segunda-feira, 17 de julho de 2023

Plano Safra 2023/2024 incentiva sustentabilidade e conta com 13 programas para investimentos agrícolas

Governo Federal fortalece produção ambientalmente sustentável por meio do crédito rural

Colheita de milhoImagem de Franz W. por Pixabay


No âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Plano Safra 2023/2024 foi lançado com o objetivo de oferecer apoio ao setor agropecuário brasileiro, por meio de linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas. Essa nova edição do Plano Safra apresenta um crescimento significativo de 26,8% em relação ao plano anterior e traz um reforço ao incentivo e fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis.

O programa, que vai vigorar até junho de 2024, tem como destaque a redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e a premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou a importância de conciliar produção e preservação, destacando que é possível intensificar a produção agrícola e combater o desmatamento ao mesmo tempo.

No lançamento, foram disponibilizados R$ 364,22 bilhões em crédito rural para a agricultura empresarial, tanto para custeio como para investimento. É importante ressaltar que esse montante pode sofrer alterações ao longo da vigência do Plano Safra, que é considerado um programa dinâmico, sujeito a ajustes e busca constante por alternativas para subsidiar o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.

Dos recursos destinados ao crédito rural, R$ 272,12 bilhões serão direcionados ao custeio e comercialização, representando um aumento de 26% em relação ao ano anterior. Além disso, serão destinados R$ 92,1 bilhões para investimentos, um crescimento de 28%. Desses recursos, R$ 186,4 bilhões serão com taxas controladas, sendo R$ 84,9 bilhões com taxas não equalizadas e R$ 101,5 bilhões com taxas equalizadas (subsidiadas). Outros R$ 177,8 bilhões serão destinados a taxas livres.




As taxas de juros variam de acordo com cada programa. Para custeio e comercialização, os produtores enquadrados no Pronamp têm acesso a taxas de 8% ao ano, enquanto os demais produtores têm taxas de 12% ao ano. Para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12,5% ao ano, dependendo do programa escolhido.

No total, são oferecidos 13 programas de investimentos no Plano Safra 2023/2024, que visam à inovação e modernização das atividades produtivas, contribuindo para o aumento da produtividade, competitividade, emprego e renda no setor agropecuário. Esses programas abrangem diferentes áreas, desde a modernização da frota agrícola até a construção de armazéns e a promoção de práticas sustentáveis.

Dentre os programas de investimentos, destaca-se o Moderfrota, que financia tratores, implementos agrícolas, colheitadeiras e pulverizadores. O Inovagro apoia investimentos na inovação tecnológica na produção agropecuária, visando ao aumento da produtividade e à adoção de boas práticas agrícolas. Já o PCA financia a construção e ampliação de armazéns, visando a aumentar a capacidade de armazenagem no país.

Além desses programas, o Plano Safra também inclui o Pronamp, voltado para os produtores rurais de médio porte, com renda bruta anual de até R$ 3 milhões. O Proirriga financia investimentos em agricultura irrigada e cultivo protegido, enquanto o Renovagro oferece financiamento para sistemas de produção agropecuária sustentáveis, como a recuperação de pastagens degradadas e a adoção de práticas sustentáveis.

O Governo Federal, por meio do Plano Safra 2023/2024, busca incentivar a produção agrícola de forma sustentável, promovendo a preservação do meio ambiente e o fortalecimento do agronegócio nacional. Com a disponibilização de linhas de crédito, juros reduzidos e programas específicos, os produtores rurais têm a oportunidade de modernizar suas atividades, aumentar sua produtividade e contribuir para a competitividade do setor agrícola brasileiro. O desafio é conciliar o crescimento da produção com a proteção do meio ambiente, criando um modelo agrícola mais sustentável e consciente.

Fonte: gov.br/MAPA

domingo, 16 de julho de 2023

Dicas Agrícolas: Como reduzir o desperdício de água?

A água é um recurso natural valioso e limitado, e a agricultura é uma das atividades humanas que mais depende dela. No entanto, com o aumento da escassez hídrica em várias regiões do mundo, é crucial adotar medidas para reduzir o desperdício de água na agricultura. Nesta reportagem, exploraremos algumas estratégias eficazes que os agricultores podem adotar para maximizar a eficiência hídrica em suas operações.


1. Melhoria do sistema de irrigação:

Uma das principais áreas onde ocorre o desperdício de água na agricultura é o sistema de irrigação. Muitos sistemas tradicionais, como a irrigação por inundação, são ineficientes e levam a uma utilização excessiva de água. Investir em sistemas de irrigação modernos, como a irrigação por gotejamento ou a microaspersão, pode reduzir significativamente o desperdício de água. Esses sistemas fornecem água diretamente às raízes das plantas, minimizando perdas por evaporação e vazamentos. É claro que sempre é aconselhável contatar um profissional, pois cada situação é única.

Gotejamento




2. Monitoramento e controle do uso da água:

É fundamental que os agricultores monitorem e controlem o uso da água em suas propriedades. Isso pode ser feito por meio da instalação de medidores de vazão e sensores de umidade no solo. Com essas ferramentas, é possível determinar a quantidade de água necessária para irrigação em diferentes estágios de crescimento das plantas, evitando o uso excessivo. Além disso, a implementação de sistemas de automação e controle remoto permite ajustar a irrigação com base nas condições climáticas e nas necessidades hídricas das culturas.


3. Práticas de conservação de água no manejo do solo:

A maneira como o solo é manejado também desempenha um papel crucial na conservação da água na agricultura. Práticas como a cobertura morta, o cultivo mínimo e a rotação de culturas podem ajudar a reter a umidade do solo, reduzindo a necessidade de irrigação frequente. A cobertura morta, por exemplo, consiste na aplicação de materiais orgânicos na superfície do solo, criando uma camada protetora que retém a água e reduz a evaporação.

Cobertura morta



4. Reutilização de água e coleta de chuva:

Outra estratégia importante para reduzir o desperdício de água na agricultura é a reutilização de água e a coleta de chuva. Águas residuais tratadas, por exemplo, podem ser usadas para irrigação, reduzindo a demanda por água potável. Além disso, a instalação de sistemas de coleta de chuva, como cisternas e tanques de armazenamento, permite aproveitar a água das chuvas para irrigação durante períodos de seca.

Gotas de água em folha


5. Educação e treinamento:

A educação e o treinamento dos agricultores desempenham um papel fundamental na redução do desperdício de água. Programas de conscientização sobre práticas sustentáveis de gestão da água na agricultura devem ser promovidos e incentivados. Os agricultores devem ser informados sobre as melhores técnicas disponíveis, os benefícios econômicos e ambientais da conservação da água, e como implementar medidas eficazes em suas propriedades.


A redução do desperdício de água na agricultura é uma necessidade urgente, dada a crescente escassez hídrica. A adoção de estratégias eficazes, como a melhoria dos sistemas de irrigação, o monitoramento do uso da água, as práticas de conservação do solo, a reutilização de água e a coleta de chuva, juntamente com a educação e o treinamento adequados dos agricultores, pode ajudar a maximizar a eficiência hídrica e garantir a sustentabilidade da agricultura. É hora de agir e promover a utilização responsável desse recurso precioso para garantir a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente.



sábado, 15 de julho de 2023

Lei da União Europeia sobre o desmatamento foi discutida na Câmara dos Deputados

Lei da União Europeia sobre o desmatamento é tema de debate na Câmara dos Deputados

Uma foto ilustartiva sobre o desmatamento
A foto é apenas ilustrativa/Imagem de Samuel Ruiz por Pixabay


Em uma audiência pública conjunta realizada na Câmara dos Deputados, foram debatidos os impactos do Regulamento da União Europeia (UE) contra o desmatamento em cadeias produtivas e as exportações brasileiras. Essa lei, aprovada pelo Parlamento Europeu, tem aplicação prevista para dezembro de 2024 e incide sobre produtos como madeira, soja, carne bovina, cacau, café, óleo de palma, borracha e derivados.

O governo brasileiro enviou representantes para participar da audiência e expressar sua preocupação com a regulação proposta. Segundo eles, a lei envolve fatores complexos que apresentam prejuízos diretos ao comércio agrícola, especialmente aos pequenos e médios produtores. Eles argumentam que a regulamentação extrapola os limites territoriais da União Europeia ao legislar sobre seu próprio território e mercado, além de não observar os princípios internacionais e incentivar o aumento das desigualdades nas relações comerciais.

A secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Inovação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Renata Miranda, destacou que os critérios estabelecidos no documento aprovado pela União Europeia estão desalinhados com a sustentabilidade social, econômica e ambiental, além de serem incompatíveis com a realidade brasileira. Ela ressaltou a importância de decisões multilaterais e de buscar soluções coletivas, enfatizando que decisões unilaterais prejudicam esse processo.


Foto: Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA). Tirada de g1.globo.com



A audiência contou com a participação de autoridades como o embaixador-chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez; o embaixador-diretor do Departamento de Política Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Fernando Pimentel; a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres; o diretor do Departamento de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Raoni Guerra; o gerente de recursos naturais da Confederação Nacional da Indústria, Mário Augusto de Campos; a diretora de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura, Sueme Mori Andrade; e o advogado Daniel Tronco.

A audiência foi promovida pelas comissões de Agricultura e de Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados, buscando aprofundar o debate sobre a legislação proposta pela União Europeia e seus impactos no setor agrícola brasileiro.

A lei aprovada pelo Parlamento Europeu determina a proibição da importação de produtos provenientes de áreas com qualquer nível de desmatamento identificado até dezembro de 2020, independentemente de ser legal ou ilegal. Essa regulamentação afeta vários produtos presentes na cadeia produtiva brasileira, com exceção do óleo de palma, que não é exportado pelo país.

As principais punições estabelecidas pela lei incluem a suspensão do comércio importador, a apreensão ou destruição completa dos produtos e multas em dinheiro correspondentes a até 4% do valor anual arrecadado pela operadora responsável. Para que as commodities brasileiras entrem em território europeu, elas precisarão passar por uma verificação rigorosa para afastar a possibilidade de terem sido produzidas em áreas desmatadas.

Essa legislação tem gerado preocupação entre os produtores brasileiros e o governo, pois impõe restrições comerciais significativas. Além disso, argumenta-se que os critérios estabelecidos pela União Europeia não levam em consideração a realidade brasileira e os princípios de sustentabilidade social, econômica e ambiental. Os debates realizados na Câmara dos Deputados são parte dos esforços para buscar soluções que atendam tanto às preocupações ambientais quanto aos interesses econômicos do Brasil.

O governo brasileiro e as entidades envolvidas no setor estão empenhados em buscar alternativas que garantam a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, sem comprometer a economia e os meios de subsistência dos produtores. A busca por um diálogo construtivo e soluções mutuamente benéficas é essencial para enfrentar os desafios globais relacionados ao desmatamento e às mudanças climáticas.


Fonte: gov.br

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Ciclone devasta estruturas de produtores de leite no Rio Grande do Sul, deixando comunidades rurais em estado de emergência

Fortes ventos causam destruição em galpões e prejudicam a produção leiteira no estado

Porcos encontram refúgio entre os escombros após um ciclone devastar os alojamentos em uma propriedade em Santa Rosa (RS).
Porcos encontram refúgio entre os escombros após um ciclone devastar os alojamentos em uma propriedade em Santa Rosa (RS). — Foto: Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA). Tirada de g1.globo.com


Um ciclone extratropical de proporções devastadoras atingiu o estado do Rio Grande do Sul, deixando um rastro de destruição nas comunidades rurais e afetando severamente os produtores de leite. A passagem do ciclone, caracterizado por fortes ventos, resultou na destruição de galpões e estruturas agrícolas em várias regiões, deixando os agricultores em situação de emergência.

Na região Celeiro, localizada no noroeste do estado, cerca de oito cidades foram severamente afetadas, resultando em mais de 500 produtores de leite com suas estruturas danificadas. Segundo relatos do vice-presidente de Finanças da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Nacir Penz, a situação é desoladora e exige apoio urgente das autoridades.

"A coisa está cruel. Teremos que encontrar uma maneira de distribuir os animais entre os produtores que não foram afetados. Muitos produtores de outras cidades já estavam ajudando e tentando salvar os animais", destacou Penz, ressaltando a importância da solidariedade entre os produtores da região.

O presidente da Gadolando, Marcos Tang, descreveu a situação como um "cenário de guerra" na região Celeiro. Ele relatou que os produtores estão se esforçando para resgatar vacas presas nos escombros, enfrentando a falta de estruturas adequadas para ordenhar o leite. A situação é particularmente preocupante, pois os produtores já estavam enfrentando dificuldades no setor e agora se deparam com uma nova tragédia.


Chuvas intensas

Além dos danos físicos às estruturas, o ciclone também causou impactos no setor agrícola como um todo. O Boletim Integrado Agrometeorológico, divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado, relata que a semana foi marcada por chuvas intensas em grande parte do Rio Grande do Sul. Os volumes acumulados foram elevados, variando entre 70 e 100 mm na maioria das regiões, com registros ainda mais altos em algumas localidades.





Essas condições climáticas adversas têm impactado diretamente as culturas agrícolas. A cultura de trigo, por exemplo, teve sua semeadura comprometida devido ao excesso de umidade no solo, causado pelas chuvas intensas. Os produtores enfrentam dificuldades para concluir a semeadura e algumas lavouras tiveram que recorrer à semeadura a lanço com distribuidores centrífugos.

A cultura de aveia branca, por sua vez, encontra-se em estágio final de implantação. Embora as lavouras implantadas apresentem desenvolvimento adequado, as chuvas adiaram a conclusão total do plantio. A canola também foi afetada, com a ocorrência de infestações de mariposas relacionadas à traça-das-crucíferas.

Além dos problemas enfrentados na agricultura, os criadores de bovinos de corte e de leite também estão sofrendo com as consequências do ciclone. A baixa oferta de forragem tem causado perda de peso nos animais, e muitos produtores estão buscando alternativas para a suplementação alimentar. O acúmulo de barro devido às chuvas tem prejudicado o crescimento das pastagens e a higiene na ordenha.

Diante dessa situação desafiadora, é essencial que as autoridades locais, estaduais e federais ofereçam apoio e assistência aos produtores afetados. Medidas emergenciais, como a distribuição de alimentos para o gado e a disponibilização de recursos para a reconstrução das estruturas danificadas, são necessárias para ajudar os agricultores a se recuperarem dessa tragédia.

A solidariedade entre os produtores e a comunidade em geral também desempenhará um papel fundamental na superação dessa adversidade. Com trabalho conjunto e apoio mútuo, os agricultores do Rio Grande do Sul poderão reconstruir suas atividades e garantir a continuidade da produção agrícola e leiteira, que são pilares essenciais para a economia e a segurança alimentar do estado.

Safra agrícola brasileira de 2023 projeta recorde de produção: 307,3 milhões de toneladas

Estimativa do IBGE indica aumento de 16,8% em relação a 2022, impulsionado por safra recorde de milho, soja, trigo e sorgo

Colheitadeira colhendo
Kátia Goretti Dias Vazzoller from Brazil - Wikimedia Commons

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje os resultados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), revelando que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas está prestes a atingir um novo recorde em 2023, totalizando 307,3 milhões de toneladas. Esse número representa um aumento de 16,8% em comparação com a safra de 2022, o que equivale a um acréscimo de 44,2 milhões de toneladas.

Na comparação com maio um aumento de 0,6%, com um acréscimo de 1,9 milhão de toneladas. Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo aumento de 1,4 milhão de toneladas na produção de milho, que está prevista para alcançar um recorde este ano. Além disso, a produção de soja, trigo e sorgo também apresenta expectativas de recordes.

A área a ser colhida em 2023 está estimada em 76,9 milhões de hectares, um aumento de 5,1% em relação ao ano anterior. Isso representa um acréscimo de 3,7 milhões de hectares. Em comparação com o mês anterior, a área a ser colhida teve um crescimento de 346.730 hectares, o que corresponde a um aumento de 0,5%.



Entre os destaques da safra 2023, estão as estimativas de produção de soja, milho, trigo e sorgo, todas projetando recordes. A produção de soja está prevista para atingir 148,4 milhões de toneladas, enquanto a estimativa para o milho é de 124,5 milhões de toneladas, divididas entre 28,1 milhões de toneladas na primeira safra e 96,3 milhões de toneladas na segunda safra. Outras culturas também estão registrando números expressivos, como arroz (10,0 milhões de toneladas), trigo (10,6 milhões de toneladas), algodão (em caroço) (6,9 milhões de toneladas) e sorgo (3,8 milhões de toneladas).

Segundo Carlos Barradas, gerente do LSPA, vários fatores contribuíram para essas projeções recordes. O clima favorável, exceto no Rio Grande do Sul, tem beneficiado a produção, especialmente dos produtos de segunda safra, como o milho. Além disso, o ano agrícola começou no momento adequado, sem atrasos no plantio da safra de verão, permitindo uma colheita pontual, especialmente da soja. A janela de plantio para o milho de segunda safra também foi favorável, ocorrendo logo após a colheita da safra de verão, em janeiro e fevereiro. Por fim, o aumento dos preços internacionais motivou os produtores a ampliarem o plantio.


El Niño pode afetar safra e Mato Grosso lidera produção

No entanto, há preocupações com o clima, especialmente devido à previsão do fenômeno El Niño, que pode causar secas, principalmente no Sul do país. A produção de trigo, por exemplo, pode ser afetada se as condições climáticas não permanecerem favoráveis, apesar do investimento em tecnologia e expansão do plantio motivados pelos preços internacionais elevados devido às tensões entre Rússia e Ucrânia.

Com 30,9% de participação, o estado do Mato Grosso lidera a produção nacional de grãos, seguido pelo Paraná (15,2%), Rio Grande do Sul (9,6%), Goiás (9,6%), Mato Grosso do Sul (8,9%) e Minas Gerais (5,9%). Juntos, esses estados representam 80,1% da produção total. Em termos regionais, a distribuição da produção de grãos é a seguinte: Centro-Oeste (49,7%), Sul (27,1%), Sudeste (9,5%), Nordeste (8,6%) e Norte (5,1%).

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) foi implantado em 1972 e fornece estimativas mensais de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos agrícolas de importância econômica e social para o país. O levantamento permite o acompanhamento das culturas ao longo do ano e fornece um prognóstico da safra para o ano seguinte. Os dados completos podem ser acessados no Sidra, sistema de consulta de estatísticas do IBGE.

Fonte: IBGE

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Trigo: Tendência de Queda no Paraná e Oscilações no Rio Grande do Sul

Campo de trigo



Nos últimos dias, os preços do trigo registraram variações significativas nas principais regiões produtoras do Brasil, de acordo com os dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Os números mostram a oscilação diária, mensal e em dólar do valor médio do trigo nas regiões do Paraná e Rio Grande do Sul.


No Paraná, no dia 12 de julho de 2023, o preço médio do trigo foi de R$ 1.337,36 por tonelada, apresentando uma variação negativa de 0,73% em relação ao dia anterior. Em comparação com o mês passado, houve uma queda de 1,76% no valor do trigo. Convertendo para dólar, o preço médio foi de US$ 277,58 por tonelada.

No dia 11 de julho, o preço médio registrou uma variação positiva de 1,47% em relação ao dia anterior, totalizando R$ 1.347,25 por tonelada. Entretanto, em comparação com o mês passado, houve uma queda de 1,03% no valor do trigo. Em dólar, o preço médio foi de US$ 277,33 por tonelada.

No dia 10 de julho, o preço médio do trigo no Paraná foi de R$ 1.327,67 por tonelada, representando uma variação negativa de 1,17% em relação ao dia anterior. Em relação ao mês passado, o valor teve uma queda de 2,47%. Convertendo para dólar, o preço médio foi de US$ 271,78 por tonelada.


No Rio Grande do Sul, no dia 12 de julho, o preço médio do trigo foi de R$ 1.308,25 por tonelada, com uma variação negativa de 0,37% em relação ao dia anterior. Em comparação com o mês passado, houve um aumento de 1,26% no valor do trigo. Convertendo para dólar, o preço médio foi de US$ 271,53 por tonelada.

No dia 11 de julho, o preço médio no Rio Grande do Sul registrou uma variação negativa de 1,24% em relação ao dia anterior, totalizando R$ 1.313,09 por tonelada. Em comparação com o mês passado, houve um aumento de 1,63% no valor do trigo. Em dólar, o preço médio foi de US$ 270,29 por tonelada.

No dia 10 de julho, o preço médio do trigo no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.329,51 por tonelada, apresentando uma variação positiva de 1,33% em relação ao dia anterior. Em relação ao mês passado, o valor teve um aumento de 2,90%. Convertendo para dólar, o preço médio foi de US$ 272,16 por tonelada.


A cultura do trigo desempenha um papel crucial na agricultura brasileira. O trigo é um cereal de grande importância para a alimentação humana e animal, sendo utilizado na produção de diversos produtos, como farinhas, pães, massas e rações. O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de trigo da América do Sul, e a sua produção é realizada principalmente nas regiões do Paraná e Rio Grande do Sul.




O trigo é uma cultura que demanda cuidados específicos durante o seu cultivo, como controle de pragas e doenças, manejo adequado do solo e escolha de variedades mais adaptadas às condições climáticas locais. Além disso, fatores econômicos, como os preços de mercado, também influenciam a produção e comercialização do trigo.

Em resumo, os preços do trigo nas regiões do Paraná e Rio Grande do Sul apresentaram variações nos últimos dias, refletindo as condições do mercado. A cultura do trigo desempenha um papel fundamental na agricultura brasileira, sendo utilizado na produção de diversos produtos. É essencial acompanhar as flutuações de preços para entender o cenário atual e suas implicações no setor agrícola.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Floresta conservada aumenta em quatro vezes a produtividade de açaí de terra firme

Estudo revela aumento significativo na produtividade do açaí de terra firme com preservação da biodiversidade natural

Abelha canudo
Jonathan Wilkins, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Açaí, uma riqueza natural da Amazônia

A região amazônica é conhecida por sua rica biodiversidade e seus recursos naturais valiosos. Entre eles, destaca-se o açaí (Euterpe oleracea), uma palmeira de grande importância econômica e cultural. O açaí é amplamente consumido por suas propriedades nutricionais e pelo sabor característico de seus frutos, que são usados na produção de sucos, sorvetes e diversos outros produtos.

No entanto, um estudo pioneiro realizado por cientistas da Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Meio Ambiente, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso (IFMT), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal de Goiás (UFG) revelou que a presença de grandes áreas de vegetação nativa no entorno ou próximas aos plantios de açaí em terra firme pode aumentar em até quatro vezes a produtividade desse cultivo em comparação com áreas sem floresta.



A importância da polinização e a descoberta do estudo

A polinização desempenha um papel fundamental na produção de frutos do açaí, uma vez que a planta é de polinização cruzada e requer agentes polinizadores para transferir o pólen entre as flores masculinas e femininas. No estudo, os pesquisadores se concentraram na polinização integrada de cultivos e avaliaram o impacto da introdução de colônias de abelhas nativas da Amazônia, especificamente da espécie Scaptotrigona postica, também conhecida como abelha canudo, em áreas de cultivo de açaizeiro em terra firme.

Para isso, foram selecionadas nove áreas de plantio de açaí em terra firme, localizadas em sete municípios do estado do Pará, com diferentes graus de floresta no entorno. Metade dessas áreas recebeu a introdução das colônias de abelhas canudo, enquanto a outra metade serviu como controle, sem a presença das colônias. O estudo comparou a produtividade entre esses dois grupos e os resultados foram surpreendentes.



A importância da conservação da floresta na produtividade do açaí

Os resultados da pesquisa mostraram que as áreas com grande quantidade de vegetação nativa ao redor dos plantios de açaí apresentaram um aumento de 433% na produtividade em comparação com as áreas sem floresta. As abelhas canudo introduzidas contribuíram para um aumento de 30% no número total de visitas de abelhas às flores do açaí. No entanto, elas também reduziram em 60% a abundância de abelhas silvestres e em 50% a diversidade de espécies de insetos presentes.

Os cientistas enfatizam que as abelhas manejadas têm potencial para aumentar a produção de frutos de açaí, mas não substituem o papel fundamental da floresta na provisão de serviços de polinização. Em áreas com mata preservada, as abelhas introduzidas aumentam o número de visitas às flores, mas reduzem a abundância e a diversidade de espécies silvestres. Além disso, a preservação de florestas reduz os custos para os produtores, que não precisam adquirir ou alugar colônias de abelhas.



Os benefícios da restauração florestal e a relação com a agricultura

O estudo destaca a importância da restauração florestal como uma estratégia fundamental para aumentar a produtividade, a lucratividade e a sustentabilidade da agricultura. A preservação das áreas de floresta não apenas beneficia o ecossistema natural e a biodiversidade, mas também proporciona um ambiente propício para a polinização e o aumento da produtividade dos cultivos.

Os pesquisadores enfatizam que os produtores devem considerar não apenas o manejo das abelhas, mas também o manejo da paisagem, criando corredores de mata entre os plantios e promovendo a diversidade de polinizadores nativos. Essa abordagem integrada permitirá uma maior eficiência na polinização e garantirá a sustentabilidade da produção agrícola a longo prazo.







Impacto econômico e social

Além dos benefícios ambientais, a conservação da floresta e o aumento da produtividade do açaí têm um impacto significativo no aspecto econômico e social. O estudo revelou que, nas áreas com pelo menos 40% de floresta conservada, houve um aumento de cerca de 433% na produtividade do açaí em comparação com as áreas com apenas 10% de cobertura florestal. Isso resultou em um aumento considerável no lucro dos produtores, que foi estimado em cerca de 34 mil reais por hectare ao ano.

Os custos envolvidos no manejo das abelhas, como a aquisição ou aluguel de colônias, foram considerados desnecessários nas áreas com maior cobertura florestal, uma vez que a presença da floresta natural já garante a polinização. Portanto, os produtores nessas áreas podem obter lucros sem precisar investir nesses custos adicionais.

A preservação da floresta e o manejo adequado das áreas de cultivo também têm um impacto social positivo, uma vez que garantem a conservação da biodiversidade, a proteção dos recursos naturais e a manutenção dos modos de vida tradicionais das comunidades locais.



O estudo revelou que a preservação da floresta é fundamental para aumentar a produtividade e a lucratividade do cultivo de açaí em terra firme. Embora as abelhas nativas tenham potencial para aumentar a produção, a diversidade de polinizadores e a presença da floresta são insubstituíveis. Os produtores devem considerar a restauração florestal, o manejo adequado da paisagem e a integração de múltiplas espécies de abelhas nativas para garantir a sustentabilidade da produção agrícola e a conservação da biodiversidade.

Através do manejo responsável e do uso adequado dos recursos naturais, é possível obter benefícios ambientais, econômicos e sociais duradouros. A conservação da floresta e o desenvolvimento agrícola sustentável são peças-chave para garantir um futuro próspero e equilibrado para as gerações presentes e futuras na Amazônia e em todo o mundo.

Fonte: Embrapa


terça-feira, 11 de julho de 2023

Conserva de Pepino: Uma Delícia Tradicional para Saborear o Ano Todo

Três potes de conserva de pepino.
A foto é apenas ilustrativa e não representa nenhuma "receita" mostrada no artigo.


Na gastronomia caseira, existem algumas receitas que resistem ao tempo e se tornam verdadeiros clássicos. Uma delas é a conserva de pepino, uma iguaria que conquistou paladares ao redor do mundo. Essa receita simples e saborosa permite desfrutar do frescor e do crocante do pepino mesmo fora da temporada. Nesta reportagem, vamos explorar a arte de preparar a conserva de pepino, compartilhar dicas valiosas e descobrir por que ela se tornou tão querida pelos amantes da culinária.


O Processo de Conservação:

A conserva de pepino envolve um processo de preservação que combina o sabor natural do vegetal com uma mistura de especiarias e vinagre. Para começar, é importante escolher pepinos frescos e firmes, preferencialmente os do tipo "cornichon" ou "pickling", que são ideais para conservas devido ao seu tamanho menor e textura crocante. Os pepinos são então fatiados ou deixados inteiros, dependendo da preferência pessoal.


Receita Tradicional:

Uma receita tradicional de conserva de pepino geralmente inclui vinagre, sal, açúcar, alho, dill (endro) e pimenta. Os pepinos são colocados em um recipiente de vidro esterilizado e as especiarias são adicionadas para realçar o sabor. Em seguida, uma solução de vinagre quente é despejada sobre os pepinos, selando o pote adequadamente. Após um período de repouso para que os sabores se misturem, a conserva está pronta para ser apreciada.



Veja mais (a reportagem continua): Ministério da Agricultura publica calendário de semeadura de soja para a safra 2023/2024 visando o controle da ferrugem asiática



Variações e Personalizações:

Uma das melhores características da conserva de pepino é que ela pode ser adaptada aos gostos individuais. Além dos ingredientes tradicionais, você pode adicionar outros temperos, como sementes de mostarda, gengibre ou pimenta vermelha, para dar um toque picante. Algumas pessoas também gostam de adicionar cebola fatiada à receita para um sabor adicional. A criatividade é bem-vinda na hora de personalizar a conserva de pepino.


Benefícios e Versatilidade:

Além de ser uma delícia, a conserva de pepino também traz benefícios à saúde. Os pepinos são naturalmente baixos em calorias, ricos em fibras e uma boa fonte de vitaminas e minerais. Além disso, as conservas caseiras não contêm aditivos ou conservantes artificiais encontrados em produtos comerciais, tornando-as uma opção saudável para adicionar ao seu cardápio.

A conserva de pepino é versátil e pode ser apreciada de várias maneiras. Ela pode ser servida como um acompanhamento refrescante para pratos principais, como sanduíches, hambúrgueres ou carnes grelhadas. Também pode ser um ingrediente saboroso para saladas, wraps e até mesmo coquetéis. O sabor único e a textura crocante dos pepinos em conserva tornam qualquer prato mais especial.


A conserva de pepino é uma tradição culinária que atravessa gerações, trazendo à mesa sabores frescos e deliciosos durante todo o ano. Aprender a fazer essa receita é uma oportunidade de se conectar com a cultura e a história da gastronomia caseira. Lembre-se de sempre manter cuidado ao preparar e conferir se não há nenhuma complicação médica.Lembre-se sempre de tomar cuidado ao preparar e certificar-se de que não há nenhuma complicação médica ao consumir conserva de pepino. 

Lembre-se sempre de tomar cuidado ao preparar e certificar-se de que não há nenhuma complicação médica ao consumir conserva de pepino.

Ministério da Agricultura publica calendário de semeadura de soja para a safra 2023/2024 visando o controle da ferrugem asiática

Medida fitossanitária busca reduzir o inóculo da doença e evitar prejuízos aos produtores

Plantação de soja
Foto: Pxfuel


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nesta terça-feira (11) a Portaria nº 840, que estabelece os calendários de semeadura de soja para a safra 2023/2024 em 21 unidades da Federação. Essa medida faz parte do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) e tem como objetivo reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, considerada uma das mais severas que afetam a cultura.

A ferrugem asiática da soja é uma doença que causa grandes prejuízos aos agricultores, podendo reduzir significativamente a produtividade da lavoura. Com a publicação do calendário de semeadura, o Ministério busca racionalizar o uso de fungicidas e diminuir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo responsável pela doença, o Phakopsora pachyrhizi.

As alterações nos períodos estabelecidos para a safra 2023/2024 levaram em consideração a análise dos dados do Consórcio Antiferrugem, que detectou um expressivo aumento nos casos de ferrugem asiática na safra anterior, devido ao regime de chuvas ocorrido na época. Essas informações foram divulgadas pela Embrapa Soja, instituição que contribui com estudos e pesquisas para o setor agrícola.

Uma das estratégias adotadas para o manejo da ferrugem asiática da soja é a limitação do período de semeadura em 100 dias corridos em todos os estados produtores, conforme recomendação da Embrapa. Essa medida tem o intuito de evitar epidemias severas da doença durante a safra, visando minimizar os prejuízos tanto para os produtores quanto para os demais envolvidos na cadeia produtiva da soja.


Veja mais (a reportagem continua): Ministro Fávaro participa de lançamento de projeto para impulsionar exportações de farelo de milho
Foto: Carlos Silva/Mapa - Tirada de gov.br


O Mapa reforça a importância de um esforço conjunto por parte dos produtores e dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal de cada unidade da Federação para a revisão das autorizações de cultivos em caráter excepcional. A conscientização e a adoção de práticas adequadas no manejo da cultura da soja são fundamentais para o controle eficiente da ferrugem asiática e a garantia da sustentabilidade da produção agrícola.

A ferrugem asiática da soja pode ocorrer em qualquer estágio fenológico da cultura e tem causado danos significativos em regiões onde atinge níveis epidêmicos, podendo chegar a reduzir a produção em até 90%. Portanto, a implementação de medidas preventivas e o cumprimento do calendário de semeadura são essenciais para garantir a sanidade das lavouras e a rentabilidade dos produtores.

O Ministério da Agricultura continua investindo em pesquisas e ações de controle da ferrugem asiática da soja, visando encontrar soluções cada vez mais eficazes para o enfrentamento dessa doença. A divulgação do calendário de semeadura é uma das medidas que integram esse esforço, proporcionando orientações claras aos agricultores e contribuindo para a proteção da lavoura nacional de soja.

É importante que os produtores e demais envolvidos no setor agrícola estejam atentos às recomendações do Mapa, adotando boas práticas agrícolas, como a rotação de culturas e a utilização de cultivares resistentes, além do cumprimento do calendário de semeadura, a fim de minimizar os impactos da ferrugem asiática da soja e garantir a saúde das plantações e a segurança alimentar do país.


Confira o período de semeadura da soja (tabela feita com base em dados do gov.br):

UF Período de Semeadura
Acre 21 de setembro de 2023 a 29 de dezembro de 2023
Alagoas 02 de abril de 2024 a 10 de julho de 2024
Amapá 01 de março de 2024 a 08 de junho de 2024
Amazonas 16 de setembro de 2023 a 24 de dezembro de 2023
Bahia 01 de outubro de 2023 a 08 de janeiro de 2024
Ceará 01 de fevereiro de 2024 a 10 de maio de 2024
Distrito Federal 01 de outubro de 2023 a 08 de janeiro de 2024
Goiás 25 de setembro de 2023 a 02 de janeiro de 2023
Maranhão Região I 1 - 01 de dezembro de 2023 a 09 de março de 2024
Região II 2 - 01 de novembro de 2023 a 08 de fevereiro de 2024
Região III 3- 01 de outubro de 2023 a 08 de janeiro de 2024
Minas Gerais 01 de outubro de 2023 a 08 de janeiro de 2024
Mato Grosso 16 de setembro de 2023 a 24 de dezembro de 2023
Mato Grosso do Sul 16 de setembro de 2023 a 24 de dezembro de 2023
Pará Região 14-16 de setembro de 2023 a 24 de dezembro de 2023
Região II 5- 01 de novembro de 2023 a 08 de fevereiro de 2024
Região III 6-16 de novembro de 2023 a 23 de fevereiro de 2024
Paraná 11 de setembro de 2023 a 19 de dezembro de 2023
Piauí Região I 7- 01 de dezembro de 2023 a 09 de março de 2024
Região II 8- 01 de novembro de 2023 a 08 de fevereiro de 2024
Região III 9- 30 de setembro de 2023 a 07 de janeiro de 2024
Rio Grande do Sul 01 de outubro de 2023 a 08 de janeiro de 2024
Rondónia Região I 10-11 de setembro de 2023 a 19 de dezembro de 2023
Região II 11-16 de setembro de 2023 a 24 de dezembro de 2023
Roraima 19 de março de 2024 a 26 de junho de 2024
Santa Catarina 21 de setembro de 2023 a 29 de dezembro de 2023
São Paulo 16 de setembro de 2023 a 24 de dezembro de 2023
Tocantins 01 de outubro de 2023 a 08 de janeiro de 2024

Fonte: gov.br




segunda-feira, 10 de julho de 2023

Ministro Fávaro participa de lançamento de projeto para impulsionar exportações de farelo de milho

Foto mostrando o evento
Foto: Carlos Silva/Mapa - Tirada de gov.br

O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, marcou presença hoje no lançamento do Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho 2023-2025. O evento, realizado em Sorriso, é fruto de uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem).

Com duração de dois anos, essa parceria tem como objetivo principal promover o etanol de farelo de milho como uma alternativa energética viável, além de agregar valor às exportações do agronegócio e aumentar a oferta do produto para a produção de proteína animal.

Durante o lançamento, o Ministro Fávaro destacou que o Brasil já produz energia renovável e possui um enorme potencial para expandir ainda mais essa área, aproveitando todo o ciclo de produção. Ele ressaltou a importância de iniciativas como essa parceria entre a Apex e a Unem para abrir novas oportunidades e ampliar os mercados internacionais.

"Reconstruir é gerar oportunidades. É para isso que estamos aqui hoje. Para fortalecermos juntos produtores, Apex, associações, sindicatos, federações, o Mapa e o governo do presidente Lula, abrindo mercados nesta união para reconstruirmos o Brasil", afirmou Fávaro. Ele enfatizou que "a agropecuária brasileira, que já é gigante, tem potencial para continuar crescendo e se desenvolvendo para além das fronteiras brasileiras".

Jorge Viana, presidente da Agência, ressaltou o momento extraordinário vivido pelo país com o retorno da diplomacia presidencial trazida pelo presidente Lula. Ele destacou o compromisso da ApexBrasil em valorizar os produtos brasileiros e investir em inovação.

"O Ministro Fávaro e nós da Apex estamos trabalhando nesse vácuo, materializando isso. Quando a gente vem aqui em Sorriso, faz esse convênio para que essa cadeia produtiva extraordinária, que é a do etanol e do milho, possa ser competitiva mundo afora, é fundamental", disse Viana.



Veja mais (a reportagem continua): Dicas Agrícolas: Como se proteger de inços?



Guilherme Nolasco, presidente-executivo da UNEM, enfatizou a importância dessa parceria para um setor novo que busca promover o comércio internacional, gerar valor para toda a cadeia de negócios e contribuir para a renda e arrecadação de impostos.

A parceria entre a Apex e a Unem tem como objetivo promover a oferta do farelo de milho (DDG/DDGS) no mercado internacional. Estima-se que até 2031/2032, a produção de etanol de milho no Brasil chegará a 10,88 bilhões de litros, o que resultará em uma oferta de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS para o mercado. Esse insumo é utilizado como fonte proteica e energética nas formulações de ração animal. Os mercados-alvo selecionados para esse projeto pioneiro são: China, Espanha, Indonésia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Tailândia, Turquia e Vietnã.

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, ficando atrás apenas da China (2ª posição) e dos Estados Unidos (1ª posição). Cerca de 10% da produção de milho no Brasil é destinada à produção de etanol, sendo realizada com o milho de segunda safra. Isso significa que ele é plantado na mesma área após a colheita da safra principal, dentro do mesmo ano agrícola, não exigindo terra adicional e reduzindo significativamente as emissões de gás carbônico. Segundo o governo brasileiro, o etanol de milho tem uma das menores pegadas de carbono entre todas as usinas de etanol do país (cerca de 17gCO2/MJ).

O Brasil está empenhado em promover a transição energética e contribuir para a sustentabilidade ambiental global. Além de ser líder mundial na produção de etanol de cana-de-açúcar, o país está explorando o potencial do etanol de milho, aproveitando suas vantagens e capacidade produtiva. Essa abordagem fortalece a posição do Brasil como protagonista na busca por soluções sustentáveis e destaca o país no cenário internacional.


Fonte: gov.br

domingo, 9 de julho de 2023

Dicas Agrícolas: Como se proteger de inços?

Planta


No mundo agrícola, um dos desafios mais comuns enfrentados pelos produtores é o controle de ervas daninhas. Essas plantas indesejadas competem com as culturas agrícolas por recursos vitais, como água, nutrientes e luz solar. O manejo eficaz das ervas daninhas é essencial para garantir o crescimento saudável das plantações e a produtividade. Neste artigo, apresentaremos algumas dicas valiosas sobre como proteger suas plantações do problema das ervas daninhas.


1. Preparação adequada do solo:

Antes de plantar, é fundamental preparar o solo corretamente. Remova qualquer resíduo vegetal ou raízes de ervas daninhas existentes para evitar que elas se multipliquem. Use técnicas como aração, gradagem e nivelamento para preparar uma cama de plantio uniforme. Além disso, a adição de matéria orgânica enriquece o solo, melhora a sua estrutura e reduz a competição das ervas daninhas com as plantas cultivadas.

Solo


2. Rotação de culturas:

A rotação de culturas é uma prática eficaz para controlar as ervas daninhas. Ao alternar as culturas plantadas em diferentes safras, você pode interromper o ciclo de vida das ervas daninhas e reduzir sua incidência. Algumas culturas, como leguminosas, também liberam compostos que inibem o crescimento de ervas daninhas, contribuindo para um controle natural.


3. Cobertura do solo:

A cobertura do solo é uma estratégia eficiente para suprimir o crescimento de ervas daninhas. Ela envolve o uso de materiais orgânicos, como palha, serragem ou casca de árvore, para cobrir a superfície do solo ao redor das plantas. Essa cobertura reduz a luz solar disponível para as ervas daninhas germinarem e crescerem, além de ajudar a reter a umidade do solo.

Fardo de palha


4. Uso de herbicidas seletivos:

Os herbicidas seletivos são produtos químicos que controlam especificamente certas espécies de ervas daninhas, sem prejudicar as plantas cultivadas. É importante seguir as instruções de uso e segurança fornecidas pelo fabricante ao aplicar esses produtos. Além disso, é fundamental evitar o uso excessivo de herbicidas, pois isso pode levar ao desenvolvimento de resistência nas ervas daninhas e prejudicar o meio ambiente.

Trator


5. Controle manual:

O controle manual de ervas daninhas é uma técnica antiga, mas ainda eficaz. Utilize ferramentas adequadas, como enxadas ou roçadeiras, para remover as ervas daninhas manualmente, tomando cuidado para não danificar as plantas cultivadas. Essa abordagem é particularmente útil em pequenas áreas ou quando as ervas daninhas estão localizadas próximas às plantações.

Enxada


6. Integração de métodos de controle:

Para obter os melhores resultados, é recomendável integrar várias técnicas de controle de ervas daninhas. Combinar o uso de cobertura do solo, rotação de culturas, controle manual e, quando necessário, o uso criterioso de herbicidas seletivos, pode fornecer um sistema de controle abrangente e sustentável.


Conclusão:

O controle de ervas daninhas é um desafio constante para os agricultores, mas com as técnicas certas, é possível proteger suas plantações e garantir uma colheita saudável. A preparação adequada do solo, a rotação de culturas, a cobertura do solo, o uso de herbicidas seletivos, o controle manual e a integração dessas abordagens são estratégias valiosas para minimizar o impacto das ervas daninhas. Ao implementar essas dicas agrícolas, você estará no caminho certo para proteger suas plantações e alcançar o sucesso na agricultura.


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