terça-feira, 19 de setembro de 2023

Altos Índices de Chuvas Preocupa Setor de Trigo; Cotações Caem

O alto volume de chuva preocupa agricultores e preço do trigo em queda no Rio Grande do Sul

Trigo.
Imagem de Tom por Pixabay


Nos últimos três dias, o mercado de trigo no Brasil apresentou flutuações significativas nos preços, com destaque para os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, conforme dados fornecidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). Essas variações são cruciais para entender o cenário atual e as perspectivas para o setor de trigo no país.


Trigo no Paraná:

No Paraná, o preço médio do trigo, referência CEPEA/ESALQ, atingiu R$ 1.065,47 por tonelada em 18 de setembro de 2023. Isso representa um leve aumento de 0,09% em relação ao dia anterior. No entanto, ao avaliar o desempenho no mês, observa-se uma queda de 7,87%. Em termos de dólar, o valor ficou em US$ 219,55 por tonelada.

Essa variação diária positiva parece ser uma resposta às quedas anteriores nos preços, com destaque para a queda acentuada de 3,61% registrada em 13 de setembro. No entanto, o mercado continua enfrentando pressões de baixa, com uma retração mensal de quase 8%.


Trigo no Rio Grande do Sul:

No Rio Grande do Sul, o preço médio do trigo, também referência CEPEA/ESALQ, foi de R$ 1.141,76 por tonelada em 18 de setembro de 2023, registrando uma diminuição de 0,04% em relação ao dia anterior. No entanto, no contexto mensal, o estado apresenta uma queda de 5,96%. Em dólar, o valor atingiu US$ 235,27 por tonelada.

Aqui, as variações foram menos acentuadas, mas ainda indicam uma tendência de baixa no mercado de trigo. O preço registrou uma queda de 1,43% em 15 de setembro.




Grãos de café.



Chuvas

As recentes e frequentes chuvas que têm atingido o estado do Rio Grande do Sul têm gerado preocupações significativas entre os agentes de mercado, sobretudo no que se refere à produção de trigo. Essa inquietação é alimentada pelas potenciais implicações dessas precipitações nas lavouras de trigo, uma vez que a umidade excessiva já está provocando o surgimento de doenças nas plantações, o que poderá prejudicar a qualidade dos grãos. A Emater, órgão de extensão rural do estado, tem alertado para a elevação da umidade nas lavouras, destacando a necessidade de medidas preventivas para mitigar as perdas.

No entanto, mesmo com esse cenário de desafios climáticos, os preços do trigo no Brasil continuam a registrar quedas acentuadas. Esse fenômeno é resultado direto do avanço da colheita nacional e do consequente aumento da disponibilidade interna do cereal. Com a oferta superando a demanda, a pressão sobre os preços persiste, levando a uma situação desafiadora para os produtores.

A conjuntura atual reflete a complexidade e a volatilidade inerentes ao setor agrícola, onde fatores climáticos, oferta e demanda, e condições de mercado desempenham um papel crucial. Os agricultores enfrentam o dilema de lidar com as adversidades climáticas enquanto buscam otimizar a produção e manter a competitividade em um mercado globalizado.

À medida que a temporada de cultivo avança e a situação climática continua a evoluir, os atores do setor agropecuário permanecerão atentos às mudanças nas condições das lavouras e nos mercados, buscando adaptar-se às circunstâncias em constante transformação para garantir o abastecimento de trigo de qualidade à população brasileira.

Mapa participa da 3ª Feira Internacional de Café, Cacau e Agroturismo na Colômbia

Mapa participa da Ficca-Huila 2023 na Colômbia, promovendo café e chocolate brasileiros, palestras sobre políticas públicas e inovação agrícola.

Uma xícara e grãos de café.
Imagem de NoName_13 por Pixabay


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil, em colaboração com a Adidância Agrícola do Brasil em Bogotá, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e com o apoio do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), estará presente na terceira edição da Feira Internacional de Café, Cacau e Agroturismo (Ficca-Huila 2023), que acontecerá de 28 de setembro a 1º de outubro, na cidade de Neiva, no estado de Huila, na Colômbia.


Palestra sobre as políticas públicas do café brasileiro

Durante o evento, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa) realizará uma palestra informativa sobre o café do Brasil e as políticas públicas voltadas à classificação e padronização para produção e comercialização do produto. Serão destacadas as medidas de defesa agropecuária relacionadas à identidade e qualidade do café nacional, que estão em implementação pelo Mapa, visando ao reconhecimento de seus atributos tanto para o consumidor brasileiro quanto para o mercado internacional.


Degustação de chocolates brasileiros e "cafezinho"

O estande do Brasil na feira será um local de promoção dos produtos nacionais. A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) estará presente para promover a degustação de chocolates brasileiros, proporcionando aos visitantes a oportunidade de apreciar a qualidade dos produtos. Além disso, os presentes terão a chance de experimentar o sabor único do "cafezinho brasileiro".


Visibilidade e desenvolvimento econômico

O principal objetivo da Ficca-Huila 2023 é fornecer visibilidade e servir como vitrine comercial para os segmentos cafeeiro, cacaueiro e agroturismo, apresentando o desenvolvimento econômico do Departamento da Huila tanto a nível nacional quanto internacional. O evento também visa facilitar o contato entre fornecedores internacionais de matéria-prima e insumos, com o intuito de fornecer ferramentas e conhecimento aos produtores e empreendedores, a fim de melhorar a produtividade e a competitividade desses setores.


Inovação tecnológica e intercâmbio de conhecimento

A 3ª Ficca-Huila 2023 será um espaço para demonstrar as tendências e as inovações tecnológicas do mercado, promovendo o intercâmbio comercial e a troca de conhecimento entre os participantes. Além disso, haverá várias competições de café e workshops, reunindo os melhores produtores da Colômbia e da América Latina para demonstrar suas habilidades e conhecimentos em torra e preparo de café.


Expectativa de público e expositores

A organização do evento estima a presença de mais de 30 mil visitantes e a participação de mais de 150 expositores, representando os melhores cafés e chocolates da região. A Ficca-Huila 2023 promete ser uma oportunidade única para a troca de experiências e o fortalecimento dos setores cafeeiro, cacaueiro e de agroturismo.




Trigo.




FICCA

A Feria Internacional de Café, Cacau e Agroturismo (FICCA•2023) é um evento dedicado à promoção do café e do cacau da região de Huila, na Colômbia, no mercado internacional. Este evento, iniciado em 2021, é liderado pelo governo de Huila em parceria com importantes entidades estratégicas como a Federação Nacional de Cafeicultores (FNC), o Serviço Nacional de Aprendizagem (SENA), a Federação de Produtores de Cacau da Colômbia (FEDECACAO) e a Rede de Produtores de Cacau Nacional.

A FICCA•2023 é reconhecida como líder em sua categoria, abrangendo toda a cadeia de valor do café e do cacau. Ela oferece oportunidades acadêmicas, comerciais e culturais para atender às necessidades e interesses dos participantes. Produtores, torrefadores, baristas, compradores, representantes da indústria e entusiastas do café e do cacau se reúnem para estabelecer contatos, promover suas marcas, trocar conhecimentos, criar oportunidades de negócios e destacar a qualidade de seus produtos e sua origem. Além disso, eles têm a chance de conhecer as últimas tendências e inovações nos mercados nacional e internacional.

Oferece uma série de eventos nacionais e internacionais de destaque. Entre eles, o "Concurso Taza de Excelencia," coordenado pela Associação de Cafés Especiais (ASSEC), onde os melhores produtores da Colômbia competem pelo título de melhor café do país. Também ocorrerá o "Lags Battle Colombia," organizado pelo LatteArt Grading System, onde artistas do café competem para criar obras de arte em suas xícaras. Além disso, o prestigioso "XII Campeonato Colombiano de Catadores," organizado por Café de Colombia, oferece aos melhores degustadores do país a oportunidade de mostrar suas habilidades ao distinguir as nuances entre as variedades de cafés colombianos. Todos esses campeonatos concedem vagas diretas para competições mundiais em diferentes partes do mundo.

A FICCA também é conhecida por ser a sede do evento mais importante no setor de cacau a nível nacional: o "10° Concurso de Cacaos Finos 'Cacao de Oro'," organizado pela Rede de Produtores de Cacau da Colômbia. Este concurso celebra a excelência do cacau fino e reconhece os produtores que alcançaram a mais alta qualidade em suas culturas, promovendo assim a valorização e a preservação deste tesouro de sabor de origem colombiana.

Além dos eveFonte: Mapa e FICCAntos internacionais, a FICCA também realiza eventos próprios, de grande relevância no cenário cafeicultor e cacaueiro nacional. Estes incluem o "3° Campeonato Latino-Americano de Torrefação," onde mestres torrefadores competem para revelar os sabores mais exquisitos e singulares dos grãos. Há também o emocionante "Campeonato Colombiano Barista Master," onde baristas talentosos demonstram suas habilidades na preparação de café. Este ano, em parceria com a Onelli Education, a feira sediará o "1° Campeonato Colombiano de ArteLatte," premiando os baristas nacionais mais habilidosos na decoração de suas bebidas com desenhos feitos com leite emulsionado.

Também oferece workshops e apresentações sobre cacau e chocolataria, proporcionando oportunidades de aprendizado e prazer para os amantes de chocolate. Além disso, eventos familiares e voltados para as novas gerações, como os "Cafeteritos" e "Chocoteritos," permitem que as crianças descubram os segredos desses produtos maravilhosos, desde a semente até a xícara.

A parte comercial da FICCA•2023 reúne muitas empresas locais de produtores de café e cacau e muitas empresas nacionais e internacionais de diversos setores da indústria. Esse encontro especializado oferece oportunidades únicas para estabelecer alianças estratégicas, colaborações, compartilhar conhecimento e experiências, explorar novas tendências e inovações tecnológicas e promover o desenvolvimento conjunto dos negócios, fortalecendo a indústria desde sua base: os produtores e suas comunidades.

Esses encontros permitem que as empresas participantes estabeleçam relacionamentos comerciais sólidos, baseados na confiança e transparência, garantindo a qualidade e autenticidade dos produtos e a rastreabilidade na cadeia de suprimentos. Essas trocas fortalecerão a indústria como um todo, impulsionando o crescimento econômico e a competitividade no mercado global.

A agenda acadêmica da FICCA•2023 reúne especialistas, pesquisadores, líderes empresariais e profissionais destacados das indústrias de café, cacau e agroturismo para explorar e debater três pilares fundamentais: qualidade, inovação e sustentabilidade. Esses temas serão abordados ao longo dos três primeiros dias do evento, por meio de palestras, painéis de discussão e workshops interativos, proporcionando aos participantes a oportunidade de aprofundar esses temas críticos que impulsionam as indústrias nacionais.

A edição anterior, FICCA•2022, atraiu 24.500 visitantes, consolidando-se como a feira de nicho mais visitada da Colômbia nas áreas de café e cacau. Neste ano, a FICCA•2023 estendeu a duração para quatro dias e espera receber mais de 33.000 participantes presenciais. A presença internacional também está em ascensão, com a participação de representantes diplomáticos de diversos países, organismos internacionais e agências governamentais.

O departamento de Huila, no sul da Colômbia, é um território privilegiado devido à sua diversidade geográfica, que inclui montanhas, picos nevados, desertos, páramos, rios, vales e montanhas férteis. Esta região se destaca como um produtor de café e cacau de alta qualidade, graças ao trabalho artesanal dos agricultores locais e à combinação de práticas tradicionais com inovações técnicas. Huila é reconhecido como o principal produtor de café da Colômbia e um dos principais produtores de cacau



Fonte: Mapa e FICCA

Açaí: da Amazônia à Sua Sobremesa

O açaí, fruta amazônica, versátil e nutritiva, é a base de tigelas, sucos, sorvetes e smoothies, encantando paladares globalmente.

Paneiros com açaí no porto.
Railson Wallace, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons


O açaí, uma fruta típica da região amazônica, tem conquistado o paladar de pessoas ao redor do mundo. Originária das palmeiras da Amazônia, essa pequena fruta roxa tornou-se um ícone da culinária brasileira e um dos produtos mais apreciados da agricultura local. Neste texto, exploraremos como o açaí é cultivado, seus diferentes tipos e variedades, bem como as diversas maneiras de aproveitar essa iguaria em pratos deliciosos.


A Agricultura do Açaí:

A produção de açaí é uma parte fundamental da agricultura na região amazônica do Brasil. As palmeiras de açaí, conhecidas como "açaizeiros", crescem em áreas alagadas e úmidas, e seu cultivo exige uma atenção especial ao ambiente natural. Os agricultores locais colhem os cachos de açaí das palmeiras, o que pode ser uma tarefa desafiadora devido à altura das árvores e à densa vegetação da floresta tropical.

O processo de colheita envolve a extração dos frutos dos cachos, que são semelhantes a pequenas uvas, mas com uma grande semente no centro. Essas sementes são descartadas, e as polpas dos frutos são coletadas. O açaí é conhecido por sua rápida deterioração após a colheita, por isso, a polpa deve ser processada o mais rápido possível para preservar sua qualidade.


Variedades e Tipos de Açaí:

O açaí é comumente encontrado em duas variedades: açaí roxo e açaí branco. O açaí roxo é o mais conhecido e é caracterizado por sua coloração escura e sabor mais intenso. É o tipo de açaí mais utilizado na produção de sucos, sorvetes e tigelas de açaí.

Por outro lado, o açaí branco é uma variedade menos conhecida, com uma polpa mais clara e um sabor mais suave. Ele é usado em algumas preparações culinárias, mas é menos comum do que o açaí roxo.

Além dessas variedades, o açaí também pode ser encontrado em diferentes formas, como polpa congelada, pó de açaí e até mesmo cápsulas de suplementos. Essas diferentes formas permitem que as pessoas desfrutem dos benefícios nutricionais do açaí de várias maneiras.


Receitas e Pratos com Açaí:

O açaí é versátil e pode ser utilizado em diversas receitas deliciosas. Aqui estão algumas das maneiras mais populares de aproveitar essa fruta na culinária:

1. Açaí na Tigela: Esta é uma das formas mais populares de consumir açaí. A polpa de açaí é misturada com banana, morango ou outras frutas e servida em uma tigela. Ela é então decorada com granola, coco ralado, e outras coberturas de sua escolha. É uma opção saudável e deliciosa para o café da manhã ou um lanche energético.

2. Suco de Açaí: O suco de açaí é outra maneira comum de aproveitar o sabor refrescante dessa fruta. Pode ser misturado com água, leite, ou até mesmo suco de frutas para criar uma bebida saborosa e nutritiva.

3. Sorvete de Açaí: O sorvete de açaí é uma sobremesa popular, especialmente nos meses quentes. É cremoso e refrescante, e muitas vezes é servido com coberturas de frutas frescas, chocolate ou calda de açúcar.

4. Smoothies de Açaí:
Os smoothies de açaí são uma opção saudável para quem busca um lanche rápido e nutritivo. A polpa de açaí pode ser misturada com outras frutas, iogurte e gelo para criar uma bebida cremosa e revigorante.

5. Açaí em Pratos Salgados: Embora o açaí seja mais conhecido por suas aplicações doces, ele também pode ser usado em pratos salgados. Algumas receitas incluem molhos de açaí para saladas e marinadas para carnes grelhadas.


Benefícios Nutricionais:

O açaí é amplamente reconhecido por seus benefícios nutricionais. É uma excelente fonte de antioxidantes, fibras e ácidos graxos essenciais. Além disso, contém uma variedade de vitaminas e minerais, como vitamina C, vitamina A, cálcio e ferro. Muitas pessoas consomem açaí como parte de uma dieta saudável devido a esses benefícios para a saúde.


Em resumo, o açaí é uma fruta incrivelmente versátil da agricultura brasileira que conquistou o mundo com seu sabor único e benefícios nutricionais. Seja em uma tigela de açaí colorida, um suco refrescante ou um smoothie saudável, o açaí oferece uma variedade de maneiras deliciosas de desfrutar dessa iguaria amazônica. Se você ainda não experimentou o açaí, não perca a oportunidade de se deliciar com essa maravilha da culinária brasileira.

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Semana Tecnológica em Cereais de Inverno (CerealTec) de Passo Fundo

CerealTec, evento agrícola em Passo Fundo de 26 a 28 de setembro, destaca cultivares, manejo e inovações na agricultura de inverno.

Trigo.
Imagem de Ralph por Pixabay


A Semana Tecnológica em Cereais de Inverno (CerealTec) está programada para acontecer de 26 a 28 de setembro em Passo Fundo, trazendo uma série de informações cruciais para a agricultura da região. Este evento anual é uma iniciativa conjunta da Embrapa Trigo, Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR), Emater/RS-Ascar e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em colaboração com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).


Programação Abrangente e Segmentada

A CerealTec se destaca por sua programação cuidadosamente segmentada, visando atender às necessidades de diversos públicos ligados à agricultura. Entre os temas em destaque estão:

1. Cultivares para Grãos e Forragem: Os participantes terão a oportunidade de conhecer as últimas novidades em variedades de cereais de inverno.

2. Manejo de Doenças e Plantas Daninhas: Estratégias eficazes para o controle desses fatores que afetam a produção agrícola serão abordadas detalhadamente.

3. Bioinsumos: A crescente relevância dos bioinsumos na agricultura será discutida, proporcionando insights sobre seu uso e benefícios.

4. Micotoxinas: Um tema crítico na produção de cereais, as micotoxinas, também terão espaço na CerealTec, com informações sobre como mitigar seus impactos.

5. Silagem com Cereais de Inverno: As técnicas e melhores práticas relacionadas à produção de silagem com cereais de inverno serão apresentadas aos participantes.


Destaque para o Encontro de Gestores do Agro

No dia 26 de setembro, pela manhã, o evento contará com o Encontro de Gestores do Agro, em parceria com a Famurs. Nesta sessão, serão discutidas oportunidades de geração de renda para o setor agrícola gaúcho, juntamente com estratégias para enfrentar os desafios relacionados às estiagens, um problema recorrente na região.




Galinhas.



Atenção aos Produtores de Sementes

No dia 27, a programação será direcionada aos produtores de sementes, oferecendo informações valiosas sobre as novas cultivares da Embrapa Trigo, incluindo trigo BRS TR271, triticale BRS Zênite e cevada BRS Entressafras (BRS CVA118). Além disso, serão apresentados futuros lançamentos em cultivares, técnicas de manejo de plantas daninhas, controle de giberela e micotoxinas.


Assistência Técnica e Estudantes de Agronegócio

No dia 28, as atenções se voltarão para a assistência técnica e estudantes de agronegócio. As apresentações no campo abrangerão uma variedade de temas essenciais, como cultivares, plantas daninhas, silagem de grão úmido e espiga, bioinsumos, manejo de giberela e micotoxinas. Os participantes podem escolher entre os turnos da manhã (9h) ou da tarde (13h30) para participar dessas sessões.


Inscrições e Mais Informações

A programação completa da CerealTec, juntamente com detalhes sobre inscrições, estão disponíveis no site oficial do evento (https://www.embrapa.br/trigo/cerealtec). Lá, os interessados podem se inscrever para os dias e segmentos que mais atendam às suas necessidades, sejam gestores, produtores de sementes, profissionais de assistência técnica, estudantes ou produtores rurais.


A CerealTec é um importante evento que proporciona acesso a informações atualizadas e estratégias valiosas para a agricultura de cereais de inverno, contribuindo para o crescimento e aprimoramento do setor agrícola na região.


Fonte: Governo do RS

Mato Grosso do Sul (MS) Registra Primeiro Foco de Influenza Aviária em Aves de Subsistência

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirma o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade em aves de subsistência em Mato Grosso do Sul.

Galinhas.
Imagem de Enrique por Pixabay


Detecção do Vírus H5N1

No dia 18 de setembro de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a identificação do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP - H5N1) em uma criação de aves domésticas de subsistência na cidade de Bonito, Mato Grosso do Sul. Esse é um marco significativo, pois representa o primeiro foco da doença registrado no estado e o terceiro em aves de subsistência em todo o Brasil.


Medidas Sanitárias e Vigilância Reforçada

As autoridades de saúde animal estão agindo rapidamente para conter e erradicar o foco da doença, implementando medidas sanitárias rigorosas. Além disso, estão intensificando as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região afetada. Importante destacar que não existem estabelecimentos avícolas industriais nas áreas consideradas de risco epidemiológico ao redor do foco.


Total de Focos no Brasil e Atualização do Painel BI

Com o registro deste novo foco, o Brasil totaliza 103 focos de influenza aviária confirmados, sendo 100 em aves silvestres e 3 em aves de subsistência. O Painel BI, plataforma disponibilizada pelo Mapa, será atualizado para incluir esse novo caso ainda hoje, permitindo a consulta das quantidades de focos, locais e as espécies afetadas pelo vírus.


Impacto no Comércio Internacional de Produtos Avícolas

É importante ressaltar que a ocorrência deste foco confirmado de IAAP em aves de subsistência não implica em restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação desses produtos permanecem seguros.


Aviso à População

O Mapa reforça o alerta à população para que não recolha aves doentes ou mortas que possam encontrar e, em vez disso, acione imediatamente o serviço veterinário mais próximo. Essa medida visa evitar a disseminação da doença entre as aves.




Nuvens carregadas no céu.




Status do Brasil Perante a OMSA

É importante ressaltar que o Brasil continua com o status de país livre da influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Isso ocorre devido à ausência de registros da doença na produção comercial, demonstrando que o foco atual está restrito às aves de subsistência.

Esta notícia enfatiza a importância das medidas de vigilância e controle sanitário para preservar a saúde das aves e garantir a segurança dos produtos avícolas no Brasil. O Mapa continuará monitorando a situação e tomando as medidas necessárias para proteger a indústria avícola do país.


A gripe aviária

A gripe aviária, também conhecida como influenza aviária, é uma doença viral que afeta principalmente as aves, mas pode ocasionalmente infectar seres humanos. Causada por diferentes subtipos do vírus da influenza, a gripe aviária pode variar em gravidade, desde formas leves até casos mais graves que resultam em alta mortalidade em aves domésticas.

A preocupação com a gripe aviária se deve à capacidade do vírus de sofrer mutações e, em casos raros, se transmitir para humanos. Embora desconheça transmissão para os humanos, a vigilância constante é essencial para evitar a disseminação do vírus.

Medidas de prevenção incluem boas práticas de higiene na criação de aves, monitoramento da saúde das aves e vacinação em áreas de risco. A gripe aviária é um lembrete da importância da vigilância constante e da cooperação internacional na prevenção de doenças emergentes.


Fonte: Mapa

Mapa Participa de Workshop na República Dominicana para Debater Ação Climática na Agricultura

Evento visa promover ações sustentáveis e fortalecer relações de trabalho no setor agrícola

Nuvens carregadas no céu.
Imagem de Džoko Stach por Pixabay


Integrantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participaram de um importante evento na República Dominicana na última semana, onde se reuniram para discutir a implementação da ação climática na agricultura e na segurança alimentar. O 4° Workshop sobre o Trabalho Conjunto de Sharm El-Sheikh, sob a perspectiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC), reuniu representantes do setor agrícola com o intuito de aprimorar suas capacidades em negociações e fortalecer as relações de trabalho, além de abordar práticas sustentáveis em um contexto global. A iniciativa visa criar soluções para os desafios que as mudanças climáticas representam para a agricultura e a segurança alimentar, preparando o terreno para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28).


Agricultura e Mudanças Climáticas: Os Desafios em Questão

A agricultura desempenha um papel fundamental no contexto das mudanças climáticas, uma vez que é afetada por esses fenômenos, ao mesmo tempo em que pode contribuir significativamente para a redução das emissões de carbono. Nos planos nacionais e acordos internacionais, os países das Américas e do Caribe reconhecem a vulnerabilidade do setor agrícola às alterações climáticas e suas implicações para as comunidades, produtores e a segurança alimentar da região.

Nesse sentido, o 4° Workshop em Sharm El-Sheikh teve como um de seus objetivos principais abordar os progressos nas ações para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas na agricultura e na segurança alimentar. Durante as palestras e discussões, foram destacados pontos de consenso relativos ao financiamento de projetos e ações em níveis nacionais, bem como o compartilhamento de informações e melhores práticas para enfrentar os desafios climáticos.




Colheitadeira colhendo.



Fortalecimento das Relações e Parcerias Internacionais

Uma das facetas essenciais do evento foi a parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA Brasil). Essa colaboração permitiu uma representação sólida do Brasil no workshop, com Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação (Depros/SDI/Mapa), atuando como o representante brasileiro. A participação conjunta ressaltou a importância do engajamento do Brasil no cenário internacional, ao mesmo tempo em que alinhou os interesses e objetivos do país com as discussões sobre agricultura e mudanças climáticas.


Preparando o Terreno para a COP 28

O programa planejado para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28), que ocorrerá em Dubai, foi um dos pontos de destaque durante o workshop. Os participantes debateram questões cruciais relacionadas ao desenvolvimento sustentável dos sistemas alimentares e à segurança alimentar global. Foi discutida a representação das vulnerabilidades do setor agrícola às mudanças climáticas e como esses desafios podem ser enfrentados e superados.


O 4° Workshop sobre o Trabalho Conjunto de Sharm El-Sheikh na perspectiva da CQNUMC foi um passo importante no caminho para enfrentar os desafios das mudanças climáticas na agricultura e na segurança alimentar. As discussões e conclusões alcançadas durante o evento irão alimentar as ações e estratégias futuras para lidar com os impactos climáticos no setor agrícola, fortalecendo a colaboração internacional e preparando o terreno para a COP 28. Este encontro demonstra o compromisso do Brasil e de outros países das Américas e do Caribe em encontrar soluções sustentáveis para garantir a segurança alimentar global e a resiliência do setor agrícola em face das mudanças climáticas.


Fonte: Mapa

sábado, 16 de setembro de 2023

MAPA Altera Calendário de Semeadura da Soja em Cinco Estados para Combater a Ferrugem Asiática

MAPA ajusta calendário de semeadura da soja em cinco estados para combater a ferrugem asiática, mudança não agrada a todos.

Plantação sendo colhida.
Imagem de Charles Echer por Pixabay


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) anunciou nesta sexta-feira a publicação da Portaria nº 886, que traz alterações no calendário de semeadura da soja para a safra 2023/2024. As mudanças afetam os estados da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina, com o objetivo de aprimorar as medidas fitossanitárias para combater a ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais prejudiciais à cultura.


Bahia: Redução de Duração do Calendário

No caso da Bahia, o novo período de semeadura vai de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2023, reduzindo-se de 100 para 92 dias. Essa alteração atendeu a uma solicitação do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal.


Rondônia: Período Único de Semeadura

Em Rondônia, em resposta à solicitação do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, o calendário de semeadura foi unificado para o estado como um todo, abrangendo o período de 11 de setembro a 20 de dezembro de 2023.




Vaca no pasto.



Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul: Calendários Diferenciados

Nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, foram consideradas as solicitações dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal, além de razões técnicas relacionadas às condições geoclimáticas e aos arranjos produtivos em diferentes regiões. Isso levou à criação de calendários diferenciados dentro de cada um desses estados.

- Paraná: Foi dividido em três regiões, com os seguintes períodos de semeadura:

1. Primeira região: de 20 de setembro a 18 de janeiro de 2024.
2. Segunda região: de 11 de setembro a 20 de dezembro de 2023.
3. Terceira região: de 17 de setembro a 15 de janeiro de 2024.

- Rio Grande do Sul: Também foi dividido em três regiões, com os seguintes períodos de semeadura:

1. Primeira região: de 1º de outubro a 18 de janeiro de 2024.
2. Segunda região: de 1º de outubro a 28 de janeiro de 2024.
3. Terceira região: de 1º de outubro a 08 de janeiro de 2024.

- Santa Catarina: Foi dividido em quatro regiões, com os seguintes períodos de semeadura:

1. Primeira região: de 13 de outubro a 10 de fevereiro de 2024.
2. Segunda e terceira regiões: de 02 de outubro a 30 de janeiro de 2024.
3. Quarta região: de 02 de outubro a 10 de janeiro de 2024.


Essas medidas visam combater a ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais graves que afetam a cultura. A estratégia é parte do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), com o objetivo de otimizar o uso de fungicidas e reduzir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às substâncias químicas utilizadas em seu controle.

A ferrugem asiática pode causar danos significativos à produção de soja, variando de 10% a 90% em regiões onde a praga atinge níveis epidêmicos. As alterações no calendário de semeadura visam minimizar esses riscos e garantir a sustentabilidade da produção de soja nos estados afetados.


Nem todos gostaram

(Conforme Globo) Apesar das negociações com o governo, as alterações não atenderam completamente às demandas da região (sul). Os estados do Sul argumentaram que a janela de plantio mais curta pode prejudicar o cultivo de outras culturas antes da soja, afetando especialmente os pequenos produtores. No entanto, o Rio Grande do Sul considerou as mudanças satisfatórias, enquanto Santa Catarina e o Paraná lamentaram a falta de flexibilidade. O novo calendário foi regionalizado, variando de 100 a 120 dias de plantio.


Fonte: Mapa

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Enchentes no Rio Grande do Sul Impactam Severamente Setor Leiteiro em Crise

As enchentes no Rio Grande do Sul prejudicaram gravemente o setor leiteiro, afetando pastagens, produção de leite e infraestrutura dos produtores.

Vaca no pasto.
Imagem de 1195798 por Pixabay



O setor leiteiro no Rio Grande do Sul, que já enfrentava desafios significativos nos últimos anos, encontra-se agora em uma situação ainda mais crítica devido às recentes enchentes que assolaram o estado. Os danos provocados por esse desastre natural são consideráveis, com aproximadamente 10 mil hectares de pastagens destruídos e uma perda estimada de 500 mil litros de leite que não puderam ser coletados, além da inundação de silos. Mais de 800 produtores de leite, principalmente das regiões da Serra e do Vale do Taquari, foram diretamente afetados, enfrentando danos em suas instalações e a trágica perda de animais.

O presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, destaca que esse agravamento da situação ocorre após três anos de prejuízos no setor leiteiro, causados por estiagens e condições desfavoráveis para a produção de alimentos para o gado. Além disso, o preço pago ao produtor pelo litro de leite esteve consistentemente abaixo do custo de produção nos meses de junho, julho, agosto e setembro, que normalmente representam um período de melhor remuneração devido à entressafra. O atual excesso de chuvas e inundações somente aumenta as dificuldades enfrentadas pelos produtores.




Molusco.




Tang ressalta a preocupação primordial com as vidas humanas afetadas por essas enchentes e destaca que a prioridade imediata é prestar assistência às pessoas atingidas, incluindo as que estão desaparecidas e as que perderam a vida. Ele enfatiza que a vida humana não tem preço e que estão sendo organizados esforços de ajuda por meio de mutirões. Além disso, Tang apela para que as autoridades competentes e as entidades se unam para identificar e abordar as necessidades reais da comunidade afetada.

O dirigente também chama a atenção para a gravidade da situação em relação à produção de alimentos para o gado no estado, que já enfrentava desafios antes das enchentes. Ele sugere que, talvez, seja necessário importar alimentos para suprir a demanda. Para um setor que já se encontrava em uma situação delicada, as enchentes representam uma calamidade adicional, impactando não apenas os produtores, mas também suas famílias e a estrutura de suas propriedades.

As enchentes recentes no Rio Grande do Sul agravaram uma situação já precária no setor leiteiro, que vinha enfrentando dificuldades relacionadas à estiagem, preços baixos e condições desfavoráveis de produção. A prioridade agora é prestar assistência às pessoas afetadas, enquanto o setor busca se recuperar dessas perdas significativas e planejar um futuro mais estável e resiliente.


Uma tragédia

As enchentes, associadas a intensos ventos e abundantes precipitações, causaram um impacto devastador na região sul do Brasil, com o Estado do Rio Grande do Sul sendo o mais severamente atingido. Lamentavelmente, mais de 40 pessoas perderam suas vidas, enquanto milhares de outras sofreram os efeitos diretos dessa tragédia, resultando em inúmeras pessoas desalojadas.


Fonte: Gadolando - Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul

Programa Nacional de Moluscos Bivalves Seguros (MoluBis) é Lançado para Garantir a Qualidade e Segurança dos Produtos

O Ministério da Agricultura lançou o Programa MoluBis para garantir a segurança dos moluscos bivalves destinados ao consumo humano.

Molusco bivale.
Imagem de Stefan Schweihofer por Pixabay


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou hoje a implementação do Programa Nacional de Moluscos Bivalves Seguros (MoluBis), por meio da Portaria nº 884. O programa tem como objetivo principal realizar o controle higiênico-sanitário dos moluscos bivalves destinados ao consumo humano ou animal, estabelecendo requisitos mínimos para garantir a segurança e qualidade desses produtos. Além disso, o programa inclui um rigoroso sistema de monitoramento e fiscalização para assegurar o cumprimento desses requisitos.

A Portaria divulgada nesta sexta-feira substitui o Programa Nacional de Controle Higiênico-sanitário de Moluscos Bivalves (PNCMB), que estava em vigor desde 2012. Ela unifica as diretrizes da Instrução Normativa Interministerial MPA/MAPA nº 7/2012 e das Portarias anteriores (MPA nº 204/2012; MPA nº 175/2013; SDA/MAPA 48/2016) em uma única norma. Além disso, o novo regulamento atualiza parâmetros e procedimentos após uma revisão técnica minuciosa, alinhando as normas nacionais com os padrões internacionais do Codex Alimentarius.

O diferencial do MoluBis reside na sua abordagem de saúde única, que envolve o monitoramento periódico das condições ambientais e dos animais presentes nas áreas de cultivo ou extração de moluscos bivalves. Os resultados desses monitoramentos são determinantes para a retirada e subsequente inspeção dos produtos destinados ao consumo humano ou animal. Além disso, a nova legislação amplia o escopo de contaminantes analisados, incluindo a monitorização de metais pesados e de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), além das análises já realizadas anteriormente, como as de Escherichia coli e ficotoxinas na carne dos moluscos bivalves.




Colheitadeira colhendo.




Devido à natureza desses organismos aquáticos, que atuam como filtradores, o risco de contaminação biológica é constante. Portanto, o comércio de moluscos bivalves exige padrões de segurança rigorosos, dado que esses animais têm a capacidade de concentrar microrganismos e substâncias químicas presentes no ambiente. Além disso, é comum que sejam consumidos após um mínimo processamento, muitas vezes crus ou malcozidos e inteiros com as vísceras, o que reforça a necessidade de regulamentações robustas.

Ana Lúcia Viana, diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, ressalta que o objetivo principal do MoluBis é a implantação e implementação do programa em todos os estados onde ocorre o cultivo ou extração de moluscos bivalves para consumo. Isso visa mitigar o risco de toxinfecções alimentares, que podem variar de moderadas a graves, e até mesmo fatais. A ampla implantação do programa em áreas de atividade relacionada aos moluscos bivalves tem como resultado esperado a salvaguarda da saúde humana.

Como em outros programas de controle oficial, o MoluBis leva em consideração as particularidades regionais, que devem ser detalhadas nos Planos Estaduais do Programa. No entanto, essas particularidades não devem comprometer a sustentabilidade da cadeia produtiva nem a segurança dos produtos alimentares oferecidos aos consumidores.

O Programa Nacional de Moluscos Bivalves Seguros (MoluBis) já está em vigor e representa um importante passo na garantia da segurança alimentar relacionada a esses produtos, promovendo a proteção da saúde pública e a qualidade da oferta de moluscos bivalves no mercado nacional. Para mais informações, acesse a página oficial do programa.


Fonte: Mapa

Agronegócio Brasileiro Alcança Marcas Históricas em Exportações de Agosto: US$ 15,63 Bilhões

Em agosto de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 15,63 bilhões, com destaque para milho, soja e farelo de soja.

Imagem de Charles Echer por Pixabay



As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram um marco significativo em agosto de 2023, registrando um total de US$ 15,63 bilhões em vendas para o mercado internacional. Esse valor representa um aumento de 6,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, consolidando-se como um dos melhores desempenhos já registrados para o mês de agosto. Além disso, esse montante corresponde a uma parcela significativa das exportações totais do Brasil, representando 50,4% do total exportado pelo país.

De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), dois fatores principais contribuíram para esse resultado notável: o aumento na quantidade exportada e a redução nos preços internacionais dos produtos agrícolas.

O primeiro fator pode ser atribuído à safra recorde de grãos colhida durante o ciclo 2022/2023, que expandiu substancialmente a capacidade de excedente exportável do país. Esse aumento na produção permitiu ao Brasil atender à crescente demanda global por alimentos.

O segundo fator, a queda nos preços internacionais dos alimentos, também contribuiu para impulsionar as exportações, tornando os produtos brasileiros mais competitivos nos mercados internacionais.

Entre os produtos que se destacaram no mês de agosto estão o milho, a soja em grãos, o farelo de soja, o açúcar e a carne de frango in natura.




Trator.




O milho, em particular, alcançou um recorde mensal em valor e quantidade, com exportações totalizando US$ 2,21 bilhões e 9,33 milhões de toneladas, respectivamente. A China desempenhou um papel importante, absorvendo cerca de um quarto das exportações de milho brasileiro.

As exportações de soja em grãos atingiram um novo recorde, atingindo US$ 4,19 bilhões, com um aumento de 12,3%. O volume exportado também registrou um novo pico, chegando a 8,39 milhões de toneladas, um aumento de 41,1%. A China, como principal destino desse produto, ampliou sua participação nas importações brasileiras.

O farelo de soja, por sua vez, registrou vendas de US$ 1,19 bilhão, impulsionado por um volume recorde de 2,41 milhões de toneladas exportadas. A União Europeia permanece como o principal destino desse produto, com aquisições no valor de US$ 504,29 milhões.

Além disso, as exportações de carne de frango in natura totalizaram 425 milhões de toneladas, com um aumento de 3,3% em comparação com o ano anterior, resultando em uma cifra de US$ 780 milhões.

O açúcar também registrou um desempenho notável, com vendas externas de US$ 1,78 bilhão, representando um aumento de 48,7%. A quantidade exportada atingiu 3,63 milhões de toneladas, um novo recorde para o mês de agosto. A China figura como o principal comprador tanto da carne de frango in natura quanto do açúcar brasileiro.

No acumulado do ano, de janeiro a agosto de 2023, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio somaram US$ 112,68 bilhões, refletindo um aumento de 4,2%. Esse crescimento se deve, em grande parte, à expansão na quantidade exportada, apesar da queda de 5,2% nos preços dos produtos. Destacam-se as vendas de soja em grãos, açúcar e milho como os principais impulsionadores desse desempenho favorável ao longo do ano.

O agronegócio brasileiro continua a desempenhar um papel crucial na economia do país, contribuindo para o fortalecimento das exportações e para o suprimento da demanda global por alimentos.



Fonte: Mapa

Será Necessário um Maquinário Agrícola? | Perguntas e Respostas

Analisaremos nessa reportagem a necessidade de maquinário agrícola, que é um dilema complexo que depende de muitos fatores, envolvendo escala, custos e sustentabilidade.

Trator em um campo.
Imagem de Tom por Pixabay


Será que é necessário um maquinário? Essa é uma pergunta que surge frequentemente quando se trata de agricultura e atividades relacionadas. A decisão de adquirir ou utilizar um maquinário agrícola, como um trator ou colheitadeira, depende de uma série de fatores que envolvem desde o tipo de cultura cultivada até as condições econômicas do produtor. Neste texto, discutiremos as situações em que o uso de maquinário agrícola é essencial e quando pode não ser tão necessário assim.


Quando pode ser necessário um maquinário agrícola:

1. Escalabilidade da produção: O uso de tratores e colheitadeiras é fundamental quando se busca escalabilidade na produção agrícola. Para fazendas comerciais que cultivam grandes extensões de terra, essas máquinas são indispensáveis para otimizar o tempo e os recursos.

2. Eficiência e produtividade: As máquinas agrícolas, como tratores, colheitadeiras e semeadoras, são projetadas para aumentar a eficiência e a produtividade nas operações agrícolas. Elas podem realizar tarefas em questão de horas ou minutos, que levariam dias ou semanas se fossem feitas manualmente.

3. Culturas de grande escala: Culturas de grande escala, como grãos, cana-de-açúcar e algodão, exigem o uso de maquinário agrícola para serem viáveis em termos de tempo e recursos. Essas máquinas podem plantar, cultivar, colher e processar grandes áreas de terra de forma muito mais eficiente do que o trabalho manual.

4. Redução de custos a longo prazo: Embora o investimento inicial em maquinário agrícola possa ser alto, a longo prazo, ele pode levar a uma redução significativa nos custos de produção. Isso ocorre devido à redução na necessidade de mão de obra manual e à maior eficiência nas operações.

5. Condições climáticas desfavoráveis: Em regiões com condições climáticas imprevisíveis, como chuvas intensas ou secas prolongadas, o maquinário agrícola pode ser essencial para realizar o plantio e a colheita dentro de janelas de tempo curtas e críticas.


Quando o maquinário agrícola pode não ser tão necessário:

1. Pequenas propriedades familiares: Em pequenas propriedades familiares, onde a escala de produção é limitada, o investimento em maquinário agrícola pode não ser justificável. Nessas situações, o trabalho manual ou o uso de ferramentas simples podem ser mais adequados.

2. Culturas de subsistência: Quando o objetivo da agricultura é principalmente a subsistência da família e não a comercialização em larga escala, o maquinário agrícola pode não ser necessário. Muitas comunidades rurais ao redor do mundo ainda dependem de métodos tradicionais de agricultura devido à falta de recursos financeiros.

3. Culturas de ciclo curto: Algumas culturas, como hortaliças de ciclo curto, podem ser cultivadas de forma eficaz sem o uso de maquinário agrícola, especialmente quando a área de plantio é limitada. Nessas situações, o trabalho manual ou ferramentas simples podem ser mais práticos.

4. Sustentabilidade e agricultura orgânica: Em fazendas que adotam práticas agrícolas orgânicas e sustentáveis, pode haver uma preferência pelo uso mínimo de maquinário. O trabalho manual e o uso de métodos naturais podem ser mais alinhados com os princípios dessas práticas.

5. Custos operacionais elevados: Em algumas regiões, os custos operacionais associados ao maquinário agrícola, como combustível, manutenção e aquisição de peças de reposição, podem ser proibitivamente altos. Isso pode tornar mais econômico o uso de métodos manuais.


A necessidade de maquinário agrícola varia significativamente de acordo com as circunstâncias e os objetivos do produtor. É importante avaliar cuidadosamente cada situação para determinar se o uso de tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas é a escolha certa.

Além disso, é crucial considerar fatores econômicos, como custos de aquisição e operacionais, quando se decide investir em maquinário agrícola. Os agricultores devem pesar os benefícios de eficiência e produtividade oferecidos pelas máquinas em relação aos custos envolvidos.

É importante notar que, em muitas situações, uma abordagem equilibrada que combina o uso de maquinário agrícola quando necessário com métodos manuais pode ser a melhor solução. Isso permite aproveitar as vantagens da tecnologia sem comprometer a sustentabilidade e os recursos financeiros da propriedade agrícola.

Em resumo, a resposta à pergunta "Será que é necessário um maquinário?" depende da situação específica e das metas do produtor. Em muitos casos, o maquinário agrícola desempenha um papel vital na agricultura moderna, melhorando a eficiência, aumentando a produtividade e reduzindo os custos de produção. No entanto, em algumas situações, métodos manuais ou práticas agrícolas tradicionais podem ser mais apropriados e sustentáveis. Portanto, a decisão deve ser tomada com base em uma avaliação cuidadosa de todos os fatores envolvidos.