quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Gaúchos se Preparam para Enfrentar a Ferrugem Asiática da Soja

Técnicos da Emater/RS-Ascar recebem capacitação da Seapi para monitorar ferrugem asiática na soja durante a safra 2023/2024.

Campo de soja.


Nesta terça-feira, 3 de outubro de 2023, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Emater/RS-Ascar realizaram um curso de capacitação destinado a técnicos da empresa de extensão rural. Este treinamento visa preparar os profissionais para sua atuação no Programa de Monitoramento da Ferrugem Asiática da Soja, conhecido como Programa Monitora Ferrugem RS, durante a safra 2023/2024.

A ferrugem asiática da soja, cujo agente causal é o fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma ameaça constante para as lavouras de soja nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul. O monitoramento dessa doença é fundamental para o manejo adequado e a proteção das safras.

Nesta capacitação, que contou com a participação de 66 extensionistas da Emater/RS-Ascar, os técnicos foram instruídos sobre o uso dos coletores de esporos, a coleta de amostras para análises laboratoriais e receberam outras informações técnicas relevantes para o Programa.

Segundo Andréia Mara Rotta de Oliveira, pesquisadora do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapi e uma das coordenadoras institucionais do Programa, essas capacitações são uma prática regular antes do início de cada safra, visando garantir que os técnicos estejam plenamente preparados para suas responsabilidades.

O conteúdo programático do evento abrangeu temas como as doenças da soja, com destaque para o manejo da ferrugem asiática, os procedimentos de análise para identificação dos esporos do fungo em laboratório, e a apresentação dos resultados do monitoramento realizado na safra anterior, 2022/2023.

Estiveram presentes no evento o chefe do Departamento de Defesa Vegetal (DDV), Ricardo Felicetti, e a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV), Rita de Cássia Antochevis, ambos fazendo parte da coordenação institucional do Programa pela Seapi. Além disso, o coordenador do Programa pela Emater/RS-Ascar, Elder Dal Prá, também esteve presente.


O Programa Monitora Ferrugem RS e seus avanços

O Programa Monitora Ferrugem RS é responsável pelo monitoramento de esporos da ferrugem asiática da soja nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul desde 2019. A partir da safra agrícola 2020/2021, o programa foi aprimorado com a inclusão de informações relacionadas às condições meteorológicas, como precipitação pluvial, temperatura e molhamento foliar. Essas informações estão disponíveis para os produtores no site do Programa.

O Monitora Ferrugem RS é uma iniciativa coordenada pela Secretaria da Agricultura em colaboração com a Emater/RS-Ascar, bem como com laboratórios privados e instituições de ensino e pesquisa do estado. Seu objetivo é fornecer dados precisos e atualizados aos produtores, contribuindo para o manejo eficaz da ferrugem asiática da soja e, consequentemente, para a proteção das safras e a sustentabilidade da agricultura no Rio Grande do Sul.


Reportagem por Amanhecer Agricola
Fonte: Agricultura/RS
Foto: from PxHere

Crédito Rural Alcança R$ 147 Bilhões em Trimestre Inicial do Plano Safra 2023/2024

Nos três primeiros meses do Plano Safra 2023/2024, o crédito rural atingiu R$ 147 bilhões, marcando um aumento de 11%.

Colheitadeira e plantação de soja.


Nos três primeiros meses do atual Plano Safra, que abrange o período de 2023 a 2024, o desembolso de crédito rural alcançou a expressiva marca de R$ 147 bilhões. Esse valor representa um aumento de 11% em relação ao mesmo período da safra anterior. Os financiamentos destinados ao custeio da atividade agrícola totalizaram aproximadamente R$ 90 bilhões, enquanto as concessões de linhas de investimento somaram R$ 23,7 bilhões. Além disso, as operações de comercialização atingiram a marca de R$ 17,5 bilhões, e as de industrialização somaram R$ 15,9 bilhões.


Contratos e programas de apoio

A análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revela que, nesse período de três meses, foram formalizados um total de 617.547 contratos. Desses, 444.077 beneficiaram produtores no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), enquanto 82.572 foram concedidos pelo Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

Os recursos destinados aos pequenos e médios agricultores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) totalizaram R$ 20,8 bilhões no Pronaf e R$ 23,2 bilhões no Pronamp.

Por outro lado, os demais produtores rurais formalizaram 90.898 contratos, resultando em R$ 103,1 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.


Investimento em modernização agrícola

No que diz respeito aos financiamentos para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) registrou contratações no valor de R$ 603 milhões, o que representa um aumento de 18% em relação ao mesmo período da safra anterior. Além disso, os financiamentos para o programa Pronamp atingiram a marca de R$ 1,9 bilhão, com um incremento de 34%.


Destaque para o Procap-Agro Giro

Outro ponto de destaque nos financiamentos agropecuários foi o Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro), que registrou R$ 323 milhões em contratos, marcando um crescimento notável de 113% em relação ao mesmo período da safra anterior.


Fontes de recursos e a contribuição da LCA

Em relação às fontes de recursos do crédito rural, vale ressaltar a crescente participação dos recursos livres equalizáveis nos contratos realizados nos meses de julho, agosto e setembro. Esse montante atingiu R$ 5,9 bilhões, o que representa um aumento significativo de 279% em relação ao mesmo período da safra anterior. Isso indica uma maior utilização dos recursos das instituições financeiras disponibilizados para equalização dentro do Plano Safra.

O secretário substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, destacou a relevante contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para o financiamento do crédito rural. A LCA representou 47% do total das aplicações na agricultura empresarial no primeiro trimestre da safra atual, totalizando R$ 59,2 bilhões. Esse valor representa um aumento de 69% em relação ao mesmo período da safra passada.


Dados provisórios e fontes de consulta

Vale ressaltar que os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 4 deste mês do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), responsável por registrar as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

Por fim, é importante observar que, dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ocorrer variações nos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Marevarzeamt, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Rio Grande do Sul Registra Foco de Influenza Aviária em Mamífero Aquático

Notificação não altera condição sanitária do Estado

Mamífero aquático.


A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) confirmou a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em mamíferos aquáticos na praia do Cassino, em Rio Grande, no litoral sul do Estado. Este é o segundo registro da doença no Rio Grande do Sul, porém, as autoridades garantem que a condição sanitária do Estado e do país permanece inalterada, sem riscos para o consumo de alimentos.


Notificação e Procedimentos

A notificação foi feita pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) de Rio Grande em 30 de setembro e prontamente atendida pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Amostras foram colhidas e encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), uma unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).

O foco anterior havia sido registrado em maio na Reserva do Taim, em aves silvestres (cisne-de-pescoço-preto), e foi encerrado após evidências epidemiológicas e coletas negativas. É importante ressaltar que não há registro da doença na avicultura comercial do Estado.


A Situação no Contexto Internacional

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, o aumento de casos de influenza aviária na região costeira do Uruguai e Argentina tem impactado o Rio Grande do Sul, que faz divisa com esses países. No entanto, ela enfatiza que as equipes estão seguindo os protocolos necessários para evitar a disseminação do vírus, em colaboração com os municípios.


Resposta às Evidências

Até o momento, dez animais foram recolhidos, incluindo oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos. Evidências apontam que a principal via de infecção em mamíferos aquáticos e semiaquáticos é o consumo de material infectante, como aves contaminadas por influenza aviária. Além disso, não está descartada a possibilidade de transmissão entre os próprios animais.


Alerta para a População

O SVO do Rio Grande do Sul emite um alerta à população para não se aproximar de animais mortos ou moribundos e notificar imediatamente a Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo número de WhatsApp (51) 98445-2033 em caso de suspeitas, que podem incluir sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita.


Colaboração Necessária

Rosane Collares destaca a importância da colaboração de todos, enfatizando que órgãos de saúde, meio ambiente e a Patrulha Ambiental estão monitorando a situação de perto. A conscientização e cooperação da população são essenciais neste momento.


Sobre a Influenza Aviária

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves, mas também pode infectar mamíferos e outros animais. A detecção desse foco em mamíferos aquáticos é um sinal de alerta para as autoridades sanitárias, que estão tomando medidas rigorosas para conter a disseminação da doença e garantir a segurança da população.

A Secretaria da Agricultura continuará monitorando a situação e fornecendo informações atualizadas à medida que novos desenvolvimentos ocorrerem.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Agricultura/RS

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Cana-de-açúcar, Etanol, Geração de Energia e a Sustentabilidade

A cana-de-açúcar é uma fonte eficiente de etanol e energia, promovendo sustentabilidade, mas requer práticas responsáveis e investimentos contínuos.

Plantação de Cana-de-açúcar.


A cana-de-açúcar é uma das culturas agrícolas mais emblemáticas do Brasil e tem desempenhado um papel fundamental na produção de etanol e na geração de energia. Essa associação entre a cana-de-açúcar, etanol e energia tem se mostrado uma alternativa viável e sustentável para atender às crescentes demandas energéticas, ao mesmo tempo em que contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa.


A Produção de Etanol a partir da Cana-de-Açúcar

A cana-de-açúcar é uma matéria-prima altamente eficiente na produção de etanol. A extração do suco de cana, seguida de sua fermentação e destilação, resulta em um biocombustível altamente eficiente e de baixa emissão de carbono. O etanol de cana-de-açúcar é uma alternativa mais limpa aos combustíveis fósseis, uma vez que sua queima em veículos automotores libera uma quantidade menor de poluentes atmosféricos.

O Brasil é líder mundial na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, com um processo altamente desenvolvido e tecnologicamente avançado. A produção sustentável de etanol não apenas contribui para a redução da dependência de combustíveis fósseis, mas também impulsiona a economia brasileira, gerando empregos e aumentando as exportações.


Geração de Energia a partir da Biomassa de Cana-de-Açúcar

Além do etanol, a cana-de-açúcar desempenha um papel crucial na geração de energia elétrica. As sobras da produção de cana-de-açúcar, como bagaço e palha, são utilizadas como biomassa para produzir eletricidade. As usinas de açúcar e álcool geralmente possuem caldeiras de alta eficiência que queimam esses resíduos, gerando vapor para acionar turbinas geradoras de eletricidade.

Essa prática não apenas atende às necessidades energéticas das usinas, mas também permite a exportação de eletricidade excedente para a rede elétrica, contribuindo para o suprimento de energia limpa e renovável para a população em geral. A geração de energia a partir da biomassa de cana-de-açúcar é uma estratégia sustentável e economicamente vantajosa.


Sustentabilidade e Desafios

Embora a cana-de-açúcar seja uma cultura versátil para a produção de etanol e geração de energia, existem desafios a serem enfrentados. A expansão descontrolada das plantações pode levar a problemas ambientais, como o desmatamento e a perda de biodiversidade. Portanto, é essencial que a produção de cana-de-açúcar seja conduzida de forma sustentável, seguindo práticas agrícolas responsáveis e respeitando as regulamentações ambientais.


Investimentos contínuos são necessários

Além disso, investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento são necessários para aprimorar a eficiência na produção de etanol e energia a partir da cana-de-açúcar, bem como para encontrar maneiras de otimizar o uso dos resíduos da planta.

A cana-de-açúcar desempenha um papel crucial na produção de etanol e na geração de energia, contribuindo para a redução das emissões de carbono e o fornecimento de fontes de energia renovável. No entanto, a sustentabilidade deve permanecer no centro dessas atividades para garantir que os benefícios econômicos e ambientais continuem a ser alcançados a longo prazo.


Foto: Anemone123 por Pixabay

Projeto de Pesquisa de Identificação de Mastite em Rebanho Leiteiro é Realizado no RS

Projeto de pesquisa identifica alta incidência de mastite subclínica em rebanhos leiteiros no RS, com foco em prevenção e orientação.

No primeiro plano um bovino e no fundo rebanhos bovinos.


A mastite, uma inflamação da glândula mamária em bovinos leiteiros, é um problema de grande impacto na produção agrícola. Ela não apenas reduz a produtividade do leite, mas também pode ter consequências graves, incluindo a mortalidade dos animais afetados. Para abordar essa questão de grande relevância para a saúde e economia da cadeia produtiva, o Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/Ascar-RS, realiza o projeto "Detecção de agentes microbianos em mastites clínicas ou subclínicas no rebanho leiteiro bovino e sua sensibilidade aos antibióticos usuais". Recentemente, foram apresentados os primeiros resultados desse projeto em reuniões com produtores rurais de Eldorado do Sul e Guaíba, no Rio Grande do Sul.


Mastite em Rebanhos Leiteiros: Um Problema de Impacto

A mastite em rebanhos leiteiros bovinos é uma condição que afeta a saúde dos animais e a produção de leite. Ela pode ocorrer tanto de forma clínica, visivelmente perceptível, quanto de forma subclínica, em que os sintomas são menos evidentes. Ambas as formas podem causar prejuízos significativos para os produtores, resultando em redução da produtividade leiteira e despesas com tratamentos veterinários.


Primeiros Resultados Reveladores

Na primeira fase da pesquisa, foram realizadas análises em propriedades rurais de Eldorado do Sul e Guaíba, ambas assistidas pela Emater. Os resultados surpreenderam, pois revelaram que 37,5% das propriedades rurais apresentavam mastite subclínica, enquanto 25% das vacas leiteiras tinham a doença de forma subclínica. Esses números destacam a importância de abordar essa questão de forma eficaz e sistemática.


O Papel da Emater/Ascar-RS na Pesquisa

O projeto em questão visa não apenas detectar e identificar os agentes microbianos responsáveis pela mastite, mas também avaliar a sensibilidade desses agentes aos antibióticos comuns. Além disso, a pesquisa tem como objetivo qualificar as orientações dadas aos produtores em relação à prevenção da doença.

Uma etapa crucial desse projeto é a colaboração com a Emater/Ascar-RS, que desempenha um papel fundamental na assistência aos produtores. Os médicos veterinários dessa organização auxiliam na implementação de medidas de prevenção, tais como práticas de higiene adequadas. Essas medidas são adaptadas à realidade de cada propriedade rural, visando à redução do impacto da mastite.


Próximos Passos e Expectativas

Uma segunda fase de análise será conduzida nas mesmas propriedades após a implementação das medidas preventivas. A expectativa é repetir a pesquisa a partir da segunda quinzena de novembro, com o intuito de avaliar a eficácia dessas medidas na redução da incidência de mastite.

Fernando Karam, chefe substituto do IPVDF, enfatiza que os exames laboratoriais são realizados pelo laboratório de bacteriologia do IPVDF, como parte de suas atividades de rotina. Os resultados são posteriormente compartilhados com a Emater, que, por sua vez, orienta os produtores com base nas informações laboratoriais. Essa colaboração entre as instituições envolvidas e a cadeia produtiva demonstra o compromisso com a resolução desse problema de saúde animal.


Perspectivas para o Futuro

O projeto atual tem previsão de continuidade até dezembro deste ano, e há a possibilidade de renovação para 2024. Além disso, considerando a importância do tema e a necessidade de abordagens preventivas eficazes, existe a perspectiva de expansão do projeto para outros municípios e regiões do Estado do Rio Grande do Sul. Essa expansão poderia beneficiar um número ainda maior de produtores rurais, contribuindo para a melhoria da saúde e da produtividade dos rebanhos leiteiros no estado.


A pesquisa em andamento realizada pelo Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor, em colaboração com a Emater/Ascar-RS, tem como objetivo enfrentar o problema da mastite em rebanhos leiteiros bovinos. Os primeiros resultados revelaram uma alta incidência de mastite subclínica nas propriedades rurais avaliadas, destacando a importância da pesquisa e das medidas de prevenção a serem implementadas.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: de sbm86 por Pixabay

Produtos Brasileiros se Destacam na Principal Feira de Orgânicos dos EUA

Brasil exibe castanha de baru, castanha de caju, leite de coco, mel e mais na Natural Products Expo East 2023.

Foto mostra a feira.


A participação do Brasil na Natural Products Expo East 2023, uma das principais feiras de produtos naturais e orgânicos da Costa Leste dos Estados Unidos, foi marcada pela exibição de produtos nacionais de alta qualidade. Organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a presença na feira ocorreu nos dias 21 a 23 de setembro em Filadélfia.


Explorando tendências de consumo

De acordo com Dalci de Jesus Bagolin, Coordenador-geral de Promoção Comercial da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa), a Natural Products Expo East 2023 é uma plataforma essencial para identificar as tendências de consumo, especialmente no que diz respeito a produtos alimentícios relacionados à saúde e bem-estar. A feira concentra-se em produtos naturais e orgânicos, ampliando o alcance da indústria agropecuária brasileira.


Destaque para o Pavilhão Brasil

O sucesso da participação brasileira na feira se deve à parceria entre o Mapa, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Sob o Pavilhão Brasil, diversos produtos nacionais se destacaram, incluindo a castanha de baru, castanha de caju, leite de coco, mel e outros produtos apícolas.


A Natural Products Expo East 2023

A Natural Products Expo East 2023, ocorreu em conjunto com a feira Biofach America, que em sua última edição recebeu cerca de 150 expositores apresentando suas linhas de produtos totalmente orgânicos e mais de 18 mil visitantes de todo o mundo.


Ampla variedade de produtos expostos

Nos estandes individuais, cinco empresas brasileiras tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos únicos, que variam desde cremes e sorvetes de açaí até polpas congeladas e itens derivados de plantas não convencionais da Amazônia, como ora-pro-nobis, jambu e açaí. Essa diversidade de produtos demonstra a riqueza da produção agrícola brasileira e seu potencial de conquistar mercados internacionais.


Exportações brasileiras em crescimento

Em 2022, o Brasil exportou para os Estados Unidos uma soma significativa de produtos agropecuários, totalizando US$ 10,5 bilhões em valor, com o embarque de 7,9 milhões de toneladas, conforme dados da SCRI. Entre os principais produtos exportados estão a madeira, café, celulose e carne bovina.

A participação do Brasil na Natural Products Expo East 2023 demonstra o interesse do país em buscar oportunidades nos mercados internacionais e destacar a qualidade dos produtos agrícolas brasileiros. A exposição desses produtos na feira pode proporcionar uma chance de chamar a atenção de consumidores e parceiros comerciais globais, contribuindo para a projeção internacional do setor agropecuário brasileiro.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto capa: Divulgação/Mapa

Café: Da Agricultura à Sua Xícara

O café, da agricultura à sua xícara, é cultivado, colhido, torrado e moído, proporcionando sabor e energia na rotina diária.

Grãos de café e uma xícara de café.


O café é uma das bebidas mais apreciadas em todo o mundo. Com sua combinação de aromas e sabores, ele desempenha um papel importante na vida de milhões de pessoas, proporcionando energia e conforto logo pela manhã ou em qualquer momento do dia. Mas o caminho que o café percorre até chegar à nossa xícara é longo e complexo, envolvendo uma série de etapas que vão desde a agricultura até a preparação final. 


A jornada

A jornada do café começa nas fazendas, onde os cafeicultores cultivam as árvores de café. As plantações de café são encontradas em diversas regiões do mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições climáticas são ideais para o cultivo. Os principais tipos de café produzidos são o Arabica e o Robusta, cada um com suas características únicas de sabor e aroma. A escolha do tipo de café a ser cultivado depende das condições locais e das preferências do produtor.

A colheita do café é uma das etapas mais críticas do processo de produção. Os cafeicultores devem determinar o momento certo de colher os frutos maduros, geralmente quando estão vermelhos ou amarelos. A colheita pode ser feita manualmente ou mecanicamente, dependendo dos recursos disponíveis. Em seguida, os grãos de café são separados dos frutos e submetidos a um processo de secagem, que pode ser realizado ao ar livre ou em secadores industriais.

Após a secagem, os grãos de café são cuidadosamente selecionados para remover qualquer impureza ou grão defeituoso. Esse processo, conhecido como beneficiamento, é fundamental para garantir a qualidade do café final. Os grãos de café são então torrados, o que é um dos principais fatores que determinam o sabor e o aroma da bebida. A torração é uma arte que envolve controlar o tempo e a temperatura para obter o perfil desejado de sabor, que pode variar desde um café suave e delicado até um café forte e encorpado.

Após a torração, os grãos de café são moídos para obter a granulometria adequada ao método de preparo escolhido. A moagem do café desempenha um papel crucial na extração dos sabores, uma vez que a área de superfície dos grãos moídos afeta diretamente o contato com a água durante a preparação. Café moído fino é geralmente usado para métodos de preparo como espresso, enquanto o café moído grosso é mais adequado para métodos de infusão, como a prensa francesa.


Seu uso

A preparação do café é uma escolha pessoal, com uma variedade de métodos disponíveis para atender às preferências individuais. Algumas pessoas optam por fazer um café simples de filtro, onde a água quente é derramada sobre o café moído em um filtro de papel ou de metal. Outras preferem a praticidade das máquinas de café automáticas, que fazem o trabalho por nós com o toque de um botão. Para os amantes de café espresso, há máquinas específicas que pressurizam a água quente através do café moído, produzindo uma bebida concentrada e encorpada.

Além disso, o café pode ser apreciado de várias formas, desde o tradicional café preto até as elaboradas criações de cafeterias, como cappuccinos, lattes e macchiatos. A adição de leite, creme ou açúcar permite personalizar a bebida de acordo com o gosto de cada um.

O café também desempenha um papel social importante em muitas culturas. É comum as pessoas se reunirem em cafeterias ou em casa para compartilhar uma xícara de café e uma conversa. O café é muitas vezes associado a momentos de relaxamento e convívio, proporcionando uma pausa bem-vinda em agendas agitadas.

O café também tem sido objeto de estudos científicos que sugerem alguns benefícios para a saúde quando consumido com moderação. No entanto, é importante lembrar que o consumo excessivo de cafeína pode ter efeitos negativos, como insônia e ansiedade, e é importante consumi-lo com equilíbrio.


Resumo

O café é muito mais do que uma simples bebida que consumimos pela manhã. É o resultado de um processo complexo que começa nas fazendas e envolve cuidados meticulosos em cada etapa, desde a colheita até a preparação. O café faz parte de nossa cultura, proporcionando momentos de prazer e convívio social. Portanto, da agricultura à nossa manhã, o café desempenha um papel importante em nossas vidas, enchendo nossas xícaras com sabor, aroma e energia.


Foto: PublicDomainPictures por Pixabay

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

A Importância dos Tratores e Colheitadeiras na Agricultura

Tratores e colheitadeiras revolucionaram a agricultura, aumentando a produtividade, reduzindo o desperdício de alimentos, mas também exigindo práticas sustentáveis.

Uma colheitadeira e um trator.
Imagem de André Rathgeber por Pixabay


Os tratores e colheitadeiras são máquinas agrícolas que revolucionaram a forma como a agricultura é realizada. Eles desempenham um papel essencial na produção de alimentos em larga escala, tornando possível alimentar uma população global em constante crescimento. 

Em primeiro lugar, os tratores são uma peça central na agricultura moderna. Eles são veículos motorizados projetados especificamente para tarefas agrícolas, como arar o solo, preparar o terreno, semear e cultivar culturas. A principal vantagem dos tratores é sua capacidade de realizar essas tarefas de forma rápida e eficiente, poupando tempo e mão de obra. Antes da introdução dos tratores, essas tarefas eram realizadas manualmente ou com a ajuda de animais de tração, o que era muito mais demorado e trabalhoso.

Além disso, os tratores são versáteis e podem ser adaptados para diferentes tipos de culturas e terrenos. Eles podem ser equipados com implementos agrícolas específicos para atender às necessidades de cada fazenda. Isso proporciona uma flexibilidade significativa aos agricultores, permitindo-lhes trabalhar de maneira mais eficaz e produtiva.


As colheitadeiras

Essas máquinas desempenham um papel crucial na fase final do ciclo de cultivo. Elas são projetadas para colher culturas de maneira eficiente, separando os grãos ou produtos agrícolas de suas partes indesejadas, como caules e folhas. As colheitadeiras aumentaram drasticamente a produtividade nas fazendas ao automatizar uma tarefa que costumava ser intensiva em mão de obra.

A importância das colheitadeiras é especialmente evidente quando consideramos culturas como o trigo, o milho e a soja, que são produzidas em grande escala em todo o mundo. Essas máquinas permitem que os agricultores colham suas culturas em um curto espaço de tempo, garantindo que os alimentos cheguem ao mercado de forma rápida e eficiente.

Além de melhorar a eficiência e a produtividade, tratores e colheitadeiras também contribuem para a redução do desperdício de alimentos. Como essas máquinas são projetadas para colher e processar culturas de forma precisa, há menos perdas durante o processo de colheita e manuseio. Isso é particularmente importante em um mundo onde a preocupação com a segurança alimentar é uma questão crucial.


Desafios

No entanto, é importante reconhecer que a introdução de tratores e colheitadeiras na agricultura também trouxe consigo desafios e preocupações. Um dos principais desafios é a sustentabilidade ambiental. O uso intensivo de maquinaria agrícola, juntamente com o uso de fertilizantes e pesticidas, pode ter impactos negativos no meio ambiente, como a poluição do solo e da água, a erosão e a perda de biodiversidade. Portanto, é fundamental que os agricultores adotem práticas agrícolas sustentáveis e busquem formas de minimizar seu impacto ambiental.

Outra preocupação relacionada às máquinas agrícolas modernas é o seu custo. Tratores e colheitadeiras são investimentos significativos, e muitos pequenos agricultores podem não ter recursos para adquiri-los. Isso pode criar disparidades na agricultura, com grandes fazendas aproveitando os benefícios das máquinas, enquanto os pequenos agricultores enfrentam desafios adicionais.

Para abordar essas preocupações, governos e organizações em todo o mundo estão incentivando práticas agrícolas sustentáveis e oferecendo apoio financeiro aos agricultores que desejam adquirir máquinas agrícolas modernas. Além disso, a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias agrícolas estão focados em tornar essas máquinas mais eficientes e ecologicamente corretas.


Os tratores e colheitadeiras desempenham um papel fundamental na agricultura moderna, aumentando a produtividade, reduzindo o desperdício de alimentos e permitindo que os agricultores enfrentem os desafios de alimentar uma população global em crescimento. No entanto, é essencial equilibrar esses benefícios com a sustentabilidade ambiental e a inclusão de todos os agricultores, grandes e pequenos, no acesso a essas tecnologias. A agricultura continuará a evoluir à medida que novas tecnologias e práticas sustentáveis ​​forem desenvolvidas, mas o papel central dos tratores e colheitadeiras na alimentação do mundo não deve ser subestimado.

Mutirão Regulariza a Situação de Piscicultores no Norte de Minas

Governo de Minas e parceiros promovem mutirão para regularizar 32 piscicultores no Norte de Minas.

Peixes.


No mês de setembro, o Governo de Minas, através das Secretarias de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em parceria com a Agência de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável do Brasil (Adesb), promoveu um mutirão de regularização de piscicultores nos municípios de Buritizeiro e Pirapora, localizados na região Norte de Minas.


32 Produtores de Peixes Beneficiados

No total, 32 aquicultores da região deram início ao processo de regularização, visando garantir segurança jurídica em suas produções e acesso às políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da atividade produtiva. Neide Aparecida Santos, vice-presidente da Adesb, destacou: "Os nossos objetivos foram orientar e cadastrar as propriedades dos pequenos produtores rurais, incentivando-os a executar projetos de piscicultura."

Aproximação do Governo com os Produtores


Uma característica importante deste mutirão foi a iniciativa de levar os órgãos do Estado até os produtores, simplificando o processo. Frederico Ozanam de Souza, assessor técnico da Seapa, afirmou: "Ao invés de o produtor vir até os órgãos do Estado, o Governo de Minas foi até o produtor. Essa foi a principal entrega que nós fizemos, nos aproximarmos do produtor."


Benefícios da Regularização e Registro

O cadastro e registro de piscicultores oferecem uma ampla gama de benefícios, que vão desde a regulamentação e proteção ambiental até o estímulo ao desenvolvimento econômico e à segurança alimentar. Caio Alexandre Santos Caxico Vieira, gestor ambiental do IEF, destacou: "Além disso, é importante que os aquicultores reconheçam os benefícios da formalização e do cumprimento das regulamentações para que possam aproveitar ao máximo as oportunidades que essa atividade oferece."


A Importância da Ação Estratégica

Lucinei Cárpio, coordenadora da Superintendência Regional de Meio Ambiente do Norte de Minas, vinculada à Semad, enfatizou a importância da aproximação entre o governo e os piscicultores, mencionando que "Nesse mutirão, percebemos a necessidade que o pequeno produtor rural tem de informações e a importância de ações integradas entre as unidades da administração pública, de forma que a prestação do serviço seja relevante e contribua para que eles possam obter o seu sustento e andar em conformidade com a lei."


Projeto de Criação de Tilápias na Microrregião de Pirapora

No próximo mês, um projeto de criação de tilápias será iniciado na microrregião de Pirapora, com recursos de R$ 500 mil de emendas parlamentares. O projeto prevê a distribuição de 55 mil alevinos e ração, além de assistência técnica especializada. Para ser beneficiado pela ação, os piscicultores precisam estar regularizados.


Mutirão de Regularização na Zona da Mata em Outubro

A ação de regularização de piscicultores não se limitará apenas ao Norte de Minas. Em outubro, está previsto um mutirão semelhante na Zona da Mata, que é conhecida por ser um polo produtor de peixes ornamentais.


Piscicultura em Minas Gerais

Minas Gerais é conhecido como a "caixa d'água do Brasil" devido à sua contribuição significativa na formação de rios e bacias hidrográficas cruciais para o país. Em 2022, a produção de peixes em todo o estado atingiu 54,7 mil toneladas, representando um aumento de 11,4% em comparação com o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). No Norte de Minas, a região contava com 150 piscicultores, produzindo cerca de 50 toneladas de tilápia por ano, conforme estimativas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Agricultura/MG
Foto: Divulgação/Seapa

Chuvas Abaixo e Acima da Média Desafiam Agricultura Brasileira em Outubro

Outubro de 2023 trará chuvas abaixo da média no Norte e Nordeste, impactando a agricultura, enquanto o Sul terá chuvas acima da média.

Campo com chuva.
Imagem de Michael por Pixabay


O mês de outubro de 2023 traz consigo uma previsão climática que merece a atenção dos setores agrícolas do Brasil, fornecida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o Inmet, as regiões Norte e Nordeste enfrentarão um cenário de chuva abaixo da média histórica, com volumes de precipitação inferiores a 70 mm, particularmente no Nordeste e no norte da região amazônica. No entanto, algumas áreas da Região Norte, como a faixa oeste e partes do sul, podem experimentar chuvas próximas ou ligeiramente acima da média, com previsão de acumulados abaixo de 140 mm.


Chuvas no Centro-Oeste e Sudeste: um retorno gradual

Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica um retorno gradual das chuvas, principalmente em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, com volumes previstos inferiores a 160 mm. Entretanto, em outras áreas dessas regiões, a tendência é de chuvas abaixo da média, com destaque para o centro-norte de Minas Gerais, onde os acumulados podem ser inferiores a 100 mm.


Região Sul com previsão de chuvas acima da média

No Sul do Brasil, por outro lado, a previsão aponta para chuvas acima da média, especialmente no centro-oeste do Rio Grande do Sul, parte central de Santa Catarina e extremo sul do Paraná. Nessas áreas, os volumes previstos podem superar 250 mm.


Impacto na Agricultura

A previsão climática para outubro de 2023 e seus potenciais impactos no setor agrícola são de particular importância. Na região do Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a falta de chuva prevista pode resultar em níveis baixos de umidade no solo, possivelmente atrasando a semeadura dos cultivos de primeira safra.

Por outro lado, áreas do Sealba, que abrange os estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia, podem enfrentar redução no armazenamento de água no solo, o que pode afetar os cultivos de terceira safra em fases sensíveis, mas favorecer as operações de colheita.

Em grande parte do Brasil Central, os níveis de umidade no solo podem permanecer baixos, o que pode ser benéfico para a conclusão da safra de grãos 2022/23. No entanto, a irregularidade das chuvas em uma faixa que se estende do Mato Grosso até o Espírito Santo pode manter a umidade no solo em níveis baixos, impactando a semeadura e o início do desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. Em contrapartida, áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais devem contar com um nível de umidade no solo adequado para atender as fases iniciais da safra 2023/24.

Na Região Sul, onde se prevê níveis elevados de umidade no solo, os cultivos de inverno em enchimento de grãos e maturação, além das fases iniciais dos cultivos de primeira safra, podem ser beneficiados. No entanto, o excesso de chuva em algumas áreas pode levar a problemas, como excedente hídrico, impactos na colheita dos cultivos de inverno, aumento da incidência de doenças fúngicas e dificuldades na semeadura dos cultivos de primeira safra.


Temperaturas Acima da Média

Quanto às temperaturas, a previsão aponta para médias superiores à média em grande parte do país, com destaque para áreas de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, onde as temperaturas podem superar os 29°C. Algumas localidades no sul de Mato Grosso do Sul e parte da Região Sul podem experimentar temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média, especialmente em dias consecutivos de chuva, onde os valores podem cair abaixo de 20°C. Em regiões de maior altitude dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, temperaturas inferiores a 16°C podem ocorrer devido a dias consecutivos de chuva e à influência de massas de ar frio.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa

domingo, 1 de outubro de 2023

Dicas Agrícolas: Escolha Sementes com Boa Qualidade

Escolher sementes de alta qualidade é essencial para colheitas produtivas; dicas incluem fornecedores confiáveis, condições locais e armazenamento adequado.

Grãos de milho.
Imagem de Vijaya narasimha por Pixabay


Para que as colheitas sejam bem-sucedidas, um dos fatores mais críticos é a qualidade das sementes utilizadas. Escolher sementes de boa qualidade é essencial para garantir o sucesso de qualquer empreendimento agrícola, independentemente do tamanho. Veremos a importância de escolher sementes com boa qualidade e forneceremos algumas dicas valiosas para ajudar os agricultores a fazer as melhores escolhas.

A qualidade das sementes desempenha um papel crucial em todas as etapas do processo agrícola, desde o plantio até a colheita. Sementes de boa qualidade são aquelas que têm alta taxa de germinação, são resistentes a doenças e pragas, e produzem plantas saudáveis e vigorosas. Aqui estão algumas razões pelas quais escolher sementes de boa qualidade é tão importante:

1. Maior taxa de germinação:
Sementes de boa qualidade têm uma taxa de germinação mais alta, o que significa que um maior número delas se transformará em plantas saudáveis. Isso resulta em uma colheita mais abundante e produtiva.

2. Resistência a doenças e pragas:
Sementes de boa qualidade muitas vezes são tratadas para resistir a doenças e pragas comuns. Isso reduz a necessidade de pesticidas e produtos químicos, tornando a produção mais sustentável.

3. Plantas vigorosas:
Sementes de qualidade geram plantas mais vigorosas, que competem melhor por nutrientes e água no solo. Isso resulta em colheitas mais saudáveis e robustas.


Agora que entendemos por que a qualidade das sementes é tão importante, aqui estão algumas dicas para escolher as melhores sementes para sua plantação:

1. Compre de fornecedores confiáveis: A escolha do fornecedor é fundamental. Comprar sementes de empresas renomadas e confiáveis é a melhor maneira de garantir a qualidade. Pesquise sobre a reputação do fornecedor e leia avaliações de outros agricultores.

2. Verifique a embalagem: As sementes de boa qualidade geralmente vêm em embalagens seladas a vácuo ou com tratamento especial para preservar sua viabilidade. Evite sementes que estejam amassadas, rasgadas ou com sinais de umidade, pois isso pode afetar a qualidade.

3. Verifique a data de validade:
As sementes têm uma vida útil limitada. Certifique-se de verificar a data de validade na embalagem e escolha sementes que estejam dentro do prazo.

4. Conheça suas necessidades:
Considere as condições específicas de sua região, como clima, solo e pragas. Escolha sementes que sejam adequadas para essas condições, pois isso aumentará suas chances de sucesso.

5. Considere sementes certificadas:
Sementes certificadas passaram por testes rigorosos de qualidade e têm uma taxa de germinação comprovada. Embora possam ser um pouco mais caras, o investimento em sementes certificadas geralmente vale a pena.

6. Armazene corretamente: Depois de comprar as sementes, armazene-as adequadamente em um local fresco, seco e escuro. Isso ajudará a manter sua viabilidade até que você esteja pronto para plantá-las.

7. Realize testes de germinação:
Antes de plantar em larga escala, faça testes de germinação com algumas sementes. Isso lhe dará uma ideia da taxa de germinação das sementes e permitirá ajustar a densidade de plantio, se necessário.

8. Mantenha registros:
Mantenha registros detalhados de suas escolhas de sementes, práticas de cultivo e resultados de colheita. Isso o ajudará a tomar decisões mais informadas no futuro e a melhorar seus métodos agrícolas.


Escolher sementes de boa qualidade é fundamental para o sucesso na agricultura. Sementes de qualidade superior resultam em colheitas melhores, saudáveis e resistentes a doenças. Ao seguir as dicas acima e investir na escolha criteriosa de suas sementes, você estará no caminho certo para uma agricultura mais produtiva e sustentável.

Além disso, lembre-se de que a agricultura está em constante evolução. Esteja sempre disposto a aprender e a experimentar novas variedades de sementes e técnicas de cultivo. Portanto, faça da escolha de sementes de qualidade uma parte fundamental de sua estratégia agrícola.


Dícas Agrícolas por Amanhecer Agrícola