quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Mapa e IICA Promovem Workshop Contra Perdas na Cadeia Produtiva Agrícola

Ministério da Agricultura realiza workshop com IICA para abordar estratégias contra perdas alimentares em todas as fases da cadeia produtiva.

Foto mostra o Workshop.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) promoveu, no dia 28 de novembro, o workshop "Redução das Perdas e Desperdícios de Alimentos: Iniciativas da Agropecuária em prol da Sustentabilidade". O evento, realizado em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agropecuária (IICA), teve como objetivo apresentar e discutir os resultados de um estudo abrangente sobre a distribuição e utilização dos alimentos ao longo de toda a cadeia produtiva.

Com o formato híbrido, o workshop reuniu especialistas, representantes do setor agrícola e autoridades governamentais para debater estratégias que contribuam para a formulação de políticas públicas eficazes no combate às perdas e desperdícios de alimentos. A iniciativa busca promover uma abordagem alinhada à economia circular e campanhas de educação alimentar, visando uma mudança comportamental na sociedade.

O trabalho de consultoria realizado em parceria entre o Mapa e o IICA consistiu em um diagnóstico abrangente das perdas e desperdícios de alimentos em todas as fases da cadeia produtiva, desde a produção até o abastecimento, incluindo análises das perdas pós-colheita e do desperdício no varejo.

A secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda, destacou a responsabilidade do Mapa em enfrentar a questão das perdas e desperdícios de alimentos, afirmando que o evento é um convite à reflexão para todos os envolvidos na cadeia produtiva. Ela ressaltou a importância de ações concretas, tanto por meio de políticas públicas quanto da iniciativa privada, para minimizar esses problemas e enfatizou que a conscientização de todos é fundamental para encontrar soluções.

O coordenador de Operações do IICA no Brasil, Christian Fischer, alertou para a magnitude do problema, destacando que toneladas de alimentos são perdidas ao longo das cadeias produtivas, representando uma tragédia em termos de desperdício de recursos naturais. Fischer enfatizou a necessidade de ações conjuntas para reverter esse cenário, destacando que as soluções discutidas no workshop podem ser fundamentais para melhorar o aproveitamento dos alimentos e garantir a segurança alimentar.

A consultora responsável pelo estudo, Carla Saraiva, revelou que existem várias ações no Brasil para redução de perdas e desperdícios, tanto governamentais quanto não governamentais, com resultados positivos. No entanto, ela enfatizou que ainda há muito a ser feito, e a participação tanto do poder público quanto da sociedade civil é essencial para o sucesso dessas iniciativas.

O workshop, organizado pelo Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas (Decap/SDI), contou com a participação de importantes representantes do setor, incluindo a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá; a coordenadora Geral de Equipamentos Públicos do Ministério do Desenvolvimento de Assistência Social, Família e Combate à Fome, Natalia Tenuta; o representante da FAO no Brasil, Gustavo Chianca; o presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Marcio Milan; o diretor do Decap, Clecivaldo Ribeiro, e outros convidados.


Dados preocupantes

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a insegurança alimentar resulta da falta de acesso das populações mais pobres a uma alimentação balanceada. A FAO estima que cerca de 30% da produção mundial de alimentos para consumo humano seja perdida anualmente, representando 15% de todas as calorias produzidas. O workshop visa contribuir significativamente para reverter esse quadro e promover uma abordagem mais sustentável na produção e consumo de alimentos.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Operação Fiscaliza Comércio de Vinhos Contrabandeados em Restaurantes no Rio Grande do Sul

Operação conjunta Mapa e Seapi fiscaliza comércio de vinhos em Gramado e Canela, apreendendo mais de mil garrafas.

Fiscalização de Vinhos.


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) uniram esforços para realizar uma operação de fiscalização no comércio de vinho nos municípios de Gramado e Canela, no estado do Rio Grande do Sul. A ação foi desencadeada em resposta a denúncias de descaminho de vinhos na região da serra gaúcha.

Na operação conjunta em Gramado e Canela, autoridades apreenderam 1.047 garrafas contrabandeadas, variando de R$ 200 a R$ 1500. Os produtos, muitas vezes falsificados, representam riscos à saúde dos consumidores. Fabíola Lopes, chefe da Divisão de Inspeção, destaca a possível associação com contrabando de agrotóxicos. Leandro Kroth, do Mapa, alerta sobre preços muito abaixo da média como indicativo de contrabando. Rótulos sem informações obrigatórias em português também são suspeitos.


Resultados da Fiscalização

Estabelecimentos Fiscalizados: Mais de 30 estabelecimentos comerciais foram alvo da fiscalização.

Apreensões: Um total de 1.047 garrafas de vinho e outras bebidas foram apreendidas durante a operação.

Valores dos Produtos: A média de valor dos produtos à venda variava de R$ 200 a mais de R$ 1500 por garrafa.


Infrações e Penalidades

Autos de Infração: Foram emitidos 20 autos de infração, sendo 14 relacionados a vinhos e seis a bebidas em geral, todos encontrados em depósito ou sendo comercializados em desconformidade com a Lei.


Descaminho e Crimes Contra a Ordem Tributária

O descaminho, caracterizado como um crime contra a ordem tributária, ocorre quando um produto que poderia ser importado regularmente é introduzido no país de forma ilegal.

Riscos ao Consumidor: Produtos clandestinos, sem garantia da procedência, podem chegar ao consumidor final, incluindo falsificações. A chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Seapi, Fabíola Lopes, destaca que além do risco à saúde, produtos clandestinos podem estar associados a contrabandos de agrotóxicos e outros produtos ilegais.


Alerta ao Consumidor

Leandro Kroth, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, alerta os consumidores para ficarem atentos aos valores comerciais. Preços muito abaixo da média de mercado podem ser indicativos de produtos provenientes de contrabando.

Outra forma de identificar possíveis produtos de descaminho é através do rótulo. Bebidas contrabandeadas geralmente não possuem as informações obrigatórias em português em sua rotulagem, incluindo a identificação do estabelecimento responsável pela importação.


Participação na Operação

A operação contou com a participação de seis fiscais estaduais agropecuários da Seapi e três auditores federais agropecuários do Mapa.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Milho a R$61, Soja Avança e Desafios aos Mandiocultores

Mercado de milho enfrenta lentidão, desacordo de preços e baixa liquidez. Chuvas aliviam semeadura de soja, enquanto mandioca mantém preços.

Lavoura de milho.

De acordo com análises do Cepea, a lenta movimentação no comércio de milho reflete desafios relacionados à busca por equilíbrio de preços entre produtores e compradores. Paralelamente, as recentes precipitações trouxeram alívio para os sojicultores em determinadas regiões, impulsionando a semeadura, enquanto o setor de mandioca enfrenta restrições na oferta, influenciando os preços.


Desafios no milho

As negociações envolvendo milho apresentam um ritmo lento, conforme destacado por pesquisadores do Cepea. Apesar da demanda interna mais aquecida, os vendedores concentram seus esforços nas atividades de campo, limitando o volume do cereal disponível no mercado spot. Uma questão que contribui para a baixa liquidez é o desacordo entre produtores e compradores quanto aos preços. Esta falta de consenso reflete diretamente nas cotações, que, de modo geral, permanecem firmes.

O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, para a região de Campinas (SP), mantém-se acima de R$ 61 por saca de 60 kg. No entanto, mesmo com o retorno das chuvas em regiões produtoras do Centro-Oeste, há uma preocupação entre os agricultores em relação ao atraso na semeadura da soja, o que pode impactar o cultivo do milho fora da janela considerada ideal.


Avanço na semeadura da soja com alívio nas chuvas

Chuvas recentes trouxeram alívio aos sojicultores do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Pesquisadores do Cepea observam um aumento no ritmo da semeadura da temporada 2023/24, que enfrentava lentidão devido à falta de umidade e altas temperaturas. No entanto, na região Sul, o excesso de chuvas ainda impede o avanço da semeadura. As atividades de campo estão atrasadas em relação a anos anteriores, e os preços da soja em grão são sustentados pela valorização dos derivados (óleo e farelo) e pela cautela dos produtores em negociar o remanescente da safra 2022/23, mantendo as cotações no mercado doméstico. 


Mandioca: Oferta Restrita Sustenta Preços em Meio a Desafios

A situação da mandioca no mercado apresenta desafios significativos, com a menor disponibilidade de lavouras, condições climáticas desfavoráveis em algumas áreas e uma retração de parte dos produtores, resultando em um volume de comercialização abaixo das expectativas da indústria. Este cenário, no entanto, tem proporcionado sustentação aos preços da raiz, de acordo com levantamentos do Cepea.

Apesar de alguns mandiocultores indicarem a retomada da colheita nas próximas semanas para capitalização, a maioria está postergando as entregas, planejando retornar apenas em meados de janeiro de 2024. A demanda, por sua vez, mostra-se mais enfraquecida, já que fecularias estão gradualmente entrando em recesso. 


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: CEPEA
Foto: Andrew Martin por Pixabay

domingo, 26 de novembro de 2023

Dicas Agrícolas: Plante em Sua Casa!

Cultivar em casa oferece alimentos frescos, sustentabilidade e conexão com a natureza, mas requer planejamento e dedicação cuidadosa

Legumes, verduras e afins a serem plantados em casa.

No contexto urbano e crescente ênfase na sustentabilidade, o cultivo de alimentos em ambientes domésticos tem se destacado como uma prática relevante. Este artigo explora de maneira objetiva as vantagens e desafios associados ao cultivo de verduras, legumes e demais alimentos em casa.


Benefícios do cultivo doméstico

Alimentos frescos e nutricionais: o cultivo doméstico propicia o acesso a produtos frescos e ricos em nutrientes, com a colheita direta no ponto de maturação. Essa prática contribui para a preservação das propriedades nutricionais dos alimentos.

Sustentabilidade e minimização de resíduos: ao cultivar em casa, há uma redução substancial na pegada de carbono associada ao transporte de alimentos. Além disso, a integração da compostagem dos resíduos orgânicos proporciona um ciclo sustentável.


Eficiência financeira: O cultivo doméstico pode resultar em economias financeiras a longo prazo. Embora a aquisição inicial de sementes e materiais demande um investimento, a produção contínua de alimentos em casa reduz a dependência de despesas recorrentes em supermercados.

Conexão com a natureza: a possibilidade de cuidar de um jardim doméstico estabelece uma conexão direta com a natureza, proporcionando uma experiência gratificante e promovendo o bem-estar.


Desafios a serem considerados:

Limitações espaciais: a restrição de espaço é um desafio comum para muitos interessados no cultivo doméstico. Entretanto, estratégias como hortas verticais ou o uso de recipientes adequados podem ser implementadas em ambientes urbanos compactos.

Tempo e dedicação necessários: o cultivo doméstico demanda uma dedicação regular de tempo para atividades como regar, adubar e monitorar as plantas. Antes de iniciar, é imperativo avaliar a disponibilidade de tempo do indivíduo.


Conhecimento técnico: aqueles que não possuem conhecimento prévio em jardinagem podem enfrentar desafios. No entanto, recursos online, cursos especializados e orientação de entusiastas locais podem ser recursos valiosos para adquirir as habilidades necessárias.


Cuidados básicos

A rega regular, adequada às necessidades específicas de cada planta, é crucial. A escolha de um solo nutritivo e bem-drenado é fundamental para o desenvolvimento saudável das plantas. Além disso, a adubação adequada, considerando as exigências de cada espécie, promove um crescimento robusto. Monitorar pragas e doenças é essencial, permitindo intervenções precoces. A exposição às condições ideais de luz, conforme as exigências de cada planta, completa os cuidados básicos. Acesse mais vezes a seção Dicas Agrícolas do site para mais informações de como cuidar de suas plantações.


Tomada de Decisão Cautelosa

Antes de iniciar um projeto de cultivo doméstico, é essencial conduzir uma avaliação criteriosa. Aspectos como o espaço disponível, o tempo disponível para dedicação e a disposição para aprender devem ser considerados. Consultar especialistas no assunto e outros cultivadores caseiros pode fornecer informações valiosas para uma abordagem bem-sucedida.

Cada desafio inerente ao cultivo doméstico é uma oportunidade de crescimento e aprendizado. Em última análise, o cultivo em casa transcende a produção de alimentos, representando uma relação mais profunda com o ambiente e um compromisso sustentável.


Foto: Christine Sponchia por Pixabay

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Mudanças Na Legislação Pecuária De Minas Visam Mais Proteção Do Rebanho Mineiro

Novidades nas obrigações dos produtores de Minas Gerais é um esforço conjunto para manter a produção animal sadia e a economia fortalecida

Um trio de vacas descansando em uma colina.

Pela primeira vez em mais de 50 anos, os produtores de Minas Gerais não precisam vacinar seus animais contra febre aftosa no mês de novembro. Essa conquista é resultado de ações implementadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), alinhadas com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Próximos passos: Reconhecimento internacional e benefícios econômicos

O próximo objetivo do estado é obter o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal. Essa conquista abriria novos mercados e estimularia uma economia que poderia chegar a mais de R$ 700 milhões anualmente para os produtores mineiros.

Para alcançar esse status, os produtores devem atualizar os dados de seus rebanhos no IMA uma vez ao ano. Essa mudança na rotina, que antes incluía a vacinação em maio e novembro, visa mapear o estado para uma defesa sanitária mais efetiva e ações ágeis na identificação e contenção de doenças.


Vigilância ativa: Garantindo a saúde animal em Minas Gerais

O PNEFA estabelece ações de vigilância para evitar a entrada e disseminação da febre aftosa no país. O diretor técnico do IMA, Guilherme Negro, destaca a importância da coleta e análise de dados de saúde animal em Minas Gerais para a atuação eficiente em casos de suspeita ou foco de doenças.

A vigilância inclui o monitoramento do trânsito animal entre os estados, fiscalização em propriedades e eventos agropecuários, inspeção de estabelecimentos de abate e estudos soroepidemiológicos. A atualização cadastral de diversas espécies, além de bovinos e bubalinos, contribui para uma defesa mais abrangente contra outras doenças que possam afetar a produção e até mesmo ameaçar a saúde humana, como no caso da gripe aviária.


Novidade na atualização cadastral: Proteção ampliada para todas as espécies

Diferentemente do passado, em que apenas bovinos e bubalinos eram cadastrados, a inclusão de outras espécies na atualização cadastral fortalece ainda mais a proteção do estado. A campanha de atualização, realizada de maio a junho, será anual e permite que os produtores informem os dados de seus animais pela Internet, no Portal do Produtor, ou nos escritórios regionais do IMA.

A não realização desse procedimento impede os produtores de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) e a Ficha Sanitária Animal, documentos essenciais para o deslocamento e outras atividades agropecuárias.


Histórico da Febre Aftosa no Brasil: Estratégias que levaram à erradicação

O Brasil enfrentou desafios significativos na erradicação da febre aftosa, com os primeiros registros datando das décadas de 1860 e 1870. O reconhecimento oficial da doença em Minas Gerais ocorreu em 1895, e sua disseminação esteve ligada à intensa movimentação de animais pelo território brasileiro.

O fortalecimento das campanhas de vacinação, medidas restritivas de trânsito animal, modernização da indústria de frigoríficos e a adoção exclusiva da vacina com adjuvante oleoso contribuíram para a eficaz erradicação da febre aftosa nas décadas de 80 e 90. Essa história destaca a importância de estratégias abrangentes para garantir a saúde do gado e a segurança alimentar, aspectos centrais na trajetória recente da pecuária brasileira.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: MG
Foto: Gianni Crestani por Pixabay

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Retomada de Obras em Frigorífico Incendiado em Mato Grosso

Em Diamantino (MT), planta frigorífica retoma operações após incêndio, promovendo empregos e contribuindo para a economia regional.

Ministro Carlos Fávaro visita retomada de obras em frigorífico incendiado em Mato Grosso

Em 20 de novembro de 2023, ocorreu a retomada das atividades e obras de ampliação de uma planta frigorífica em Diamantino (MT), que havia sido afetada por um incêndio em junho deste ano. Essa iniciativa representa um esforço conjunto para manter empregos e preservar uma atividade crucial para a economia local.


Impacto na Economia

Com previsão de conclusão para 2024, a unidade em processo de expansão se tornará a maior de processamento de carne bovina da América Latina, gerando 3 mil empregos diretos e desempenhando um papel significativo no impulsionamento da economia regional.


Perspectivas de Geração de Riqueza

A reconstrução da planta é vista como um passo importante para superar o período de incerteza. Além de garantir a qualidade da carne brasileira, espera-se que a iniciativa resulte na geração de impostos e riqueza, promovendo o crescimento econômico local.


Capacidade Atual e Futura

Atualmente, a planta opera com capacidade para processar 600 cabeças de gado por dia, com projeções de aumento para 1,8 mil nas próximas semanas. O plano estratégico da empresa visa expandir em 2,4 vezes o volume de processamento em relação à capacidade anterior.


Preparação para Mercados Internacionais

A unidade também se prepara para atender às principais exigências dos mercados internacionais, incluindo o processamento halal. Investimentos em automação avançada e tecnologia de ponta visam garantir produtos de valor agregado e porcionados.


Força-Tarefa e Colaboração Governamental

Após o incêndio, que resultou em prejuízo estimado em R$ 800 milhões, uma força-tarefa foi realizada com a participação de diversas autoridades, buscando assegurar 1,4 mil postos de trabalho. Além de preservar os empregos, a ampliação das obras está contribuindo para dobrar os postos de trabalho diretos e impulsionar a economia regional.


Importância Econômica do Frigorífico para a Localidade

A presença e operação eficiente de um frigorífico desempenham um papel fundamental no tecido econômico da região. Além de gerar empregos diretos, a unidade exerce um impacto positivo ao impulsionar a economia local. O processamento de carne bovina não apenas atende à demanda doméstica, garantindo a segurança alimentar, mas também fortalece a posição da localidade nos mercados internacionais. 


A retomada das operações do frigorífico é um passo significativo para a recuperação após um incidente desafiador, sendo um marco crucial para a economia local. 



Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Desastres Naturais: uma Ameaça ao Brasil e a Agricultura

Os desastres naturais têm se intensificado no Brasil, trazendo consigo uma série de desafios significativos para a agricultura do país.

Tempestade com raios.

Recentemente, eventos como chuvas intensas, enchentes e secas têm assolado diferentes regiões, causando não apenas prejuízos materiais, mas também impactando diretamente a produção agrícola e a vida das comunidades rurais.


Chuvas intensas e suas consequências

No Sul do país, registros de sete mortes em decorrência das últimas chuvas chamaram a atenção para a vulnerabilidade das regiões agrícolas diante de eventos climáticos extremos. Quatro pessoas perderam a vida no Rio Grande do Sul, enquanto outras três faleceram em Santa Catarina. Além das tragédias humanas, mais de 133 cidades do Rio Grande do Sul enfrentaram prejuízos significativos, afetando infraestruturas locais e, inevitavelmente, as atividades agrícolas.

A passagem do ciclone extratropical pelo Vale do Taquari em setembro deixou um rastro devastador nas cidades do Rio Grande do Sul. Com mais de 50 mortes e prejuízos milionários, as comunidades de Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Roca Sales e Muçum enfrentam desafios significativos na reconstrução. 


Perspectivas preocupantes

As previsões meteorológicas indicam que o El Niño atingirá seu pico em dezembro, agravando ainda mais os extremos climáticos no Brasil. A expectativa é de mais seca na Amazônia e no Nordeste, aumentando a pressão sobre as atividades agrícolas nessas regiões. Ao mesmo tempo, espera-se um aumento nas temperaturas no Sudeste e Centro-Oeste, o que pode impactar diversas culturas.


Desafios para a agricultura brasileira

A frequência e intensidade crescentes desses desastres naturais têm colocado em xeque a resiliência do setor agrícola brasileiro. A instabilidade climática interfere diretamente no planejamento das safras, na escolha de cultivos e na gestão dos recursos hídricos, gerando um cenário desafiador para os agricultores.

As enchentes no Sul, por exemplo, não apenas destroem plantações, mas também comprometem a qualidade do solo, prejudicando a produtividade a longo prazo. A seca no Nordeste, por sua vez, impõe limitações severas ao desenvolvimento de culturas essenciais para a subsistência local.


Seguro agrícola como medida preventiva

A crescente incidência de desastres naturais tem impulsionado a procura por seguro agrícola no Brasil. O aumento de 13% na contratação de seguros residenciais é reflexo
 da importância de se proteger contra eventos imprevisíveis e danosos. Essa tendência destaca a necessidade de medidas preventivas e da criação de políticas públicas que visem à sustentabilidade e à resiliência do setor agrícola diante das mudanças climáticas.

Os desastres naturais representam uma ameaça crescente para a agricultura brasileira, exigindo respostas efetivas por parte dos agricultores, governos e da sociedade como um todo. A implementação de práticas agrícolas sustentáveis, investimentos em infraestrutura resiliente e o fortalecimento de políticas de seguro agrícola são passos essenciais para enfrentar os desafios impostos pela variabilidade climática. 


Repotagem por Amanhcer Agrícola
Os dados são váriaveis e podem mudar constantemente
Foto: Abel Escobar por Pixabay

sábado, 18 de novembro de 2023

ANMIEF: Brasil Amplia Mercados Internacionais com Exportação de Farelo de Milho

Abertura de mercados internacionais destaca crescimento do Brasil na exportação de farelo de milho

Farelo de milho

O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da abertura dos mercados do Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia para a exportação de farelo de milho, um subproduto essencial da produção de etanol de milho. Tal conquista representa não apenas um avanço econômico para o país, mas também destaca as sólidas relações diplomáticas brasileiras no cenário internacional.


DDGS/DDG: Insumo Estratégico na Produção de Proteína Animal

Os DDGS/DDG, denominados tecnicamente como distiller´s dried grains e distiller´s dried grains with solubles, são resultantes da produção de etanol de milho na segunda safra. Esses subprodutos têm papel crucial como fonte proteica e energética nas formulações de ração animal, abrangendo diversas categorias como ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões.

De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as projeções indicam um expressivo aumento na produção de etanol de milho brasileiro até 2031/2032, atingindo a marca de 10,88 bilhões de litros. Esse crescimento resultará em uma oferta de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS para o mercado.


Colaboração entre Ministérios

A abertura desses novos mercados é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Essa colaboração é importante para o agronegócio e ampliar a oferta de insumos para a produção de proteína animal, consolidando a posição do Brasil como um dos líderes globais nesse setor.


Brasil: Terceiro Maior Produtor de Milho do Mundo

Atualmente, o Brasil ocupa a posição de terceiro maior produtor mundial de milho, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Cerca de 10% da produção de milho é destinada à produção de etanol, realizada na segunda safra, conhecida como "safrinha". Essa prática agrícola, que utiliza a mesma área após a colheita da safra principal no mesmo ano, contribui para a redução significativa das emissões de gás carbônico.


Sustentabilidade do Etanol de Milho: Pegada Ambiental Reduzida

Segundo as métricas do governo brasileiro, o etanol de milho apresenta uma das pegadas ambientais mais baixas entre todas as usinas de etanol no país, aproximadamente 17gCO2/MJ. Esse dado reforça a sustentabilidade da produção de etanol de milho, alinhando-se às preocupações ambientais globais.


Projeções para a Safra de Grãos 2023/24 e Impacto nas Exportações

O 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado em outubro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima uma produção total de milho de 119,4 milhões de toneladas. Destas, prevê-se que 38 milhões de toneladas serão destinadas à exportação, consolidando a importância do Brasil como um fornecedor significativo no mercado internacional.

A abertura desses novos mercados representa não apenas uma expansão econômica para o Brasil, mas também um reconhecimento da qualidade e competitividade dos produtos agropecuários brasileiros no cenário global.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Competitividade do Café Brasileiro vira Destaque no 29º Encontro Nacional da Indústria de Café

Evento promovido pela ABIC reúne profissionais do setor para debater produção, comercialização e consumo do café

Grãos de café.

O 29º Encontro Nacional da Indústria de Café (Encafé), realizado em Maceió (AL) na última quarta-feira (15), trouxe destaque para a discussão e intercâmbio de informações sobre a produção, comercialização e consumo do café, sendo considerado um dos eventos mais relevantes do setor no Brasil.


Desenvolvimento do Café Brasileiro e Necessidade de Competitividade

Durante o evento, foi ressaltada a evolução do café brasileiro ao longo de 150 anos, consolidando-se como um elemento distintivo no cenário nacional e internacional. A busca pela competitividade no setor foi destacada como uma prioridade, com a necessidade de medidas coletivas para fortalecer a posição do café brasileiro nos mercados globais.


Visibilidade Internacional e Rastreabilidade do Café

Além da ênfase na competitividade, foi salientada a importância de elevar a visibilidade do café brasileiro no contexto mundial. O reconhecimento do trabalho de rastreabilidade realizado pelos produtores foi destacado como um ponto positivo, visando aumentar o consumo global do produto.


29ª Edição do Encontro e Comemoração dos 50 anos da ABIC

A 29ª edição do Encafé, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), celebra os 50 anos de fundação da associação. Durante o evento, o presidente da ABIC, Pavel Cardoso, enfatizou os esforços contínuos para oferecer aos consumidores um café de alta qualidade, respeitando as regulamentações estabelecidas pelo Ministério da Agricultura.


Dados do Mercado de Café Brasileiro

Conforme dados da Secretaria de Políticas Agrícolas (SPA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil consolidou sua posição como o maior produtor mundial de café em 2022, representando 35% da produção global. As exportações atingiram 29 milhões de sacas, enquanto o consumo interno foi de 22 milhões de sacas.


Funcafé e Investimentos no Setor

Destacando os esforços para fortalecer o setor cafeeiro, o Ministério da Agricultura anunciou, em agosto deste ano, a alocação de R$ 6,3 bilhões para instituições financeiras operarem com as linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2023/24. O Funcafé visa apoiar a cadeia produtiva, incluindo linhas de crédito para comercialização, custeio, financiamento para aquisição de café e recuperação de cafezais danificados.


Conclusão do Encontro e Perspectivas para o Setor

O Encafé, que se estenderá até o próximo domingo (19), proporciona um ambiente propício para a troca de conhecimentos entre produtores, torrefadores, baristas, compradores, exportadores e demais profissionais do setor cafeeiro. O evento destaca-se como uma oportunidade única para impulsionar o diálogo e promover avanços no setor, consolidando a relevância do café brasileiro no cenário global.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto Anja por Pixabay

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Exportações do Agronegócio em Outubro Foram Mais de US$13 Bilhões

Exportações agrícolas brasileiras atingem US$ 13,38 bi em outubro de 2023, destacando soja, milho e açúcar; China lidera importações.

Foto de uma plantação de milho.

No mês de outubro de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 13,38 bilhões, representando 45,4% do total das exportações do país. Embora esse montante apresente uma diminuição de 2,3% em relação ao mesmo período de 2022, é importante destacar que a queda está associada, principalmente, à redução nos preços dos produtos exportados.


Influência dos Preços e Safra Recorde no Resultado de Outubro

A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) apontou que o desempenho das exportações em outubro foi fortemente impactado pelo declínio nos preços dos produtos exportados. No entanto, esse cenário foi compensado pela safra recorde de grãos de 2022/2023, o que resultou em um aumento significativo no volume exportado pelo Brasil.


Destaques do Mês: Soja, Milho e Açúcar
  • Soja em Grãos: As exportações de soja em grãos atingiram um volume recorde para o mês de outubro, alcançando 5,53 milhões de toneladas, representando um aumento de quase 45,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A China se destacou como o principal comprador, sendo responsável por quase 88% do volume exportado, totalizando US$ 2,89 bilhões, um aumento de 24%.
  • Milho: O mês registrou um recorde nas exportações de milho, atingindo 8,44 milhões de toneladas, um acréscimo de 24,5% em relação ao ano anterior. A China foi o principal importador, contribuindo com 40,9% da quantidade exportada pelo Brasil (3,46 milhões de toneladas) ou US$ 765,77 milhões.
  • Açúcar: As exportações de açúcar brasileiro aumentaram de US$ 1,30 bilhão (outubro/2022) para US$ 1,50 bilhão (outubro/2023), um aumento de 15,4%. O aumento dos preços médios de exportação em 26,9% foi o principal impulsionador desse incremento. Os maiores importadores foram Índia, Argélia, Indonésia, China, Canadá e Malásia.


Acumulado do Ano (janeiro a outubro): Crescimento Sustentado

No acumulado do ano até outubro de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram um recorde de US$ 139,58 bilhões, evidenciando um crescimento sólido de 3% em comparação com o mesmo período de 2022 (US$ 135,55 bilhões). Os setores que mais contribuíram para esse desempenho foram o complexo soja, complexo sucroalcooleiro e cereais, farinhas e preparações.


Destino Geográfico e Mercado Comprador

A Ásia destacou-se como a principal região de destino, absorvendo 53,4% das exportações do agronegócio brasileiro. A China manteve-se como o maior mercado comprador individual, contribuindo com US$ 51,10 bilhões e detendo 36,6% do market share.

Estes dados evidenciam a robusta presença e competitividade do agronegócio brasileiro nos mercados internacionais. É imperativo monitorar de perto não apenas os fatores de oferta, mas também a dinâmica de preços, a fim de compreender os desdobramentos futuros deste setor vital para a economia nacional.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa


domingo, 12 de novembro de 2023

Dicas Agrícolas: Plante Árvores!

Plantar árvores na agricultura, considerando espécies, segurança e cuidados individuais podem trazer benefícios sustentáveis.

Árvores vistas com um olhar para cima.

Na busca por práticas agrícolas sustentáveis e resilientes, a presença de árvores nas propriedades rurais tem se mostrado não apenas benéfica, mas fundamental. Com impactos positivos que vão desde a conservação do solo até o fornecimento de sombra para o gado, o plantio de árvores se apresenta como uma decisão estratégica a ser avaliada por agricultores e proprietários de terras.


Benefícios da presença de árvores:

1. Conservação do solo e recursos hídricos:
As árvores desempenham um papel crucial na prevenção da erosão do solo, ajudando a reter a umidade e a estabilizar encostas. Suas raízes profundas contribuem para a absorção de água, diminuindo os riscos de inundação e mantendo a umidade do solo.

2. Diversificação ecológica: O plantio de árvores aumenta a biodiversidade da área, criando habitats para pássaros, insetos benéficos e outros animais que contribuem para o equilíbrio ecológico.

3. Sombreamento e proteção animal: Árvores proporcionam sombra, oferecendo alívio do calor para o gado e outros animais. Além disso, elas servem como abrigo natural, protegendo o gado e outros animais da intempérie.

4. Produção de alimentos e recursos renováveis: Em muitos casos, árvores frutíferas ou madeireiras podem ser plantadas para fornecer frutas, nozes ou madeira, tornando-se uma fonte adicional de renda.


Cuidados e considerações:

Enquanto os benefícios das árvores são inegáveis, é essencial considerar alguns aspectos antes do plantio:

1. Escolha das espécies: Selecionar árvores que se adaptem ao clima e solo local é crucial para garantir seu crescimento saudável. Consultar especialistas ou instituições agrícolas pode ser útil para determinar as melhores opções para a região.

2. Espaçamento e planejamento: O espaçamento adequado entre as árvores é fundamental para evitar competição por recursos, permitir o crescimento saudável e a manutenção adequada.

3. Manutenção e cuidados iniciais: Nos estágios iniciais do plantio, as árvores podem necessitar de cuidados especiais, como irrigação regular e proteção contra pragas e ervas daninhas.

4. Avaliação individual:
Cada propriedade possui características únicas, e a decisão de plantar árvores deve ser baseada em uma avaliação individual, considerando as metas do agricultor, as condições do terreno e as necessidades específicas da propriedade.


Riscos 

1. Incêndios Florestais:
Árvores em áreas secas ou de alto risco de incêndio podem aumentar a probabilidade de incêndios florestais. 

2. Estruturas e Infraestrutura: O crescimento das árvores pode interferir em estruturas existentes, como linhas de energia, edifícios ou estradas. Manter uma distância segura e realizar podas adequadas é crucial para evitar danos.

3. Saúde e Segurança dos Trabalhadores: Durante a manutenção das árvores, como podas ou colheita, há riscos associados à altura e ao manuseio de equipamentos. Treinamento adequado e a utilização de equipamentos de segurança são fundamentais para prevenir acidentes.


O plantio de árvores pode ser um investimento a longo prazo, requerendo planejamento cuidadoso e comprometimento. No entanto, os benefícios a longo prazo para a saúde do solo, a sustentabilidade ambiental e a diversificação das atividades agrícolas frequentemente superam os desafios iniciais.

Ao avaliar as vantagens e considerar as necessidades individuais, os agricultores podem tomar uma decisão informada e estratégica para melhorar não apenas suas propriedades, mas também o meio ambiente como um todo.


Foto: NASTER por Pixabay