem o risco de doenças crônicas.

3. Fibras: A bergamota é rica em fibras dietéticas, que são benéficas para a saúde digestiva e podem ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

4. Baixas Calorias: É uma opção de lanche saudável, pois tem baixo teor calórico, tornando-a adequada para dietas de controle de peso.

5. Promove a Hidratação: Devido ao alto teor de água, a bergamota ajuda a manter o corpo hidratado, especialmente em climas quentes.

6. Saúde da Pele: A vitamina C presente na bergamota é benéfica para a saúde da pele, ajudando na produção de colágeno e combatendo os danos causados pelos radicais livres.


Usos da Bergamota/Tangerina

Além de ser consumida fresca, a bergamota pode ser usada de diversas maneiras:

1. Sucos e Bebidas: O suco de bergamota é uma bebida popular e refrescante, muitas vezes consumida no café da manhã ou como uma opção saudável para matar a sede.

2. Molhos e Temperos: O suco de bergamota pode ser usado para dar sabor a molhos, marinadas e temperos para pratos de carne e peixe.

3. Sobremesas: A bergamota pode ser usada para preparar sobremesas, como tortas, bolos e sorvetes, adicionando um toque cítrico e doce.

4. Chás: As cascas de bergamota podem ser usadas para fazer chás aromáticos, que são conhecidos por suas propriedades relaxantes.

5. Óleos Essenciais: O óleo essencial de bergamota é amplamente utilizado na aromaterapia devido ao seu aroma agradável e propriedades relaxantes.

6. Cosméticos:
Os extratos de bergamota são frequentemente usados em produtos cosméticos, como perfumes e loções, devido ao seu aroma fresco e revigorante.


A bergamota, também conhecida como tangerina ou mexerica, é uma fruta versátil que oferece uma série de benefícios para a saúde e é apreciada por seu sabor delicioso. Seu cultivo requer atenção às condições específicas do solo, clima e manejo adequado, mas pode ser uma excelente opção para agricultores em regiões subtropicais e tropicais.

Além de ser consumida fresca, a bergamota pode ser usada de várias maneiras na culinária e na indústria de cosméticos. Seus benefícios para a saúde, incluindo o alto teor de vitamina C e antioxidantes, a tornam uma adição valiosa à dieta.

Portanto, a bergamota não serve apenas como uma fruta saborosa, mas também desempenha um papel importante na agricultura, na culinária e na promoção da saúde. Seja saboreando-a em um suco gelado ou usando seus óleos essenciais em um momento de relaxamento, a bergamota é uma fruta versátil e deliciosa que merece um lugar especial em nossas vidas.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Operação Conjunta Interdita Depósito Irregular com Toneladas de Farinha de Trigo Contrabandeadas da Argentina

Ação conjunta interdita depósito irregular com 24 toneladas de farinha de trigo contrabandeadas da Argentina em Foz do Iguaçu, PR.

Farinho de trigo com trigo.Foto por congerdesign de Pixnio


Uma operação conjunta entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RFB) resultou na apreensão de produtos irregulares e contrabandeados da Argentina em um depósito irregular localizado nas proximidades da aduana da Ponte Internacional Tancredo Neves, no município de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná. A ação, que ocorreu na quarta-feira (6), também revelou a existência de produtos ilegais em dois estabelecimentos relacionados ao depósito.

No depósito em questão, as autoridades encontraram aproximadamente 24 toneladas de farinha de trigo de origem argentina, que não possuía a devida anuência de importação. Além disso, uma residência anexa ao depósito também era usada para armazenar os produtos contrabandeados. As condições higiênico-sanitárias precárias do local levaram à sua interdição imediata, devido ao risco à saúde pública e à qualidade dos produtos armazenados.

Durante a operação, a equipe de fiscalização identificou dois estabelecimentos comerciais que tinham relação com as mercadorias contrabandeadas. Um deles era uma padaria, onde foram encontradas evidências de que a farinha ilegal estava sendo utilizada em sua produção, fato posteriormente confirmado pelo proprietário, que admitiu conhecer a procedência irregular do produto.

O segundo estabelecimento era um supermercado, que foi alvo da fiscalização dos auditores fiscais federais agropecuários. Durante a vistoria, foram encontrados 300 quilos de carvão vegetal argentino, bem como 68 litros de vinho colonial com rótulos em desacordo com as normas e legislações vigentes, além da ausência de selo de certificação. No local, também foi constatada a presença de uma pequena quantidade da farinha de trigo contrabandeada.




Lobos marinhos.



O agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal, Rodrigo Batista, que atuou pelo programa Vigifronteira, alertou sobre os riscos associados à introdução ilegal de produtos agropecuários no país. Ele destacou que tais produtos representam ameaças tanto à saúde pública quanto à agricultura, devido à falta de certificação e rastreabilidade de sua origem.

As três propriedades vistoriadas pertenciam a membros da mesma família. Além dos produtos apreendidos, dois veículos que eram utilizados no transporte dos produtos ilegais também foram confiscados pelas autoridades.

O responsável pelo depósito irregular foi preso em flagrante e os produtos, juntamente com os veículos apreendidos, foram encaminhados para a sede da Receita Federal para os procedimentos legais cabíveis.

Essa operação conjunta das autoridades federais reforça o compromisso com a defesa agropecuária e a proteção da saúde pública, bem como com o combate ao contrabando de produtos agrícolas, garantindo a qualidade e a segurança dos alimentos comercializados no país. As investigações continuarão para identificar outros possíveis envolvidos e coibir práticas ilegais relacionadas ao setor agropecuário.


A farinha de trigo

A farinha de trigo é um elemento essencial no cenário do agronegócio, desempenhando um papel central na produção de alimentos em todo o mundo. Originária do cultivo de trigo, essa matéria-prima é processada em moinhos, gerando um produto versátil utilizado na fabricação de pães, massas, bolos e muitos outros produtos alimentícios. O sucesso do agronegócio de trigo depende não apenas da qualidade do grão, mas também de técnicas avançadas de plantio, colheita e moagem. Além disso, fatores climáticos desempenham um papel crítico. A busca por variedades de trigo mais produtivas e resistentes às mudanças climáticas é uma prioridade crescente para garantir a sustentabilidade desse setor vital do agronegócio.


Fonte: Mapa