terça-feira, 10 de outubro de 2023

BNDES Anuncia Nova Linha de Crédito para Cooperativas Agropecuárias

BNDES anuncia linha de crédito de R$1 bilhão para cooperativas agropecuárias, com foco em áreas afetadas por cheias e secas.

Campo com bovinos.


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou recentemente a criação de uma nova linha de capital de giro direcionada para cooperativas agropecuárias. Essa iniciativa, que faz parte do BNDES Crédito Rural, surge como resposta à demanda apresentada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e foi revelada durante a abertura da Expointer.


Ampla Demanda e Recursos Significativos

A nova linha de crédito destina-se a atender uma demanda estimada em até R$ 1 bilhão para a Safra 2023/2024. Ela tem o propósito de ampliar as opções de financiamento disponíveis para o setor agropecuário, complementando os recursos já disponibilizados pelo Plano Safra.


Opções de Custos e Indexação Diferenciadas

Uma característica relevante dessa linha de crédito é a flexibilidade de custos, que inclui taxas pré e pós-fixadas, bem como a opção de indexação da dívida à variação cambial. Isso é especialmente benéfico para as cooperativas que têm receitas em dólar ou associadas à moeda norte-americana.


Condições Especiais para Áreas em Calamidade

Para as operações protocoladas até 31 de março de 2024, serão oferecidas condições diferenciadas, como prazo de pagamento de até 5 anos e carência de até 1 ano. Essas condições especiais destinam-se a cooperativas que atuem em municípios que tenham declarado estado de emergência ou calamidade, reconhecidos pelo Governo Federal a partir de 01/01/2021.


Apoio a Agricultores Afetados por Eventos Climáticos

Essas medidas temporárias visam proporcionar suporte aos cooperados de todo o país que foram impactados pelos extremos climáticos durante a safra atual, assim como nas duas safras anteriores. A partir de abril de 2024, a linha operará com prazos de pagamento reduzidos para até 2 anos e carência de até 6 meses.


BNDES e o Compromisso com a Economia Local

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância dessas iniciativas em meio às mudanças climáticas e eventos climáticos extremos. Ele enfatizou que o BNDES está comprometido em criar condições favoráveis para que as cooperativas superem os desafios causados por secas prolongadas e enchentes em diversas regiões do Brasil.


Disponibilidade para Produtores Rurais Cooperados em Todo o País

A Linha Crédito Cooperativas será disponibilizada pelo BNDES por meio de sua extensa rede de mais de 70 instituições financeiras credenciadas, com atuação em todo o país. Ela está voltada para auxiliar produtores rurais cooperados em todo o território brasileiro, com destaque para aqueles do Rio Grande do Sul, que foram recentemente afetados por condições climáticas adversas. A previsão é de que essa solução entre em operação a partir de 17 de outubro.


Ações do Governo Federal e Medida Provisória 1189/2023

É importante ressaltar que essa nova linha de crédito se soma às ações do Governo Federal previstas na Medida Provisória 1189/2023, que busca auxiliar localidades atingidas pelas fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul desde setembro. Dentro das ações previstas na MP 1189/2023, o BNDES atuará oferecendo garantias para créditos, por meio do Peac-FGI Crédito Solidário RS, com a expectativa de garantir até R$ 1 bilhão em créditos.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte de informações: Mapa
Foto: 12019 por Pixabay

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Seminário Aborda Estratégias para Redução de Carbono na Produção Agropecuária

Evento virtual da Secretaria de Agricultura é o terceiro da série de quatro módulos, abordando diversos temas da Agricultura de Baixo Carbono

Bovinos em grupo comendo.


A busca por práticas sustentáveis na agricultura ganha destaque com o XVI Seminário de Políticas Públicas para o Setor Rural, promovido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Nesta terça-feira, 17 de outubro, a terceira etapa deste importante evento traz à tona o tema "Agricultura de Baixo Carbono e o Plano ABC". A discussão será transmitida ao vivo pelo canal do Youtube da Seapa, a partir das 9h, oferecendo insights valiosos sobre a redução das emissões de carbono na agropecuária.


Estratégias para a Redução de Emissões de Carbono em Foco

Nesta edição, o foco estará nas estratégias destinadas a diminuir a emissão de carbono na produção agropecuária. O evento contará com a participação de especialistas renomados, incluindo professores do Instituto Tecnológico de Agropecuária de Pitangui da Epamig e do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, bem como técnicos da Emater-MG. As inscrições para participar do seminário estão abertas.

O Superintendente de Inovação e Economia Agropecuária, Feliciano Nogueira de Oliveira, destaca a relevância deste terceiro episódio do XVI Seminário: "Abordaremos a produção de florestas plantadas, a terminação intensiva de bovinos e o tratamento de dejetos da produção animal, englobando rebanhos bovinos leiteiros e suínos. Todas essas técnicas estão direcionadas para a redução da emissão de gases de efeito estufa. Pretendemos, com isso, fornecer informações cruciais para a tomada de decisões voltadas para uma produção cada vez mais sustentável em Minas Gerais."


Debate e Interação ao Vivo

Além das apresentações dos especialistas, o evento também incluirá um debate mediado pelo superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Feliciano Nogueira de Oliveira. Os participantes da transmissão ao vivo terão a oportunidade de enviar perguntas em tempo real, tornando o evento ainda mais interativo e informativo. A previsão é de que as discussões se encerrem às 11h.


Série de Módulos para Abordar Diversos Aspectos da Agricultura de Baixo Carbono

A decisão de dividir o conteúdo do seminário em quatro módulos reflete a amplitude das informações a serem debatidas no contexto da agricultura de baixo carbono. O primeiro episódio abordou a adoção de tecnologias agropecuárias com alto potencial de mitigação das emissões de gases do efeito estufa, estratégias de neutralização do carbono e os desafios no contexto do mercado internacional de commodities.

No segundo episódio, foram apresentadas as tecnologias do plantio direto de grãos, além da introdução dos sistemas de Integração Lavoura Pecuária e Integração Lavoura Pecuária e Floresta como estratégias para a recuperação das áreas de pastagem e para a promoção de uma produção sustentável.


Programação do Terceiro Módulo

Tema: Estratégias para Redução da Emissão de Carbono na Produção Agropecuária

- Abertura: Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Thales Fernandes

- Palestra 1: A produção de florestas plantadas na mitigação da emissão de gases de efeito estufa, com o palestrante Fernando Caixeta, Professor do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM/Uberlândia).

- Palestra 2: A terminação intensiva de bovinos como estratégia para a redução da emissão de gases de efeito estufa, com o palestrante Gutierrez José Assis, Professor no Instituto Tecnológico de Agropecuária de Pitangui (ITAP/Epamig).

- Palestra 3: Tratamento de dejetos na produção animal (Suínos e Bovinos de Leite), apresentada por Jane Terezinha Costa Pereira, Coordenadora Técnica Estadual de Saneamento Ambiental da Emater-MG.

- Debate mediado por Ricardo Demicheli, Subsecretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável da Seapa.


O XVI Seminário de Políticas Públicas para o Setor Rural tem se destacado como uma importante plataforma para discutir práticas sustentáveis na agropecuária e a busca por soluções que contribuam para a redução das emissões de carbono no setor. A série de módulos permite uma análise aprofundada de diversos aspectos relacionados à agricultura de baixo carbono, sem tomar posições políticas, mas focando nos dados e nas estratégias apresentadas pelos especialistas.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Agricultura/MG
Foto: Divulgação/Emater-M

domingo, 8 de outubro de 2023

Dicas Agrícolas: Amoras - Cuidados Necessários

Cultivar amoras requer escolha da variedade adequada, solo bem preparado, irrigação correta, podas, fertilização, proteção contra pragas e colheita cuidadosa.
Três amoras em um galho.


A amora, uma fruta repleta de benefícios para a saúde, é uma excelente opção para quem deseja cultivar suas próprias frutas em casa. Seja em um jardim, horta ou até mesmo em vasos, as amoras podem ser cultivadas com sucesso. No entanto, como qualquer planta, elas requerem cuidados específicos para garantir um desenvolvimento saudável e a produção de frutas de qualidade. Neste artigo, exploraremos algumas dicas agrícolas essenciais para o cultivo de amoras.


Escolha da Variedade:

Antes de iniciar o cultivo de amoras, é importante escolher a variedade mais adequada ao seu clima e espaço disponível. Existem diferentes tipos de amoras, incluindo a amora-preta e a amora-vermelha. Certifique-se de pesquisar qual a variedade mais indicada para o seu local de cultivo. Consultar um viveirista local pode ser uma excelente maneira de obter orientações específicas para a sua região.


Localização e Solo:

As amoras prosperam em locais com boa exposição solar, pelo menos seis horas de sol direto por dia. Certifique-se de escolher um local adequado em seu jardim ou horta. Além disso, o solo deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica. Antes de plantar, faça uma análise do solo para determinar seus nutrientes e pH. Caso seja necessário, faça ajustes adicionando composto orgânico ou outros nutrientes necessários para melhorar a qualidade do solo.


Plantio e Espaçamento:

O plantio das mudas de amora deve ser feito na primavera ou no outono, quando a planta está em estado de dormência. Certifique-se de cavar um buraco adequado para cada muda, com profundidade suficiente para acomodar as raízes. O espaçamento entre as mudas deve ser de aproximadamente 1,5 a 2 metros, dependendo da variedade. Isso garantirá espaço suficiente para o crescimento saudável das plantas e uma boa circulação de ar.


Irrigação:

A amora precisa de uma quantidade adequada de água para crescer e produzir frutos. Mantenha o solo uniformemente úmido, mas evite encharcá-lo. Uma dica importante é regar pela manhã para permitir que as folhas sequem durante o dia, reduzindo assim o risco de doenças fúngicas. Use um sistema de gotejamento ou mangueira com regador de cabeça porosa para evitar o contato direto da água com as folhas.


Podas e Treinamento:

A poda é essencial para o cultivo de amoras. Ela ajuda a manter a planta saudável, controla o crescimento e melhora a qualidade da colheita. Realize a poda durante o inverno, quando as plantas estão dormentes. Remova os galhos mortos ou doentes e corte os galhos frutíferos que já produziram no ano anterior. Também é importante treinar as plantas em uma treliça ou cerca para suportar seu crescimento vertical.


Fertilização:

As amoras são plantas que apreciam uma alimentação adequada. Fertilize suas plantas no início da primavera com um adubo equilibrado. É aconselhável fazer uma análise do solo para determinar as necessidades específicas de nutrientes da sua plantação e, assim, ajustar a fertilização de acordo com essas necessidades.


Proteção contra Pragas e Doenças:

Assim como qualquer cultivo, as amoras estão sujeitas a ataques de pragas e doenças. Monitore regularmente suas plantas em busca de sinais de infestação. O controle preventivo é essencial para evitar problemas. Use técnicas de manejo integrado de pragas, como a rotação de culturas, o uso de predadores naturais e a aplicação de pesticidas orgânicos, se necessário. Também é importante remover qualquer planta doente imediatamente para evitar a propagação de doenças.


Colheita e Armazenamento:

As amoras estão prontas para a colheita quando ficam totalmente maduras e adquirem uma cor vibrante. Elas devem ser colhidas com cuidado para não danificar os frutos. As amoras são delicadas e podem estragar facilmente, portanto, manuseie-as com cuidado. Para armazenar as amoras, coloque-as em um recipiente ventilado na geladeira e consuma-as o mais rápido possível, pois têm uma vida útil limitada.


Resumo:

Cultivar amoras é uma atividade que proporciona frutos bons e saudáveis. No entanto, exige paciência e cuidados adequados ao longo do tempo. Lembre-se de que o sucesso no cultivo de amoras requer atenção constante às necessidades da planta e um compromisso contínuo com os cuidados necessários para mantê-la saudável e produtiva. 


Foto: NoName_13 por Pixabay

sábado, 7 de outubro de 2023

Como Reduzir os Agrotóxicos sem Prejudicar a Cultura? | Perguntas e Respostas

Com o alta demanda da agricultura e o preço dos produtos cada vez mais caro, como podemos reduzir o uso de agrotóxicos?

Trator com equipamento de fertilização.


Melhorar uma plantação enquanto se reduz o uso de agrotóxicos é uma preocupação cada vez mais relevante em um mundo que busca práticas agrícolas mais sustentáveis e saudáveis. O excesso de agrotóxicos pode prejudicar não apenas o meio ambiente, mas também a qualidade dos alimentos e a saúde humana. Portanto, adotar métodos de cultivo que minimizem a dependência desses produtos químicos é uma abordagem inteligente e responsável. Então como podemos reduzir os agrotóxicos e ainda assim continuar com uma plantação saudável e forte?

1. Rotação de culturas:
A rotação de culturas é uma técnica que consiste em alternar diferentes tipos de plantas em um mesmo terreno ao longo do tempo. Isso ajuda a reduzir a incidência de pragas e doenças específicas, que podem se acumular quando a mesma cultura é plantada repetidamente. Com a rotação, você pode diminuir a necessidade de agrotóxicos.

2. Plantio consorciado:
Plantar diferentes culturas próximas umas das outras pode criar um ambiente mais equilibrado, dificultando a propagação de pragas e doenças. Algumas plantas podem até mesmo beneficiar umas às outras, como o milho e o feijão, que têm uma relação simbiótica.

3. Uso de plantas repelentes:
Plantas repelentes, como manjericão, alecrim e lavanda, podem ser intercaladas com culturas sensíveis a pragas para manter os insetos afastados. Essas plantas liberam odores que repelem naturalmente pragas.

4. Controle biológico:
Utilize predadores naturais, como joaninhas e vespas parasitoides, para controlar pragas. A introdução desses insetos benéficos em sua plantação pode reduzir a necessidade de agrotóxicos.

5. Adubação orgânica:
Opte por adubos orgânicos, como composto e esterco, em vez de fertilizantes químicos. Solos saudáveis com boa matéria orgânica são menos suscetíveis a pragas e doenças.

6. Manejo integrado de pragas (MIP): O MIP é uma abordagem que envolve o monitoramento constante da sua plantação para identificar pragas e doenças em estágios iniciais. Isso permite a aplicação seletiva de agrotóxicos apenas quando necessário, em vez de um uso indiscriminado.

7. Sistemas de irrigação eficientes: Umidade excessiva no solo pode criar condições favoráveis para algumas doenças. Utilize sistemas de irrigação que forneçam água diretamente às raízes das plantas e evitem o excesso de umidade na superfície do solo.

8. Escolha de variedades resistentes:
Opte por cultivar variedades de plantas que sejam naturalmente resistentes a pragas e doenças. Isso reduzirá a necessidade de tratamentos químicos.

9. Uso de cobertura morta:
A cobertura morta, como palha ou casca de árvore, ajuda a manter o solo protegido e proporciona um ambiente menos hospitaleiro para as pragas.

10. Educação e treinamento:
Invista na formação de sua equipe ou de você mesmo em práticas agrícolas sustentáveis. O conhecimento é fundamental para a implementação bem-sucedida de métodos de cultivo com menos agrotóxicos.

11. Acompanhamento e registro:
Mantenha registros detalhados das práticas em sua plantação. Isso permitirá avaliar o sucesso das estratégias e fazer ajustes conforme necessário.

12. Consulte especialistas:
Não hesite em buscar a orientação de agrônomos e outros especialistas em agricultura. Eles podem oferecer insights valiosos e recomendações personalizadas para sua plantação específica.


Melhorar sua plantação usando menos agrotóxicos envolve uma abordagem holística que combina diferentes estratégias, desde o manejo do solo até a escolha de variedades de plantas resistentes. O objetivo final é promover a saúde da plantação, reduzir os impactos negativos no meio ambiente e produzir alimentos mais seguros e saudáveis. 

Reportagem por Amanhecer Agrícola

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Gaúchos se Preparam para Enfrentar a Ferrugem Asiática da Soja

Técnicos da Emater/RS-Ascar recebem capacitação da Seapi para monitorar ferrugem asiática na soja durante a safra 2023/2024.

Campo de soja.


Nesta terça-feira, 3 de outubro de 2023, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Emater/RS-Ascar realizaram um curso de capacitação destinado a técnicos da empresa de extensão rural. Este treinamento visa preparar os profissionais para sua atuação no Programa de Monitoramento da Ferrugem Asiática da Soja, conhecido como Programa Monitora Ferrugem RS, durante a safra 2023/2024.

A ferrugem asiática da soja, cujo agente causal é o fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma ameaça constante para as lavouras de soja nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul. O monitoramento dessa doença é fundamental para o manejo adequado e a proteção das safras.

Nesta capacitação, que contou com a participação de 66 extensionistas da Emater/RS-Ascar, os técnicos foram instruídos sobre o uso dos coletores de esporos, a coleta de amostras para análises laboratoriais e receberam outras informações técnicas relevantes para o Programa.

Segundo Andréia Mara Rotta de Oliveira, pesquisadora do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapi e uma das coordenadoras institucionais do Programa, essas capacitações são uma prática regular antes do início de cada safra, visando garantir que os técnicos estejam plenamente preparados para suas responsabilidades.

O conteúdo programático do evento abrangeu temas como as doenças da soja, com destaque para o manejo da ferrugem asiática, os procedimentos de análise para identificação dos esporos do fungo em laboratório, e a apresentação dos resultados do monitoramento realizado na safra anterior, 2022/2023.

Estiveram presentes no evento o chefe do Departamento de Defesa Vegetal (DDV), Ricardo Felicetti, e a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV), Rita de Cássia Antochevis, ambos fazendo parte da coordenação institucional do Programa pela Seapi. Além disso, o coordenador do Programa pela Emater/RS-Ascar, Elder Dal Prá, também esteve presente.


O Programa Monitora Ferrugem RS e seus avanços

O Programa Monitora Ferrugem RS é responsável pelo monitoramento de esporos da ferrugem asiática da soja nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul desde 2019. A partir da safra agrícola 2020/2021, o programa foi aprimorado com a inclusão de informações relacionadas às condições meteorológicas, como precipitação pluvial, temperatura e molhamento foliar. Essas informações estão disponíveis para os produtores no site do Programa.

O Monitora Ferrugem RS é uma iniciativa coordenada pela Secretaria da Agricultura em colaboração com a Emater/RS-Ascar, bem como com laboratórios privados e instituições de ensino e pesquisa do estado. Seu objetivo é fornecer dados precisos e atualizados aos produtores, contribuindo para o manejo eficaz da ferrugem asiática da soja e, consequentemente, para a proteção das safras e a sustentabilidade da agricultura no Rio Grande do Sul.


Reportagem por Amanhecer Agricola
Fonte: Agricultura/RS
Foto: from PxHere

Crédito Rural Alcança R$ 147 Bilhões em Trimestre Inicial do Plano Safra 2023/2024

Nos três primeiros meses do Plano Safra 2023/2024, o crédito rural atingiu R$ 147 bilhões, marcando um aumento de 11%.

Colheitadeira e plantação de soja.


Nos três primeiros meses do atual Plano Safra, que abrange o período de 2023 a 2024, o desembolso de crédito rural alcançou a expressiva marca de R$ 147 bilhões. Esse valor representa um aumento de 11% em relação ao mesmo período da safra anterior. Os financiamentos destinados ao custeio da atividade agrícola totalizaram aproximadamente R$ 90 bilhões, enquanto as concessões de linhas de investimento somaram R$ 23,7 bilhões. Além disso, as operações de comercialização atingiram a marca de R$ 17,5 bilhões, e as de industrialização somaram R$ 15,9 bilhões.


Contratos e programas de apoio

A análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revela que, nesse período de três meses, foram formalizados um total de 617.547 contratos. Desses, 444.077 beneficiaram produtores no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), enquanto 82.572 foram concedidos pelo Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

Os recursos destinados aos pequenos e médios agricultores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) totalizaram R$ 20,8 bilhões no Pronaf e R$ 23,2 bilhões no Pronamp.

Por outro lado, os demais produtores rurais formalizaram 90.898 contratos, resultando em R$ 103,1 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.


Investimento em modernização agrícola

No que diz respeito aos financiamentos para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) registrou contratações no valor de R$ 603 milhões, o que representa um aumento de 18% em relação ao mesmo período da safra anterior. Além disso, os financiamentos para o programa Pronamp atingiram a marca de R$ 1,9 bilhão, com um incremento de 34%.


Destaque para o Procap-Agro Giro

Outro ponto de destaque nos financiamentos agropecuários foi o Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro), que registrou R$ 323 milhões em contratos, marcando um crescimento notável de 113% em relação ao mesmo período da safra anterior.


Fontes de recursos e a contribuição da LCA

Em relação às fontes de recursos do crédito rural, vale ressaltar a crescente participação dos recursos livres equalizáveis nos contratos realizados nos meses de julho, agosto e setembro. Esse montante atingiu R$ 5,9 bilhões, o que representa um aumento significativo de 279% em relação ao mesmo período da safra anterior. Isso indica uma maior utilização dos recursos das instituições financeiras disponibilizados para equalização dentro do Plano Safra.

O secretário substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, destacou a relevante contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para o financiamento do crédito rural. A LCA representou 47% do total das aplicações na agricultura empresarial no primeiro trimestre da safra atual, totalizando R$ 59,2 bilhões. Esse valor representa um aumento de 69% em relação ao mesmo período da safra passada.


Dados provisórios e fontes de consulta

Vale ressaltar que os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 4 deste mês do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), responsável por registrar as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

Por fim, é importante observar que, dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ocorrer variações nos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Marevarzeamt, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Rio Grande do Sul Registra Foco de Influenza Aviária em Mamífero Aquático

Notificação não altera condição sanitária do Estado

Mamífero aquático.


A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) confirmou a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em mamíferos aquáticos na praia do Cassino, em Rio Grande, no litoral sul do Estado. Este é o segundo registro da doença no Rio Grande do Sul, porém, as autoridades garantem que a condição sanitária do Estado e do país permanece inalterada, sem riscos para o consumo de alimentos.


Notificação e Procedimentos

A notificação foi feita pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) de Rio Grande em 30 de setembro e prontamente atendida pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Amostras foram colhidas e encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), uma unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).

O foco anterior havia sido registrado em maio na Reserva do Taim, em aves silvestres (cisne-de-pescoço-preto), e foi encerrado após evidências epidemiológicas e coletas negativas. É importante ressaltar que não há registro da doença na avicultura comercial do Estado.


A Situação no Contexto Internacional

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, o aumento de casos de influenza aviária na região costeira do Uruguai e Argentina tem impactado o Rio Grande do Sul, que faz divisa com esses países. No entanto, ela enfatiza que as equipes estão seguindo os protocolos necessários para evitar a disseminação do vírus, em colaboração com os municípios.


Resposta às Evidências

Até o momento, dez animais foram recolhidos, incluindo oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos. Evidências apontam que a principal via de infecção em mamíferos aquáticos e semiaquáticos é o consumo de material infectante, como aves contaminadas por influenza aviária. Além disso, não está descartada a possibilidade de transmissão entre os próprios animais.


Alerta para a População

O SVO do Rio Grande do Sul emite um alerta à população para não se aproximar de animais mortos ou moribundos e notificar imediatamente a Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo número de WhatsApp (51) 98445-2033 em caso de suspeitas, que podem incluir sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita.


Colaboração Necessária

Rosane Collares destaca a importância da colaboração de todos, enfatizando que órgãos de saúde, meio ambiente e a Patrulha Ambiental estão monitorando a situação de perto. A conscientização e cooperação da população são essenciais neste momento.


Sobre a Influenza Aviária

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves, mas também pode infectar mamíferos e outros animais. A detecção desse foco em mamíferos aquáticos é um sinal de alerta para as autoridades sanitárias, que estão tomando medidas rigorosas para conter a disseminação da doença e garantir a segurança da população.

A Secretaria da Agricultura continuará monitorando a situação e fornecendo informações atualizadas à medida que novos desenvolvimentos ocorrerem.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Agricultura/RS

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Cana-de-açúcar, Etanol, Geração de Energia e a Sustentabilidade

A cana-de-açúcar é uma fonte eficiente de etanol e energia, promovendo sustentabilidade, mas requer práticas responsáveis e investimentos contínuos.

Plantação de Cana-de-açúcar.


A cana-de-açúcar é uma das culturas agrícolas mais emblemáticas do Brasil e tem desempenhado um papel fundamental na produção de etanol e na geração de energia. Essa associação entre a cana-de-açúcar, etanol e energia tem se mostrado uma alternativa viável e sustentável para atender às crescentes demandas energéticas, ao mesmo tempo em que contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa.


A Produção de Etanol a partir da Cana-de-Açúcar

A cana-de-açúcar é uma matéria-prima altamente eficiente na produção de etanol. A extração do suco de cana, seguida de sua fermentação e destilação, resulta em um biocombustível altamente eficiente e de baixa emissão de carbono. O etanol de cana-de-açúcar é uma alternativa mais limpa aos combustíveis fósseis, uma vez que sua queima em veículos automotores libera uma quantidade menor de poluentes atmosféricos.

O Brasil é líder mundial na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, com um processo altamente desenvolvido e tecnologicamente avançado. A produção sustentável de etanol não apenas contribui para a redução da dependência de combustíveis fósseis, mas também impulsiona a economia brasileira, gerando empregos e aumentando as exportações.


Geração de Energia a partir da Biomassa de Cana-de-Açúcar

Além do etanol, a cana-de-açúcar desempenha um papel crucial na geração de energia elétrica. As sobras da produção de cana-de-açúcar, como bagaço e palha, são utilizadas como biomassa para produzir eletricidade. As usinas de açúcar e álcool geralmente possuem caldeiras de alta eficiência que queimam esses resíduos, gerando vapor para acionar turbinas geradoras de eletricidade.

Essa prática não apenas atende às necessidades energéticas das usinas, mas também permite a exportação de eletricidade excedente para a rede elétrica, contribuindo para o suprimento de energia limpa e renovável para a população em geral. A geração de energia a partir da biomassa de cana-de-açúcar é uma estratégia sustentável e economicamente vantajosa.


Sustentabilidade e Desafios

Embora a cana-de-açúcar seja uma cultura versátil para a produção de etanol e geração de energia, existem desafios a serem enfrentados. A expansão descontrolada das plantações pode levar a problemas ambientais, como o desmatamento e a perda de biodiversidade. Portanto, é essencial que a produção de cana-de-açúcar seja conduzida de forma sustentável, seguindo práticas agrícolas responsáveis e respeitando as regulamentações ambientais.


Investimentos contínuos são necessários

Além disso, investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento são necessários para aprimorar a eficiência na produção de etanol e energia a partir da cana-de-açúcar, bem como para encontrar maneiras de otimizar o uso dos resíduos da planta.

A cana-de-açúcar desempenha um papel crucial na produção de etanol e na geração de energia, contribuindo para a redução das emissões de carbono e o fornecimento de fontes de energia renovável. No entanto, a sustentabilidade deve permanecer no centro dessas atividades para garantir que os benefícios econômicos e ambientais continuem a ser alcançados a longo prazo.


Foto: Anemone123 por Pixabay

Projeto de Pesquisa de Identificação de Mastite em Rebanho Leiteiro é Realizado no RS

Projeto de pesquisa identifica alta incidência de mastite subclínica em rebanhos leiteiros no RS, com foco em prevenção e orientação.

No primeiro plano um bovino e no fundo rebanhos bovinos.


A mastite, uma inflamação da glândula mamária em bovinos leiteiros, é um problema de grande impacto na produção agrícola. Ela não apenas reduz a produtividade do leite, mas também pode ter consequências graves, incluindo a mortalidade dos animais afetados. Para abordar essa questão de grande relevância para a saúde e economia da cadeia produtiva, o Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/Ascar-RS, realiza o projeto "Detecção de agentes microbianos em mastites clínicas ou subclínicas no rebanho leiteiro bovino e sua sensibilidade aos antibióticos usuais". Recentemente, foram apresentados os primeiros resultados desse projeto em reuniões com produtores rurais de Eldorado do Sul e Guaíba, no Rio Grande do Sul.


Mastite em Rebanhos Leiteiros: Um Problema de Impacto

A mastite em rebanhos leiteiros bovinos é uma condição que afeta a saúde dos animais e a produção de leite. Ela pode ocorrer tanto de forma clínica, visivelmente perceptível, quanto de forma subclínica, em que os sintomas são menos evidentes. Ambas as formas podem causar prejuízos significativos para os produtores, resultando em redução da produtividade leiteira e despesas com tratamentos veterinários.


Primeiros Resultados Reveladores

Na primeira fase da pesquisa, foram realizadas análises em propriedades rurais de Eldorado do Sul e Guaíba, ambas assistidas pela Emater. Os resultados surpreenderam, pois revelaram que 37,5% das propriedades rurais apresentavam mastite subclínica, enquanto 25% das vacas leiteiras tinham a doença de forma subclínica. Esses números destacam a importância de abordar essa questão de forma eficaz e sistemática.


O Papel da Emater/Ascar-RS na Pesquisa

O projeto em questão visa não apenas detectar e identificar os agentes microbianos responsáveis pela mastite, mas também avaliar a sensibilidade desses agentes aos antibióticos comuns. Além disso, a pesquisa tem como objetivo qualificar as orientações dadas aos produtores em relação à prevenção da doença.

Uma etapa crucial desse projeto é a colaboração com a Emater/Ascar-RS, que desempenha um papel fundamental na assistência aos produtores. Os médicos veterinários dessa organização auxiliam na implementação de medidas de prevenção, tais como práticas de higiene adequadas. Essas medidas são adaptadas à realidade de cada propriedade rural, visando à redução do impacto da mastite.


Próximos Passos e Expectativas

Uma segunda fase de análise será conduzida nas mesmas propriedades após a implementação das medidas preventivas. A expectativa é repetir a pesquisa a partir da segunda quinzena de novembro, com o intuito de avaliar a eficácia dessas medidas na redução da incidência de mastite.

Fernando Karam, chefe substituto do IPVDF, enfatiza que os exames laboratoriais são realizados pelo laboratório de bacteriologia do IPVDF, como parte de suas atividades de rotina. Os resultados são posteriormente compartilhados com a Emater, que, por sua vez, orienta os produtores com base nas informações laboratoriais. Essa colaboração entre as instituições envolvidas e a cadeia produtiva demonstra o compromisso com a resolução desse problema de saúde animal.


Perspectivas para o Futuro

O projeto atual tem previsão de continuidade até dezembro deste ano, e há a possibilidade de renovação para 2024. Além disso, considerando a importância do tema e a necessidade de abordagens preventivas eficazes, existe a perspectiva de expansão do projeto para outros municípios e regiões do Estado do Rio Grande do Sul. Essa expansão poderia beneficiar um número ainda maior de produtores rurais, contribuindo para a melhoria da saúde e da produtividade dos rebanhos leiteiros no estado.


A pesquisa em andamento realizada pelo Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor, em colaboração com a Emater/Ascar-RS, tem como objetivo enfrentar o problema da mastite em rebanhos leiteiros bovinos. Os primeiros resultados revelaram uma alta incidência de mastite subclínica nas propriedades rurais avaliadas, destacando a importância da pesquisa e das medidas de prevenção a serem implementadas.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: de sbm86 por Pixabay

Produtos Brasileiros se Destacam na Principal Feira de Orgânicos dos EUA

Brasil exibe castanha de baru, castanha de caju, leite de coco, mel e mais na Natural Products Expo East 2023.

Foto mostra a feira.


A participação do Brasil na Natural Products Expo East 2023, uma das principais feiras de produtos naturais e orgânicos da Costa Leste dos Estados Unidos, foi marcada pela exibição de produtos nacionais de alta qualidade. Organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a presença na feira ocorreu nos dias 21 a 23 de setembro em Filadélfia.


Explorando tendências de consumo

De acordo com Dalci de Jesus Bagolin, Coordenador-geral de Promoção Comercial da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa), a Natural Products Expo East 2023 é uma plataforma essencial para identificar as tendências de consumo, especialmente no que diz respeito a produtos alimentícios relacionados à saúde e bem-estar. A feira concentra-se em produtos naturais e orgânicos, ampliando o alcance da indústria agropecuária brasileira.


Destaque para o Pavilhão Brasil

O sucesso da participação brasileira na feira se deve à parceria entre o Mapa, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Sob o Pavilhão Brasil, diversos produtos nacionais se destacaram, incluindo a castanha de baru, castanha de caju, leite de coco, mel e outros produtos apícolas.


A Natural Products Expo East 2023

A Natural Products Expo East 2023, ocorreu em conjunto com a feira Biofach America, que em sua última edição recebeu cerca de 150 expositores apresentando suas linhas de produtos totalmente orgânicos e mais de 18 mil visitantes de todo o mundo.


Ampla variedade de produtos expostos

Nos estandes individuais, cinco empresas brasileiras tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos únicos, que variam desde cremes e sorvetes de açaí até polpas congeladas e itens derivados de plantas não convencionais da Amazônia, como ora-pro-nobis, jambu e açaí. Essa diversidade de produtos demonstra a riqueza da produção agrícola brasileira e seu potencial de conquistar mercados internacionais.


Exportações brasileiras em crescimento

Em 2022, o Brasil exportou para os Estados Unidos uma soma significativa de produtos agropecuários, totalizando US$ 10,5 bilhões em valor, com o embarque de 7,9 milhões de toneladas, conforme dados da SCRI. Entre os principais produtos exportados estão a madeira, café, celulose e carne bovina.

A participação do Brasil na Natural Products Expo East 2023 demonstra o interesse do país em buscar oportunidades nos mercados internacionais e destacar a qualidade dos produtos agrícolas brasileiros. A exposição desses produtos na feira pode proporcionar uma chance de chamar a atenção de consumidores e parceiros comerciais globais, contribuindo para a projeção internacional do setor agropecuário brasileiro.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto capa: Divulgação/Mapa

Café: Da Agricultura à Sua Xícara

O café, da agricultura à sua xícara, é cultivado, colhido, torrado e moído, proporcionando sabor e energia na rotina diária.

Grãos de café e uma xícara de café.


O café é uma das bebidas mais apreciadas em todo o mundo. Com sua combinação de aromas e sabores, ele desempenha um papel importante na vida de milhões de pessoas, proporcionando energia e conforto logo pela manhã ou em qualquer momento do dia. Mas o caminho que o café percorre até chegar à nossa xícara é longo e complexo, envolvendo uma série de etapas que vão desde a agricultura até a preparação final. 


A jornada

A jornada do café começa nas fazendas, onde os cafeicultores cultivam as árvores de café. As plantações de café são encontradas em diversas regiões do mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições climáticas são ideais para o cultivo. Os principais tipos de café produzidos são o Arabica e o Robusta, cada um com suas características únicas de sabor e aroma. A escolha do tipo de café a ser cultivado depende das condições locais e das preferências do produtor.

A colheita do café é uma das etapas mais críticas do processo de produção. Os cafeicultores devem determinar o momento certo de colher os frutos maduros, geralmente quando estão vermelhos ou amarelos. A colheita pode ser feita manualmente ou mecanicamente, dependendo dos recursos disponíveis. Em seguida, os grãos de café são separados dos frutos e submetidos a um processo de secagem, que pode ser realizado ao ar livre ou em secadores industriais.

Após a secagem, os grãos de café são cuidadosamente selecionados para remover qualquer impureza ou grão defeituoso. Esse processo, conhecido como beneficiamento, é fundamental para garantir a qualidade do café final. Os grãos de café são então torrados, o que é um dos principais fatores que determinam o sabor e o aroma da bebida. A torração é uma arte que envolve controlar o tempo e a temperatura para obter o perfil desejado de sabor, que pode variar desde um café suave e delicado até um café forte e encorpado.

Após a torração, os grãos de café são moídos para obter a granulometria adequada ao método de preparo escolhido. A moagem do café desempenha um papel crucial na extração dos sabores, uma vez que a área de superfície dos grãos moídos afeta diretamente o contato com a água durante a preparação. Café moído fino é geralmente usado para métodos de preparo como espresso, enquanto o café moído grosso é mais adequado para métodos de infusão, como a prensa francesa.


Seu uso

A preparação do café é uma escolha pessoal, com uma variedade de métodos disponíveis para atender às preferências individuais. Algumas pessoas optam por fazer um café simples de filtro, onde a água quente é derramada sobre o café moído em um filtro de papel ou de metal. Outras preferem a praticidade das máquinas de café automáticas, que fazem o trabalho por nós com o toque de um botão. Para os amantes de café espresso, há máquinas específicas que pressurizam a água quente através do café moído, produzindo uma bebida concentrada e encorpada.

Além disso, o café pode ser apreciado de várias formas, desde o tradicional café preto até as elaboradas criações de cafeterias, como cappuccinos, lattes e macchiatos. A adição de leite, creme ou açúcar permite personalizar a bebida de acordo com o gosto de cada um.

O café também desempenha um papel social importante em muitas culturas. É comum as pessoas se reunirem em cafeterias ou em casa para compartilhar uma xícara de café e uma conversa. O café é muitas vezes associado a momentos de relaxamento e convívio, proporcionando uma pausa bem-vinda em agendas agitadas.

O café também tem sido objeto de estudos científicos que sugerem alguns benefícios para a saúde quando consumido com moderação. No entanto, é importante lembrar que o consumo excessivo de cafeína pode ter efeitos negativos, como insônia e ansiedade, e é importante consumi-lo com equilíbrio.


Resumo

O café é muito mais do que uma simples bebida que consumimos pela manhã. É o resultado de um processo complexo que começa nas fazendas e envolve cuidados meticulosos em cada etapa, desde a colheita até a preparação. O café faz parte de nossa cultura, proporcionando momentos de prazer e convívio social. Portanto, da agricultura à nossa manhã, o café desempenha um papel importante em nossas vidas, enchendo nossas xícaras com sabor, aroma e energia.


Foto: PublicDomainPictures por Pixabay