domingo, 28 de janeiro de 2024

Agroindústrias Paulistas com Inspeção Municipal Avançam nas Concessões do Selo Arte

Concessões recentes do Selo Arte a agroindústrias paulistas com inspeção municipal impulsionam a comercialização de produtos artesanais em todo o Brasil

Pote de mel

As agroindústrias do estado de São Paulo estão comemorando as recentes concessões do Selo Arte, que agora incluem produtos inspecionados por Serviços de Inspeção Municipal (SIMs). O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciou a liberação dessas concessões nos últimos meses, impulsionando o setor. O Selo Arte permite a comercialização de produtos artesanais em todo o território nacional, desde que sejam inspecionados municipal ou estadualmente.

No estado de São Paulo, mais de 200 produtos já foram autorizados a utilizar o Selo Arte, sendo 46 deles provenientes de agroindústrias com inspeção municipal. A legislação federal que instituiu o selo é relativamente recente, datando de 2018. Até meados de 2023, as concessões eram exclusivas para produtos com inspeção estadual, conhecida como SISP Artesanal.

Em outubro do ano passado, o Mapa começou a receber as demandas dos SIMs diretamente nas superintendências estaduais, acelerando o processo de concessão. Atualmente, a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (SFA-SP) é responsável pela análise documental, solicitação de ajustes (se necessário) e encaminhamento dos processos para homologação no Mapa, que publica os nomes dos estabelecimentos e produtos específicos no site oficial.

Rodrigo Cortez, chefe substituto da Divisão de Desenvolvimento Rural da SFA-SP, informou que, desde outubro, cinco estabelecimentos solicitaram o Selo Arte, incluindo um de mel, três de queijos e um de iogurtes. Dos cinco pedidos, quatro já foram autorizados em Brasília, incluindo dois méis, 28 queijos, 12 iogurtes e duas coalhadas (labane). O quinto pedido aguarda a apresentação de uma documentação adicional solicitada pela SFA-SP.

Guilherme Campos, superintendente da SFA-SP, destaca que o Selo Arte visa promover produtos singulares, preservando a tradição e cultura regionais. Ele expressa otimismo quanto ao aumento da demanda, destacando a riqueza de São Paulo na produção de queijos, manteigas, doce de leite, méis e subprodutos de carnes e pescados.


Mudança de Paradigma para Agroindústrias Paulistas

A Família Rossato, uma queijaria de Pilar do Sul especializada em queijos de leite de búfala, foi a primeira a conquistar o Selo Arte no estado. Caio Rossato, produtor da família, destaca a transformação nos negócios: "Antes só podíamos vender no município. Agora temos nossos queijos em Salvador, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro. A demanda é maior que a nossa produção."

A Queijaria do Jordão, em Pindamonhangaba, também obteve a autorização do Mapa para usar o Selo Arte. O queijeiro Manoel Afonso Barroso, vindo de Portugal, desenvolve um queijo artesanal de pasta mole, semelhante ao famoso Serra da Estrela português, mas utilizando leite pasteurizado de vaca Jersey. Manoel destaca que o Selo Arte abrirá oportunidades para expandir as vendas em todo o Brasil.

A empresa Spazio Benedetti, de Amparo, foi aprovada para dois selos de mel artesanal. João Eduardo Benedetti, proprietário, ressalta a importância do Selo Arte para ampliar o alcance de seus produtos. Ele destaca o apoio da prefeitura de Amparo no processo de obtenção do selo, afirmando que "esse selo muda tudo porque vamos ampliar nosso consumidor final."

Compromisso com a Qualidade

Rodrigo Cortez, da SFA-SP, enfatiza que o Selo Arte não substitui a inspeção regular dos produtos junto aos serviços de inspeção (SIF, SIE ou SIM). A partir deste ano, as superintendências nos estados realizarão auditorias junto aos estabelecimentos que obtiveram a concessão do selo, garantindo que os produtos atendam aos critérios de artesanalidade e demais normativas do Mapa.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Foto: Spazio Benedetti | Divulgação/Mapa
Fonte: Mapa

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Queijos Artesanais Brasileiros se destacam no cenário internacional durante o Dia Mundial do Queijo

Queijos artesanais brasileiros brilham no World Cheese Awards; conquistam medalhas e destacam-se internacionalmente

Queijos artesanais

No Dia Mundial do Queijo, celebrado neste sábado (20), a produção de queijos artesanais brasileiros ganhou destaque mundial, conquistando diversas medalhas no renomado World Cheese Awards, conhecido como o Oscar do Queijo. A 35ª edição do concurso, realizada em outubro de 2023 em Trondheim, na Noruega, contou com a participação de mais de 4.502 queijos de 43 países, e 23 queijos brasileiros subiram ao pódio.

O Brasil conquistou uma medalha Super Ouro, três medalhas de Ouro, oito de Prata e 11 de Bronze, mostrando a diversidade e qualidade dos queijos produzidos no país. Essa conquista ressalta a importância do setor na economia brasileira e destaca a habilidade dos produtores em criar queijos que se destacam em uma competição global.

Outro evento de destaque é o Mundial do Queijo do Brasil, que terá sua 3ª edição entre os dias 11 e 14 de abril em São Paulo. Com mais de 100 produtores de diversos países, o evento promete ser um marco para a indústria queijeira nacional, reunindo mais de dois mil queijos e derivados do leite. O concurso também incluirá o 3º Concurso de Queijos e Produtos Lácteos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desempenha um papel fundamental na garantia da segurança alimentar, realizando fiscalizações nos alimentos participantes desses concursos. A Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) atua nas fronteiras e aeroportos para produtos importados, garantindo o cumprimento dos requisitos de saúde pública.

Caio Augusto, chefe substituto de Produtos Importados do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), destaca a simplificação dos procedimentos para a participação de queijos estrangeiros nos eventos. "Foi elaborado um procedimento simplificado, onde foi dispensada a necessidade de autorização prévia de importação, cabendo somente a fiscalização dos produtos pelo Vigiagro, verificando o cumprimento dos requisitos de saúde pública previstos no Certificado Sanitário", afirmou.

Além disso, o Mapa incentiva e reconhece a produção artesanal de queijos por meio dos Selos Arte e Selo Queijo Artesanal, regulamentados pela Lei nº 13.680/2018, promulgação da Lei nº 13.860/2019 e portaria nº 531/2022. Estes selos asseguram que os produtos foram produzidos de forma artesanal, respeitando receitas e processos tradicionais, e adotando Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação.

Desde 2018, 240 tipos de queijos receberam o Selo Arte, e desde 2019, foram concedidos 235 Selos Queijo Artesanal. Atualmente, 125 estabelecimentos possuem o Selo Queijo Artesanal, o que permite a comercialização em todo o território brasileiro, simplificando o registro para a comercialização. Este reconhecimento destaca a valorização territorial, a produção artesanal diferenciada e a caracterização singular dos queijos brasileiros.

O coordenador de Cooperativismo, Associativismo Rural e Agregação de Valor, Nelson de Andrade, destaca o impacto positivo desses selos na indústria queijeira brasileira, promovendo a identificação e reconhecimento dos produtos por meio do selo único.

Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Investimento do Mapa impulsiona o setor agrícola em Ribeira do Pombal, Bahia

Mapa destina R$ 435 mil a Ribeira do Pombal, BA, para máquinas agrícolas. Convênio vigora até 2025, impulsionando setor agrícola regional

Equipamento agrícola.

Em um gesto significativo para fortalecer o setor agrícola, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destinou aproximadamente R$ 435 mil ao município de Ribeira do Pombal, no estado da Bahia. O montante será utilizado para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, visando impulsionar a produtividade e desenvolvimento da agropecuária na região.

A celebração do convênio aconteceu por meio da Superintendência de Agricultura e Pecuária da Bahia (SFA-BA) e a prefeitura de Ribeira do Pombal. O acordo, que terá vigência de 30 de agosto de 2023 a 30 de agosto de 2025, representa um compromisso mútuo em prol do crescimento sustentável do setor agrícola local.

Destacando a importância dessa parceria, o superintendente Federal de Agricultura, Fábio Alexandre Rosa Rodrigues, conduziu a entrega simbólica de uma retroescavadeira ao prefeito Ericksson Silva em um evento ocorrido em 12 de janeiro. O momento contou também com a presença do vice-prefeito Nathan Brito e do deputado federal Ricardo Maia.

A SFA-BA assume a responsabilidade de apoiar e incentivar políticas estratégicas em Ribeira do Pombal, sempre que necessário, fortalecendo assim as ações institucionais do Mapa. Além disso, a Superintendência gerencia todo o processo operacional do recurso e do convênio, incluindo o acompanhamento da entrega dos equipamentos adquiridos.

Esse investimento representa um marco para o desenvolvimento agrícola local, promovendo inovação, modernização e fortalecendo a infraestrutura necessária para impulsionar o setor em Ribeira do Pombal. O comprometimento das autoridades locais e federais destaca a importância da colaboração entre os diferentes níveis de governo para o progresso sustentável das comunidades agrícolas.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Exportações de 2023 Alcançam Recorde de US$ 166,55 Bilhões

Em 2023, as exportações agrícolas brasileiras atingiram recorde de US$ 166,55 bilhões, impulsionadas por aumento na quantidade embarcada.

Navios no mar.

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram um marco histórico em 2023, registrando um recorde de US$ 166,55 bilhões em vendas, representando um crescimento de 4,8% em comparação a 2022, com um aumento de US$ 7,68 bilhões. Esses números foram divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O desempenho excepcional foi impulsionado principalmente pelo aumento na quantidade embarcada, consolidando o agronegócio como responsável por 49% da pauta exportadora total brasileira, um aumento em relação aos 47,5% do ano anterior.

O Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, destaca que "o ano de 2023 marcou um ponto de virada histórico para o agro brasileiro, com grandes avanços em exportações e expansão de mercados, resultando em um recorde nas vendas externas."


Exportações em alta

O Brasil exportou diretamente 193,02 milhões de toneladas de grãos, um aumento significativo de 24,3% em comparação com 2022. Além disso, houve expansão em outros setores, como carnes (+5,4%), açúcar (+15,1%), sucos (+6,0%), frutas (+5,9%), couros e seus produtos (+19,7%).

Os setores exportadores que mais contribuíram para as vendas foram o complexo soja, complexo sucroalcooleiro, cereais, farinhas e preparações, e sucos. O complexo soja liderou, representando 40,4% do total exportado.


R$16 bilhões em importações

Quanto às importações, o agronegócio brasileiro importou US$ 16,61 bilhões. O país também lançou um programa ambicioso para converter pastagens degradadas em áreas agricultáveis, buscando dobrar a produção de forma sustentável.

Para o ano de 2024, espera-se que o Brasil se consolide ainda mais como uma potência agropecuária global, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e se mantendo como um importante fornecedor de alimentos para o mundo.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Foto: Javier Garcia por Pixabay
Fonte: Mapa

domingo, 14 de janeiro de 2024

Mapa e Serpro Firmam Parceria para a Criação da Plataforma Digital de Inovação Agropecuária

Mapa e Serpro desenvolvem a Plataforma AgroHub Brasil, promovendo inovação e tecnologia no setor agropecuário brasileiro

Foto: trator moderno.

Em um movimento significativo para o setor agropecuário brasileiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) celebraram um Acordo de Cooperação Técnica. O objetivo deste acordo é desenvolver e operacionalizar a “Plataforma Digital de Inovação Agropecuária AgroHub Brasil”.

A Plataforma AgroHub Brasil será um ambiente virtual de Inovação Aberta, criado especificamente para o setor agropecuário. Esta plataforma tem como objetivo fomentar a interação dos diversos ecossistemas regionais, contribuindo assim para a execução do Programa AgroHub Brasil.

A plataforma contará com suporte multilíngue e empregará soluções tecnológicas avançadas, como API (Interface de Programação de Aplicativos) e IA (Inteligência Artificial). Através destas tecnologias, a Plataforma AgroHub Brasil pretende conectar academia, governo, sociedade civil, empreendedores e investidores. Esta conexão criará uma rede de transferência tecnológica voltada para a busca de soluções inovadoras que atendam aos produtores e fomentem o empreendedorismo tecnológico no campo.

Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, destacou a importância de ambientes de inovação voltados para a agropecuária, como a Plataforma AgroHub Brasil. Segundo ela, esses ambientes são instrumentos essenciais para fazer com que a tecnologia chegue ao produtor rural. Ela ressaltou que “O Brasil é um país de dimensões continentais, com necessidades e potenciais diferentes em cada região. Com a Inovação Aberta é possível trabalhar com políticas públicas mais focadas nessas particularidades, com estratégias mais sustentáveis e de maior engajamento”.

Este acordo entre o Mapa e o Serpro representa um passo importante para o setor agropecuário brasileiro. Através da Plataforma AgroHub Brasil, espera-se que a inovação e a tecnologia sejam mais acessíveis aos produtores rurais, permitindo que eles se beneficiem das últimas tendências e desenvolvimentos no campo da agropecuária. Além disso, a plataforma também visa promover o empreendedorismo tecnológico no campo, incentivando a criação e o desenvolvimento de novas soluções e tecnologias que possam beneficiar o setor agropecuário como um todo.

A Plataforma AgroHub Brasil é um exemplo de como a cooperação entre diferentes setores pode levar a soluções inovadoras e eficazes. Ao conectar academia, governo, sociedade civil, empreendedores e investidores, a plataforma cria um ecossistema de inovação que pode levar a avanços significativos no setor agropecuário. Com a implementação bem-sucedida desta plataforma, o Brasil pode se posicionar como um líder global em inovação agropecuária.

A celebração deste Acordo de Cooperação Técnica entre o Mapa e o Serpro para o desenvolvimento e operacionalização da Plataforma Digital de Inovação Agropecuária AgroHub Brasil é um marco importante para o setor agropecuário brasileiro. Através desta plataforma, espera-se que os produtores rurais tenham acesso a soluções tecnológicas inovadoras que possam ajudá-los a enfrentar os desafios do setor agropecuário e a aproveitar as oportunidades que a tecnologia e a inovação podem oferecer.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Foto: amymilitary por Pixabay
Fonte: Mapa

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Agricultura: Expectativas para 2024

Clima adverso e custos altos devem pressionar produção, mas destaques como arroz, laranja e trigo devem compensar

Agricultura

O ano de 2024 deve ser marcado por desafios para o setor agropecuário brasileiro. As condições climáticas adversas, com secas e estiagens intensas em algumas regiões do país, devem impactar negativamente a produção de grãos, a principal atividade do agronegócio brasileiro.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra brasileira de grãos em 2024 deve totalizar 306,4 milhões de toneladas, uma queda de 13,5 milhões de toneladas em relação à safra de 2023. A principal cultura afetada será o milho, com produção prevista de 123,9 milhões de toneladas, uma queda de 12,7%. A soja, por sua vez, deve apresentar queda de 1,4%, para 329,9 milhões de toneladas.

Além das condições climáticas, o aumento dos custos de produção também deve pressionar os resultados do agronegócio em 2024. Os preços dos insumos, como fertilizantes, defensivos e sementes, têm registrado alta nos últimos meses, o que tem reduzido a margem de lucro dos produtores.

Apesar dos desafios, o agronegócio brasileiro deve continuar a ser um dos setores mais importantes da economia brasileira. As projeções do Ministério da Agricultura apontam para um Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuário de R$ 1,166 trilhão em 2024, uma queda de 0,2% em relação a 2023.


Os destaques do agronegócio em 2024

Apesar do cenário desafiador, alguns produtos agrícolas devem apresentar desempenho positivo em 2024. O arroz, por exemplo, deve registrar alta de 29,9% na produção, para 26,3 milhões de toneladas. A laranja também deve apresentar crescimento, com produção estimada em 26,4 milhões de toneladas, um aumento de 28,3%. O trigo, por sua vez, deve reverter o cenário de queda da safra passada e registrar alta de 24,2%, para 12,9 milhões de toneladas ¹.


Os desafios para o agronegócio em 2024

Os principais desafios para o agronegócio brasileiro em 2024 poderão ser:

  • Condições climáticas adversas: As secas e estiagens intensas devem impactar negativamente a produção de grãos, a principal atividade do agronegócio brasileiro.
  • Aumento dos custos de produção: Os preços dos insumos, como fertilizantes, defensivos e sementes, têm registrado alta nos últimos meses, o que tem reduzido a margem de lucro dos produtores.
  • Riscos sanitários: O setor agropecuário brasileiro está exposto a uma série de riscos sanitários, como pragas e doenças, que podem causar prejuízos significativos à produção.

Perspectivas para o futuro

O agronegócio brasileiro deve continuar a ser um dos setores mais importantes da economia brasileira nos próximos anos. No entanto, o setor precisará enfrentar os desafios mencionados acima para garantir a sua competitividade e o seu crescimento.

Algumas medidas que podem ser adotadas para mitigar esses desafios incluem:

  • Investimentos em pesquisa e desenvolvimento: O desenvolvimento de novas tecnologias e práticas agrícolas pode ajudar a reduzir a dependência de insumos importados e a aumentar a produtividade.
  • Apoio à inovação: O setor agropecuário precisa ser incentivado a inovar, tanto na produção quanto na comercialização.
  • Cooperação internacional: O Brasil pode trabalhar em conjunto com outros países para enfrentar os desafios globais, como as mudanças climáticas e a segurança alimentar.


Reportagem por Amanhcer Agrícola
Foto Илья por Pixabay
¹Fonte: Globo Rural

domingo, 7 de janeiro de 2024

Agricultura Urbana: Uma Solução Para a Sustentabilidade nas Cidades

Pode ser praticada em diversos espaços, como telhados, quintais, varandas e até mesmo em espaços públicos.

Cidade cercada por campos

A agricultura urbana é uma prática que consiste no cultivo de alimentos em áreas urbanas. Ela pode ser uma solução para a sustentabilidade nas cidades, pois contribui para a redução do desperdício de alimentos, a melhoria da qualidade do ar e da água, e a promoção da biodiversidade.


Redução do desperdício de alimentos

A agricultura urbana pode ajudar a reduzir o desperdício de alimentos, pois permite que as pessoas cultivem seus próprios alimentos, diminuindo a necessidade de comprar alimentos importados. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de um terço dos alimentos produzidos para consumo humano são desperdiçados ao longo da cadeia de abastecimento. O desperdício de alimentos é um problema ambiental sério, pois contribui para as mudanças climáticas, a poluição e o uso ineficiente de recursos naturais.


Melhoria da qualidade do ar e da água

A agricultura urbana também contribui para a melhoria da qualidade do ar e da água. As plantas absorvem o dióxido de carbono e produzem oxigênio, o que ajuda a reduzir a poluição do ar. Além disso, as plantas ajudam a filtrar a água da chuva, reduzindo a poluição da água.


Promoção da biodiversidade

A agricultura urbana também pode promover a biodiversidade, pois atrai aves, insetos e outros animais. A biodiversidade é importante para o equilíbrio dos ecossistemas e para a saúde humana.


Exemplos de agricultura urbana

Existem diversos exemplos de agricultura urbana no mundo. Em Nova York, por exemplo, existiam cerca de 900 pequenas fazendas e hortas urbanas em 2013*. Em São Paulo, existe o projeto “Cidades Sem Fome”, que promove a agricultura urbana em mais de 80 hortas urbanas e escolares, a maioria delas na Zona Leste de São Paulo. Além disso, a Coordenadoria de Agricultura da Prefeitura de São Paulo implementa ações para o desenvolvimento rural sustentável e o fortalecimento da agricultura urbana e periurbana.

No Brasil, a agricultura urbana é uma realidade e vem crescendo nos últimos anos. O Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, tem como objetivo promover a agricultura sustentável nas áreas urbanas e nas regiões periurbanas.


Exemplos específicos

  1. Aqui estão alguns exemplos específicos de como a agricultura urbana pode contribuir para a sustentabilidade:
  2. Uma horta urbana em um telhado pode reduzir a necessidade de ar condicionado, pois as plantas ajudam a resfriar o ambiente.
  3. Um jardim comunitário pode promover a interação social entre os moradores de uma comunidade, o que pode contribuir para a redução da violência.
  4. Uma fazenda urbana pode produzir alimentos frescos e saudáveis para as pessoas que vivem nas cidades, o que pode contribuir para a melhoria da saúde pública.

A agricultura urbana é uma prática que tem o potencial de contribuir significativamente para a sustentabilidade nas cidades. Ela pode ser uma solução para diversos problemas ambientais e sociais, como o desperdício de alimentos, a poluição do ar e da água, e a desigualdade social.


Foto: Dim Hou por Pixabay

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

MAPA Encerra 2023 com 90 Produtos de Baixo Impacto Registrados, Reforçando Compromisso com Agricultura Sustentável

MAPA celebra avanço sustentável na agricultura, encerrando 2023 com 90 produtos de baixo impacto registrados

Mapa encerra 2023 com 90 produtos de baixo impacto registrados / Plantinha no solo


O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária finaliza o ano de 2023 com um marco significativo no campo da agricultura sustentável. O Ato nº 60, publicado nesta sexta-feira (29) no Diário Oficial da União, registrou 55 produtos formulados para controle de pragas na agricultura, dos quais 19 são classificados como de baixo impacto.

A crescente preocupação com práticas agrícolas sustentáveis é evidenciada pelo total de 365 agrotóxicos registrados ao longo de 2023, com um expressivo número de 90 produtos considerados de baixo impacto. Esses produtos, que incluem produtos de origem biológica, produtos fitossanitários aprovados para a agricultura orgânica, produtos semioquímicos e reguladores de crescimento, desempenham um papel crucial na promoção de práticas agrícolas mais amigáveis ao meio ambiente.

Os produtos de baixo impacto não apenas se destacam pelos benefícios ambientais e toxicológicos, mas também contribuem para o suporte fitossanitário insuficiente em diversas culturas, uma vez que são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura. Esse enfoque reforça a busca por alternativas sustentáveis para o controle de pragas, alinhando-se às demandas crescentes por uma agricultura mais responsável.

Entre os registros do Ato nº 60, destacam-se os defensivos biológicos que incorporam ativos amplamente conhecidos, como Bacillus subtilis, Bacillus thuringiensis, Bacillus amyloliquefaciens, Metarhizium anisopliae e Trichoderma asperellum. Além disso, foram registrados produtos biológicos com ativos menos conhecidos, como Bacillus firmus, Peptídeos Derivados da Proteína Harpin, Heterorhabditis bacteriophora e Steinernema carpocapsae.

A publicação também revela dois produtos idênticos aos já registrados no Ato nº 52, baseados na mistura de isolados de Bacillus thuringiensis com Brevibacillus laterosporus e outro à base de Bacillus aryabhattai, Bacillus haynesii e Bacillus circulans. Essa diversidade de produtos evidencia a constante busca por soluções inovadoras e eficazes no controle de pragas, promovendo uma agricultura mais resistente e sustentável.

No âmbito dos produtos químicos, a inovação se destaca por meio de misturas de ativos já registrados, aprovados nos Estados Unidos, União Europeia ou Austrália. Muitos desses produtos se enquadram nas novas definições da Lei 14.785/2023 como produtos genéricos ou idênticos, representando uma estratégia importante para diminuir a concentração do mercado e estimular a concorrência, resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Todos os produtos registrados no Ato nº 60 passaram por rigorosas análises e aprovações pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, seguindo critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais. Esse processo garante a segurança dos agricultores e consumidores, consolidando o compromisso do MAPA com a promoção de uma agricultura moderna, eficiente e, acima de tudo, sustentável.


Reportagem por Amanhecer Agrícola,
Fonte: Mapa,
Foto: Divulgação/Mapa

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Brasil Obtém Acordo de “Pre-listing” com Chile para Exportação de Ovos

Parceria impulsiona exportação de ovos brasileiros, fortalecendo laços entre Brasil e Chile no setor agrícola

Ovos.


O Brasil alcançou um marco significativo no setor agrícola com a obtenção de um acordo de "pre-listing" com o Chile para a exportação de ovos. O anúncio foi feito pelo governo brasileiro, que expressou satisfação pelo reconhecimento, por parte das autoridades chilenas, da equivalência de sistemas de inspeção sanitária para as exportações brasileiras desse produto essencial.

O processo de "pre-listing" é um reflexo da alta confiança depositada no sistema de controle sanitário nacional brasileiro. Esse procedimento permite que o Ministério de Agricultura do Chile conceda ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) do Brasil a autoridade para certificar e habilitar estabelecimentos previamente auditados. Além disso, o acordo inclui a promissora possibilidade de habilitar outras unidades produtivas que atendam aos rigorosos requisitos estabelecidos pelas autoridades chilenas.

Durante os primeiros onze meses deste ano, o Chile se destacou como o sétimo maior importador de ovos do Brasil, totalizando mais de US$ 7 milhões em aquisições desse produto. Com o reconhecimento do sistema brasileiro pelas autoridades chilenas, espera-se que o Brasil fortaleça sua presença no mercado chileno, contribuindo significativamente para garantir a segurança alimentar no país.

Os números revelam a importância crescente das relações comerciais entre o Brasil e o Chile. Somente neste ano, as exportações brasileiras para o Chile atingiram a impressionante marca de US$ 1,6 bilhão, destacando-se produtos como carnes, itens do complexo sucroenergético e produtos florestais. Em contrapartida, as importações brasileiras provenientes do Chile totalizaram US$ 1,3 bilhão, com notável destaque para pescados, frutas e bebidas.

Esse resultado positivo não teria sido possível sem a estreita coordenação entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A parceria entre esses dois órgãos governamentais foi essencial para superar desafios e promover a qualidade e segurança dos produtos agrícolas brasileiros no cenário internacional.

O acordo de "pre-listing" representa um avanço significativo nas relações bilaterais entre o Brasil e o Chile, abrindo novas oportunidades para o setor agrícola e fortalecendo ainda mais os laços comerciais entre as duas nações. A notícia é recebida com entusiasmo pelos produtores de ovos no Brasil, que agora têm a perspectiva de expandir seus horizontes no mercado chileno e contribuir para o crescimento sustentável do setor.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: Divulgação/Mapa

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

CMN Aprova Linha de Crédito Especial de R$700 Milhões para Produtores de Leite do Brasil

Linha de crédito especial para cooperativas ajudará produtores a regularizar situação e cumprir compromissos


Vacas leiteiras.



Em uma medida que visa fortalecer a cadeia produtiva de lácteos no Brasil, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira (21), uma linha de crédito especial com subvenção federal específica para cooperativas de produtores de leite. A iniciativa, proposta pelos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), prevê um repasse de mais de R$700 milhões.

O programa, denominado "Desenrola Leite", tem como principal objetivo proporcionar às cooperativas de produção de lácteos a obtenção de recursos financeiros que as auxiliem a ajudar os produtores a regularizarem sua situação e cumprir outros compromissos relacionados aos insumos adquiridos na cooperativa. O montante, proveniente de recursos do Plano Safra 2023/24 não utilizados e devolvidos por instituições financeiras, será repassado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Brasil.

O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a importância da nova linha de crédito: "É Desenrola Leite! Ao longo de todo o ano estamos trabalhando em uma série de ações, tanto emergenciais, quanto estruturantes. Estamos focados na busca de soluções. Agora, esta nova linha de crédito vai dar um fôlego para as cooperativas e, consequentemente, aos produtores, não apenas seus cooperados, mas todos aqueles que contam com esses serviços."

As condições especiais estabelecidas para o financiamento incluem uma taxa de juros de 8% ao ano, com uma taxa especial de 4% ao ano para a agricultura familiar. Além disso, os beneficiários terão um período de carência de 24 meses e 60 meses para o pagamento. Wilson Vaz, secretário substituto de Política Agrícola do Mapa, ressaltou que a iniciativa contribuirá para melhorar a liquidez dos produtores, conferindo-lhes maior competitividade no mercado.

O setor lácteo no Brasil desempenha um papel socioeconômico relevante, gerando renda e empregos, além de ser crucial para a segurança alimentar. Segundo o MDA, a renda obtida pelos pequenos produtores é essencialmente direcionada ao consumo local, impactando positivamente na criação e manutenção de empregos nos setores de comércio e serviços, especialmente nas pequenas e médias cidades do interior do país.

A produção anual de leite no Brasil é estimada em 35 bilhões de litros, provenientes de aproximadamente 1,18 milhão de propriedades rurais produtoras de leite. Entretanto, o Censo Agropecuário de 2017 revelou uma redução de 174 mil propriedades em comparação ao censo anterior. Cerca de 93% dessas propriedades têm uma produção diária de até 200 litros, destacando a predominância da atividade conduzida por pequenos e médios produtores.

O aumento das importações de leite em pó e a queda nos preços pagos aos produtores são desafios enfrentados pelo setor. No período de janeiro a outubro de 2023, os preços pagos aos produtores de leite reduziram em 26%, enquanto as importações de leite em pó aumentaram em impressionantes 217% em comparação com o mesmo período de 2022.

Para enfrentar esses desafios, o governo brasileiro implementou diversas medidas, incluindo a criação de um Grupo de Trabalho para reverter a situação de importação e comercialização de leite no país. Em agosto, R$200 milhões foram disponibilizados pela Conab para apoiar a comercialização de leite em pó, proporcionando um alívio emergencial aos produtores. Além disso, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex) aprovou o aumento do imposto de importação de 12% para 18%, por um período de um ano, para três produtos lácteos.

Em outubro, um decreto fortaleceu a cadeia produtiva do leite no Brasil, modificando as condições para a utilização dos créditos presumidos de PIS/Pasep e Cofins concedidos pelo Programa Mais Leite Saudável do Ministério da Agricultura e Pecuária. Adicionalmente, medidas de combate à hidratação e entrada ilegal de leite foram acionadas, com a Polícia Federal e a Receita Federal intensificando a fiscalização sobre a qualidade do leite importado.

No próximo mês, entra em vigor a aplicação dos créditos tributários do novo Programa Mais Leite Saudável, projetado para impulsionar a produção de leite in natura e promover o desenvolvimento da cadeia produtiva leiteira do Brasil. Todas essas medidas refletem o compromisso do governo em apoiar os produtores de leite, garantindo a sustentabilidade do setor e a segurança alimentar no país.


Reportagem por Amanhecer Agrícola
Fonte: Mapa
Foto: JackieLou DL por Pixabay


segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

É a Agricultura um Âmbito Financeiro Rentável? | Perguntas e Respostas

A agricultura é um setor importante da economia global, mas a sua rentabilidade depende de uma série de fatores. Conheça os principais deles.

Plantação vista por cima com o sol no horizonte.

A agricultura é um setor importante da economia global, responsável por fornecer alimentos, fibras, energia e outros produtos essenciais para a vida humana. No entanto, a pergunta se a agricultura é um âmbito financeiro rentável é complexa e depende de uma série de fatores, incluindo o tipo de cultivo, as condições climáticas, os custos de produção e os preços de mercado.


A agricultura é um negócio lucrativo?

Em geral, a agricultura é um negócio lucrativo, mas isso não significa que seja fácil. Os agricultores enfrentam uma série de desafios, incluindo a volatilidade dos preços, as condições climáticas adversas e a concorrência global. No entanto, aqueles que são bem-sucedidos podem gerar um bom lucro.


Quais fatores influenciam a rentabilidade da agricultura?

A rentabilidade da agricultura é influenciada por uma série de fatores, incluindo:


  • O tipo de cultivo: Alguns cultivos são mais lucrativos do que outros. Por exemplo, a produção de commodities, como soja, milho e trigo, pode ser muito lucrativa, mas também é muito competitiva.
  • As condições climáticas: As condições climáticas podem ter um impacto significativo na produtividade e nos custos de produção. Por exemplo, uma seca ou uma inundação pode causar grandes perdas para os agricultores.
  • Os custos de produção: Os custos de produção incluem os custos de sementes, insumos, mão de obra e equipamentos. Os custos de produção podem variar significativamente dependendo da região e do tipo de cultivo.
  • Os preços de mercado: Os preços de mercado dos produtos agrícolas podem variar significativamente, dependendo da oferta e da demanda. Os agricultores podem ser afetados negativamente por preços baixos, que podem reduzir seus lucros ou até mesmo levar à falência.


Como aumentar a rentabilidade da agricultura?

Existem uma série de coisas que os agricultores podem fazer para aumentar a rentabilidade de suas operações, incluindo:

  • Efetuar investimentos em tecnologia: A tecnologia pode ajudar os agricultores a melhorar a produtividade e reduzir os custos de produção.
  • Adotar práticas sustentáveis: As práticas sustentáveis, como a rotação de culturas e o manejo integrado de pragas, podem ajudar os agricultores a reduzir os custos e aumentar a produtividade.
  • Diversificar as atividades agrícolas: A diversificação das atividades agrícolas pode ajudar os agricultores a reduzir o risco e aumentar a rentabilidade.


A agricultura é um setor complexo que oferece oportunidades de lucro, mas também apresenta desafios. Os agricultores que são bem-sucedidos são aqueles que são capazes de gerenciar esses desafios e aproveitar as oportunidades.


Foto de Masood Aslam por Pexels