terça-feira, 18 de julho de 2023

Mel: Da Agricultura à Sua Casa

Mel


O mel é um tesouro dourado e doce que tem sido apreciado pela humanidade há milênios. Com sua origem nas colmeias das abelhas, esse líquido é um presente da natureza que vai desde a agricultura até a sua mesa. Com uma história rica e diversos benefícios, o mel é um alimento versátil e nutritivo que encanta paladares ao redor do mundo.


Origem e Processo de Extração

O mel é produzido pelas abelhas a partir do néctar das flores. Quando uma abelha visita uma flor em busca de alimento, ela suga o néctar e armazena em sua "bolsa de mel". Em seguida, ela retorna à colmeia e regurgita o néctar para outras abelhas, que repetem o processo de regurgitação até que o néctar seja transformado em mel. Durante esse processo, enzimas presentes na saliva das abelhas interagem com o néctar, convertendo-o em mel.

Para a extração do mel, os apicultores recolhem as colmeias e retiram os favos onde o mel é armazenado pelas abelhas. Em seguida, os favos são levados para uma centrífuga que os gira rapidamente, separando o mel dos favos. O mel resultante é filtrado para remover possíveis impurezas e depois envasado em potes, prontos para serem distribuídos para o consumo.


Benefícios Nutricionais

O mel não é apenas delicioso, mas também possui uma série de benefícios nutricionais. Ele é uma fonte natural de energia, fornecendo carboidratos de fácil digestão, o que o torna uma ótima opção para atletas ou pessoas que buscam um impulso rápido de energia.

Além disso, o mel contém vitaminas e minerais essenciais, como vitamina C, cálcio e magnésio. Também é uma excelente fonte de antioxidantes, que ajudam a combater os radicais livres no organismo e a promover uma boa saúde.






Possibilidades Culinárias

O mel é um ingrediente versátil na culinária e pode ser usado em uma infinidade de pratos e receitas. Ele pode ser adicionado a bebidas, como chás, sucos e smoothies, para adoçar de forma natural. Também é um excelente substituto para o açúcar em diversas preparações, como bolos, biscoitos e sobremesas.

Além disso, o mel pode ser utilizado em marinadas para carnes, conferindo um sabor adocicado e caramelizado aos pratos. Pode ser regado sobre frutas frescas, iogurtes e cereais, proporcionando um toque de doçura e realçando os sabores.


Benefícios à Saúde


O mel não é apenas saboroso, mas também oferece diversos benefícios à saúde. Suas propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias podem ajudar a aliviar a dor de garganta e acalmar a tosse. Muitas pessoas consomem uma colher de chá de mel antes de dormir para ajudar a combater a insônia e promover um sono tranquilo.

Além disso, estudos indicam que o mel pode auxiliar na cicatrização de feridas e queimaduras, devido às suas propriedades antibacterianas e à presença de substâncias como o peróxido de hidrogênio. Também pode ser usado como um tratamento natural para alergias sazonais, uma vez que pequenas quantidades de pólen presentes no mel podem ajudar a dessensibilizar o organismo a essas substâncias.


Preservação e Armazenamento

Para garantir a qualidade e preservação do mel, é importante armazená-lo corretamente. O mel deve ser mantido em recipientes bem vedados, em local fresco e seco, longe da luz solar direta. Quando armazenado adequadamente, o mel pode durar indefinidamente, pois sua alta concentração de açúcar inibe o crescimento de microorganismos.

No entanto, é importante notar que o mel pode cristalizar ao longo do tempo. Isso não indica que o mel esteja estragado, mas sim que seus açúcares estão se solidificando. Para resolver esse problema, basta aquecer suavemente o mel em banho-maria até que ele volte à sua consistência líquida original.


Abelha em uma flor rosa
Foto de Paul: https://www.pexels.com/pt-br/foto/abelha-de-mel-amarela-e-preta-em-flor-de-petalas-rosa-1309008/

O mel é muito mais do que apenas um adoçante natural. Com sua jornada da agricultura até a nossa casa, ele encanta paladares e oferece uma série de benefícios nutricionais e à saúde. Seja consumido sozinho, adicionado a receitas culinárias ou utilizado para fins medicinais, o mel é um tesouro valioso que nos conecta com a natureza e nos presenteia com seu sabor doce e suas propriedades únicas. Aproveite tudo o que esse presente da natureza tem a oferecer e descubra novas formas de apreciar o mel em sua vida diária. É importante ressaltar que algumas pessoas podem ter alergia ao mel ou algum componente dele, além disso, não deve dá-lo a bebês.

Surto de Influenza Aviária abala setor avícola: Brasil busca medidas rápidas para garantir exportações

Brasil permanece com status de livre da IAAP conforme OMSA. Mapa segue medidas de celeridade e transparência em relação à ocorrência de casos no país

AvesImagem de Dave Noonan por Pixabay

Em meio às recentes preocupações com a ocorrência do vírus Influenza A de alta patogenicidade (H5N1) em aves silvestres migratórias no Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária tem atuado com vigor e rapidez para garantir a segurança e a continuidade das exportações de produtos de frango para o Japão. Com o objetivo de manter a transparência e evitar impactos negativos aos exportadores brasileiros, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) tem adotado medidas ágeis e eficientes.

No último sábado (15), foi confirmado um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves domésticas de subsistência em uma propriedade no município de Maracajá, em Santa Catarina. As aves afetadas incluíam diversas espécies, como galinhas, galinhas-d'angola, faisões, gansos, patos, perdizes e perus. É importante ressaltar que essas aves não eram destinadas à produção comercial e eram criadas soltas. A propriedade também possui uma pequena área alagada onde aves silvestres livres são frequentemente avistadas.

Diante dessa situação, o Mapa prontamente interditou a propriedade desde o primeiro atendimento realizado pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Todas as aves foram eutanasiadas e suas carcaças destruídas e enterradas, de acordo com os procedimentos estabelecidos.

É válido mencionar que, segundo o Código Sanitário de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a ocorrência da infecção pelo vírus da Influenza A de alta patogenicidade em aves silvestres e aves domésticas de subsistência não compromete a condição do Brasil como país livre da IAAP. Entretanto, o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF) decidiu suspender temporariamente a importação de aves vivas e carne de aves provenientes do Estado de Santa Catarina até que o Mapa envie informações detalhadas sobre o caso.

Em resposta à determinação de celeridade e transparência em relação aos casos de IAAP, o Mapa enviou nesta segunda-feira (17) os esclarecimentos exigidos pelo MAFF. Além disso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, liderará uma delegação oficial que se reunirá com autoridades japonesas em Tóquio, na próxima semana, com o objetivo de buscar o ajuste das exigências de importação de aves e produtos avícolas às diretrizes da OMSA. Essa iniciativa visa minimizar ao máximo o impacto das restrições aos exportadores brasileiros.



Enquanto o Mapa e o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão trabalham em conjunto para solucionar a questão, é importante ressaltar que a população deve evitar o contato direto e sem proteção adequada com aves doentes ou mortas. Qualquer suspeita de IAAP em aves domésticas ou silvestres, incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou alta mortalidade súbita, deve ser notificada imediatamente ao órgão estadual de saúde animal ou à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária, por qualquer meio disponível ou pelo e-Sisbravet.

Ações como essa evidenciam a seriedade e a eficiência do Mapa em lidar com eventuais ocorrências sanitárias, garantindo a proteção dos rebanhos e a manutenção das exportações agrícolas brasileiras. A celeridade e a transparência são fundamentais para preservar a confiança dos parceiros internacionais e assegurar que o Brasil continue sendo reconhecido como um fornecedor de produtos agrícolas de alta qualidade e segurança.


Fonte: gov.br Mapa

Produção Agrícola Brasileira em Ascensão: Safra 2022/23 Apresenta Resultados Promissores

Dados da Conab revelam aumento significativo em diversas culturas agrícolas do país

Amendoin



A produção agrícola brasileira está em destaque na safra 2022/23, conforme indicado pelos dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O relatório atualizado em julho de 2023 revela uma variação positiva em diversas culturas, impulsionando o setor agrícola e trazendo perspectivas animadoras para o mercado nacional. Com um aumento de cera de 17% em relação à safra anterior, o Brasil continua a se consolidar como um dos principais produtores agrícolas do mundo.


O algodão, por exemplo, registrou um crescimento notável na produção de caroço, com um aumento de 15,4% em relação à safra passada. Os números impressionantes mostram que a safra 2022/23 alcançou a marca de 4.293,1 toneladas de caroço de algodão, impulsionando o setor têxtil e abastecendo a demanda interna e externa. Em relação ao algodão em pluma, o crescimento foi igualmente expressivo, atingindo um aumento de 17,8% e totalizando 3.007,7 toneladas.

Outro destaque vai para a cultura do amendoim, que apresentou uma produção estável em comparação com a safra anterior. Com uma produção total de 892,7 toneladas, a cultura manteve-se em alta, atendendo à demanda interna por esse alimento tão presente na culinária brasileira. A primeira safra de amendoim alcançou 880,9 toneladas, enquanto a segunda safra manteve-se em 11,8 toneladas.


Veja mais (a reportagem continua): Soja no Paraná: preço continua subindo


No setor de grãos, o arroz mostrou uma pequena variação positiva de 0,1%, totalizando 10.028,4 toneladas. A produção se dividiu entre arroz sequeiro, com 775,3 toneladas, e arroz irrigado, com 9.253,1 toneladas. Esses números demonstram que a cultura do arroz está se mantendo estável, apesar dos desafios enfrentados pelos agricultores brasileiros.

O feijão também apresentou um desempenho positivo. Com um aumento de 2,5%, a produção totalizou 3.066,3 toneladas. O feijão de cores registrou um crescimento de 6,2%, atingindo 1.893,5 toneladas, enquanto o feijão preto apresentou uma pequena queda de 2,7%, totalizando 560,2 toneladas. Já o feijão caupi teve um aumento de 1,1%, alcançando a marca de 613 toneladas.

Na cultura do milho, o destaque fica por conta da segunda safra, que apresentou um aumento de 14,1% em relação à safra anterior, totalizando 98.043 toneladas. A primeira safra de milho também obteve crescimento, atingindo 27.350,2 toneladas, um aumento de 9,3%. Já a terceira safra registrou uma variação positiva de 7,3%, alcançando 2.373,8 toneladas.

No segmento de oleaginosas, a soja teve uma pequena queda de 0,8%  (relação entre jul/jun), atingindo 154.566,3 toneladas. Apesar dessa diminuição, a cultura ainda mantém sua posição de destaque na agricultura brasileira.

Outras culturas que merecem menção são o girassol, com um aumento significativo de 110,7%, totalizando 86,6 toneladas, e o sorgo, com um crescimento de 42%, atingindo 4.432,5 toneladas.

No geral, a produção agrícola brasileira na safra 2022/23 apresenta números promissores e reflete o trabalho árduo dos agricultores do país. Com um aumento de cerca de 17% em relação à safra anterior, o Brasil demonstra sua capacidade de suprir a demanda interna e fortalecer sua posição no mercado global de commodities agrícolas. Os dados da Conab revelam um panorama positivo para o setor, com resultados encorajadores em diversas culturas, impulsionando o desenvolvimento econômico e a segurança alimentar do país.


segunda-feira, 17 de julho de 2023

Soja no Paraná: preço continua subindo

O preço da soja continua subindo na região do estado do Paraná

Campo de sojaPhoto by Marko Milivojevic on Pixnio


Nos últimos dias, o mercado da soja no estado do Paraná tem sido marcado variações positivas. Vamos analisar os dados mais recentes para entender as variações e tendências que moldam esse mercado crucial para a economia da região.

De acordo com o Indicador da Soja ESALQ/BM&FBOVESPA - Paranaguá, observamos que o preço médio da soja registrou um aumento de 1,02% em 14 de julho, atingindo o valor de R$ 146,27 por saca de 60 kg. Comparado ao mês anterior, houve um crescimento notável de 5,46%. Em dólares, o preço da soja alcançou US$ 30,51, destacando a influência da taxa de câmbio.

No dia anterior, 13 de julho, o preço da soja foi registrado em R$ 144,80, representando um aumento de 0,97% em relação ao dia anterior. Essa tendência ascendente também é observada ao compararmos com o início do mês, com um aumento acumulado de 4,40%. O valor em dólares nesse dia foi de US$ 30,23.

No entanto, em 12 de julho, houve uma queda no preço da soja, registrando R$ 143,41, o que representa uma diminuição de 1,92% em relação ao dia anterior. Apesar dessa variação negativa, o preço acumulado no mês teve um aumento de 3,40%. Em dólares, o valor ficou em US$ 29,76.



Veja mais (a reportagem continua): Plano Safra 2023/2024 incentiva sustentabilidade e conta com 13 programas para investimentos agrícolas



Analisando o Indicador da Soja CEPEA/ESALQ - Paraná, que considera o preço médio no estado, constatamos que, em 14 de julho, o valor atingiu R$ 136,31 por saca de 60 kg, representando um aumento de 0,21% em relação ao dia anterior. No acumulado do mês, houve um crescimento de 3,89%. Em dólares, o valor registrado foi de US$ 28,43.

No dia 13 de julho, o preço da soja no Paraná foi de R$ 136,02, mostrando um acréscimo de 0,97% em relação ao dia anterior. O valor em dólares foi de US$ 28,40, e no acumulado do mês houve um aumento de 3,67%.

Em contrapartida, em 12 de julho, o preço da soja registrou uma queda de 1,27%, totalizando R$ 134,71. Comparado ao mês anterior, houve um aumento de 2,68%. Em dólares, o valor ficou em US$ 27,96.

Essas flutuações nos preços da soja são influenciadas por uma série de fatores, como a oferta e demanda global, condições climáticas, políticas governamentais e oscilações cambiais. O mercado agrícola é altamente volátil, e é essencial acompanhar essas variações para tomar decisões informadas e estratégicas.

É importante ressaltar que os dados apresentados são referentes aos últimos três dias analisados, e informações mais detalhadas sobre o preço da soja no estado do Paraná são necessárias para uma análise mais completa. As flutuações nos preços da soja têm um impacto significativo no mercado agrícola como um todo e devem ser monitoradas de perto pelos produtores e investidores do setor.


Em resumo, os preços da soja nos últimos dias no estado do Paraná têm apresentado variações notáveis. Acompanhar essas tendências é fundamental para compreender as condições atuais e tomar decisões estratégicas no setor agrícola.

Plano Safra 2023/2024 incentiva sustentabilidade e conta com 13 programas para investimentos agrícolas

Governo Federal fortalece produção ambientalmente sustentável por meio do crédito rural

Colheita de milhoImagem de Franz W. por Pixabay


No âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Plano Safra 2023/2024 foi lançado com o objetivo de oferecer apoio ao setor agropecuário brasileiro, por meio de linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas. Essa nova edição do Plano Safra apresenta um crescimento significativo de 26,8% em relação ao plano anterior e traz um reforço ao incentivo e fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis.

O programa, que vai vigorar até junho de 2024, tem como destaque a redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e a premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou a importância de conciliar produção e preservação, destacando que é possível intensificar a produção agrícola e combater o desmatamento ao mesmo tempo.

No lançamento, foram disponibilizados R$ 364,22 bilhões em crédito rural para a agricultura empresarial, tanto para custeio como para investimento. É importante ressaltar que esse montante pode sofrer alterações ao longo da vigência do Plano Safra, que é considerado um programa dinâmico, sujeito a ajustes e busca constante por alternativas para subsidiar o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.

Dos recursos destinados ao crédito rural, R$ 272,12 bilhões serão direcionados ao custeio e comercialização, representando um aumento de 26% em relação ao ano anterior. Além disso, serão destinados R$ 92,1 bilhões para investimentos, um crescimento de 28%. Desses recursos, R$ 186,4 bilhões serão com taxas controladas, sendo R$ 84,9 bilhões com taxas não equalizadas e R$ 101,5 bilhões com taxas equalizadas (subsidiadas). Outros R$ 177,8 bilhões serão destinados a taxas livres.




As taxas de juros variam de acordo com cada programa. Para custeio e comercialização, os produtores enquadrados no Pronamp têm acesso a taxas de 8% ao ano, enquanto os demais produtores têm taxas de 12% ao ano. Para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12,5% ao ano, dependendo do programa escolhido.

No total, são oferecidos 13 programas de investimentos no Plano Safra 2023/2024, que visam à inovação e modernização das atividades produtivas, contribuindo para o aumento da produtividade, competitividade, emprego e renda no setor agropecuário. Esses programas abrangem diferentes áreas, desde a modernização da frota agrícola até a construção de armazéns e a promoção de práticas sustentáveis.

Dentre os programas de investimentos, destaca-se o Moderfrota, que financia tratores, implementos agrícolas, colheitadeiras e pulverizadores. O Inovagro apoia investimentos na inovação tecnológica na produção agropecuária, visando ao aumento da produtividade e à adoção de boas práticas agrícolas. Já o PCA financia a construção e ampliação de armazéns, visando a aumentar a capacidade de armazenagem no país.

Além desses programas, o Plano Safra também inclui o Pronamp, voltado para os produtores rurais de médio porte, com renda bruta anual de até R$ 3 milhões. O Proirriga financia investimentos em agricultura irrigada e cultivo protegido, enquanto o Renovagro oferece financiamento para sistemas de produção agropecuária sustentáveis, como a recuperação de pastagens degradadas e a adoção de práticas sustentáveis.

O Governo Federal, por meio do Plano Safra 2023/2024, busca incentivar a produção agrícola de forma sustentável, promovendo a preservação do meio ambiente e o fortalecimento do agronegócio nacional. Com a disponibilização de linhas de crédito, juros reduzidos e programas específicos, os produtores rurais têm a oportunidade de modernizar suas atividades, aumentar sua produtividade e contribuir para a competitividade do setor agrícola brasileiro. O desafio é conciliar o crescimento da produção com a proteção do meio ambiente, criando um modelo agrícola mais sustentável e consciente.

Fonte: gov.br/MAPA

domingo, 16 de julho de 2023

Dicas Agrícolas: Como reduzir o desperdício de água?

A água é um recurso natural valioso e limitado, e a agricultura é uma das atividades humanas que mais depende dela. No entanto, com o aumento da escassez hídrica em várias regiões do mundo, é crucial adotar medidas para reduzir o desperdício de água na agricultura. Nesta reportagem, exploraremos algumas estratégias eficazes que os agricultores podem adotar para maximizar a eficiência hídrica em suas operações.


1. Melhoria do sistema de irrigação:

Uma das principais áreas onde ocorre o desperdício de água na agricultura é o sistema de irrigação. Muitos sistemas tradicionais, como a irrigação por inundação, são ineficientes e levam a uma utilização excessiva de água. Investir em sistemas de irrigação modernos, como a irrigação por gotejamento ou a microaspersão, pode reduzir significativamente o desperdício de água. Esses sistemas fornecem água diretamente às raízes das plantas, minimizando perdas por evaporação e vazamentos. É claro que sempre é aconselhável contatar um profissional, pois cada situação é única.

Gotejamento




2. Monitoramento e controle do uso da água:

É fundamental que os agricultores monitorem e controlem o uso da água em suas propriedades. Isso pode ser feito por meio da instalação de medidores de vazão e sensores de umidade no solo. Com essas ferramentas, é possível determinar a quantidade de água necessária para irrigação em diferentes estágios de crescimento das plantas, evitando o uso excessivo. Além disso, a implementação de sistemas de automação e controle remoto permite ajustar a irrigação com base nas condições climáticas e nas necessidades hídricas das culturas.


3. Práticas de conservação de água no manejo do solo:

A maneira como o solo é manejado também desempenha um papel crucial na conservação da água na agricultura. Práticas como a cobertura morta, o cultivo mínimo e a rotação de culturas podem ajudar a reter a umidade do solo, reduzindo a necessidade de irrigação frequente. A cobertura morta, por exemplo, consiste na aplicação de materiais orgânicos na superfície do solo, criando uma camada protetora que retém a água e reduz a evaporação.

Cobertura morta



4. Reutilização de água e coleta de chuva:

Outra estratégia importante para reduzir o desperdício de água na agricultura é a reutilização de água e a coleta de chuva. Águas residuais tratadas, por exemplo, podem ser usadas para irrigação, reduzindo a demanda por água potável. Além disso, a instalação de sistemas de coleta de chuva, como cisternas e tanques de armazenamento, permite aproveitar a água das chuvas para irrigação durante períodos de seca.

Gotas de água em folha


5. Educação e treinamento:

A educação e o treinamento dos agricultores desempenham um papel fundamental na redução do desperdício de água. Programas de conscientização sobre práticas sustentáveis de gestão da água na agricultura devem ser promovidos e incentivados. Os agricultores devem ser informados sobre as melhores técnicas disponíveis, os benefícios econômicos e ambientais da conservação da água, e como implementar medidas eficazes em suas propriedades.


A redução do desperdício de água na agricultura é uma necessidade urgente, dada a crescente escassez hídrica. A adoção de estratégias eficazes, como a melhoria dos sistemas de irrigação, o monitoramento do uso da água, as práticas de conservação do solo, a reutilização de água e a coleta de chuva, juntamente com a educação e o treinamento adequados dos agricultores, pode ajudar a maximizar a eficiência hídrica e garantir a sustentabilidade da agricultura. É hora de agir e promover a utilização responsável desse recurso precioso para garantir a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente.



sábado, 15 de julho de 2023

Lei da União Europeia sobre o desmatamento foi discutida na Câmara dos Deputados

Lei da União Europeia sobre o desmatamento é tema de debate na Câmara dos Deputados

Uma foto ilustartiva sobre o desmatamento
A foto é apenas ilustrativa/Imagem de Samuel Ruiz por Pixabay


Em uma audiência pública conjunta realizada na Câmara dos Deputados, foram debatidos os impactos do Regulamento da União Europeia (UE) contra o desmatamento em cadeias produtivas e as exportações brasileiras. Essa lei, aprovada pelo Parlamento Europeu, tem aplicação prevista para dezembro de 2024 e incide sobre produtos como madeira, soja, carne bovina, cacau, café, óleo de palma, borracha e derivados.

O governo brasileiro enviou representantes para participar da audiência e expressar sua preocupação com a regulação proposta. Segundo eles, a lei envolve fatores complexos que apresentam prejuízos diretos ao comércio agrícola, especialmente aos pequenos e médios produtores. Eles argumentam que a regulamentação extrapola os limites territoriais da União Europeia ao legislar sobre seu próprio território e mercado, além de não observar os princípios internacionais e incentivar o aumento das desigualdades nas relações comerciais.

A secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Inovação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Renata Miranda, destacou que os critérios estabelecidos no documento aprovado pela União Europeia estão desalinhados com a sustentabilidade social, econômica e ambiental, além de serem incompatíveis com a realidade brasileira. Ela ressaltou a importância de decisões multilaterais e de buscar soluções coletivas, enfatizando que decisões unilaterais prejudicam esse processo.


Foto: Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA). Tirada de g1.globo.com



A audiência contou com a participação de autoridades como o embaixador-chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez; o embaixador-diretor do Departamento de Política Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Fernando Pimentel; a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres; o diretor do Departamento de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Raoni Guerra; o gerente de recursos naturais da Confederação Nacional da Indústria, Mário Augusto de Campos; a diretora de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura, Sueme Mori Andrade; e o advogado Daniel Tronco.

A audiência foi promovida pelas comissões de Agricultura e de Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados, buscando aprofundar o debate sobre a legislação proposta pela União Europeia e seus impactos no setor agrícola brasileiro.

A lei aprovada pelo Parlamento Europeu determina a proibição da importação de produtos provenientes de áreas com qualquer nível de desmatamento identificado até dezembro de 2020, independentemente de ser legal ou ilegal. Essa regulamentação afeta vários produtos presentes na cadeia produtiva brasileira, com exceção do óleo de palma, que não é exportado pelo país.

As principais punições estabelecidas pela lei incluem a suspensão do comércio importador, a apreensão ou destruição completa dos produtos e multas em dinheiro correspondentes a até 4% do valor anual arrecadado pela operadora responsável. Para que as commodities brasileiras entrem em território europeu, elas precisarão passar por uma verificação rigorosa para afastar a possibilidade de terem sido produzidas em áreas desmatadas.

Essa legislação tem gerado preocupação entre os produtores brasileiros e o governo, pois impõe restrições comerciais significativas. Além disso, argumenta-se que os critérios estabelecidos pela União Europeia não levam em consideração a realidade brasileira e os princípios de sustentabilidade social, econômica e ambiental. Os debates realizados na Câmara dos Deputados são parte dos esforços para buscar soluções que atendam tanto às preocupações ambientais quanto aos interesses econômicos do Brasil.

O governo brasileiro e as entidades envolvidas no setor estão empenhados em buscar alternativas que garantam a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, sem comprometer a economia e os meios de subsistência dos produtores. A busca por um diálogo construtivo e soluções mutuamente benéficas é essencial para enfrentar os desafios globais relacionados ao desmatamento e às mudanças climáticas.


Fonte: gov.br

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Ciclone devasta estruturas de produtores de leite no Rio Grande do Sul, deixando comunidades rurais em estado de emergência

Fortes ventos causam destruição em galpões e prejudicam a produção leiteira no estado

Porcos encontram refúgio entre os escombros após um ciclone devastar os alojamentos em uma propriedade em Santa Rosa (RS).
Porcos encontram refúgio entre os escombros após um ciclone devastar os alojamentos em uma propriedade em Santa Rosa (RS). — Foto: Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA). Tirada de g1.globo.com


Um ciclone extratropical de proporções devastadoras atingiu o estado do Rio Grande do Sul, deixando um rastro de destruição nas comunidades rurais e afetando severamente os produtores de leite. A passagem do ciclone, caracterizado por fortes ventos, resultou na destruição de galpões e estruturas agrícolas em várias regiões, deixando os agricultores em situação de emergência.

Na região Celeiro, localizada no noroeste do estado, cerca de oito cidades foram severamente afetadas, resultando em mais de 500 produtores de leite com suas estruturas danificadas. Segundo relatos do vice-presidente de Finanças da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Nacir Penz, a situação é desoladora e exige apoio urgente das autoridades.

"A coisa está cruel. Teremos que encontrar uma maneira de distribuir os animais entre os produtores que não foram afetados. Muitos produtores de outras cidades já estavam ajudando e tentando salvar os animais", destacou Penz, ressaltando a importância da solidariedade entre os produtores da região.

O presidente da Gadolando, Marcos Tang, descreveu a situação como um "cenário de guerra" na região Celeiro. Ele relatou que os produtores estão se esforçando para resgatar vacas presas nos escombros, enfrentando a falta de estruturas adequadas para ordenhar o leite. A situação é particularmente preocupante, pois os produtores já estavam enfrentando dificuldades no setor e agora se deparam com uma nova tragédia.


Chuvas intensas

Além dos danos físicos às estruturas, o ciclone também causou impactos no setor agrícola como um todo. O Boletim Integrado Agrometeorológico, divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado, relata que a semana foi marcada por chuvas intensas em grande parte do Rio Grande do Sul. Os volumes acumulados foram elevados, variando entre 70 e 100 mm na maioria das regiões, com registros ainda mais altos em algumas localidades.





Essas condições climáticas adversas têm impactado diretamente as culturas agrícolas. A cultura de trigo, por exemplo, teve sua semeadura comprometida devido ao excesso de umidade no solo, causado pelas chuvas intensas. Os produtores enfrentam dificuldades para concluir a semeadura e algumas lavouras tiveram que recorrer à semeadura a lanço com distribuidores centrífugos.

A cultura de aveia branca, por sua vez, encontra-se em estágio final de implantação. Embora as lavouras implantadas apresentem desenvolvimento adequado, as chuvas adiaram a conclusão total do plantio. A canola também foi afetada, com a ocorrência de infestações de mariposas relacionadas à traça-das-crucíferas.

Além dos problemas enfrentados na agricultura, os criadores de bovinos de corte e de leite também estão sofrendo com as consequências do ciclone. A baixa oferta de forragem tem causado perda de peso nos animais, e muitos produtores estão buscando alternativas para a suplementação alimentar. O acúmulo de barro devido às chuvas tem prejudicado o crescimento das pastagens e a higiene na ordenha.

Diante dessa situação desafiadora, é essencial que as autoridades locais, estaduais e federais ofereçam apoio e assistência aos produtores afetados. Medidas emergenciais, como a distribuição de alimentos para o gado e a disponibilização de recursos para a reconstrução das estruturas danificadas, são necessárias para ajudar os agricultores a se recuperarem dessa tragédia.

A solidariedade entre os produtores e a comunidade em geral também desempenhará um papel fundamental na superação dessa adversidade. Com trabalho conjunto e apoio mútuo, os agricultores do Rio Grande do Sul poderão reconstruir suas atividades e garantir a continuidade da produção agrícola e leiteira, que são pilares essenciais para a economia e a segurança alimentar do estado.

Safra agrícola brasileira de 2023 projeta recorde de produção: 307,3 milhões de toneladas

Estimativa do IBGE indica aumento de 16,8% em relação a 2022, impulsionado por safra recorde de milho, soja, trigo e sorgo

Colheitadeira colhendo
Kátia Goretti Dias Vazzoller from Brazil - Wikimedia Commons

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje os resultados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), revelando que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas está prestes a atingir um novo recorde em 2023, totalizando 307,3 milhões de toneladas. Esse número representa um aumento de 16,8% em comparação com a safra de 2022, o que equivale a um acréscimo de 44,2 milhões de toneladas.

Na comparação com maio um aumento de 0,6%, com um acréscimo de 1,9 milhão de toneladas. Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo aumento de 1,4 milhão de toneladas na produção de milho, que está prevista para alcançar um recorde este ano. Além disso, a produção de soja, trigo e sorgo também apresenta expectativas de recordes.

A área a ser colhida em 2023 está estimada em 76,9 milhões de hectares, um aumento de 5,1% em relação ao ano anterior. Isso representa um acréscimo de 3,7 milhões de hectares. Em comparação com o mês anterior, a área a ser colhida teve um crescimento de 346.730 hectares, o que corresponde a um aumento de 0,5%.



Entre os destaques da safra 2023, estão as estimativas de produção de soja, milho, trigo e sorgo, todas projetando recordes. A produção de soja está prevista para atingir 148,4 milhões de toneladas, enquanto a estimativa para o milho é de 124,5 milhões de toneladas, divididas entre 28,1 milhões de toneladas na primeira safra e 96,3 milhões de toneladas na segunda safra. Outras culturas também estão registrando números expressivos, como arroz (10,0 milhões de toneladas), trigo (10,6 milhões de toneladas), algodão (em caroço) (6,9 milhões de toneladas) e sorgo (3,8 milhões de toneladas).

Segundo Carlos Barradas, gerente do LSPA, vários fatores contribuíram para essas projeções recordes. O clima favorável, exceto no Rio Grande do Sul, tem beneficiado a produção, especialmente dos produtos de segunda safra, como o milho. Além disso, o ano agrícola começou no momento adequado, sem atrasos no plantio da safra de verão, permitindo uma colheita pontual, especialmente da soja. A janela de plantio para o milho de segunda safra também foi favorável, ocorrendo logo após a colheita da safra de verão, em janeiro e fevereiro. Por fim, o aumento dos preços internacionais motivou os produtores a ampliarem o plantio.


El Niño pode afetar safra e Mato Grosso lidera produção

No entanto, há preocupações com o clima, especialmente devido à previsão do fenômeno El Niño, que pode causar secas, principalmente no Sul do país. A produção de trigo, por exemplo, pode ser afetada se as condições climáticas não permanecerem favoráveis, apesar do investimento em tecnologia e expansão do plantio motivados pelos preços internacionais elevados devido às tensões entre Rússia e Ucrânia.

Com 30,9% de participação, o estado do Mato Grosso lidera a produção nacional de grãos, seguido pelo Paraná (15,2%), Rio Grande do Sul (9,6%), Goiás (9,6%), Mato Grosso do Sul (8,9%) e Minas Gerais (5,9%). Juntos, esses estados representam 80,1% da produção total. Em termos regionais, a distribuição da produção de grãos é a seguinte: Centro-Oeste (49,7%), Sul (27,1%), Sudeste (9,5%), Nordeste (8,6%) e Norte (5,1%).

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) foi implantado em 1972 e fornece estimativas mensais de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos agrícolas de importância econômica e social para o país. O levantamento permite o acompanhamento das culturas ao longo do ano e fornece um prognóstico da safra para o ano seguinte. Os dados completos podem ser acessados no Sidra, sistema de consulta de estatísticas do IBGE.

Fonte: IBGE

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Trigo: Tendência de Queda no Paraná e Oscilações no Rio Grande do Sul

Campo de trigo



Nos últimos dias, os preços do trigo registraram variações significativas nas principais regiões produtoras do Brasil, de acordo com os dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Os números mostram a oscilação diária, mensal e em dólar do valor médio do trigo nas regiões do Paraná e Rio Grande do Sul.


No Paraná, no dia 12 de julho de 2023, o preço médio do trigo foi de R$ 1.337,36 por tonelada, apresentando uma variação negativa de 0,73% em relação ao dia anterior. Em comparação com o mês passado, houve uma queda de 1,76% no valor do trigo. Convertendo para dólar, o preço médio foi de US$ 277,58 por tonelada.

No dia 11 de julho, o preço médio registrou uma variação positiva de 1,47% em relação ao dia anterior, totalizando R$ 1.347,25 por tonelada. Entretanto, em comparação com o mês passado, houve uma queda de 1,03% no valor do trigo. Em dólar, o preço médio foi de US$ 277,33 por tonelada.

No dia 10 de julho, o preço médio do trigo no Paraná foi de R$ 1.327,67 por tonelada, representando uma variação negativa de 1,17% em relação ao dia anterior. Em relação ao mês passado, o valor teve uma queda de 2,47%. Convertendo para dólar, o preço médio foi de US$ 271,78 por tonelada.


No Rio Grande do Sul, no dia 12 de julho, o preço médio do trigo foi de R$ 1.308,25 por tonelada, com uma variação negativa de 0,37% em relação ao dia anterior. Em comparação com o mês passado, houve um aumento de 1,26% no valor do trigo. Convertendo para dólar, o preço médio foi de US$ 271,53 por tonelada.

No dia 11 de julho, o preço médio no Rio Grande do Sul registrou uma variação negativa de 1,24% em relação ao dia anterior, totalizando R$ 1.313,09 por tonelada. Em comparação com o mês passado, houve um aumento de 1,63% no valor do trigo. Em dólar, o preço médio foi de US$ 270,29 por tonelada.

No dia 10 de julho, o preço médio do trigo no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.329,51 por tonelada, apresentando uma variação positiva de 1,33% em relação ao dia anterior. Em relação ao mês passado, o valor teve um aumento de 2,90%. Convertendo para dólar, o preço médio foi de US$ 272,16 por tonelada.


A cultura do trigo desempenha um papel crucial na agricultura brasileira. O trigo é um cereal de grande importância para a alimentação humana e animal, sendo utilizado na produção de diversos produtos, como farinhas, pães, massas e rações. O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de trigo da América do Sul, e a sua produção é realizada principalmente nas regiões do Paraná e Rio Grande do Sul.




O trigo é uma cultura que demanda cuidados específicos durante o seu cultivo, como controle de pragas e doenças, manejo adequado do solo e escolha de variedades mais adaptadas às condições climáticas locais. Além disso, fatores econômicos, como os preços de mercado, também influenciam a produção e comercialização do trigo.

Em resumo, os preços do trigo nas regiões do Paraná e Rio Grande do Sul apresentaram variações nos últimos dias, refletindo as condições do mercado. A cultura do trigo desempenha um papel fundamental na agricultura brasileira, sendo utilizado na produção de diversos produtos. É essencial acompanhar as flutuações de preços para entender o cenário atual e suas implicações no setor agrícola.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Floresta conservada aumenta em quatro vezes a produtividade de açaí de terra firme

Estudo revela aumento significativo na produtividade do açaí de terra firme com preservação da biodiversidade natural

Abelha canudo
Jonathan Wilkins, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Açaí, uma riqueza natural da Amazônia

A região amazônica é conhecida por sua rica biodiversidade e seus recursos naturais valiosos. Entre eles, destaca-se o açaí (Euterpe oleracea), uma palmeira de grande importância econômica e cultural. O açaí é amplamente consumido por suas propriedades nutricionais e pelo sabor característico de seus frutos, que são usados na produção de sucos, sorvetes e diversos outros produtos.

No entanto, um estudo pioneiro realizado por cientistas da Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Meio Ambiente, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso (IFMT), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal de Goiás (UFG) revelou que a presença de grandes áreas de vegetação nativa no entorno ou próximas aos plantios de açaí em terra firme pode aumentar em até quatro vezes a produtividade desse cultivo em comparação com áreas sem floresta.



A importância da polinização e a descoberta do estudo

A polinização desempenha um papel fundamental na produção de frutos do açaí, uma vez que a planta é de polinização cruzada e requer agentes polinizadores para transferir o pólen entre as flores masculinas e femininas. No estudo, os pesquisadores se concentraram na polinização integrada de cultivos e avaliaram o impacto da introdução de colônias de abelhas nativas da Amazônia, especificamente da espécie Scaptotrigona postica, também conhecida como abelha canudo, em áreas de cultivo de açaizeiro em terra firme.

Para isso, foram selecionadas nove áreas de plantio de açaí em terra firme, localizadas em sete municípios do estado do Pará, com diferentes graus de floresta no entorno. Metade dessas áreas recebeu a introdução das colônias de abelhas canudo, enquanto a outra metade serviu como controle, sem a presença das colônias. O estudo comparou a produtividade entre esses dois grupos e os resultados foram surpreendentes.



A importância da conservação da floresta na produtividade do açaí

Os resultados da pesquisa mostraram que as áreas com grande quantidade de vegetação nativa ao redor dos plantios de açaí apresentaram um aumento de 433% na produtividade em comparação com as áreas sem floresta. As abelhas canudo introduzidas contribuíram para um aumento de 30% no número total de visitas de abelhas às flores do açaí. No entanto, elas também reduziram em 60% a abundância de abelhas silvestres e em 50% a diversidade de espécies de insetos presentes.

Os cientistas enfatizam que as abelhas manejadas têm potencial para aumentar a produção de frutos de açaí, mas não substituem o papel fundamental da floresta na provisão de serviços de polinização. Em áreas com mata preservada, as abelhas introduzidas aumentam o número de visitas às flores, mas reduzem a abundância e a diversidade de espécies silvestres. Além disso, a preservação de florestas reduz os custos para os produtores, que não precisam adquirir ou alugar colônias de abelhas.



Os benefícios da restauração florestal e a relação com a agricultura

O estudo destaca a importância da restauração florestal como uma estratégia fundamental para aumentar a produtividade, a lucratividade e a sustentabilidade da agricultura. A preservação das áreas de floresta não apenas beneficia o ecossistema natural e a biodiversidade, mas também proporciona um ambiente propício para a polinização e o aumento da produtividade dos cultivos.

Os pesquisadores enfatizam que os produtores devem considerar não apenas o manejo das abelhas, mas também o manejo da paisagem, criando corredores de mata entre os plantios e promovendo a diversidade de polinizadores nativos. Essa abordagem integrada permitirá uma maior eficiência na polinização e garantirá a sustentabilidade da produção agrícola a longo prazo.







Impacto econômico e social

Além dos benefícios ambientais, a conservação da floresta e o aumento da produtividade do açaí têm um impacto significativo no aspecto econômico e social. O estudo revelou que, nas áreas com pelo menos 40% de floresta conservada, houve um aumento de cerca de 433% na produtividade do açaí em comparação com as áreas com apenas 10% de cobertura florestal. Isso resultou em um aumento considerável no lucro dos produtores, que foi estimado em cerca de 34 mil reais por hectare ao ano.

Os custos envolvidos no manejo das abelhas, como a aquisição ou aluguel de colônias, foram considerados desnecessários nas áreas com maior cobertura florestal, uma vez que a presença da floresta natural já garante a polinização. Portanto, os produtores nessas áreas podem obter lucros sem precisar investir nesses custos adicionais.

A preservação da floresta e o manejo adequado das áreas de cultivo também têm um impacto social positivo, uma vez que garantem a conservação da biodiversidade, a proteção dos recursos naturais e a manutenção dos modos de vida tradicionais das comunidades locais.



O estudo revelou que a preservação da floresta é fundamental para aumentar a produtividade e a lucratividade do cultivo de açaí em terra firme. Embora as abelhas nativas tenham potencial para aumentar a produção, a diversidade de polinizadores e a presença da floresta são insubstituíveis. Os produtores devem considerar a restauração florestal, o manejo adequado da paisagem e a integração de múltiplas espécies de abelhas nativas para garantir a sustentabilidade da produção agrícola e a conservação da biodiversidade.

Através do manejo responsável e do uso adequado dos recursos naturais, é possível obter benefícios ambientais, econômicos e sociais duradouros. A conservação da floresta e o desenvolvimento agrícola sustentável são peças-chave para garantir um futuro próspero e equilibrado para as gerações presentes e futuras na Amazônia e em todo o mundo.

Fonte: Embrapa