quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Valor da Produção Agropecuária deve atingir R$ 1,159 trilhão em 2023

Recordes de produção de lavouras respondem por esse resultado

Uva verde.

O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária brasileira deve atingir o valor recorde de R$ 1,159 trilhão em 2023, segundo estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O valor é 2,5% superior em valores reais ao obtido no ano de 2022, que foi de R$ 1,131 trilhão.

O impulso no VBP em 2023 decorreu do aumento de 3,8% no valor da produção das lavouras, alcançando a marca de R$ 813,0 bilhões. No que diz respeito à pecuária, a estimativa é de R$ 346,9 bilhões, apresentando uma diminuição de -0,6% em comparação com 2022.

A divulgação de safras pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto de Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE) mostra o resultado favorável da produção neste ano, com 319,9 milhões de toneladas.

Vários produtos alcançaram recorde de produção como a soja, milho, cana-de-açúcar, café e batata inglesa. Pouca alteração deve ocorrer até o final de 2023, pois com exceção do trigo em algumas regiões, as demais lavouras estão colhidas.


Destaques e Percentuais de Contribuição ao VBP

Contribuições positivas ao VBP vieram de diversos produtos, entre os quais: amendoim (18,7%), banana (15,5%), cacau (26,3%), cana-de-açúcar (17,6%), laranja (19,4%), mandioca (43,6%), soja (2,5%) e uva (19,6%). Estas representam 65,6% do faturamento das lavouras.

Neste ano, os resultados mais expressivos foram alcançados por um grupo mais restrito, incluindo culturas como algodão, café, cana-de-açúcar, laranja, milho e soja.

As exportações do agronegócio (janeiro-novembro de 2023), foram um dos fatores que na divulgação das contas nacionais divulgadas pelo IBGE em dezembro, afetaram positivamente o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária. As exportações geraram U$ 139,58 bilhões, sendo que 36,61% do valor foi embarcado para a China.

Finalmente, os dados do VBP regional continuam mostrando-se favoráveis a quase todos os estados brasileiros. A liderança continua com Mato Grosso, seguido por São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.



Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: 165106 por Pixabay

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Programa de Recuperação Agrícola é Lançado pelo Mapa para Municípios Afetados por Eventos Climáticos Extremos

Mapa lança programa independente para recuperar áreas rurais afetadas por eventos climáticos em RS, SC, MG e SP.

Vaca perto de água.

Em resposta aos desafios impostos por eventos climáticos extremos, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou o lançamento de um programa de recuperação dedicado aos municípios de Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Minas Gerais (MG) e São Paulo (SP). O programa visa oferecer suporte às áreas rurais que declararam estado de emergência devido a calamidades públicas decorrentes de condições climáticas adversas.

O foco principal do programa é a restauração e expansão de estradas vicinais, com o objetivo de desobstruir vias cruciais para revitalizar a produção agropecuária. A iniciativa visa também melhorar a trafegabilidade nas regiões rurais, facilitando o transporte de produtos agrícolas para comercialização e distribuição nos mercados consumidores.

Os municípios interessados em participar do programa têm até o dia 15 de dezembro para cadastrar suas propostas por meio do Trasfere.gov. O processo de seleção inclui a apresentação de uma proposta orçamentária detalhada, decreto municipal de calamidade pública reconhecido pelo Estado ou Secretaria Estadual, além de fotos georreferenciadas da área afetada, entre outros critérios.

O prazo para o Mapa executar as ações de recuperação e ampliação das estradas vicinais é estimado em até 180 dias. A análise das propostas está programada para ocorrer de 18 a 22 de dezembro, com a celebração e assinatura dos termos de convênio previstas para até 29 de dezembro.

É importante observar que, no momento, o Mapa não dispõe de orçamento adicional para custear os convênios, mas está buscando indicação orçamentária junto à base parlamentar. Em casos de necessidade, outras unidades federativas podem ser incorporadas ao programa de recuperação agrícola.

Este programa representa uma resposta abrangente e urgente para a reconstrução das áreas afetadas, destacando a importância em apoiar as comunidades agrícolas que enfrentam os desafios decorrentes de eventos climáticos extremos.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: por Pixabay

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

O Desafio Contínuo do Êxodo Rural: O Impacto nas Comunidades Agrícolas

O êxodo rural prejudica comunidades agrícolas devido à modernização e atração urbana, requerendo incentivos e melhorias para enfrentar desafios.

Colheita manual.

O êxodo rural, caracterizado pela migração massiva da população do campo para áreas urbanas, tem sido uma realidade persistente que moldou significativamente o panorama agrícola e social. Este fenômeno, embora tenha diversas causas, traz consigo implicações profundas para as comunidades agrícolas e o setor como um todo. Exploraremos os motivos por trás do êxodo rural, seus efeitos nas áreas rurais e as possíveis soluções para enfrentar esse desafio contínuo.


Causas do Êxodo Rural

1. Modernização Agrícola: O avanço tecnológico no setor agrícola tem levado a uma maior mecanização, reduzindo a necessidade de mão de obra no campo.

2. Oportunidades Urbanas: Muitos jovens enxergam oportunidades profissionais e educacionais nas cidades, incentivando a migração em busca de uma vida melhor.

3. Condições de Vida: A falta de infraestrutura, serviços básicos e acesso à saúde e educação de qualidade em áreas rurais pode motivar as pessoas a buscar uma vida mais confortável nas cidades.


Impactos nas Comunidades Agrícolas

1. Envelhecimento da População Rural: Com a migração da juventude, as comunidades rurais enfrentam o desafio do envelhecimento da população, o que impacta diretamente na sucessão familiar nas propriedades agrícolas.

2. Redução da Produção Agrícola: A diminuição da força de trabalho agrícola pode resultar em uma redução na produção de alimentos, afetando não apenas os agricultores, mas também a segurança alimentar da população.

3. Desafios Econômicos: O êxodo rural pode levar ao declínio econômico nas áreas rurais, impactando negativamente os negócios locais e a infraestrutura.


Abordando o Êxodo Rural

1. Incentivos para Permanência: Implementar políticas e programas que incentivem a permanência da população no campo, como subsídios para jovens agricultores e investimentos em infraestrutura.

2. Educação e Capacitação: Promover programas de educação agrícola e capacitação técnica para jovens, destacando as oportunidades e inovações no setor.

3. Desenvolvimento de Infraestrutura: Investir na melhoria da infraestrutura nas áreas rurais, incluindo acesso à saúde, educação, estradas e serviços públicos, para criar condições de vida mais atrativas.

4. Valorização da Agricultura Sustentável: Destacar a importância da agricultura sustentável, conectando os agricultores com práticas que promovam a conservação do solo, da água e a diversificação de culturas.


O desafio do êxodo rural exige uma abordagem abrangente que combine políticas governamentais, esforços da comunidade e parcerias público-privadas. A preservação das comunidades agrícolas não apenas sustenta a economia rural, mas também desempenha um papel crucial na segurança alimentar global. Enfrentar o êxodo rural é, portanto, não apenas uma necessidade local, mas uma contribuição significativa para o bem-estar global.


Foto: Jupi Lu por Pixabay

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Brasil Apresenta Plano ABC, Lança Projeto com Alemanha e Participa de Feira na Europa

Durante a COP 28, o Brasil destaca estratégias sustentáveis para reduzir metano na agropecuária, além de lançar projeto na Amazônia.

Mapa em diversos eventos.


No último sábado (2), durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), em Dubai, o Banco Mundial organizou o painel "O Caminho Crítico para 1,5º C: Dobrando a Curva do Metano para um Planeta Habitável". O evento contou com a participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e teve como objetivo apresentar as estratégias dos países para alcançar as metas de mitigação das emissões de metano na agropecuária, visando aumentar a resiliência e a produtividade.

O Banco Mundial reforçou seu compromisso com a redução global de metano, anunciando ações para financiamento de projetos nos setores de óleo e gás, resíduos e agricultura. Os investimentos serão direcionados a programas que ofereçam benefícios socioeconômicos, redução de emissões de gases do efeito estufa e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Autoridades de diversos países compartilharam suas políticas e estratégias durante o evento.

O diretor do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Bruno Brasil, destacou a experiência brasileira com o plano ABC, ressaltando que o manejo de resíduos da produção animal e a terminação intensiva são tecnologias que contribuem para a redução das emissões de metano, gerando benefícios econômicos para os produtores rurais. Brasil enfatizou a importância de aliar desenvolvimento socioeconômico, adaptação às mudanças climáticas e redução das emissões de gases de efeito estufa para o desenvolvimento sustentável na agricultura.

A atuação brasileira destaca-se por tecnologias sustentáveis adaptadas aos diferentes biomas do país, promovendo simultaneamente a adaptação dos sistemas agrícolas às mudanças climáticas, o aumento da produtividade e o controle das emissões de gases do efeito estufa. A abordagem integrada da paisagem rural no Plano ABC possibilita a proteção de florestas e ecossistemas, alcançando resultados socioeconômicos positivos.

O painel contou com a presença de importantes figuras, como a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Inger Andersen; o diretor geral do Conselho Nacional sobre Mudanças Climáticas da Nigéria, Salisu Mohammed Dahiru; e o conselheiro do enviado especial para o Clima dos Estados Unidos, Rick Duke.


Brasil e Alemanha Lançam Projeto para Sustentabilidade na Amazônia durante a COP 28

Durante a COP 28, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Agência de Cooperação Técnica Alemã - GIZ, lançou o Projeto bilateral "Transparência e Sustentabilidade em Cadeias Produtivas na Amazônia" (ProTS). O projeto, inserido no contexto do Plano Amazônia + Sustentável, visa promover a agropecuária sustentável na região amazônica, recuperando áreas degradadas e implementando boas práticas de produção.

Com um orçamento de 3 milhões de Euros, o projeto será inicialmente implementado na região do Território Madeira-Mamoré, em Rondônia. O ProTS busca fortalecer a sustentabilidade e transparência nas cadeias produtivas da pecuária de leite e corte, bem como nos sistemas agroflorestais, visando reduzir a pressão do desmatamento e descarbonizar a atividade agropecuária na Amazônia Legal.

O projeto prevê atender 520 produtores até 2026, com a certificação de 300 estabelecimentos rurais fora da região piloto. O diretor do Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária do Mapa, Alessandro Cruvinel, ressaltou a importância da parceria para o sucesso da ação, enfatizando o papel fundamental da cooperação alemã e de outras instituições no fortalecimento de iniciativas sustentáveis na agricultura brasileira.


Brasil Marca Presença na Maior Feira de Alimentos na Europa durante a FIE 2023

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) coordenou a participação de empresas brasileiras na Food Ingredients Europe 2023 (FIE 2023), realizada em Frankfurt, Alemanha, de 27 a 30 de novembro. A feira, considerada o maior encontro mundial de compradores e fornecedores de ingredientes para a indústria de processamento de alimentos, contou com a presença de oito empreendimentos brasileiros.

A Missão Comercial teve como objetivo abrir novos mercados e ampliar a participação dos produtos brasileiros do agronegócio no cenário internacional. A feira recebeu 25 mil visitantes e reuniu mais de 1.200 expositores nacionais e internacionais de 135 países. O Pavilhão Brasil, com o apoio do Mapa, proporcionou às empresas brasileiras a exposição de produtos e o estabelecimento de contatos com potenciais compradores.

As empresas brasileiras apresentaram uma variedade de produtos, incluindo ingredientes à base de milho, extratos de ervas, sorbet de frutas, cachaças e proteínas vegetais. A participação na FIE 2023 contribuiu para a promoção dos produtos brasileiros, abrindo oportunidades de negócios e fortalecendo a presença do Brasil no mercado internacional de alimentos.

A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa destacou que nos últimos três anos, a União Europeia tem sido o segundo maior destino das exportações agrícolas brasileiras, representando um aumento significativo nas receitas e contribuindo para o fortalecimento do agronegócio brasileiro. Em 2022, as exportações para a região atingiram a marca de US$ 25,5 bilhões, evidenciando o sucesso da estratégia de promoção internacional liderada pelo Mapa.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fontes: Mapa
Fotos: Divulgação/Mapa

domingo, 3 de dezembro de 2023

Uva: do Vinhedo à Sua Cozinha

A uva é uma fruta versátil e nutritiva que pode ser consumida fresca, seca ou usada na culinária.

Uvas no vinhedo.


A uva é uma fruta pequena e redonda, com uma casca fina e uma polpa suculenta. É uma das frutas mais populares do mundo, e é cultivada em climas temperados e tropicais. As uvas podem ser consumidas frescas, secas, ou usadas na produção de vinho, suco, geleia, e outros produtos.


Do vinhedo à sua cozinha

O processo de cultivo da uva começa com a escolha do solo e do clima adequados. O solo deve ser bem drenado e rico em nutrientes, e o clima deve ser temperado, com chuvas regulares.

Após a escolha do local, é hora de plantar as mudas. As mudas de uva são plantadas no início da primavera, e devem ser bem regadas e fertilizadas.

As uvas começam a amadurecer no verão. A colheita das uvas é realizada manualmente, com o auxílio de tesouras de poda.

As uvas colhidas são transportadas para a vinícola, onde são processadas para a produção de vinho, suco, ou outros produtos.


Uvas frescas

As uvas frescas são uma ótima fonte de nutrientes. Elas são ricas em vitamina C, vitamina K, e potássio. As uvas também são uma boa fonte de antioxidantes, que ajudam a proteger as células contra danos. As uvas frescas podem ser consumidas como lanche ou sobremesa. Elas também podem ser usadas em saladas, pratos de frutas, ou em receitas de doces e bolos.


Uvas secas

As uvas secas são produzidas através da desidratação das uvas frescas. O processo de desidratação concentra os açúcares das uvas, deixando-as com um sabor doce e aromático.

As uvas secas são uma ótima fonte de energia. Elas são ricas em carboidratos e açúcares, e são uma boa opção para lanches ou refeições rápidas. As uvas secas também são uma boa fonte de fibras, que ajudam na digestão.


Uvas na culinária

As uvas podem ser usadas em uma variedade de receitas culinárias. Elas podem ser usadas para dar sabor a saladas, pratos de carne, ou pratos de peixe. As uvas também podem ser usadas para fazer molhos, compotas, geleias, e outros doces.

Alguns exemplos de receitas com uvas:
  • Salada de uvas, queijo feta, e nozes
  • Frango assado com uvas e ervas
  • Salmão grelhado com uvas e molho de maracujá
  • Molho de uvas para carnes vermelhas
  • Compota de uvas
  • Geleia de uvas

As uvas são uma fruta versátil e deliciosa que pode ser apreciada de diversas formas. Elas são uma ótima fonte de nutrientes e podem ser usadas em uma variedade de receitas culinárias.


Foto: Marco Mazzucotelli por Pixabay

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Mapa e IICA Promovem Workshop Contra Perdas na Cadeia Produtiva Agrícola

Ministério da Agricultura realiza workshop com IICA para abordar estratégias contra perdas alimentares em todas as fases da cadeia produtiva.

Foto mostra o Workshop.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) promoveu, no dia 28 de novembro, o workshop "Redução das Perdas e Desperdícios de Alimentos: Iniciativas da Agropecuária em prol da Sustentabilidade". O evento, realizado em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agropecuária (IICA), teve como objetivo apresentar e discutir os resultados de um estudo abrangente sobre a distribuição e utilização dos alimentos ao longo de toda a cadeia produtiva.

Com o formato híbrido, o workshop reuniu especialistas, representantes do setor agrícola e autoridades governamentais para debater estratégias que contribuam para a formulação de políticas públicas eficazes no combate às perdas e desperdícios de alimentos. A iniciativa busca promover uma abordagem alinhada à economia circular e campanhas de educação alimentar, visando uma mudança comportamental na sociedade.

O trabalho de consultoria realizado em parceria entre o Mapa e o IICA consistiu em um diagnóstico abrangente das perdas e desperdícios de alimentos em todas as fases da cadeia produtiva, desde a produção até o abastecimento, incluindo análises das perdas pós-colheita e do desperdício no varejo.

A secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda, destacou a responsabilidade do Mapa em enfrentar a questão das perdas e desperdícios de alimentos, afirmando que o evento é um convite à reflexão para todos os envolvidos na cadeia produtiva. Ela ressaltou a importância de ações concretas, tanto por meio de políticas públicas quanto da iniciativa privada, para minimizar esses problemas e enfatizou que a conscientização de todos é fundamental para encontrar soluções.

O coordenador de Operações do IICA no Brasil, Christian Fischer, alertou para a magnitude do problema, destacando que toneladas de alimentos são perdidas ao longo das cadeias produtivas, representando uma tragédia em termos de desperdício de recursos naturais. Fischer enfatizou a necessidade de ações conjuntas para reverter esse cenário, destacando que as soluções discutidas no workshop podem ser fundamentais para melhorar o aproveitamento dos alimentos e garantir a segurança alimentar.

A consultora responsável pelo estudo, Carla Saraiva, revelou que existem várias ações no Brasil para redução de perdas e desperdícios, tanto governamentais quanto não governamentais, com resultados positivos. No entanto, ela enfatizou que ainda há muito a ser feito, e a participação tanto do poder público quanto da sociedade civil é essencial para o sucesso dessas iniciativas.

O workshop, organizado pelo Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas (Decap/SDI), contou com a participação de importantes representantes do setor, incluindo a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá; a coordenadora Geral de Equipamentos Públicos do Ministério do Desenvolvimento de Assistência Social, Família e Combate à Fome, Natalia Tenuta; o representante da FAO no Brasil, Gustavo Chianca; o presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Marcio Milan; o diretor do Decap, Clecivaldo Ribeiro, e outros convidados.


Dados preocupantes

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a insegurança alimentar resulta da falta de acesso das populações mais pobres a uma alimentação balanceada. A FAO estima que cerca de 30% da produção mundial de alimentos para consumo humano seja perdida anualmente, representando 15% de todas as calorias produzidas. O workshop visa contribuir significativamente para reverter esse quadro e promover uma abordagem mais sustentável na produção e consumo de alimentos.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Operação Fiscaliza Comércio de Vinhos Contrabandeados em Restaurantes no Rio Grande do Sul

Operação conjunta Mapa e Seapi fiscaliza comércio de vinhos em Gramado e Canela, apreendendo mais de mil garrafas.

Fiscalização de Vinhos.


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) uniram esforços para realizar uma operação de fiscalização no comércio de vinho nos municípios de Gramado e Canela, no estado do Rio Grande do Sul. A ação foi desencadeada em resposta a denúncias de descaminho de vinhos na região da serra gaúcha.

Na operação conjunta em Gramado e Canela, autoridades apreenderam 1.047 garrafas contrabandeadas, variando de R$ 200 a R$ 1500. Os produtos, muitas vezes falsificados, representam riscos à saúde dos consumidores. Fabíola Lopes, chefe da Divisão de Inspeção, destaca a possível associação com contrabando de agrotóxicos. Leandro Kroth, do Mapa, alerta sobre preços muito abaixo da média como indicativo de contrabando. Rótulos sem informações obrigatórias em português também são suspeitos.


Resultados da Fiscalização

Estabelecimentos Fiscalizados: Mais de 30 estabelecimentos comerciais foram alvo da fiscalização.

Apreensões: Um total de 1.047 garrafas de vinho e outras bebidas foram apreendidas durante a operação.

Valores dos Produtos: A média de valor dos produtos à venda variava de R$ 200 a mais de R$ 1500 por garrafa.


Infrações e Penalidades

Autos de Infração: Foram emitidos 20 autos de infração, sendo 14 relacionados a vinhos e seis a bebidas em geral, todos encontrados em depósito ou sendo comercializados em desconformidade com a Lei.


Descaminho e Crimes Contra a Ordem Tributária

O descaminho, caracterizado como um crime contra a ordem tributária, ocorre quando um produto que poderia ser importado regularmente é introduzido no país de forma ilegal.

Riscos ao Consumidor: Produtos clandestinos, sem garantia da procedência, podem chegar ao consumidor final, incluindo falsificações. A chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Seapi, Fabíola Lopes, destaca que além do risco à saúde, produtos clandestinos podem estar associados a contrabandos de agrotóxicos e outros produtos ilegais.


Alerta ao Consumidor

Leandro Kroth, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, alerta os consumidores para ficarem atentos aos valores comerciais. Preços muito abaixo da média de mercado podem ser indicativos de produtos provenientes de contrabando.

Outra forma de identificar possíveis produtos de descaminho é através do rótulo. Bebidas contrabandeadas geralmente não possuem as informações obrigatórias em português em sua rotulagem, incluindo a identificação do estabelecimento responsável pela importação.


Participação na Operação

A operação contou com a participação de seis fiscais estaduais agropecuários da Seapi e três auditores federais agropecuários do Mapa.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Milho a R$61, Soja Avança e Desafios aos Mandiocultores

Mercado de milho enfrenta lentidão, desacordo de preços e baixa liquidez. Chuvas aliviam semeadura de soja, enquanto mandioca mantém preços.

Lavoura de milho.

De acordo com análises do Cepea, a lenta movimentação no comércio de milho reflete desafios relacionados à busca por equilíbrio de preços entre produtores e compradores. Paralelamente, as recentes precipitações trouxeram alívio para os sojicultores em determinadas regiões, impulsionando a semeadura, enquanto o setor de mandioca enfrenta restrições na oferta, influenciando os preços.


Desafios no milho

As negociações envolvendo milho apresentam um ritmo lento, conforme destacado por pesquisadores do Cepea. Apesar da demanda interna mais aquecida, os vendedores concentram seus esforços nas atividades de campo, limitando o volume do cereal disponível no mercado spot. Uma questão que contribui para a baixa liquidez é o desacordo entre produtores e compradores quanto aos preços. Esta falta de consenso reflete diretamente nas cotações, que, de modo geral, permanecem firmes.

O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, para a região de Campinas (SP), mantém-se acima de R$ 61 por saca de 60 kg. No entanto, mesmo com o retorno das chuvas em regiões produtoras do Centro-Oeste, há uma preocupação entre os agricultores em relação ao atraso na semeadura da soja, o que pode impactar o cultivo do milho fora da janela considerada ideal.


Avanço na semeadura da soja com alívio nas chuvas

Chuvas recentes trouxeram alívio aos sojicultores do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Pesquisadores do Cepea observam um aumento no ritmo da semeadura da temporada 2023/24, que enfrentava lentidão devido à falta de umidade e altas temperaturas. No entanto, na região Sul, o excesso de chuvas ainda impede o avanço da semeadura. As atividades de campo estão atrasadas em relação a anos anteriores, e os preços da soja em grão são sustentados pela valorização dos derivados (óleo e farelo) e pela cautela dos produtores em negociar o remanescente da safra 2022/23, mantendo as cotações no mercado doméstico. 


Mandioca: Oferta Restrita Sustenta Preços em Meio a Desafios

A situação da mandioca no mercado apresenta desafios significativos, com a menor disponibilidade de lavouras, condições climáticas desfavoráveis em algumas áreas e uma retração de parte dos produtores, resultando em um volume de comercialização abaixo das expectativas da indústria. Este cenário, no entanto, tem proporcionado sustentação aos preços da raiz, de acordo com levantamentos do Cepea.

Apesar de alguns mandiocultores indicarem a retomada da colheita nas próximas semanas para capitalização, a maioria está postergando as entregas, planejando retornar apenas em meados de janeiro de 2024. A demanda, por sua vez, mostra-se mais enfraquecida, já que fecularias estão gradualmente entrando em recesso. 


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: CEPEA
Foto: Andrew Martin por Pixabay

domingo, 26 de novembro de 2023

Dicas Agrícolas: Plante em Sua Casa!

Cultivar em casa oferece alimentos frescos, sustentabilidade e conexão com a natureza, mas requer planejamento e dedicação cuidadosa

Legumes, verduras e afins a serem plantados em casa.

No contexto urbano e crescente ênfase na sustentabilidade, o cultivo de alimentos em ambientes domésticos tem se destacado como uma prática relevante. Este artigo explora de maneira objetiva as vantagens e desafios associados ao cultivo de verduras, legumes e demais alimentos em casa.


Benefícios do cultivo doméstico

Alimentos frescos e nutricionais: o cultivo doméstico propicia o acesso a produtos frescos e ricos em nutrientes, com a colheita direta no ponto de maturação. Essa prática contribui para a preservação das propriedades nutricionais dos alimentos.

Sustentabilidade e minimização de resíduos: ao cultivar em casa, há uma redução substancial na pegada de carbono associada ao transporte de alimentos. Além disso, a integração da compostagem dos resíduos orgânicos proporciona um ciclo sustentável.


Eficiência financeira: O cultivo doméstico pode resultar em economias financeiras a longo prazo. Embora a aquisição inicial de sementes e materiais demande um investimento, a produção contínua de alimentos em casa reduz a dependência de despesas recorrentes em supermercados.

Conexão com a natureza: a possibilidade de cuidar de um jardim doméstico estabelece uma conexão direta com a natureza, proporcionando uma experiência gratificante e promovendo o bem-estar.


Desafios a serem considerados:

Limitações espaciais: a restrição de espaço é um desafio comum para muitos interessados no cultivo doméstico. Entretanto, estratégias como hortas verticais ou o uso de recipientes adequados podem ser implementadas em ambientes urbanos compactos.

Tempo e dedicação necessários: o cultivo doméstico demanda uma dedicação regular de tempo para atividades como regar, adubar e monitorar as plantas. Antes de iniciar, é imperativo avaliar a disponibilidade de tempo do indivíduo.


Conhecimento técnico: aqueles que não possuem conhecimento prévio em jardinagem podem enfrentar desafios. No entanto, recursos online, cursos especializados e orientação de entusiastas locais podem ser recursos valiosos para adquirir as habilidades necessárias.


Cuidados básicos

A rega regular, adequada às necessidades específicas de cada planta, é crucial. A escolha de um solo nutritivo e bem-drenado é fundamental para o desenvolvimento saudável das plantas. Além disso, a adubação adequada, considerando as exigências de cada espécie, promove um crescimento robusto. Monitorar pragas e doenças é essencial, permitindo intervenções precoces. A exposição às condições ideais de luz, conforme as exigências de cada planta, completa os cuidados básicos. Acesse mais vezes a seção Dicas Agrícolas do site para mais informações de como cuidar de suas plantações.


Tomada de Decisão Cautelosa

Antes de iniciar um projeto de cultivo doméstico, é essencial conduzir uma avaliação criteriosa. Aspectos como o espaço disponível, o tempo disponível para dedicação e a disposição para aprender devem ser considerados. Consultar especialistas no assunto e outros cultivadores caseiros pode fornecer informações valiosas para uma abordagem bem-sucedida.

Cada desafio inerente ao cultivo doméstico é uma oportunidade de crescimento e aprendizado. Em última análise, o cultivo em casa transcende a produção de alimentos, representando uma relação mais profunda com o ambiente e um compromisso sustentável.


Foto: Christine Sponchia por Pixabay

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Mudanças Na Legislação Pecuária De Minas Visam Mais Proteção Do Rebanho Mineiro

Novidades nas obrigações dos produtores de Minas Gerais é um esforço conjunto para manter a produção animal sadia e a economia fortalecida

Um trio de vacas descansando em uma colina.

Pela primeira vez em mais de 50 anos, os produtores de Minas Gerais não precisam vacinar seus animais contra febre aftosa no mês de novembro. Essa conquista é resultado de ações implementadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), alinhadas com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Próximos passos: Reconhecimento internacional e benefícios econômicos

O próximo objetivo do estado é obter o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal. Essa conquista abriria novos mercados e estimularia uma economia que poderia chegar a mais de R$ 700 milhões anualmente para os produtores mineiros.

Para alcançar esse status, os produtores devem atualizar os dados de seus rebanhos no IMA uma vez ao ano. Essa mudança na rotina, que antes incluía a vacinação em maio e novembro, visa mapear o estado para uma defesa sanitária mais efetiva e ações ágeis na identificação e contenção de doenças.


Vigilância ativa: Garantindo a saúde animal em Minas Gerais

O PNEFA estabelece ações de vigilância para evitar a entrada e disseminação da febre aftosa no país. O diretor técnico do IMA, Guilherme Negro, destaca a importância da coleta e análise de dados de saúde animal em Minas Gerais para a atuação eficiente em casos de suspeita ou foco de doenças.

A vigilância inclui o monitoramento do trânsito animal entre os estados, fiscalização em propriedades e eventos agropecuários, inspeção de estabelecimentos de abate e estudos soroepidemiológicos. A atualização cadastral de diversas espécies, além de bovinos e bubalinos, contribui para uma defesa mais abrangente contra outras doenças que possam afetar a produção e até mesmo ameaçar a saúde humana, como no caso da gripe aviária.


Novidade na atualização cadastral: Proteção ampliada para todas as espécies

Diferentemente do passado, em que apenas bovinos e bubalinos eram cadastrados, a inclusão de outras espécies na atualização cadastral fortalece ainda mais a proteção do estado. A campanha de atualização, realizada de maio a junho, será anual e permite que os produtores informem os dados de seus animais pela Internet, no Portal do Produtor, ou nos escritórios regionais do IMA.

A não realização desse procedimento impede os produtores de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) e a Ficha Sanitária Animal, documentos essenciais para o deslocamento e outras atividades agropecuárias.


Histórico da Febre Aftosa no Brasil: Estratégias que levaram à erradicação

O Brasil enfrentou desafios significativos na erradicação da febre aftosa, com os primeiros registros datando das décadas de 1860 e 1870. O reconhecimento oficial da doença em Minas Gerais ocorreu em 1895, e sua disseminação esteve ligada à intensa movimentação de animais pelo território brasileiro.

O fortalecimento das campanhas de vacinação, medidas restritivas de trânsito animal, modernização da indústria de frigoríficos e a adoção exclusiva da vacina com adjuvante oleoso contribuíram para a eficaz erradicação da febre aftosa nas décadas de 80 e 90. Essa história destaca a importância de estratégias abrangentes para garantir a saúde do gado e a segurança alimentar, aspectos centrais na trajetória recente da pecuária brasileira.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: MG
Foto: Gianni Crestani por Pixabay

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Retomada de Obras em Frigorífico Incendiado em Mato Grosso

Em Diamantino (MT), planta frigorífica retoma operações após incêndio, promovendo empregos e contribuindo para a economia regional.

Ministro Carlos Fávaro visita retomada de obras em frigorífico incendiado em Mato Grosso

Em 20 de novembro de 2023, ocorreu a retomada das atividades e obras de ampliação de uma planta frigorífica em Diamantino (MT), que havia sido afetada por um incêndio em junho deste ano. Essa iniciativa representa um esforço conjunto para manter empregos e preservar uma atividade crucial para a economia local.


Impacto na Economia

Com previsão de conclusão para 2024, a unidade em processo de expansão se tornará a maior de processamento de carne bovina da América Latina, gerando 3 mil empregos diretos e desempenhando um papel significativo no impulsionamento da economia regional.


Perspectivas de Geração de Riqueza

A reconstrução da planta é vista como um passo importante para superar o período de incerteza. Além de garantir a qualidade da carne brasileira, espera-se que a iniciativa resulte na geração de impostos e riqueza, promovendo o crescimento econômico local.


Capacidade Atual e Futura

Atualmente, a planta opera com capacidade para processar 600 cabeças de gado por dia, com projeções de aumento para 1,8 mil nas próximas semanas. O plano estratégico da empresa visa expandir em 2,4 vezes o volume de processamento em relação à capacidade anterior.


Preparação para Mercados Internacionais

A unidade também se prepara para atender às principais exigências dos mercados internacionais, incluindo o processamento halal. Investimentos em automação avançada e tecnologia de ponta visam garantir produtos de valor agregado e porcionados.


Força-Tarefa e Colaboração Governamental

Após o incêndio, que resultou em prejuízo estimado em R$ 800 milhões, uma força-tarefa foi realizada com a participação de diversas autoridades, buscando assegurar 1,4 mil postos de trabalho. Além de preservar os empregos, a ampliação das obras está contribuindo para dobrar os postos de trabalho diretos e impulsionar a economia regional.


Importância Econômica do Frigorífico para a Localidade

A presença e operação eficiente de um frigorífico desempenham um papel fundamental no tecido econômico da região. Além de gerar empregos diretos, a unidade exerce um impacto positivo ao impulsionar a economia local. O processamento de carne bovina não apenas atende à demanda doméstica, garantindo a segurança alimentar, mas também fortalece a posição da localidade nos mercados internacionais. 


A retomada das operações do frigorífico é um passo significativo para a recuperação após um incidente desafiador, sendo um marco crucial para a economia local. 



Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa