quarta-feira, 9 de agosto de 2023

NOVOS MERCADOS: Protocolo entre Brasil e Indonésia abre mercados para o agro brasileiro

Com pauta de diversificação das exportações, Ministério da Agricultura e Pecuária já conquistou 31 mercados em 2023

Bois

Dois importantes protocolos relativos à inspeção e aprovação do país e estabelecimentos para exportação de produtos da agropecuária brasileira foram firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e as autoridades sanitárias da Indonésia. A medida permite a abertura de dois mercados para o Brasil e representa um avanço nas relações comerciais com o país.


 O Brasil está em vias de consolidar sua posição como um dos principais players globais no mercado agropecuário, com mais duas conquistas significativas para sua já extensa lista de mercados internacionais. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a assinatura de protocolos com as autoridades sanitárias da Indonésia, permitindo a abertura de dois novos mercados para os produtos da agropecuária brasileira.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, expressou sua satisfação com esse novo passo nas relações comerciais. "Ao longo destes sete meses, estamos trabalhando com muito afinco na expansão dos nossos mercados, na pauta de exportações com valor agregado, que gera emprego tanto para o campo, quanto para a cidade", comentou Fávaro. Com essa conquista, o Brasil já soma 31 mercados abertos para seus produtos agropecuários somente este ano.






Os protocolos estabelecem critérios rigorosos de inspeção e aprovação dos produtos e estabelecimentos brasileiros, garantindo a qualidade e segurança dos produtos que serão exportados para a Indonésia. Entre os produtos que poderão ser exportados estão o gado, que contribuirá para o melhoramento genético do rebanho indonésio, e subprodutos de animais destinados à alimentação animal.

As exportações brasileiras para a Indonésia têm apresentado um crescimento consistente ao longo dos últimos anos. Somente entre janeiro e julho deste ano, essas exportações ultrapassaram a marca de U$ 1,98 bilhão. Itens como farelos de soja, alimentos para animais e farinhas de carnes têm liderado o ranking dos produtos mais exportados para o país asiático.

A cerimônia de assinatura dos protocolos ocorreu em Belém, no Pará, durante a Cúpula da Amazônia, onde as autoridades sanitárias da Indonésia se reuniram com representantes brasileiros. A reunião foi um ponto alto nas discussões sobre cooperação comercial e sustentabilidade ambiental entre os dois países.

Além da abertura desses novos mercados, a reunião também marcou um marco importante nas relações bilaterais entre o Brasil e a Indonésia. Em maio, o ministro Carlos Fávaro realizou uma reunião virtual com seu homólogo indonésio, Yasin Limpo, para discutir a expansão das relações comerciais entre as duas nações. No início deste ano, a Indonésia já havia anunciado a abertura de seu mercado para a carne bovina brasileira, o que sinaliza um fortalecimento contínuo dos laços comerciais.

Com essa nova conquista, o Brasil se aproxima ainda mais de sua meta de diversificação das exportações e de se estabelecer como um fornecedor confiável e competitivo de produtos agropecuários para o mundo. 


Fonte: Mapa

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Ministro Carlos Fávaro anuncia aquisição de leite pelo governo federal para socorrer produtores brasileiros diante da concorrência

Medida emergencial de compra de leite em pó a preços de varejo busca fortalecer cooperativas e garantir rentabilidade para produtores nacionais.

Vaca holandesa

Em meio às preocupações crescentes sobre a concorrência de países do Mercosul no setor de produção de leite, o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou uma medida emergencial que visa a socorrer os produtores brasileiros e fortalecer o mercado nacional. O anúncio foi feito durante a abertura da Agroleite 2023, um dos eventos mais relevantes do setor, na cidade de Castro, conhecida como a "Capital do Leite", no Paraná.

O ministro, ao lado do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, destacou que a ação é parte de um compromisso assumido em nome do presidente Lula para enfrentar a importação desenfreada e proteger a cadeia de produção de leite no país. A medida consiste na aquisição de leite em pó a preços de varejo, o que auxiliará a enxugar o mercado e, assim, assegurar a rentabilidade das cooperativas e, por consequência, dos produtores.

Fávaro também abordou a delicada questão da importação de leite de países do Mercosul, como Argentina e Uruguai. Ele ressaltou que o acordo comercial com o bloco é de suma importância para o Brasil, permitindo exportações vantajosas de produtos manufaturados. No entanto, o ministro enfatizou que tais acordos não podem prejudicar uma cadeia produtiva tão significativa quanto a do leite, que é essencial para a geração de empregos.






O ministro também salientou a necessidade de ações estruturantes a longo prazo para o setor. Ele observou que a produção de leite no Brasil é de alta qualidade, mas enfrenta desafios que precisam ser superados com dedicação, investimento e inovação. Fávaro enfatizou a importância de eliminar as disparidades existentes entre os produtores de leite nacionais e almejou um futuro em que o Brasil não apenas mantenha sua posição como líder na produção de commodities como soja, carne bovina e suína, mas também se torne um grande player global na produção de leite.

A medida emergencial anunciada pelo ministro Carlos Fávaro é vista como um primeiro passo crucial para estabilizar e fortalecer o mercado de produção de leite no Brasil. A compra de leite em pó a preços de varejo tem o intuito de não apenas auxiliar os produtores e cooperativas a enfrentar a concorrência externa, mas também sinaliza o compromisso do governo em preservar uma indústria vital para a economia e para a geração de empregos no país. Com o enfoque em ações emergenciais e estratégicas, o Brasil está determinado a manter sua relevância e competitividade no setor leiteiro global.


Fonte: Mapa

domingo, 6 de agosto de 2023

Dicas Agrícolas: Reduza os agrotóxicos!

Erva daninhas

Agricultores desempenham um papel crucial na adoção de práticas agrícolas sustentáveis e na redução do uso de agrotóxicos. Pequenas mudanças em suas rotinas podem fazer uma grande diferença para o meio ambiente, a saúde e a produtividade. Abaixo estão algumas dicas simples e eficientes para agricultores que desejam reduzir o uso de agrotóxicos em suas lavouras:



1. Planejamento Adequado da Lavoura:

Antes de iniciar o plantio, faça um plano detalhado para sua lavoura. Identifique os principais desafios relacionados a pragas e doenças, bem como as melhores práticas para prevenir problemas. Com um bom planejamento, você pode reduzir a necessidade de agrotóxicos ao longo da safra.


2. Preparo do Solo e Adubação Equilibrada:

Um solo saudável é fundamental para o crescimento das plantas e para a resistência natural a pragas. Invista em técnicas de preparo do solo e adubação equilibrada, visando aprimorar a saúde do solo e a nutrição das plantas, o que pode reduzir a ocorrência de problemas fitossanitários.


3. Uso de Cultivares Resistentes:

Opte por cultivares que apresentem resistência natural a pragas e doenças. Essas variedades têm maior capacidade de se defender contra agentes nocivos, o que pode diminuir a necessidade de aplicação de agrotóxicos.


4. Monitoramento Regular da Lavoura:


Faça vistorias periódicas em sua lavoura para identificar precocemente a presença de pragas e doenças. Quanto mais cedo você detectar um problema, mais fácil será controlá-lo sem recorrer a altas doses de agrotóxicos.


5. Controle Biológico Natural:

Estimule a presença de inimigos naturais das pragas em sua lavoura. Por exemplo, a presença de aves, joaninhas e aranhas pode ajudar a controlar populações de insetos indesejados de forma natural, reduzindo a necessidade de produtos químicos.


6. Uso de Armadilhas e Iscas:

Utilize armadilhas e iscas específicas para capturar pragas de forma seletiva. Essas técnicas podem ser muito eficazes para controlar populações de insetos sem afetar outros organismos benéficos.


7. Adoção de Barreiras Físicas:

Use barreiras físicas, como cercas e telas, para proteger suas plantações de invasores. Isso pode evitar o contato direto com pragas e reduzir a necessidade de tratamentos químicos.


8. Rotação de Culturas:

Realize a rotação de culturas para evitar o acúmulo de pragas e doenças no solo. Essa prática ajuda a manter o equilíbrio do ecossistema da sua lavoura e a reduzir a dependência de agrotóxicos.


9. Uso Consciente de Agrotóxicos:

Quando for necessário utilizar agrotóxicos, siga sempre as recomendações do fabricante e as orientações de um profissional especializado. Utilize apenas a quantidade necessária para controlar a praga ou doença, evitando aplicações excessivas.


10. Capacitação e Troca de Experiências:

Participe de cursos, palestras e eventos que abordem o tema da agricultura sustentável. Além disso, busque a troca de experiências com outros agricultores que já adotam práticas de redução de agrotóxicos. O conhecimento compartilhado é uma excelente ferramenta para o sucesso na implementação de práticas mais sustentáveis.


Adotar práticas agrícolas mais sustentáveis é um investimento no futuro, tanto para a sua lavoura quanto para o planeta. Com essas dicas simples, os agricultores podem contribuir para um ambiente mais saudável, alimentos mais seguros e uma agricultura resiliente e próspera a longo prazo.


quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Mapa encerra missão na Ásia com parcerias fortalecidas para o Brasil

Objetivo da viagem foi apresentar o programa de recuperação de pastagens de baixa produção

Pastagem

Na manhã desta quinta-feira (3), a delegação liderada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, encerrou sua missão oficial na Ásia com uma série de reuniões estratégicas para promover o maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo. O objetivo da viagem foi apresentar o programa de recuperação de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade, visando ao aumento da produção agropecuária com sequestro de carbono e à preservação de 66% do território brasileiro. Durante a jornada, a delegação passou por países como Coreia do Sul, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, fortalecendo parcerias e buscando investimentos internacionais para a iniciativa.

A última etapa da missão ocorreu nos Emirados Árabes Unidos, onde foram realizadas reuniões com cinco fundos soberanos de investimentos, três ministros e uma agência de pesquisa e desenvolvimento. Em Abu Dhabi, a delegação se encontrou com importantes entidades, como o Fundo para o Desenvolvimento de Abu Dhabi (ADFD), Al Dhara Holding, ADQ, International Holding Company e o grupo Agthia. Em Dubai, o ministro Carlos Fávaro teve encontros com os ministros de Comércio Internacional, Thani bin Ahmed Al Zeyoudi; de Cooperação Internacional, Reem Ebrahim Al Hashimy, e com o subsecretário do Ministério de Mudanças Climáticas e Meio Ambiente, Mohammed Al Nuaimi. Além disso, uma mesa redonda no Centro Internacional de Agricultura Biosalina (ICBA) foi realizada, formalizando uma parceria entre o Mapa e a Embrapa para cooperação na área de tecnologia e inovação agrícola.

Outro destaque da missão foi a criação de um grupo governamental de trabalho para fortalecer a parceria entre o Brasil e a Arábia Saudita na intensificação da produção de alimentos com segurança alimentar e climática. Durante o encontro com o ministro de Meio Ambiente, Água e Agricultura, Abdulrahman Abdulmohsen A. Al Fadley, o mercado saudita foi aberto para a importação de carnes de caprinos brasileiros. Além disso, foram discutidas as tratativas para a regionalização do protocolo de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Representantes da Sabic Agri-Nutrients e da Companhia Saudita de Investimento em Agricultura e Pecuária (Salic) também se reuniram com a equipe do Mapa para discutir investimentos no programa de recuperação de pastagens do Brasil.






No Japão, a missão destacou a regionalização do protocolo da IAAP. O ministro Carlos Fávaro teve reuniões com os ministros da Agricultura, Florestas e Pesca, Tetsuro Nomura, e da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, Katsunobo Kato. O Japão concordou em atender à solicitação brasileira para que a regionalização da suspensão de importação de produtos de frango seja realizada por municípios. Além disso, foi renovada a parceria do Brasil com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), em conjunto com a Embrapa e o BNDES, para o programa de recuperação de pastagens. A missão também incluiu reuniões com grandes empresas japonesas, como a Toyota, Sumitomo e Mitsui, buscando parcerias na área de sustentabilidade, além de um seminário de oportunidades e parcerias para a indústria de proteína animal.

A viagem iniciou-se em Seul, capital da Coreia do Sul, onde o ministro Carlos Fávaro apresentou as oportunidades de cooperação com os ministérios da Agricultura, Alimentos e Assuntos Rurais e o de Segurança dos Alimentos e Medicamentos, além de buscar investimentos em reuniões com o Korea Eximbank.

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Ministro Carlos Fávaro busca parcerias nos Emirados Árabes Unidos para programa sustentável de alimentos.

Segurança alimentar, sustentabilidade e inovação são os pilares da parceria apresentada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para investidores dos Emirados Árabes Unidos.

Alimentos e a preocupação com a insegurança alimentar

No cenário de crescente preocupação com a segurança alimentar Segurança Alimentar: Um Desafio Global

A insegurança alimentar é uma realidade que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo também um desafio enfrentado pelo Brasil. Cerca de 41% da população brasileira convive com algum grau desse problema. A segurança alimentar, portanto, torna-se uma pauta essencial para garantir o direito universal ao alimento, envolvendo questões como disponibilidade, acesso e utilização adequada dos alimentos. A pandemia da Covid-19 agravou essa situação, tornando ainda mais crucial a implementação de medidas efetivas para combater a fome e a insegurança alimentar.
Fonte (dados): brasilescola.uol.com.br, tirado 02/08/2023
e a necessidade de desenvolver soluções sustentáveis para a produção de alimentos, o Brasil e os Emirados Árabes Unidos unem esforços em um ambicioso programa de produção sustentável de alimentos. O ministro Carlos Fávaro liderou a comitiva do Mapa em Abu Dhabi, onde se reuniram com importantes fundos de investimentos do país árabe para apresentar o projeto e buscar parcerias para sua concretização.

O programa apresentado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária tem como principal objetivo a recuperação e conversão de pastagens de baixa produtividade para a intensificação da produção de alimentos no Brasil. Para isso, conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se coloca como peça fundamental para o financiamento das iniciativas.

Logo no primeiro dia de reuniões em Abu Dhabi, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o Fundo para o Desenvolvimento de Abu Dhabi (ADFC). Durante o encontro, o fundo manifestou interesse em participar do programa de produção sustentável de alimentos no Brasil. A parceria entre o ADFC e o BNDES será estabelecida com o auxílio de profissionais técnicos de ambos os países, que trabalharão juntos para definir os detalhes e o escopo da colaboração.






Para o CEO para Alimentos e Agricultura da ADQ, Gil Adotevi, a iniciativa brasileira está alinhada com os interesses da companhia de investimentos em segurança alimentar e sustentabilidade. Essa visão também é compartilhada pelo CEO da Al Dahra Holding, Arnoud Van Der Berg, que mostrou interesse em avançar e estruturar a parceria, sinalizando a possibilidade de uma visita ao Brasil para dar sequência às tratativas.

A Missão do Mapa nos Emirados Árabes Unidos ainda contou com a participação da International Holding Company (IHC), empresa que também se mostrou receptiva ao projeto e prometeu analisar oportunidades de cooperação.

O encontro entre representantes brasileiros e investidores dos Emirados Árabes Unidos reflete a importância crescente da cooperação internacional para enfrentar os desafios globais relacionados à segurança alimentar e à sustentabilidade. O Brasil, como uma das principais potências agrícolas do mundo, tem um papel crucial a desempenhar na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para o futuro da produção de alimentos.

Com a missão em Abu Dhabi concluída, a delegação brasileira seguirá para Dubai, onde também são esperados encontros importantes com líderes empresariais e governamentais interessados na parceria e investimento em projetos que alinhem crescimento econômico com responsabilidade ambiental e social.


Fonte: Mapa



terça-feira, 1 de agosto de 2023

Equipe técnica do Mapa acompanha embarque de 21 mil animais para a Turquia

Eles partem do Porto de São Sebastião (SP), mas procedimentos de bem-estar animal começam bem antes, ainda nas fazendas

Boi

O Porto de São Sebastião, localizado no litoral de São Paulo, está vivenciando o embarque de 21.084 bois vivos com destino à Turquia. Acompanhados por uma equipe técnica do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os animais da raça Brangus - resultado do cruzamento do Aberdeen Angus com os zebuínos nelore, tabapuã, brahman, entre outros - têm seus procedimentos de bem-estar animal monitorados desde as fazendas de origem até o momento do embarque. Nesta reportagem, conheceremos de perto as medidas adotadas para garantir a saúde e o conforto dos animais durante essa jornada.


A preocupação com o bem-estar animal

A equipe responsável pela vigilância agropecuária composta por auditores fiscais federais agropecuários e agentes de atividades agropecuárias do Departamento de Saúde Animal (DSA) e da Coordenação Geral da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Mapa tem como missão garantir que os animais embarquem em ótimas condições de saúde e bem-estar. Isso requer cuidados desde os Estabelecimentos Pré-Embarque (EPEs), onde os bois ficam em quarentena para cumprir as medidas sanitárias exigidas pelos países importadores.

No EPE, os servidores do Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal (Sisa) acompanham de perto o tratamento e as condições dos animais, garantindo que eles estejam prontos para a viagem ao final do período de quarentena. A chegada ao porto é o próximo passo, e lá outra equipe do Vigiagro assume a responsabilidade de verificar as condições dos animais antes do embarque. A viagem entre os EPEs e o porto deve ser concluída em no máximo 12 horas, enquanto a viagem entre o Brasil e a Turquia pode levar de 18 a 20 dias.


Celso Gabriel Herrera Nascimento comenta sobre o trabalho da equipe

O chefe do Serviço Regional de Gestão do Vigiagro da 4ª Região, Celso Gabriel Herrera Nascimento, destaca a importância do planejamento e dos protocolos de manejo e viagem para garantir a saúde e segurança dos animais durante todo o processo. Ele afirma: "Todo o trabalho envolve planos de manejo, planos de viagem, de contingência, tudo para garantir que os animais sigam em boas condições de saúde e que os ambientes à sua volta garantam segurança e bem-estar".


Destino dos animais e os mercados internacionais

Neste embarque específico, os animais serão destinados à engorda na Turquia. Ao longo de 2023, somente no Porto de São Sebastião, foram realizados oito embarques com destino à Turquia, totalizando aproximadamente 70 mil animais. Além da Turquia, o Brasil também exporta animais vivos para diversos outros países, incluindo Egito, Iraque, Palestina, Angola, Argélia, Bolívia, Camboja, Congo, Emirados Árabes Unidos, Equador, Ilhas Maurício, Jordânia, Líbano, Irã, Marrocos, Moçambique, entre outros. As exportações são realizadas não apenas pelo Porto de São Sebastião, mas também pelos portos de Rio Grande (RS), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA).


A preocupação com o bem-estar animal - As cinco liberdades

O bem-estar animal é uma preocupação central durante todo o processo de exportação. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) define o bem-estar animal como a sanidade física e mental dos animais, garantindo que eles estejam saudáveis, confortáveis, bem alimentados e seguros, além de serem capazes de expressar comportamentos naturais. A OMSA também estabelece as cinco liberdades como condições mínimas para o bem-estar animal:

1. Viver livre de fome, sede e desnutrição;

2. Viver livre de medo e angústia;

3. Viver livre de desconforto físico e térmico;

4. Viver livre de dor, lesões e doenças;

5. Viver livre para manifestar o comportamento natural.







O Mapa trabalha em parceria com as equipes técnicas e os exportadores para garantir que essas condições sejam atendidas durante todo o processo de exportação. Fiscalizações rigorosas são realizadas nas embarcações, assegurando que a alimentação, água, ventilação e espaçamento sejam adequados para os animais.

A vigilância agropecuária desempenha um papel essencial na exportação de animais vivos do Brasil para diversos países, assegurando que os animais embarquem em condições adequadas de saúde e bem-estar. O trabalho minucioso da equipe do Mapa, desde os Estabelecimentos Pré-Embarque até o momento do embarque no Porto de São Sebastião, contribui para a promoção do bem-estar animal e o cumprimento das normas internacionais.

Assegurar que os animais sejam tratados com dignidade, cuidado e respeito durante todo o processo de exportação é fundamental para a imagem do Brasil no cenário internacional e para a sustentabilidade da indústria agropecuária. Com uma abordagem responsável e vigilante, o país pode continuar sendo um importante fornecedor de animais vivos para mercados globais, mantendo-se alinhado aos princípios de bem-estar animal estabelecidos pelas organizações internacionais.


Fonte: Mapa

Arábia Saudita libera importação de caprinos brasileiros: Novo mercado pode impulsionar o agronegócio nacional

Novo mercado foi conquistado durante agenda do ministro Carlos Fávaro no país

Uma cabra "bebe"

A ampliação das relações comerciais de produtos da agropecuária brasileira é uma das missões da comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Ásia. Nesta segunda-feira (31), após cumprir agenda na Arábia Saudita, o ministro Carlos Fávaro anunciou a abertura de mais um mercado para o Brasil, desta vez voltado para a exportação de caprinos.

O anúncio ocorreu após uma reunião bem-sucedida com o Ministério de Meio Ambiente, Águas e Agricultura (MEWA) do país árabe. Com a habilitação para exportação de caprinos brasileiros, abre-se uma nova e promissora oportunidade para os produtores rurais brasileiros, especialmente aqueles da região Nordeste do país, onde se concentra a maior parte do rebanho caprino nacional.

A abertura desse novo mercado é motivo de comemoração para o Brasil, pois representa a conquista de mais um país importador para a agropecuária nacional. Com a inclusão da Arábia Saudita na lista de nações que recebem produtos brasileiros, chega-se ao número de 25 novos mercados abertos somente neste ano, o que demonstra a crescente relevância do agronegócio brasileiro no cenário internacional.

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no ano de 2019, o Brasil ocupa a posição de 21º maior produtor de caprinos no mundo, contando com um rebanho aproximado de 11,3 milhões de animais. Esses números mostram o potencial do país para suprir a demanda global por essa carne, que tem se tornado cada vez mais apreciada em diversos mercados ao redor do globo.

O ministro Carlos Fávaro ressaltou a importância da abertura do mercado saudita para a pecuária brasileira e destacou o empenho do governo em criar um ambiente favorável para os produtores nacionais expandirem seus negócios. 

O processo de habilitação para a exportação de caprinos para a Arábia Saudita deverá ser conduzido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os estabelecimentos interessados em comercializar a produção deverão atender a requisitos sanitários e outras normas específicas estabelecidas pelo país importador. Essa certificação é essencial para garantir a qualidade e a segurança dos produtos brasileiros no mercado externo.






A inclusão da carne de caprinos no rol de produtos exportados pelo Brasil fortalece a diversificação das pautas de exportação do país. A agropecuária brasileira é conhecida mundialmente pela produção de
commodities como soja, carne bovina e de frango, mas a abertura de novos mercados para produtos como os caprinos contribui para ampliar as oportunidades de negócio e reduzir a dependência de poucos produtos no cenário internacional.

A região Nordeste do Brasil, em particular, é uma das mais beneficiadas com essa abertura de mercado. A criação de caprinos é uma atividade tradicional nessa região, e muitas famílias rurais dependem da produção de leite, carne e couro de cabra para sua subsistência. Com a oportunidade de exportar para a Arábia Saudita, esses produtores poderão ter acesso a um mercado consumidor ainda maior e, consequentemente, melhorar sua renda e qualidade de vida.

Além disso, a exportação de caprinos pode impulsionar o desenvolvimento de tecnologias e práticas de manejo mais avançadas, contribuindo para o aprimoramento da pecuária brasileira como um todo. A busca pela conformidade com as exigências sanitárias e de qualidade do mercado externo pode gerar investimentos em pesquisa e inovação, resultando em ganhos de produtividade e competitividade para o setor.

Com a conquista desse novo mercado, o Brasil avança no cenário internacional e mostra sua capacidade de atender aos rigorosos padrões exigidos pelos países importadores. O agronegócio brasileiro tem se destacado mundialmente pela sua eficiência e sustentabilidade, e a abertura de novos mercados é uma oportunidade para fortalecer ainda mais a economia do país, gerar empregos e renda no campo e fortalecer as relações comerciais entre o Brasil e outros países.

Nesse contexto, a atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e demais órgãos responsáveis pela negociação e habilitação para a exportação se torna fundamental. É preciso garantir que os produtores brasileiros cumpram com todas as normas e requisitos estabelecidos pelos países importadores, para que a qualidade e a confiabilidade dos produtos brasileiros sejam reconhecidas e valorizadas internacionalmente.

A abertura do mercado saudita para a exportação de caprinos brasileiros representa uma conquista significativa para o agronegócio do país. O Brasil reafirma sua posição como um dos principais players do setor no cenário global, e os produtores nacionais têm a oportunidade de ampliar seus negócios, gerar mais renda e contribuir para o desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira. A diversificação das pautas de exportação e o acesso a novos mercados são passos importantes para tornar o agronegócio brasileiro cada vez mais resiliente e competitivo no cenário internacional.


Fonte: Mapa


segunda-feira, 31 de julho de 2023

Ministro Fávaro termina etapa na Arábia Saudita e missão segue para os Emirados Árabes Unidos

Ministro Fávaro firma parcerias estratégicas para o agronegócio brasileiro na Arábia Saudita e parte rumo aos Emirados Árabes Unidos

Local nos Emirados Arabes Unidos

O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, concluiu nesta segunda-feira (31) a etapa da missão oficial na Arábia Saudita, onde promoveu importantes avanços nas parcerias técnicas e comerciais para o agronegócio brasileiro. Durante sua estadia na capital saudita, Riade, foram firmados acordos que visam impulsionar a produção sustentável de alimentos no Brasil e consolidar o país como um dos principais atores no mercado mundial. A delegação brasileira, encabeçada por Fávaro, agora segue para os Emirados Árabes Unidos, onde continuará buscando novas oportunidades de negócios e investimentos.


Produção Sustentável de Alimentos: Uma Prioridade Brasileira

O Programa de Produção Sustentável de Alimentos desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é uma iniciativa ambiciosa que visa a conversão de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis. Na Arábia Saudita, o ministro Fávaro anunciou a formação de um grupo de trabalho conjunto com o país para estruturar uma parceria voltada a esse projeto inovador. A cooperação entre Brasil e Arábia Saudita no maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo representa um passo significativo para enfrentar os desafios da segurança alimentar global e o equilíbrio ambiental.


Novos Mercados para a Pecuária Brasileira

Além do fortalecimento do programa de produção sustentável, o encontro na Arábia Saudita também abriu novas perspectivas para a pecuária brasileira. O ministro Fávaro destacou a importante conquista da liberação da habilitação de caprinos brasileiros para a exportação. Essa medida representa um marco nas relações comerciais entre os dois países e pode impulsionar o setor de criação de caprinos no Brasil, gerando empregos e renda para os produtores rurais.


Defesa Sanitária Animal e o Status de Livre da Influenza Aviária

Outro ponto crucial discutido durante a missão foi a regionalização do protocolo de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e manter o status de livre da IAAP é fundamental para garantir a competitividade desse mercado. Na Arábia Saudita, foram realizadas tratativas sobre ações a serem tomadas em caso de detecção de focos em granjas comerciais, visando proteger a saúde animal e resguardar a posição do Brasil como referência global na avicultura.






Encontros Estratégicos com Representantes Sauditas

Durante sua estadia na Arábia Saudita, o Ministro Fávaro realizou reuniões bilaterais com importantes autoridades sauditas. Destaque para o encontro com o ministro de Meio Ambiente, Água e Agricultura da Arábia Saudita, Abdulrahman Abdulmosen A. Al-Fadley, onde foram discutidos temas de interesse mútuo relacionados à agropecuária e ao meio ambiente.

A comitiva do Mapa também teve a oportunidade de se reunir com representantes da Sabic Agri-Nutrients e da Companhia Saudita de Investimentos em Agricultura e Pecuária (Salic). Esses encontros foram fundamentais para estreitar laços comerciais e estabelecer parcerias estratégicas que podem trazer benefícios mútuos aos países envolvidos.


Próxima Parada: Emirados Árabes Unidos

Com a bem-sucedida conclusão da etapa na Arábia Saudita, a missão oficial do Mapa segue rumo aos Emirados Árabes Unidos. Em Abu Dhabi, a delegação brasileira tem em sua agenda a realização de um seminário empresarial e reuniões com diferentes fundos de investimentos locais. O objetivo é promover o programa de intensificação da produção sustentável de alimentos do Brasil, apresentar as potencialidades do agronegócio brasileiro e estabelecer novas alianças comerciais.


O Brasil tem se consolidado como um dos principais protagonistas no cenário mundial do agronegócio, e essa missão ministerial é uma oportunidade única para fortalecer ainda mais a posição do país nesse setor tão estratégico.

A missão oficial liderada pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, tem se mostrado uma importante iniciativa para fortalecer a presença do Brasil no mercado internacional de agronegócio. A parceria com a Arábia Saudita e a busca por novos investimentos e oportunidades nos Emirados Árabes Unidos demonstram o compromisso do país em promover a produção sustentável de alimentos e impulsionar o setor agropecuário.

O resultado das negociações e a formação de novas parcerias poderão ter impactos significativos na economia brasileira, podendo gerar empregos, aumentar a competitividade do agronegócio nacional e contribuindo para a segurança alimentar global. Agora, com a comitiva rumo aos Emirados Árabes Unidos, é esperado que mais oportunidades sejam exploradas, consolidando o Brasil como um ator de destaque no cenário mundial do agronegócio sustentável.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Minhas plantas estão murchando e as folhas estão amareladas. O que pode estar causando esse sintoma e como devo tratá-lo?

Flores murchas


Minhas plantas estão murchando e as folhas estão amareladas. O que pode estar causando esse sintoma e como devo tratá-lo?

A murcha e o amarelamento das folhas são sinais claros de que suas plantas estão enfrentando algum tipo de estresse ou problema. Esses sintomas podem ser causados por diversas razões, sendo os fatores ambientais, problemas de manejo ou infestações as causas mais comuns. Para reverter essa situação e ajudar suas plantas a recuperarem sua vitalidade, é importante identificar a causa subjacente e tomar as medidas adequadas para tratá-las.

Uma das principais causas para esse quadro é o excesso ou a falta de água. Se suas plantas estão murchando, verifique se o solo está muito úmido ou se está seco demais. Uma irrigação adequada é essencial para manter o equilíbrio hídrico das plantas. Verifique a drenagem dos vasos, certifique-se de não deixar água acumulada e regue quando o solo estiver levemente úmido ao toque.

Além disso, a exposição inadequada à luz solar pode causar o amarelamento das folhas. Verifique se suas plantas estão recebendo a quantidade correta de luz para suas espécies específicas. Algumas plantas precisam de mais luz direta, enquanto outras preferem luz indireta.

Outra possibilidade é a deficiência nutricional. Uma terra pobre em nutrientes pode levar ao enfraquecimento das plantas e ao amarelamento das folhas. Considere adubar suas plantas com um fertilizante balanceado e apropriado para o tipo de planta que possui.

Além disso, verifique se suas plantas não estão sendo atacadas por pragas ou doenças. Insetos como pulgões, cochonilhas ou ácaros podem causar danos significativos às plantas. Inspecione cuidadosamente as folhas e caules para identificar qualquer sinal de infestação e trate-as com inseticidas ou outros métodos orgânicos de controle, se necessário.



Notei que há lesões nas raízes das minhas plantas, e elas estão apresentando sintomas de murcha. O que pode estar causando esse problema e como devo agir?

As lesões nas raízes das suas plantas, acompanhadas de sintomas de murcha, podem ser indicativos de diversos problemas. Identificar a causa correta é essencial para tomar as medidas adequadas para tratar e proteger suas plantas.

Uma das causas possíveis para as lesões nas raízes é a presença de patógenos do solo, como fungos e bactérias, que podem invadir as raízes e causar danos, afetando a absorção de água e nutrientes pelas plantas. Nesse caso, é fundamental realizar uma análise do solo e procurar produtos específicos para o controle desses patógenos.

Outro fator que pode estar contribuindo para o problema é o excesso de rega ou má drenagem do solo. Raízes constantemente encharcadas podem sofrer danos e apodrecer, levando à murcha das plantas. Verifique se o sistema de drenagem está funcionando corretamente e ajuste a frequência e quantidade de água fornecida às plantas, garantindo que o solo não fique encharcado.

Além disso, pragas subterrâneas, como larvas de insetos, podem estar se alimentando das raízes, causando lesões e prejudicando a capacidade de absorção das plantas. Para combater esse problema, você pode optar por medidas de controle de pragas, como a aplicação de nematóides benéficos ou produtos específicos.

A falta de nutrientes no solo também pode ser uma causa para o enfraquecimento das raízes e consequente murcha das plantas. Faça uma análise do solo para verificar se há deficiências e, se necessário, adicione fertilizantes adequados para suprir as necessidades das suas plantas.

Para agir corretamente, é imprescindível fazer uma avaliação completa da situação das suas plantas. Inspecione as raízes em busca de lesões e sinais de apodrecimento, verifique a presença de pragas, avalie a drenagem do solo e analise a saúde geral das plantas.

Caso a situação seja complexa ou você não consiga identificar a causa do problema, é aconselhável buscar auxílio de um profissional ou de uma loja especializada em jardinagem. Agir rapidamente é importante para evitar danos maiores às suas plantas e garantir a recuperação delas para um crescimento saudável e vigoroso.


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quarta-feira, 26 de julho de 2023

Suplemento revolucionário: Como o fígado de aves está transformando a piscicultura e reduzindo custos

Estudo revela que aditivos alimentares derivados de proteínas de fígado de aves podem melhorar a saúde e reduzir custos de produção de tilápias criadas em sistemas intensivos.

Tilápia
Destinationkho, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons


Um recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa A Universidade Federal de Viçosa é uma universidade pública brasileira, com sua sede localizada na cidade de Viçosa, no estado de Minas Gerais, possuindo campus também nas cidades de Rio Paranaíba e Florestal
Fonte: Wikipedia
em parceria com a Embrapa trouxe resultados promissores para a piscicultura brasileira. O estudo apontou que o uso de aditivos alimentares à base de hidrolisados de proteínas de fígado de aves pode fortalecer a defesa celular de tilápias criadas em sistemas intensivos. Além de trazer relevância científica, a descoberta possui implicações econômicas significativas, considerando que o Brasil é um dos maiores produtores de carne de frango, dispondo assim de matéria-prima abundante para a produção dos aditivos.



A descoberta científica

Os pesquisadores conduziram testes alimentares em tilápias, comparando grupos alimentados com hidrolisados de proteínas de fígado de aves e grupos controle. Os resultados indicaram uma redução significativa na formação de proteínas carboniladas nas brânquias dos peixes que consumiram os aditivos. As proteínas carboniladas são indicadores de lesões celulares causadas por danos oxidativos. A diminuição dessas lesões nas tilápias alimentadas com os hidrolisados sugere que o aditivo estava prevenindo e reduzindo danos celulares, tornando os peixes mais resistentes e menos propensos a doenças.


O estresse na piscicultura

Peixes criados intensivamente em viveiros frequentemente enfrentam situações estressantes, como durante o manejo de classificação, quando são expostos ao ar e têm a captação de oxigênio pelas brânquias reduzida. Esse tipo de estresse desencadeia desordens metabólicas, incluindo a produção de espécies reativas de oxigênio, que causam danos às células por meio de radicais livres. A presença dessas espécies reativas de oxigênio pode comprometer a saúde dos peixes, resultando em menor consumo de ração, crescimento prejudicado e maior susceptibilidade a doenças.







O papel dos aditivos alimentares

Os aditivos alimentares surgem como uma estratégia promissora para proteger os peixes desses estresses e melhorar a resistência celular. Eles têm a capacidade de aumentar o consumo de ração, melhorar a utilização de nutrientes e fortalecer a tolerância ao estresse em sistemas de manejo intensivo. Nesse contexto, os hidrolisados proteicos, derivados do fígado de aves, se mostraram especialmente eficazes na alimentação das tilápias, proporcionando-lhes maior capacidade de tolerar e se recuperar dos efeitos do estresse.


Benefícios econômicos e sustentáveis

Além dos benefícios para a saúde dos peixes, a pesquisa destaca a importância econômica dos aditivos alimentares. A alimentação dos peixes pode representar até 70% dos custos totais de produção em sistemas intensivos, tornando-a um fator crucial para a viabilidade econômica da piscicultura. A substituição de ingredientes tradicionalmente utilizados por outros mais acessíveis, como os de origem vegetal ou hidrolisados proteicos derivados de subprodutos da indústria avícola, pode reduzir significativamente os custos de produção e tornar a atividade mais sustentável.


Potencial do Brasil na produção de aditivos

O Brasil, como um dos principais produtores de carne de frango no mundo, possui vasta matéria-prima disponível para a produção de hidrolisados proteicos. As vísceras das aves, incluindo o fígado, representam uma parcela significativa do peso vivo do animal, tornando esse subproduto uma alternativa viável, sustentável e econômica para a produção de aditivos alimentares. Isso reforça a importância de explorar e aproveitar os recursos disponíveis no país, contribuindo para a indústria da piscicultura e para a utilização inteligente de subprodutos da indústria avícola.


O estudo realizado pela Universidade Federal de Viçosa e Embrapa trouxe resultados promissores para a piscicultura brasileira ao evidenciar os benefícios dos aditivos alimentares à base de fígado de aves na melhoria da defesa celular de tilápias criadas em sistemas intensivos. Além de fortalecer a saúde dos peixes, esses aditivos podem reduzir os custos de produção, tornando a atividade mais sustentável e economicamente viável. O potencial do Brasil na produção de hidrolisados proteicos a partir de subprodutos da indústria avícola abre caminhos para a pesquisa e o desenvolvimento de estratégias nutricionais inovadoras na aquicultura, beneficiando tanto o setor produtivo quanto o meio ambiente.


Fonte: EMBRAPA

Bilhões para salvar a floresta: Novas diretrizes aprovadas para combater o desmatamento

Novas diretrizes do Fundo Amazônia aprovadas para combater o desmatamento

Amazonia
lubasi, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons


O Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA) realizou nesta terça-feira sua terceira reunião desde a retomada do fundo em janeiro deste ano e aprovou importantes diretrizes para a aplicação de recursos no combate ao desmatamento na Amazônia. Essa iniciativa representa um passo significativo na luta pela preservação da maior floresta tropical do planeta. O fundo, que conta com a expressiva quantia de R$ 3,9 bilhões, doados por países como Noruega e Alemanha, teve suas atividades paralisadas nos últimos quatro anos, mas voltou a ganhar força com novas doações e uma estratégia clara para o futuro.


Baseado no PPCDAm, o Fundo Amazônia traça seus novos caminhos


O Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), lançado em junho pelo governo federal, serviu como a base para a definição das novas diretrizes do Fundo Amazônia. Dentre as principais mudanças, agora municípios também poderão acessar recursos por meio de editais de chamamento público, o que anteriormente não era possível. Essa abertura representa uma oportunidade para que as ações de combate ao desmatamento sejam descentralizadas e alcancem uma maior abrangência territorial.

Com o novo conjunto de diretrizes, o fundo estabeleceu o valor mínimo de R$ 5 milhões por projeto e limitou o teto de recursos a serem acessados em até 5% do saldo disponível. Isso visa garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente e distribuídos de maneira equitativa, atendendo a uma diversidade de projetos e demandas.


Retomada do Fundo Amazônia com apoio internacional

Desde a reinstalação do COFA em janeiro, sob o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Fundo Amazônia tem recebido novas doações expressivas de países como Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e Suíça, que somam R$ 3,2 bilhões em novos investimentos. Esse apoio internacional reforça o compromisso global com a preservação da Amazônia e o enfrentamento das questões ambientais.


Objetivos ambiciosos para uma Amazônia sustentável

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco, destacou que o Fundo Amazônia está preparado para enfrentar o desafio de transformar a economia da região. A meta é transitar de uma economia predatória, com alto desmatamento, para uma economia sustentável, com desmatamento zero até o ano de 2030. Essa visão ambiciosa exige a cooperação de diversos setores da sociedade, e os recursos do fundo desempenharão um papel fundamental nessa transição.






Novos atores engajados na preservação

As novas diretrizes permitirão que grupos de municípios apresentem projetos conjuntos para a promoção da reorganização territorial, o controle do desmatamento, a recuperação de áreas degradadas e a criação de Unidades de Conservação. Essa integração entre municípios e governos estaduais e federal fortalece o trabalho conjunto em prol da preservação e pode potencializar os resultados alcançados.


PPCDAm como guia para o Fundo Amazônia

A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, ressaltou que o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) será o guia para as ações do Fundo Amazônia. O PPCDAm lista um conjunto de prioridades que foram traduzidas para um manual operacional, o que viabilizará a atuação do fundo. Dessa forma, serão priorizados projetos que visem o fortalecimento da agricultura familiar, dos extrativistas, da produção sustentável, da bioeconomia, do restauro florestal, do monitoramento, entre outras ações fundamentais para a construção de um novo modelo sustentável para a região.


Visão estratégica para o futuro

Além das novas diretrizes, a reunião do COFA também aprovou um documento com a Visão Estratégica do fundo para o próximo biênio, até junho de 2025. Essa visão de longo prazo reforça o compromisso contínuo com a preservação da Amazônia e a busca por soluções inovadoras para enfrentar os desafios ambientais.


Com as novas diretrizes e a estratégia bem definida, o Fundo Amazônia se mostra como uma importante ferramenta para a proteção da floresta e o desenvolvimento sustentável da região. As ações coordenadas entre diversos atores, tanto nacionais quanto internacionais, são essenciais para garantir a preservação desse ecossistema vital para o planeta e para as comunidades que nele habitam. A responsabilidade compartilhada é o caminho para assegurar que a Amazônia continue a desempenhar seu papel fundamental na regulação climática e na manutenção da biodiversidade.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima